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Aula 04: Revisão Administração da Produção Layout Produtivo 2 Aula 1 Histórico da Administração da Produção Dimensões da produção Sistema Entrada-processo-saída Tipologias de produção Percursores da Administração Muitas das teorias e técnicas usadas para administrar as organizações da atualidade são ideias que evoluíram de práticas do passado. 3 Grandes projetos do oriente Organizações militares Grécia Roma Renasciment o Revolução Industrial Desde 4000 a.C. Desde 3500 a.C. 500 a.C. Entre VII a.C. e IV d.C. Século XVI Século XVIII Administração de projetos de engenharia: cidades, pirâmides, projetos de irrigação Organização, disciplina, hierarquia, logística, planejamento de longo prazo, formação de recursos humanos Democracia, ética, qualidade, método científico Administração de império, multinacional, formação de executivos, grandes empresas privadas, exército profissional Retomada dos valores humanistas, grandes empresas de comércio, invenção da contabilidade, Maquiavel Invenção das fábricas, surgimento dos sindicatos, início da administração como disciplina Módulo 1 Percursores da Administração Era da produção artesanal (até 1850) até o século XIX, o mundo ocidental era predominantemente rural e agrícola; muitos bens eram fabricados por pessoas altamente habilidosas, utilizando ferramentas simples e flexíveis, uma por vez, vendidos pelos próprios fabricantes em pequenos mercados e/ou vilarejos. O sistema de aprendizagem um artesão supervisionava de perto o trabalho de vários aprendizes durante um longo período de treinamento; as partes eram feitas individualmente e personalizadas para um determinado produto; na maioria dos casos um produto era feito, do início ao fim, pela mesma pessoa; o nome do artesão constava no produto e uma excelente reputação era a chave do sucesso do negócio. 4 Módulo 1 Percursores da Administração Nascimento do sistema fabril o desenvolvimento da força a vapor e a introdução de máquinas (que favoreciam a economia do trabalho humano) no início do séc. XVIII, levou ao desenvolvimento do sistema fabril na Inglaterra; as primeiras fábricas eram pequenas e empregavam uma série de operações artesanais, equipamentos inflexíveis que originavam uma linha limitada de produtos; os proprietários eram tecnicamente competentes e tomavam decisões levando em conta escolha de equipamentos e a tecnologia do processo; coordenação e controle eram relativamente simples e delegados à capatazes que detinham completo controle da força de trabalho. 5 Módulo 1 Percursores da Administração Nascimento do sistema fabril o conceito da “especialização do trabalho” – atribuir reduzido núcleo de tarefas a cada trabalhador, cuja repetição leva ao aumento da competência - levantado por Adam Smith em “A Riqueza das Nações” teve um tremendo impacto no processo de produção; redução de tempo gasto nas operações, aumento da produtividade, redução de custos de produção; este sistema rapidamente se espalhou pelos Estados Unidos e mais lentamente pelo resto da Europa; no final do Séc. XVIII, Eli Whitney pavimentou o caminho para a “produção em massa”, através da combinação da especialização do trabalho com o conceito de “intercambiáveis”. 6 Módulo 1 Administração Clássica Escola Clássica de Administração – tem este nome porque suas ideias permanecem e continuam influenciando a prática da administração até hoje. 7 Autor e local Contribuição Escola Enfoque 1900 Frederick Taylor (EUA) Movimento da administração científica Clássica Eficiência dos processos produtivos 1910 Henry Fayol (França) Processo da administração Clássica Papel da administração nas organizações e outros empreendimentos 1910 Max Weber (Alemanha) Tipo ideal de burocracia Clássica Natureza burocrática das organizações 1910 Henry Ford (EUA) Linha de montagem móvel Clássica Produção em massa 1920 Walter Shewhart (EUA) Controle da qualidade Qualidade Controle da qualidade dos produtos fabricados em massa 1920 Ludwing von Bertalanffy (Alemanha) Teoria dos sistemas