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Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC Resumo por Otávio Olivo tendo como base anotações em aula FARMACOLOGIA DOS ANTIMICROBIANOS • Gram+ Tem parede celular de peptideoglicano com cerca de 100-50 camadas – tem membrana celular interna de fosfolipídeos. – Se cora com LUGOL o LUGOL – liga substâncias à glicose – e aí dá a cor. Quanto mais espessa a camada, mais cor. • Gram- Tem somente 1-2 camadas de peptídeoglicano – com membrana células interna e externa o Membrana externa delas tem POROS DE EFLUXO – Poros retiram substâncias que estão entre as membranas. • ANAERÓBIOS Sobrevivem em baixa ou sem O² CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Depende do seu MECANISMO DE AÇÃO e de sua ESTRUTURA QUÍMICA MECANISMOS DE AÇÃO • INIBIR A SÍTESE DE PAREDE CELULAR – A parede protege as bactérias do meio (PH), se tirar, expõe a membrana dela. • QUEBRA DA MEMBRANA CELULAR – inibem a seletividade dela, expondo o citoplasma ao meio. • ALTERADO FUNÇÕES RIBISSÔMICAS – ribossomo faz síntese proteica. A hora que o ATB liga não produz enzimas básicas para o metabolismo energético da bactéria – também não fazendo mais DNA e RNA para replicação. • INIBINDO RNA-POLIMERASE OU TOPOISOMERASE – Essas proteínas reparam o DNA. o Topoisomerase por exemplo quebra a fita de DNA para fazer a leitura – se não abre a fita, não lê e não produz proteínas. • ANTIMETABÓLICOS – agem no folato – bloqueiam o metabolismo dele (que produz o timidalato – que é um precursor das purinas) – se não produzir, não produz DNA. Os ß-Lactâmicos tem a maior quantidade de prescrições no mundo CIM – CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA É o mínimo da concentração de que devo atingir para ter ação antimicrobiana por certo tempo. • Por isso, por exemplo, na otite, primeiro tu aumenta a dose, aí se não responder adiciona outro antibiótico. • Importante tomar o ATB na hora pra dar tempo da CIM ficar sempre acima no corpo e não haver replicação bacteriana DOSES – para calcular quantos dias precisa usar. • DIA 0 – 1 Dose – 12h; 2 Dose – 18h; 3 Dose – 24h; 4 Dose – 6h e aí fechou o primeiro dia de tratamento (não exatamente nas 24h. o Aqui tomando de 6h/6h ß-LACTÂMICOS Basicamente possuem o anel ß-Lactâmico na sua estrutura, tendo 4 subclasses Penicilinas, Inibidores da ß-Lactamase, Carbapenens, Cefalosporinas SÃO INIBIDORES DA PAREDE CELULAR PENICILINAS • Tem ação bactericida • Algumas bactérias podem ter resistência – PENICILINASE – que quebram o anel ß-Lactâmico e inibem a penicilina. MECANISMO DE AÇÃO Não totalmente elucidado. Temos 3 ações para produzir a parede celular 1. Síntese de PEPTÍDEO GLICANO • UDP acetil muramil + UPP acetil muramil Se juntam e formam o Peptídeoglicano. (A Transpeptidase – que faz uma rede e une esses UDP) 2. Tem que sair da célula e ir para o exterior Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC 3. Tem que formar as ligações cruzadas. A PENICILINA – se liga à uma proteína de membrana (PLP – Proteína ligadora de penicilina) • Diminuindo UDP – precursor da parede. • Diminuindo passagens do UDP para fora da célula • Diminuindo capacidade da transpeptidase – aí não faz ligações cruzadas. ESPECTRO DE AÇÃO É MAIS PARA GRAM + Staphylococcus Aureus. • Mas pega também um pouco de G-, a Neisseria • Alguns Staphylo produzem ß-Lactamase aí penicilina não consegue agir. (hoje a maioria produz ß-Lactamase) CLASSIFICAÇÃO • Penicilinas Naturais – do