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José Vitor Cambuí Acadêmico de Medicina – UniFASB Resumos – MEDCURSO 1 Manifestações Clínicas e Laboratoriais da Insuficiência Renal Funções renais começam ser perdidas. Importante saber as funções dos rins para identificar as alterações; o Filtração: desempenhada pelo glomérulo; perda de função filtrativa. o Equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico; o Função endócrina. Filtração Retenção de escórias nitrogenadas (azotemia): pericardite, encefalopatia, disfunção plaquetária, manifestações gastrointestinais Ureia e Creatinina elevadas Ureia: normal de 20-40 mg/dL Creatinina: < 1,3-1,5 mg/dL Tendência a sangramento Encefalopatia renal parece com a encefalopatia hepática Pericardite + disfunção plaquetária = pericardite hemorrágica Dor abdominal, vômitos, náuseas Equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico Hipervolemia (edema, congestão, hipertensão...) IR de longa data Alto (aumenta): H (acidose); K; P Retenção de hidrogênio → acidose metabólica Retenção de potássio → hipercalemia Hiperfosfatemia Baixo (diminui): Ca; Na Excesso de água → diluição do sódio Excesso de fosfato → consumo do cálcio → hipocalcemia “IR é BaCaNa” Cálcio com atividade orgânica é o cálcio livre → interage com os tecidos A acidose enfraquece a ligação do cálcio com a albumina, separando-os → ↑ fração livre do cálcio → ↑ interação do cálcio com os tecidos (um efeito protetor) Função endócrina ↓ Eritropoetina → Anemia ↓ Vitamina D (calcitriol) → Doença Óssea Detalhe: apenas na DRC! Anemia da doença renal A última etapa para ativação da vitamina D é no rim. A vitamina D é essencial para a absorção do cálcio IR → ↓ absorção de cálcio → doença óssea As situações de disfunção endócrina renal demoram tempo para se manifestarem → Apenas na DRC Insuficiência Renal Aguda x Crônica Aguda x Crônica Evolução rápida, mas reversível Evolução lenta, mas irreversível SEM anemia ou doença óssea COM anemia ou doença óssea Creatinina prévia normal Creatinina prévia alterada USG renal normal USG renal alterada: ↓ rim (< 8,5 cm) (por fibrose); perda da relação córtico-medular José Vitor Cambuí Acadêmico de Medicina – UniFASB Resumos – MEDCURSO 2 LESÃO/injúria RENAL AGUDA Definição: o ↑ creatinina ≥ 0,3 mg/dL em 48 horas; ou o ↑ creatinina ≥ 50% em 7 dias; ou o ↓ diurese < 0,5 mL/Kg/h em 6 horas. Classificação: o “Para ouvir falar”: RIFLE, AKIN. Tratamento: o Depende da causa. TIPOS CAUSAS TRATAMENTO Pré-renal (55%) Hipoperfusão renal: hipovolemia; choque Restaurar volemia Intrínseca/Renal (40%) Lesão renal direta: glomerulopatias; NTA; NIA... Abordar a causa Pós-renal (5%) Obstrução urinária: próstata; cálculo Desobstruir Detalhes da prova: o EAS/Sumário de urina: Eosinofilúria → NIA ou Ateroembolismo; Cilindro hemático → Glomerulonefrite; Cilindro hialino → Pré-Renal; Cilindro granuloso/epitelial → NTA. Pré-renal NTA NaUR Baixo / < 20 mEq/L Alto / > 40 mEq/L Fração de Excreção (FE)Na Baixo / < 1% Alto / > 1% OsmolaridadeUR Alta (concentrada) / > 500 mOsm/L Baixa (diluída) / < 350 mOsm/L Relação ureia/creatinina (sangue) > 40 < 20 Cilindros Hialino Epiteliais (ou granuloso) o Quando dialisar de urgência? Refratariedade de: hipervolemia, hipercalemia e acidose; Caso grave (uremia franca): encefalopatia, pericardite e hemorragia... Intoxicação exógena; *Não há nenhum valor de creatinina que vá indicar diálise. DOENÇA RENAL CRÔNICA Definição: o Evolução lenta, mas