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O perfil do educador e da educadora 
responsável pelo trabalho na creche
		Ao discutirmos o perfil desejável de um educador(a) de creches é necessário ressaltar dois aspectos fundamentais que servirão como base para a discussão que será proposta nesse texto.
	 O primeiro aspecto é quanto ao perfil, pois considerando que as pessoas possuem características individuais que refletem sua cultura, sua história de vida e as relações afetivas que tiveram ao longo da vida, não devemos pensar em um controle rígido que incentive um padrão, pois cada um terá uma forma diferente de desenvolver o trabalho com crianças a partir de suas características individuais. É preciso esclarecer que a intenção é traçar critérios que valorizem o papel desse profissional, baseando-se nas Diretrizes Nacionais da Educação Infantil.
	 O segundo aspecto é quanto a questão de gênero, pois tradicionalmente a profissão de professora de educação infantil tem sido ocupada exclusivamente pelo universo feminino, refletindo uma concepção de trabalho doméstico e maternagem. Cabe aqui fazer uma pergunta: é possível a inserção de educadores (gênero masculino) no desenvolvimento de trabalhos pedagógicos que envolvam o cuidar e o educar para crianças na faixa etária de 0 a 5 anos?
		Com relação a esse aspecto CERISARA (2002) ressalta:
Insistir sobre o caráter social das relações de gênero significa considerar que, além de uma categoria biológica, o gênero também é uma categoria histórica. Ou seja, o fazer-se homem ou mulher não é um dado resolvido no nascimento, pelas características biológicas de cada um, mas construído por meio de práticas sociais masculinizantes ou feminilizantes, de acordo com as diferentes concepções presentes em cada sociedade. P. 30
 		Os dois aspectos citados acima devem servir de norteadores para a discussão que será desenvolvida aqui. Vale destacar, que ao traçar um perfil profissional de educadores de crianças devemos considerá-los em seu contexto sociocultural; o que significa incluir além das questões de gênero, questões de raça, idade e classe social. É importante considerar ser este um assunto bastante complexo e existem poucos parâmetros para defini-lo de forma absoluta.
		Os Referencias para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente (2009) inserem como tema geral alguns itens necessários para um professor de educação infantil:
Conhecer as diferentes concepções relativas à educação infantil;
Reconhecer as funções do “cuidar” e do “brincar” para o desenvolvimento das crianças e da educação infantil;
Reconhecer o papel do lúdico no desenvolvimento infantil;
Identificar estratégias, abordagens e atividades adequadas para o estágio de desenvolvimento dos alunos da educação infantil;
Identificar estratégias, abordagens e atividades adequadas para alcançar determinados objetivos de aprendizagem na educação infantil;
Identificar rotinas pedagógicas adequadas ao estágio de desenvolvimento dos alunos da educação infantil;
Identificar formas adequadas de organização do espaço pedagógico de acordo com os objetivos de aprendizagem de alunos da educação infantil;
Identificar formas adequadas de utilização de recursos didáticos diversos, de acordo com os objetivos de aprendizagem de alunos da educação infantil.
		Para esse profissional que estamos delineando a partir das considerações das diretrizes postuladas pelo governo e considerando as diferenças dos aspectos socioculturais, alguns pontos são importantes. Entre eles o fato de procurar estar com bom humor e bem disposta/o pois as crianças são ativas e rápidas, necessitam de educadores/as com essas características.
		Outro ponto importante é procurar atuar como mediador/a entre a criança, as suas emoções e o seu ambiente, isso significa ser capaz de interpretar e compreender o que uma criança está sentindo, envolve o conhecimento de muitas emoções. 
		Vale destacar, que em primeiro lugar é necessário que os adultos compreendam e aceitem sua próprias emoções, principalmente, quando essas não são consideradas socialmente positivas, tais como: raiva, inveja, ciume entre outras.
		Geralmente, ao ouvir “Nãos” as crianças manifestam irritabilidades ou choros, saber lidar bem com essas situações é muito importante. Facilita bastante o fato de um adulto saber lidar de forma equilibrada com seus próprios sentimentos.
		Ter equilíbrio emocional facilitará o oferecimento de uma sólida base de afeto – sorrir e falar carinhosamente com as crianças é importante para que elas não se sintam ameaçadas ou pressionadas a fazer coisas que impedem seu desenvolvimento.
		Um outro ponto importante é saber organizar o espaço e o tempo de modo a favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. 
		Com relação a esse aspecto é importante organizar detalhes do ambiente, é fundamental criar uma atmosfera de segurança, tais como: sala bem ventilada, limpa, bonita, com objetos, imagens e cores que estimulem a imaginação.
		Importante também é distribuir o tempo de modo adequado entre as diferentes atividades do dia, para não cansar as crianças e nem deixa-las sem atividades.
		Desde pequenas as crianças já demonstram uma grande capacidade de ajuda mutua. É importante que o professor possa organizar as possibilidades das crianças agirem umas com as outras,de maneira que vivam a multiplicidade de experiências e superem desafios.
		Pensando nesse aspecto é necessário planejar e organizar as brincadeiras infantis, as atividades pedagógicas e as atividades de cuidados com a saúde, avaliando constantemente o desenvolvimento das crianças.