Pensamento sistêmico Complexidade, totalidade 1930 Elton Mayo (EUA) Relações humanas Relações humanas Comportamento das pessoas em situações de trabalho Módulo 1 Administração contemporânea 8 Autor e Local Contribuição Escola Enfoque 1920 Pierre du Pont e Alfred Sloan (EUA) Desenvolvimento do modelo de gestão das grandes corporações Estratégia Organização em unidade de negócio e planejamento estratégico 1920 Diversos Desenvolvimento do processo da adm de Fayol Clássica Aplicação do processo da adm a diferentes situações 1920 Deming, Juran, Ishikawa e Feigenbaym (EUA e Japão) Desenvolvimento e prática da qualidade total Qualidade Qualidade como um problema sistêmico e compromisso da organização 1940 Peter Drucker (EUA) Administração por objetivos Estratégia Administrar com foco nos objetivos da empresa 1950 Ohno e Toyota (Japão) Modelo japonês de administração Modelo japonês Eliminação de desperdícios Módulo 1 Adm pós-guerras No final dos anos 50 e início de 60, estudiosos publicaram artigos narrando os problemas enfrentados pelos gerentes de produção e operações, aconselhando o uso de métodos quantitativos; Enquanto a capacidade de produção começava a ultrapassar a demanda, surgia também o marketing como ferramentas das empresas aumentarem a demanda por seus produtos. Era latente também o desejo pela aquisição de novas empresas, área de direito, entre outros que se tornaram importantes. Ao contrário dos EUA, o ambiente competitivo, social e econômico do pós 2ª guerra mundial, no Japão e boa parte dos países europeus, não era propício ao sistema de produção em massa; 9 Módulo 1 Adm da qualidade Deming – predominância do cliente; importância da mentalidade preventiva; e necessidade do envolvimento da alta administração. Feigenbaum – qualidade desde o início do produto ou serviço, a partir do desejo do cliente; garantia e responsabilidade pela qualidade. Ishikawa – círculos de qualidade, ferramentas da qualidade e administração da qualidade total. 10 Módulo 1 Modelo japonês Os japoneses desenvolveram um método que envolvia times usando equipamentos flexíveis para produzir uma enorme variedade de produtos em pequenos volumes; Desenvolvida na fábrica de automóveis Toyota, por seu engenheiro Taiichi Ohno e o proprietário Eiji Toyoda; Cultura voltada para a eliminação dos desperdícios, qualidade total, produção customizada e produção enxuta. 11 Módulo 1 Administração hoje Gestão por projetos; Gestão por processos; Gestão da inovação; Entre outros 12 Módulo 1 13 Administração da produção é a atividade de gerenciar recursos destinados à produção e disponibilização de bens e serviços; A função de produção é a parte da organização responsável por esta atividade; conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade; As atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longo prazos se inter-relacionam, muitas vezes, de forma extremamente complexa; Administração da Produção Módulo 1 Principais funções 14 Função Descrição Planejamento Processo de definir objetivos, atividades e recursos. Organização Processo de definir e dividir o trabalho e os recursos necessários para realizar os objetivos. Implica a atribuição de responsabilidades e autoridade a pessoas e grupos. Liderança Processo de trabalhar com pessoas para assegura a realização dos objetivos. Execução Processo de realizar atividades e consumir recursos para atingir os objetivos. Controle Processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los. Módulo 1 Processos Produtivos 15 Processo é um conjunto claramente definido de atividades sequenciais (conectadas), relacionadas elógicas que tomam um input com um fornecedor, acrescentam valor a este e produzem um output para o cliente externo. Processo produtivo gerencia o processo geral de transformação, numa abordagem agregada da organização dos processos de fabricação de bens ou serviços; A definição de gestão da produção impacta na seleção do layout da unidade produtiva e no projeto do sistema de manuseio, no qual são definidos os meios e os mecanismos