próprio fungo. • Penicilinas Penicilinase-resistentes • Aminopenicilinas • Penicilinas de espectro ampliado (anti-pseudomonas) • Carbapenens PENICILINAS NATURAIS PENICILINA G – Benzilpenicilina • FARMACOCINÉTICA Penicilina consegue atravessar e se distribuir por muita variedade de tecidos – pulmão, músculo, líquido sinovial, osso, BHE (meningite), atravessa também a placenta sem ação teratogênica • ESPECTRO DE AÇÃO Mais sensível para Streptococcus. Enterococos é menos sensíveis. Não é exclusivo para G+. o Estreptococos dos grupos A, B, C, D, G; do grupo viridans o Streptococcus pneumoniae* o Neisseria meningitidis o Neisseria gonorrhoeae** o Treponema pallidum o Leptospira spp o Bacillus anthracis o Clostridium spp o Corynebacterium diphteriae * somente as cepas sem alteração nas proteínas ligadoras de penicilina (PBPs) ** cepas não-produtoras de betalactamase • CRISTALINA – 1º tratamento da pneumonia em crianças o VO – inativada pelo HCl – aí não adianta o EV – Cristalina – concentração máxima é imediata. o INDICAÇÕES Pneumonia, Meningite, Endocardite, Sífilis, Difteria, Leptospirose • PROCAÍNA – concentração sérica mais baixa que a cristalina o Pra um pneumococo no pulmão – atb pode ser na dose baixa. o Mais grave – no SNC – concentração sérica precisa ser alta. o INDICAÇÕES Pneumonia e infecções por bactérias suscetíveis • BENZATINA – Benzetacil o Concentração baixa, por um longo período o Não trata pneumonia nem meningite o INDICAÇÕES Faringite, amigdalite, impetigo, profilaxia febre reumática, profilaxia estreptocócica, infecções bacterianas suscetíveis Todas são iguais, o que difere é o tempo de concentração que cada uma mantém no corpo. PENICILINA V – oral – semissintética. • INDICAÇÕES – infecções brandas do trato respiratório. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC PENICILINAS RESISTÊNCIAS ÀS PENICILINASES Tem a presença de um radical na cadeia lateral da estrutura química da penicilina, impedindo a hidrólise do anel ß-Lactâmico pela ação das penicilinales. Staphylo começou a produzir penicilina e ficou resistente – aí veio a penicilina resistente as penicilinases. • METICILINA, NAFICILINA, OXACICLINA. MRSA – StaphyloAureus meticilina resistente – se modificou novamente. Se é MRSA não usa Oxaciclina. ESPECTRO Pega o G+ (Strepto) e começa a pegar o Staphylo. OXACICLINA • só usa EV dentro do hospital (age nos mesmos da Penicilina G) • INDICAÇÕES Tratamento de infecções estafilocócicas de origem comunitária o Impetigo crostoso (strepto), bolhoso (staphylo) – oxa pega os dois. o Erisipela/Celulite – strepto e staphylo o Derrame pleural – se não sabe a causa – Pneumonia pode ser a causa (Pneumonia é + Strepto, derrame pleural é mais Staphylo) AMINOPENICILINAS – AMPLICINA E AMOXICILINA São resistentes a ação do suco gástrico, porém sensível às ß-Lactamase. ESPECTRO Começam a pegar melhor os G-, mantendo o espectro dos Gram+ AMPLICINA • Tem concentrações elevadas na bile – bom pra Colangite, Colecistite. • Tem concentração elevada também na urina – bom pra ITU. • Líquor – se tiver inflamação – penetração nele é satisfatória. • ESPECTRO Os da Penicilina mais os G+ • COLATERIAS Alergia ao anel ß-Lactâmico (hipersensibilidade) o Mononucleose faz Rash Cutâneo – com a penicilina aumenta o rash AMOXICILINA • ESPECTRO quase igual da amplicina. • COLATERAL Colite Pseudomembranosa – com dor abdominal intensa, hematoquezia, simula um abdômen agudo. o Vários ATBs podem causar isso RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANAS ÀS PENICILINAS • PRODUÇÃO DE ß-Lactamase G+ e G- que podem fazer a hidrólise do anel ß-Lactâmico • MUDANÇA DE CONFORMIDADE DA POTEÍNA PBP/PLP Penicilina não consegue achar o sítio de ação. • PENETRAÇÃO REDUZIDA ATÉ O SÍTIO PBP. INIBIDORES DA ß-LACTAMASE • Atingem as bactérias que se adaptaram. • Clavulanato, Sulbactan, Tazobactan CLAVULANATO • Tem fraca ação antimicrobiana, mas muita capacidade de inibir as lactamases bacterianas. • Geralmente ASSOCIADOS com a Amoxicilina • SÃO SUICIDAS Eles vão antes atacar a bactéria, pra inibir a ß-Lactamase pra abrir caminho pra Amoxicilina ter sua ação. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO – ANTI-PSEUDOMONAS Piperaciclina + Tazobactan • ESPECTRO Todo o G+ e Staphylo, e G- (Pseudomonas), Klebsiella Pneumoniae • PSEUDOMONAS Ficam em cateteres, tubos traqueais, matérias PLÁSTICOS, madeira, espinho. • Só usa em leito hospitalar – EV MONOBACTÂMICOS– AZTREONAM • ESPECTRO Parece o da Peniclina, G- como as cefalosporinas de 3ª Geração • Ele tem o anel ß-Lactâmico, mas com uma propriedade farmacocinética diferente, que pode usar na alergia. • Pode ser usado em infecções graves com história ALERGIA (usa em quem tem alergia à penicilina) CARBAPENENS – Imipenem + Cilastatina, Meropenem Tem o ESPECTRO MAIS AMPLO DE TODOS OS ß-LACTÂMICOS – ou seja, usa quando nada mais resolve IMIPENEM + CILASTATINA • Bastante uso em UTI, só EV. • CILASTATINA Não é um antimicrobiano, só o Imipenem que é. o Ela inibe a desidropeptidase – que é uma enzima renal que faz metabolitos extremamente nefrotóxicos quando entra em contato com o Imipenem no túbulo contorcido proximal. o Protege o rim da nefrotoxicidade do Imipenem. • MECANISMO DE AÇÃO Inibe a produção de parede celular, como todo ß-Lactâmico, mas a célula fica com um outro comportamento o PRODUÇÃO DE ESFEROBLASTOS – Onde o ATB quebra a parede celular e deixa aberta, aí a bactéria tenta se espremer pra tentar se ajeitar e acaba quebrando em outro pedaço o Esse comprime-descomprime vai formas os Esferoblastos o A célula não aguenta esse processo e MORRE. • ESPECTRO Todos os Strepto, Maioria dos Staphylo, alguns MRSA, ativo contra superbactérias (Acinetobacter) • Possui grande resistência a ß-Lactamase MEROPENEM Ele é semelhante ao imipenem, só que não causa nefrotoxicidade (não precisa da ação da cilastatina) • É levemente mais ativo contra G- que o Imipenem. • USADO EM SITUAÇÕES MAIS COMPLEXAS – nunca usado em nada como 1ª opção. o ITU COMPLEXA – abscesso renal, CA/HBP com ITU de repetição. o MENIGITE – 3ª opção de tratamento. CEFALOSPORINAS A cada mudança de radicais ß-Lactâmicos, muda a geração e muda o espectro. • MECANISMO Inibem a síntese da parede celular por meio do mecanismo parecido com o da penicilina. GERAÇÕES GRAM + GRAM - 1ª GERAÇÃO X X 2ª GERAÇÃO X XX 3ª GERAÇÃO X XXX 4ª GERAÇÃO X XXXX Ou seja, conforme aumenta a geração, aumenta o espectro pra G- enquanto que o espectro pra G+ continua igual. • 1ª Geração – Cefazolina, Cefalexina, Cefalotina, Cefadroxil • 2ª Geração – Cefuroxima, Cefaclor • 3ª Geração – Cefotaxima, Ceftriaxone, Ceftazidina (anti-pseudomona) Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC • 4ª Geração – Cefpime REAÇÕES ADVERSAS • Por reação cruzada, quem tem alergia a penicilina – 20% desenvolve alergia a cefalosporina. • Parece ter nefrotoxicidade • CONTRAINDICAÇÃO Depende da alergia o Se for uma lesão simples na pele – pode usar o Se for uma reação anafilática – não usa. • CEFTRIAXONE – pode piorar icterícia no neonato. Acabaram os ß-Lactâmicos VANCOMICINA • USA SOMENTE PRA GRAM+, e alguns MRSA • Tu vai usar quando não resolve com a Oxacilina. • MECANISMO DE AÇÃO Inibe a síntese da parede celular, podendo alterar também a síntese de RNA e a permeabilidade da membrana celular. o Inibe a transpeptidase – impedindo a formação do complexo da parede. • Uso só hospitalar – EV, e VO só usado em sonda. • USOS Bom pra MENINGITE por pneumococo (vanco aparece no líquor quando meninges estão inflamadas), Strepto Pneumoniae o Meningite por Meningococo é G- aí tu tem que usar Penicilina G Cristalina. • EFEITOS COLATERAIS o Ototoxicidade reversível o Nefrotoxicidade o SÍNDROME DO HOMEM VERMELHO acontece quando a Vancomicina é infundida muito rapidamente (Ela é hiperosmolar) Tem que infundir lentamente (30-40 minutos) – se não vai sensibilizar mastócitos e liberar histamina Isso vai causar ruborização da face, hipotensão, tontura, sensação de morte iminente, vasodilatação, prurido... Tratamento – hidrata e talvez usa anti-histamínico. Aí depois pode continuar usando a vancomicina. CLORANFENICOL • MECANISMO Inibir da SÍNTESE PROTEICA ligando-se ao sítio do ribossomo. • Ação é primariamente bacteriostática – depois dependendo fica bactericida. • ESPECTRO Strepto, Haemofilos, Neisseria. • RESISTÊNCIA Ocorre por IMPERMEABILIDADE DA BACTÉRIA À DROGA (precisa entrar na célula pra inativar a síntese proteica) ou PRODUÇÃO DA ENZIMA ACETILTRANSFERASE (que inativa o fármaco através de sua transformação em um derivado diacetil inativo) Tem excelente difusão em todos os tecidos e fluídos, devido ao seu ALTO GRAU DE SOLUBILIDADE LIPÍDICA, em conjunto com sua BAIXA LIGAÇÃO A PROTEÍNAS e BAIXO PESO MOLECULAR • Atravessa a Barreia Hematoencefálica – pegando a meningite COLATERAL Depressão reversível da medula óssea e resposta manifestada como anemia aplásica. • AGRANULOCITOSE – que na infecção, por esse motivo, perdemos o parâmetro laboratorial, limitando o uso sistêmico. • SÍNDROME DO BEBÊ CINZENTO distensão abdominal, vômitos, palidez, hipotermia, pigmentação cinzenta, alterações circulatórias e morte o Ocorre por uma diminuição na conjugação hepática pelo recém-nascido e lactente. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC AMINOGLICOSÍDEOS Interferem na SÍNTESE PROTEICA por se fixarem ao RIBOSSOMO da célula – em particular a subunidade 30s • Pegam basicamente G- • SÃO NEFROTÓXICOS – não usa em IR GENTAMICINA • EV, IM, Pomada. • ESPECTRO GRAM- • É excretada na urina por filtração glomerular na sua FORMA ATIVA – esteriliza a urina Bom pra PIELONEFRITE. • Um pouco também atravessa a barreira placentária. • JAMAIS USA GENTA PRA STAPHYLO – mas alguns in vitro apresentam sensibilidade. • Logo após administração, a concentração já é elevada. • ALTAS DOSES DE GENTA Induz IRA o Extremamente nefrotóxica, pode desencadear choque séptico, sempre bom monitorar a creatinina. • Outros colaterais Ototoxicidade, náuseas, vômitos, cefaleia, proteinúria transitória, elevação das transaminases e fosfatase alcalina. AMICACINA • ESPECTRO Semelhante ao da genta, porém mais ativo contra a maioria dos germes resistentes aos outros aminoglicosídeos. o Um pouco mais sensível que a genta para Staphylo, mas nunca usar para uso exclusivo disso. o Nunca primeira escolha, só depois da genta. o E. Coli – sensível praticamente 100% o Se a bactéria for resistente a genta, não necessariamente vai ser resistente à