irreversível; o ↓ filtração: TFG < 60 mL/min; OU o Lesão renal: albuminúria ≥ 30 mg (por dia ou por grama de creatinina). Causas: o HAS (Brasil) e DM (mundo) – as principais causas. Classificação: POR MAIS DE 3 MESES! José Vitor Cambuí Acadêmico de Medicina – UniFASB Resumos – MEDCURSO 3 o TFG e albuminúria; o O padrão ouro da avaliação da TFG é o Clearance de Inulina; o Utilizado é o Clearance de Creatinina; MDRD; CKD-EPI (maior acurácia); Cockcroft-Gault (possível de usar): ; x 0,85 (se for mulher). Definição: ↓ filtração: TFG < 60 mL/min; OU Lesão renal: albuminúria ≥ 30 mg (por dia ou por grama de creatinina) Por mais de 3 meses Estágio TFG (mL/min) Conduta Estágio Albuminúria G1 ≥ 90 Evitar progressão: iECA (pril) ou BRA-II (sartan) *Há apenas albuminúria A1 < 30 G2 ≥ 60 A2 30 – 300 G3 A ≥ 45 Tratar complicações (anemia, doença óssea) *Pode manter a conduta dos estágios acima também A3 > 300 G3 B ≥ 30 G4 ≥ 15 Preparar diálise; transplante *Continua tratando a anemia e a doença óssea G5 < 15 Diálise; transplante *O estágio G1 e G2 tem albuminúria como única alteração, pois sua TFG está maior que 60 mL/min. Anemia Principal causa: ↓ Eritropoetina. Tratamento: o Alvo: Hb entre 10 – 12 g/dL; Reposição de EPO; Manter ferritina ≥ 200 e Saturação de transferrina ≥ 20%; Se tiver baixo → Repor. Doença Óssea – Osteodistrofia Renal Cálcio absorvido no intestino através da Vitamina D (que é ativada pelo rim – calcitriol) → cálcio na matriz óssea; PTH → tira o cálcio do osso e joga no sangue; Formas de Osteodistrofia Renal (hiperpara 2º; ↑ Turn-Over): o Osteíte fibrosa: ↓ função renal → ↑ Fosfato (consome cálcio) + ↓ Vitamina D (↓ absorção cálcio) → ↓ CÁLCIO → ↑ PTH (hiperparatireoidismo secundário) → Reabsorção óssea; O organismo vai tentar compensar essa hipocalcemia → ↑ PTH; Valor normal de fosfato: 2,5-4,5 mg/dL; Valor normal de PTH: 10-60 pg/dL; PTH → ↑ Osteoclastos (Reabsorção Óssea) + ↑ Osteoblastos (Neoformação Óssea); A neoformação óssea é muito rápida e vai ocorrer de forma imperfeita → ↑ Turn-Over. Alterações: Reabsorção subperiosteal das falanges: alteração óssea mais precoce; José Vitor Cambuí Acadêmico de Medicina – UniFASB Resumos – MEDCURSO 4 Crânio em sal e pimenta: áreas de destruição e neoformação óssea; Coluna em Rugger-Jersey: reabsorção maior na parte intermediária das vértebras; Tumor marrom: osteoclastoma (PTH → ↑ Osteoclastos). Conduta: Primeira medida: atacar a elevação do fosfato; o 1ª: Restringir fósforo na dieta (800-1000 mg/dia). Segunda medida: medicamento para atacar esse fosfato; o 2ª: Quelante de fósforo: sevelamer; carbonato de cálcio. 3ª: Vitamina D: calcitriol/paricalcitol (análogo da Vitamina D ativada); 4ª: Calcimimético: cinacalcete (diminui a liberação de PTH pela paratireoide). Maldade: Com muito estímulo, a paratireoide pode começar a funcionar sozinha liberando grandes quantidades de PTH (paratireoide autônoma); DRC com hipercalcemia → Hiperpara 3º; o Conduta: cirurgia (paratireoidectomia). o Doença Óssea Adinâmica (baixo turn-over): Diagnóstico:↓ PTH e ↑ Ca; Conduta: ↓ intensidade do tratamento da osteíte fibrosa. Terapia de Substituição Renal Transplante renal: o Imunossupressão: corticoide + inibidor de calcineurina (tacrolimus ou ciclosporina) + antiproliferativo (micofenolato ou azatioprina). Diálise: o Hemodiálise: veia jugular interna, veia femoral, fístula AV; o Peritoneal: criança, sem acesso, intolerância à HD.
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