para interação de todos os centros de produção. Módulo 1 Dimensões da produção 16 Volume – Quantidade a ser produzida; grau de repetição e sistematização do ambiente; Ex.: hambúrgueres McDonalds x Prato único do Chef Variedade – opções a serem escolhidas; Ex.: táxi x ônibus circular Variação – tipos de demanda; flexibilização de atividades; Ex.: hotel de inverno x hotel fazenda Visibilidade – percepção das atividades pelo consumidor; Ex.: loja de materiais de construção x Apple Store Módulo 1 Dimensões da produção 17 Módulo 1 Exercício resolvido 18 Hotel Mwagusi: Relativamente poucos hóspedes; Variedade de serviços alta, pois cada cliente pode requisitar o que deseja em termos de comida e entretenimento; Variação de clientes é considerada alta, pois é voltado para fins de semana e feriados; Visibilidade alta, pois há contato direto entre os funcionários e os clientes. Hotel Formule 1: Volume alto de hóspedes; Variedade de serviços é limitada aos do contrato; Tipo de demanda estabelecida pela posição do hotel (normalmente perto de condomínios industriais); Contato mínimo com o consumidor. Módulo 1 Exercício resolvido 19 Volume Variedade Variação Visibilidade AltoBaixo F1 F1 F1 F1MS MS MS MS Módulo 1 Engenharia Industrial 20 Analisa, mede e melhora os métodos de execução de tarefas designadas a indivíduos; Projeta e instala melhores sistemas de integração das tarefas designadas a um grupo; Especifica, prediz e avalia os resultados obtidos. Compete à Engenharia Industrial o projeto, a melhoria e a implantação de sistemas integrados envolvendo homens, materiais e equipamentos; especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física e ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise de projeto de engenharia (American Institute of Industrial Engineers). Módulo 1 Engenharia Industrial 21 Determina os seguintes elementos: Objeto de execução – definição do produto, obra ou serviço; Meios de execução – pessoal, material, aprovisionamento, entre outros; Modalidades de execução no tempo; Métodos de execução. Principais funções do Engenheiro industrial Direção Geral; Estudo técnico; Preparação do trabalho; Concepção de produtos/ serviços. Módulo 1 A empresa como um sistema 22 A empresa, seja industrial ou de serviços, evolui de acordo com suas próprias características, as quais estão sujeitas a um contínuo processo de mudanças, assim como de acordo com as influências recebidas pelo seu meio ambiente. Sistema Conjunto de elementos inter-relacionados com um objetivo comum. Sistemas de produção Tem por objetivo a fabricação de bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de informações. Módulo 1 23 Recursos de entrada a serem transformados Materiais; Informação; Consumidores; Energia... Recursos de entrada de transformados Instalações; Pessoal; Máquinas; Ferramentas... Saídas Bens e serviços Processos Projeto; Compras; Produção; Vendas; Financeiro; PCP; Qualidade, RH... Mercado Consumidor Competição Recursos de entrada (Input) Recursos de Saída (Output) Planejamento Controle Módulo 1 Gestão da Produção 24 O processo de negócio da gestão de produção não é igual para todas as empresas. Deve ser modelado de acordo com as restrições características de cada tipo de sistema produtivo; Os sistemas produtivos podem ser diferenciados através do grau de participação do cliente na constituição do produto final – Gerenciamento da Demanda; Demanda Independente – demanda direta do cliente (um cliente decide comprar independente das ações da empresa); Demanda dependente – demanda de acordo com os pedidos e quantidades em produção (Ex.: 5 pneus por carro). Módulo 1 Tipologias de produção 25 Dependendo do ponto de entrada do pedido, mudança da demanda independente para dependente, as empresas podem ser classificadas em quatro tipos de produção: Tarefas Make to Stock Assembly to order Make to Order Engeneering to Order Informação Prover Provisão Gerenciamento da Configuração Especificação do produto Requisitos do produto Planejamento Projetar níveis de estoque