amica. • COLATERAL Nefrotóxico e surdez reversível. TOBRAMICINA Colírio oftálmico e otológico. • Melhor atividade pra PSEUDOMONAS – causa otite em nadadores. • Indicações semelhantes às da gentamicina. NEOMICINA Pomada, amplo espectro. • ESPECTRO G-, G+, e a Pseudomonas é resistente à neomicina. • Há uma discussão para uso da neomicina em curativos – mas pode gerar mais resistência que benefícios. • USOS Infecções de pele, preparações cirúrgicas e encefalopatia hepática. o Encefalopatia hepática – porque as bactérias do intestino podem produzir amônia e piorar a encefalopatia. Aí tem que matar essas bactérias. • COLATERAIS Raro – hipersensibilidade de pele • É raro uso de neomicina VO. MACROLÍDEOS Bastante usados em pneumonias, NÃO PASSAM NA BHE (Não usa na meningite) • 3 REPRESENTANTES Eritromicina, Claritromicina, Azitromicina • Usa em pneumonias atípicas (Mycoplasma, Clamidia) • ESPECTRO G+, alguns G- e Staphylo Vagabundo (De comunidade), Bordetella Pertusis (Coqueluche) • MECANISMO Se liga no ribossomo 50s e inibe síntese proteica Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC ERITROMICINA • É absorvida pelo TGI, mas é inativada pelo suco gástrico por isso tem que criar ÉSTERES pra ir junto e ficar estável • Distribui-se rapidamente em todos os tecidos, incluindo fluído prostático e ouvido médio, exceto no cérebro e LCR. • Dependendo da dose, ele pode ser bacteriostático ou bactericida. • RESISTÊNCIA pela permeabilidade da droga através da membrana celular, ou produção da metilase que modifica o alvo ribossômico, ou pela hidrólise de moléculas de macrolídeo, MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS QUE ALTERAM A PROTEÍNA RIBOSSÔMICA 50S, local de ligação da droga. • COLATERAIS Principalmente DOR EPIGÁSTRICA (indo pros braços, abdômen e o paciente chega a se curvarde dor) o Libera o hormônio MOTILINA nas células enterocromafins do intestino – que gera cólica no TGI o Náuseas, vômitos diarreia, hepatite colestática (estolato), alterações cardiovasculares raras. AZITROMICIA • Mais estável que a Eritromicina em meio ácido, por isso não precisa de ésteres. • Absorção é diminuída na presença de alimentos – por isso melhor usar em JEJUM. • Distribui-se amplamente, exceto LCR. • Tem baixa ligação com proteínas. • Meia-vida é de 2-4 dias tratamentos são curtos, o efeito é cumulativo. Tomando 5 dias já tem uma concentração pra 10 dias. • COLATERAIS Epigastralgia, função hepática pode alterar, surdez reversível. CLARITROMICINA • Dá muita segurança pra usar. • Ingestão de alimentos não altera a absorção. • Muito bom para G+ • Grande problema é o preço, sendo um pouco mais caro, R$ 80,90... • Usado antes de internas por pneumonia. • COLATERAIS São raros – TGI e prolongamento do TP, leucopenia em menos de 1%. TETRACICLINAS • 2 representantes Tetraciclina e Doxaciclina • MECANISMO Inibidor da porção 30s do ribossomo, impedindo a síntese proteica. o ENTRADA ATRAVÉS DA MB PLASMÁTICA G- Difusão passiva, por canais hidrófilos formados pelas porinas da mb celular externa G+ exige energia metabólica, porém o processo não está elucidado. • ESPECTRO G+, Atípicos, ISTS (gonorreia, clamídia) o Pneumonias o Cepas de MRSA comunitárias o Riquetsias – mordida do carrapato. o H. Pylori – geralmente aí usa associada. • Distribui em todo o organismo, incluindo o LCR • COLATERAL DEPÓSITO DENTÁRIO em menores de 8 anos. o Desmineraliza os dentes, com mais corrosão e quebra o Há uma faixa entre os dentes por deslocamento de cálcio. o Hoje não é tão utilizada por esse efeito colateral. o DEPRIME CRESCIMENTO ÓSSEO NA GESTAÇÃO TAMBÉM. • Hoje, usa só mais pra DSTs CLINDAMICINA MECANISMO Agem na porção 50s dos ribossomos, impedindo a síntese proteica. • ESPECTRO USA NA ILHA DESERTA o Pega G- (bem), G+ (mal) e Anaeróbicos (melhor); Principal função clínica é para os anaeróbicos. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC • RESISTÊNCIA Resistência ao MACROLÍDEO pode gerar uma resistência cruzada à Clinda. • USOS o Acne grau 4 – abscessos na face. o Foliculite. o Infecções cutâneas e de tecidos moles o Pneumonia aspirativa Ceftriaxona + Clinda. • COLATERAIS Eritrema exsudativo (Síndrome de Stevens-Jhoson), pode potencializar efeito de bloqueador neuromuscular, TGI (diarreia, colite pseudomembranosa) LINEZOLIDA MECANISMO age na porção 50s do ribossomo, inibindo a síntese proteica. • ESPECTRO G+, multirresistentes, resistentes à ß-Lactâmicos. • Usada só em nível hospitalar • NÃO AJUSTA DOSE RENAL pode usar em pacientes com Insuficiência Renal. • COLATERAIS o Hematológica – mielosupressão – pancitopenia. o Tóxicos – neuropatia periférica, acidose láctica. o Interações medicamentosas – inibidor fraco e inespecífico da monoaminoxidase. POLIMIXINAS MECANISMO DE AÇÃO DIFERENTE Desorganiza a membrana celular externa dos G-. Aí a permeabilidade da membrana se modifica • ESPECTRO GRAM – • Não vai funcionar nas G+ porque não passa a parede celular espessa delas. • COLÍRIO OTOLÓGICO para nadadores. • Uso também com cateteres junto com neomicina – porque plástico tem pseudomonas • USOS SISTÊMICOS Tratamento de infecções por microorganismos multirresistentes • COLATERAIS Quando aplicada na pele intacta não tem reação sistêmica. Hiperssensibilização é rara com aplicação tópica. o Se EV – Neurotoxicidade, junções neuromusculares (fraqueza muscular, APNEIA), parestesias, vergigem e disartria. BACITRACINA MECANISMO Inibe a síntese da parede celular • ESPECTRO Foco em G+ • Antigamente se usava via EV, mas dava muita toxicidade, por isso hoje é só tópica. o Aplicação tópica dificilmente provoca hipersensibilidade. • Em forma de PÓ para lesões externas. o Tem também pomada oftálmica e otológica. • Forma mais comum – NEOBACETIN – neomicina + Bacitracina. MUPIROCINA MECANISMO inibe a síntese proteica. • ESPECTRO Melhor pra G+ da pele • Utilizada somente tópica – creme e pomada 2% • Pomada foi aprovada para erradicação de S. Aureus em portadores nasais. (para cirurgias cardíacas) • COLATERAIS Pomada pode causar irritação ou sensibilização em aplicações locais. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC METRONIDAZOL MECANISMO Mata a bactéria por estresse oxidativo forma Espécies Reativas e estressa a bactéria. • Penetração da droga na célula bacteriana, ativação redutora (grupo nitrito da droga), efeito tóxico do derivado reduzido (radicais livres), liberação de produtos finais inativos. ESPECTRO Anaeróbicos, Gardnerella, Trichomonas, Entamoeba, Giardíase • Se for ANAERÓBICO – primeiro usa o metronidazol porque é mais específico e não vai induzir resistência de outras cepas, pra depois usar a Clindamicina • São rapidamente absorvidos VO. • VO ou EV – os níveis plasmáticos são praticamente iguais. • Em COLITE – é melhor usar VO porque tem ação direta, EV não adianta. • NÃO PRECISA DE AJUSTE RENAL – Pode usar em Insuficiência Renal. o Meia-vida no anúrico é normal – vai ser excretado por outra via. • Boa distribuição corporal, incluindo barreira