		Outro ponto fundamental é a respeito da construção dos limites considerando as diferentes faixas etárias e a construção de regras coletivas. É importante levar as crianças a participar do processo de tomada de decisão, significa leva-las a fazer uso frequente da palavra e articular ideias de maneira lógica e clara. 
		Isso irá ajudá-las a descentrar e coordenar diferentes pontos de vista, permitindo que possam ser mais autônomas. 
		MELLO (2009), enfatiza que:
Como no mundo tudo é regulado por regras, é preciso ter clareza sobre quais são os limites para que a criança possa experimentar essas regras, às vezes com a tutela, outras vezes com a supervisão dos adultos, e outras tantas sozinha, buscando construir com autonomia sua identidade, suas possibilidades de interação com o meio em que está inserida. P.05 
		Tradicionalmente, as regras eram oferecidas para a criança de forma autoritária, em uma relação em que só o adulto poderia afirmar impositivamente como as coisas seriam organizadas, e muitas vezes nem mesmo procurando ser justo com a criança.
		Atualmente, pesquisas demonstram que é fundamental possibilitar as crianças o direito de escolher e de argumentar no sentido de negociar e renegociar as normas, avaliando se são justas e caso não sejam, poder rediscuti-las de forma continuada e contando com a participação ativa de todos, adultos e crianças.
		Um aspecto facilitador é o fato de poder dialogar com a família procurando saber o que acontece em casa, fazendo relações com o que acontece nos espaços educativos.
		O professor deve procurar conversar com a pessoa que vem trazer e buscar a criança; procurar saber o que houve em casa, enviar recados e avisos pela agenda são ações que integram a parceria família-escola e complementam o trabalho desse profissional.
		Estar sempre procurando investir em sua formação, procurando aprender cada vez mais sobre o seu trabalho é um aspecto que dará vida e sentido a construção da proposta pedagógica cotidiana. 
		Um professor que está sempre em contato com novos conhecimentos de sua área, será capaz de fazer reflexões que possibilitarão o aprimoramento constante. Permitindo o aumento de sua motivação.
		A educadora ou educador de crianças além de uma formação inicial, deve procurar ter curso universitário ou pelo menos o curso de formação de professores e estar sempre interessada em ampliar os seus conhecimentos na área.
		Vale destacar que além dessespontos que foram ressaltados acima segundo MAURA (2004), existem ainda outros aspectos que interferem na atuação desse profissional:
Na organização das atividades dos meninos e meninas que frequentam a escola infantil deve-se considerar as condições especificas dos espaços, como também a divisão da jornada de trabalho, ou seja, o tempo das atividades, sem esquecer a distribuição e o agrupamento das crianças e os materiais e recursos que disponha cada escola. P.340.
		Reconhecer as especificidades de cada contexto educacional é ponto chave, pois as condições de trabalho desse profissional não podem ser analisadas separadamente de seu perfil. O lugar disponível para a realização do trabalho pedagógico deverá ser o grande aliado desse profissional.
		Para favorecer a realização de um trabalho de qualidade é necessário pensar na quantidade de crianças para cada educador (recomenda-se que quanto menor a faixa etária, menos deverá ser a quantidade de criança por adulto). 
		Outros aspectos também importantes estão relacionados a distribuição do tempo e do espaço. É necessário garantir que as crianças possam escolher o que e com quem devem trabalhar, podendo expressar seus reais talentos e interesses.
		ROVIRA e GINER (2004) ao mencionar a respeito de uma boa organização dos meios na sala de aula, enfatizando o fato de que esse aspecto facilitará a tarefa dos adultos e das crianças e ao mesmo tempo oferecerá as crianças destaca como necessário:
Uma atenção especial do professor, que gera confiança.
Um processo de ensino-aprendizagem baseado na manipulação de materiais adequados e diversos.
A descoberta, utilização e o domínio de certos recursos didáticos fundamentais para sua formação integral. P. 354
		 
		Podemos resumir que entre algumas características fundamentais para um/a educador/ora de crianças estão:
respeitar e fortalecer a identidade das crianças e suas famílias;
educar e cuidar da criança, como ser total, completo e indivisível;
articular e integrar conhecimentos, de forma prazerosa;
avaliar a evolução das crianças e registrar seus progressos. 
		Para finalizar é importante destacar uma característica que não deverá faltar em nenhuma hipótese a capacidade do adulto de “entrar no jogo da criança”, ou seja, despir-se de suas características de adulto e tentar entrar no mundo do faz de conta que a criança está inserida. 
		O educador para conseguir tal exito deverá entrar em contato com sua criatividade artística e com o seu humor. O que permitirá que eleve-se a sentidos sem aparentes significados imediatos ou fins previamente estabelecidos.
REFERENCIAS
MAURA, Maria Antonia Pujol. Organização e estratégias pedagógicas. In ARRIBAS, Teresa Lleixá. Educação Infantil: Desenvolvimento, Currículo e Organização escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004
ROVIRA, Mercé Cayuso e GINER, J. Manuel Liop. Meios e Recursos na Escola. In ARRIBAS, Teresa Lleixá. Educação Infantil: Desenvolvimento, Currículo e Organização escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004
BRASIL. Referenciais para o exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Brasília, 2009. 
CERISARA, Ana Beatriz. Professoras de educação infantil: entre o feminino e o profissional. São Paulo: Cortez, 2002.

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