Determinar datas de entrega Prover capacidade de engenharia Projetar produto Controle Assegurar níveis de serviço ao cliente Atender datas de entrega Ajustar capacidade às necessidades dos clientes Atender escopo, tempo e custo do projeto Módulo 1 Make to Stock 26 Fazer para estoque - A produção é baseada na previsão da procura; Nenhum produto é feito por encomenda, pois os pedidos são efetuados com base no estoque de produtos acabados; Estes sistemas possuem a vantagem de possuir uma rápida entrega dos produtos, contudo os custos associados aos estoques armazenados podem ser elevados. Ex.: Estacionamentos, indústria autopeças, fábrica parafusos, etc. Módulo 1 Assembly to Order 27 Montagem sob encomenda; Neste tipo de sistema os subconjuntos, grandes componentes e outros materiais são armazenados até ser recebido o pedido dos clientes; Define-se os componentes alternativos para cada variação do produto, dando à demanda o poder de escolher as combinações e montar o produto final; Nesta tipologia gerencia-se as combinações e não os pedidos acabados. Ex.: Computadores Dell, combinação de peças de vestuário, etc. Módulo 1 Make to Order 28 Fazer sob encomenda – a etapa de produção só é iniciada após se ter recebido o pedido de encomenda; Não se tem certeza do que os clientes vão comprar, nem suas quantidades e datas de entregas; Mantêm-se estoque inicial ou bom relacionamento com fornecedores; Os tempos de entrega tendem a ser de médio ou longo prazo. Ex.: Armários embutidos, Mármores e pedras, etc. Módulo 1 Engeneering to Order 29 Engenharia por encomenda; É uma extensão do MTO, com o planeamento do produto a ser feito quase exclusivamente de acordo com as especificações do cliente; São feitos produtos bastante personalizados e o nível de interação com o cliente é muito elevado. Ex.: Construção civil; manutenção em barragens; etc. Módulo 1 Tipologias de produção 30 Projetar produto Comprar MP Produzir produto Entregar produto Projetar produto Comprar MP Produzir produto Entregar produto Projetar produto Comprar MP Produzir produto Entregar produto Projetar produto Comprar MP Produzir produto Entregar produto Demanda Make to Stock Demanda Assembly to Order Demanda Make to Order Engeneer to Order Demanda Módulo 1 Racionalização do trabalho 31 ➢ Administração Científica – Taylorismo ➢ Transferência da habilidade do artesão para a máquina; ➢ Substituição da força animal/humana pela potência da máquina; ➢ Análise dos movimentos ➢ Movimentos inúteis eram eliminados; ➢ Movimentos úteis eram simplificados; ➢ Objetivos ➢ Eliminação do desperdício do esforço humano; ➢ Adaptação do operário à tarefa; ➢ Treinamento do operário; ➢ Maior especialização; ➢ Normas detalhadas de execução do trabalho. Módulo 1 Racionalização do trabalho 32 ➢ Fordismo ➢ Popularizar produtos artesanais e antes destinados a milionários; ➢ Padronização excessiva; ➢ Divisão máxima do trabalho. ➢ Linha de montagem móvel ➢ Trabalhador não dará nenhum passo supérfluo; ➢ Não permitir cansaço inútil; ➢ Peças dispostas na ordem dasoperações; ➢ Intercambialidade e padronização das peças; ➢ Uso da gravidade; ➢ Economia de movimentos e de faculdades mentais. Módulo 1 A racionalização hoje 33 ➢ A divisão do trabalho é comum no cotidiano de todos; ➢ A especialização do funcionário passou a ser algo buscado, não para serviços comuns, mas sim para operações mais delicadas (Ex.: Médico cardiologista x Clínico Geral; Engenheiro civil x Engenheiro elétrico); ➢ Tarefas monótonas e repetitivas são atribuídas a robôs; ➢ Utilização de transporte por esteiras; ➢ Atividades automatizadas; ➢ Trabalho manual apenas em quesitos específicos, quase artesanais; ➢ Conceito de agregação de valor aos produtos e serviços. Módulo 1 34 Módulo 1 Amplie seu conhecimento 35 Livros Administração da Produção (Martins e Laugeni) – Cap1; Administração da Produção (Slack, Chambers e Johnston) – Cap 1; Projeto de Fábrica e Layout (Neumann e Scalice) – Cap8. Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=ErgG39vJBb0 https://www.youtube.com/watch?v=HKLpHNK-vS0 https://www.youtube.com/watch?v=jnR46Kwwwio https://www.youtube.com/watch?v=jWwx-e2odXc https://www.youtube.com/watch?v=daKhk7ZvoSs Módulo 1 https://www.youtube.com/watch?v=HKLpHNK-vS0 https://www.youtube.com/watch?v=HKLpHNK-vS0 https://www.youtube.com/watch?v=jnR46Kwwwio https://www.youtube.com/watch?v=jWwx-e2odXc https://www.youtube.com/watch?v=daKhk7ZvoSs 36 Aula 2 Tipos de Processos Arranjo Físico de processos Tipos de processos 37 Variam de acordo com o efeito volume-variedade; Operações produtivas diferentes ou mesmo dentro de uma mesma operação podem adotar diferentes tipos de processos; Tipos de processos de manufatura: Processos por projeto; Processos de jobbing; Processos de lotes; Processos em massa; Processos contínuos. Tipos de processos de serviços: Serviços profissionais; Lojas de serviços; Serviços de massa. Módulo 1 Processos de manufatura 38 Processos de projeto: Produtos bastante customizados; Lead time longo; Baixo volume e alta variedade; Ex.: Construção de navios, construção civil, instalação de sistemas de informática. Processo de jobbing: Baixo volume e alta variedade; Recursos de operação compartilhados; Produtos diferem entre si em suas necessidades específicas; Alfaiates, gráficas, restauradores de móveis. Módulo 1 Processos de manufatura 39 Módulo 1 Projeto Jobbing Processos de manufatura 40 Processos em lotes ou bateladas: Abrange nível amplo de variedade e volume; Produzir mais do que uma unidade – por lotes de produtos; Execução do lote por determinado período; Vestuário, calçados, brindes; Processo de Produção em massa: Alto volume e baixa variedade; As variações de tarefas não afetam o processo básico de produção; Atividades repetitivas e previsíveis; Automóveis, alimentos, produção de dvds ou televisões. Módulo 1 Processos de manufatura 41 Módulo 1 Lote Massa Processos de manufatura 42 Processos contínuos: Volumes extremos sem variedade; Fluxo sem interrupções de um único produto; Cervejarias, petroquímicas, centrais elétricas. Módulo 1 Processos de serviços 43 Serviços Profissionais: Alto contato com os clientes; Atende necessidades individuais com alta customização; Baseados em pessoas, em como o serviço é prestado; Consultores em gestão, advogados, arquitetos, cirurgiões, etc. Lojas de serviços: Combinação de atividades entre serviços; Meio termo entre serviços profissionais e em massa; Levemente padronizado os serviços prestados; Academias, excursões de lazer, lojas em ruas comerciais, restaurantes, etc. Módulo 1 Processos de serviços 44 Serviços em massa: Alta transação com os clientes, tempo de contato limitado e pouca customização; Baseado em equipamentos e orientados para o produto. Emissoras de televisão, centrais telefônicas, vendas de passagens em guichês. Módulo 1 Processos de serviços 45 Módulo 1 Arranjos Físicos de Processos 46 Também conhecido por Layout Produtivo, diz respeito ao posicionamento físico dos recursos transformadores de uma operação; Decisão de onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal; Ao longo do século XX, com estudos de vários autores como Taylor, Barnes, Maynard, Gilbreth e outros, o arranjo físico deixou de ser intuitivo e passou a ter uma série de conceitos e técnicas de visualização de processos que permitiram a sua evolução para uma área de estudos com corpo próprio (MUTHER, 1978); O Layout de um sistema de produção é o produto principal da engenharia de produção, sendo determinante para o seu projeto o tipo de produto, o tipo de processo de fabricação e o volume de produção (NEUMANN; SCALICE, 2015). Módulo 1 Arranjos físicos x tipos de processos 47 Módulo 1 Arranjo físico posicional 48 Também conhecido por Layout de posição fixa ou Project shop; Os materiais ou componentes principais permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas, pessoas e equipamentos se deslocam até o local, executando as operações necessárias; Ex.: Construção de rodovias, cirurgia de coração, estaleiro ou fábrica de aviões, construção civil em geral, UTI de hospital, entre