placentária. CAPD – Diálise peritoneal contínua ambulatorial • Faz em casa – tem que ter muita higiene – porque pode ter peritonite • Aí é bom usar metronidazol – porque pra fazer diálise tem IRC, aí não precisa ajustar a dose. COLATERAIS • Não recomendada no 1º trimestre de gestação – pode por estresse oxidativo causar lesão no DNA. • NÃO INGERIR ÁLCOOL JUNTO – porque causa reações do Dissufiran. o Sensação de morte iminente, fechamento das VAS, náuseas, mal-estar. QUINOLONAS MECANISMO Inibe as topoisomerases – DNA Girase e Topoisomerase IV – aí ocorre clivagem do DNA nos complexos de enzima-DNA (Girase gira as cadeias de DNA e a Topoisomerase abre as cadeias pra fazer a cópia) São divididos em gerações. • PRIMEIRA GERAÇÃO – Ácido nalidíxico (era 2 escolha ITU na infância) G- • SEGUNDA GERAÇÃO – Norfloxacina (G-), ciprofloxacina (G+ e -), ofloxacina • TERCEIRA GERAÇÃO – Garifloxacina, Levofloxacina o LEVOFLOXACINA – QUINOLONA RESPIRARÓTIA – pega mais os germes do pulmão – pneumonia atípica • QUARTA GERAÇÃO – Trocafloxacina, Moxifloxavina. Possui uma boa distribuição no corpo, porém não está na próstata, osso e líquor. COLATERAIS • Ruptura espontânea de tendão – por isso se restringe medicamento em idosos. – ocorre principalmente em pacientes com mais de 50 anos e em uso de AINES • ARTROPATIAS EM CRINAÇAS – nunca usa em crianças – tem que explicar e relatar muito bem porque está usando (só se paciente tá pra morrer e não tem outro. (também não usa na gestação e lactentes) • Convulsão – começou a aparecer – aí as recomendações de quinolonas diminuíram. SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPIMA O espectro da trimetropina parece com o sulfametoxazol, porém a TMP é mais potente que o SMX. • ESPECTRO G- o Não usa na clínica contra G+, strepto e staphylo. • USOS ITU (muita resistência), Pneumocistose (Pneumocistis Jirovecii), Disenteria Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC MECANISMO DE AÇÃO • SMX inibe a diidropteroato sintetase – no ALTO DA ROTA DA REAÇÃO • TMP impede a redução do diidrofolato em tetraidrofolato – AGINDO MAIS BAIXO NA ROTA • Inibindo o TIMIDALATO – não faz DNA nem RNA • TORNANDO MAIS FÁCIL SÃO ANTIFOLATOS o Só que o TMP bloqueia mais no final da reação, por isso o efeito é mais rápido. o Se bloquear mais no começo da reação, como faz o SMX – ainda pode ter substrato pra célula seguir viva. ROTA Pteridina + PABA ---- bloqueio por SMX ácido diidropteróico --- glutamato Ácido diidrofólico ---- bloqueio pelo TMP Ácido tetraidrofólico COLATERAIS 75% são causadas pela sulfa; Só atingem as células bacterianas (não tem efeito no corpo) • Rash cutâneo, TGI NITROFURANTOÍNASó tem VO, bastante utilizada em ITU. MECANISMO Ainda não se sabe, mas parece ser uma lesão de DNA por espécies reativas de nitrogênio • Urina alcalina (PH Alto) diminui ação do fármaco o Porque o proteus converte nitrato em nitrito – deixando a urina alcalina – aí a nitrofurantoína não adianta usar em proteus. • ESPECTRO G- o Usa em disenteria, mas basicamente ITU. o Proteus é resistente • USO Para profilaxia ¼ da dose de tratamento a noite o Porque a noite tem estase urinária (bactéria consegue ascender) – aí tem que aumentar a concentração do atb a noite pra matar a bactéria. COLATERAL • Náuseas, vômitos, sonolência, cefaleia, erupções cutâneas. • Hemólise em pacientes com deficiência de G6PD – Não tem glutationa dentro da hemácia pra evitar estresse oxidativo. • Hepatotoxicidade • CONTRAINDICADO Gestantes primeiro trimestre, crianças menores de 1 mês, insuficiência renal ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Se pensar primeiro em: • G+ - usa alguma Penicilina • G- - Usa alguma Aminopenicilina - Amplicina • Anaeróbico – Metronidazol Se o paciente estiver DESNUTRIDO – ele pode estar com nível BAIXO DE ALBUMINA • Aí não usa Ceftriaxone – porque ele precisa se ligar na albumina. Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC QUIMIOTERAPIA DA TUBERCULOSE E HANSENÍASE MICOBACTÉRIAS tem parede cerosa e extensa – sendo barreira para diversos fármacos, impedindo a chegada na membrana celular ou citosol • Elas também tem várias bombas de efluxo na membrana celular • E alguns bacilos também tem capacidade de se esconder no interior das células do próprio paciente. RIFAMICINAS – RIFAMPICINA, RIFAPENTINA E RIFABUTINA RIFAMPICINA MECANISMO Penetra nos bacilos de forma dependente da concentração • Se liga a subunidade ß da RNA polimerase dependente de DNA (rpoB – faz o reconhecimento na DNA polimerase) para formar um complexo fármaco-enxima estável • A ligação ao fármaco impede a formação da cadeia da síntese de DNA. ESPECTRO Neisseria! – profilático de suspeita de pneumococo (quem teve contato com pneumococo em ambiente fechado) USOS TERAPÊUTICOS Tuberculose e profilaxia da doença meningocócica e da meningite por H. Influenzae • Não trata meningite, só faz a profilaxia (na via hematogênica, pra não chegar no LCR) RESISTÊNCIA BACTERIANA Deve-se a uma alteração no alvo desse fármaco, a rpoB. COLATERAIS Faz muita interação medicamentosa • Alguns casos raros de hepatite • Exantema, febre, náuseas, vômitos • URINA ESCURA • Sempre melhor tomar em jejum PIRAZINAMIDA MECANISMO DE AÇÃO Inibe enzima acido-graxo-sintetase e não faz a camada micólica • Também reduz o PH intracelular. • Entra na membrana e não sai mais – diminuindo a capacidade de barreira. COLATERAIS Hiperuricemia – porque ela é ácida, urina fica ácida e aí o corpo não secreta tanto o ácido, retendo o ácido úrico. • Pode ocorrer também comprometimento hepático ISONIAZIDA MECANISMO Penetra no bacilo por difusão passiva, é convertido em sua forma tóxica no interior do bacilo. • Age inibindo atividade de enzimas envolvidas na produção de ácido micólico • Também age inibindo a diidrofolato redutase, interferindo dessa forma na síntese de ácidos nucleicos. COLATERAIS Hepatotoxicidase, Neurite periférica (tem que prescrever Piridoxina (VIT B6) pra diminuir lesão de neurônios), interações medicamentosas ETAMBUTOL • MECANISMO Não forma a camada micólica e fica sem barreira. • COLATERAIS poucos. Diminuição da acuidade visual (neurite óptica), perda de distinguir verde e vermelho, exantema, febre, hiperuricemia. AMINOGLICOSÍDEOS – também pode usar Otávio Olivo – MEDICINA UNESC Criciúma - SC FLUOROQUINOLONAS • MECANISMO Inibidores da DNA girasse. CICLOSSERINA/TERIZIDONA • MECANISMO inibem a D-Alanina – “tijolo da parede celular” • COLATERAIS Neuropsiquiátricos, cefaleia, sonolência, psicose, ideais suicidas QUIMIOTERAPIA DA HANSENÍASE DAPSONA Mesmo mecanismo da Sulfa – um anti-folato • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS inibição de lesão tecidual por neutrófilos, inibe atividades mieloperoxidades e enzimas lisissomais do neutrófilo. Age como tampão para radicais livres nos neutrófilos. Inibe a migração dos neutrófilos • USO – lepra, toxoplasma, Pneumocistis jirovecii • COLATERAIS Febre, hematúria, exantema o Insônio, cefaleia, irritabilidade