outros. Módulo 1 Arranjo físico posicional 49 A eficácia deste arranjo está ligada à programação de produção/projeto e à confiabilidade das entregas; Deve-se dar aos recursos transformadores a possibilidade de maximizar sua contribuição ao processo de transformação, permitindo-lhes prestar um bom ser serviço ao recurso transformado; Recomendado para um produto único, em quantidade pequena ou unitária e, em geral, não repetitivo; Módulo 1 Arranjo físico posicional 50 Módulo 1 Arranjo físico posicional 51 A principal ferramenta utilizada para organizar este tipo de layout é o chamado gráfico PERT/CPM, baseado em Controles de Gestão de Projetos; O PERT/CPM escalonam diversas atividades e estudam o plano do projeto, indicando a necessidade de recursos e espaços para a execução de cada atividade; As redes PERT evidenciam as relações de precedências entre atividades e permitem calcular o tempo total de duração de um projeto, enquanto o CPM indica o caminho crítico, o qual não tem margem de atraso; Ambos foram desenvolvimentos com o objetivo de auxiliar no planejamento e controle de grandes projetos, sendo representados graficamente pelo diagrama de redes; Além destes, a inclusão de custos e recursos se faz necessária, gerando por fim, o diagrama de Gantt. Módulo 1 Arranjo físico posicional 52 Módulo 1 A EDB C G H F Exercício Resolvido 53 Elaborar o diagrama de rede das atividades abaixo. Módulo 1 Exercício Resolvido 54 Módulo 1 Arranjo físico Funcional 55 Também conhecido por Layout por processos ou job shop; Todos os processos e equipamentos do mesmo tipo são desenvolvidos na mesma área; O material se desloca buscando os diferentes processos; Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica e é adequado para produções diversificadas em pequenas ou médias quantidades; Ex.: hospitais (centro de raio-X, laboratório de análises), supermercados, bibliotecas, etc. Módulo 1 Arranjo físico Funcional 56 Módulo 1 A B C Arranjo físico Funcional 57 Busca dar aos recursos transformadores a possibilidade de maximizar sua contribuição ao processo de transformação, permitindo-lhes prestar um bom ser serviço ao recurso transformado; Diferentes formas de alocação dos recursos produtivos (calculado por N!); Informações necessária para Layout Posicional: Área requerida por centro de trabalho; Nível e direção do fluxo (jornada, número de carregamentos, custo por distância); O quão desejável é manter centros de trabalho próximos entre si. Módulo 1 Arranjo físico Funcional 58 A primeira ferramenta utilizada em Layouts por processo é a Carta De-Para, que busca minimizar custosde transportes entre departamentos; Podem vir a ser estruturadas em forma de matrizes, com o cruzamento igual da primeira linha e coluna, registrando a intensidade de fluxo entre as operações A ideia é minimizar as distâncias ou custos seguindo a equação: 𝐸𝑓𝑖𝑐á𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑗𝑜 = σ𝐹𝑖𝑗𝐷𝑖𝑗𝐶𝑖𝑗 F – fluxo de carregamentos; D – distância entre os centros de trabalho; C – custo por distância percorrida. Módulo 1 Arranjo físico Funcional 59 Exemplo Gráfico Módulo 1 Arranjo físico Funcional 60 Outra ferramenta usual para o layout posicional é o Diagrama de afinidades ou Carta de Interligações Preferenciais; Ele é estruturado em forma de matriz triangular onde nas interseções entre linhas são registrados os graus de afinidade. Módulo 1 Exercício resolvido 61 Selecione a melhor alternativa para o Layout Funcional: A D CB E F 10 25 15 18 29 D A FC E B 10 25 15 18 29 Alternativa 1 Alternativa 2 Setores Qtde AB 100 AC 50 AD 80 AE 30 BC 80 BE 60 BF 100 CD 50 CF 80 DE 90 DF 30 Distância Custo Até 10m R$1,00 Entre 11m e 20m R$1,50 Acima de 20m R$2,00 Módulo 1 Exercício resolvido 62 Setores Qtde Distância Custo (R$) Total (R$) AB 100 10 1,00 1000,00 AC 50 35 2,00 3500,00 AD 80 18 1,50 2160,00 AE 30 15 1,50 675,00 BC 80 25 2,00 4000,00 BE 60 18 1,50 1620,00 BF 100 29 2,00 5800,00 CD 50 29 2,00 2900,00 CF 80 15 1,50 1800,00 DE 90 10 1,00 900,00 DF 30 25 2,00 1500,00 TOTAL 25855 Alternativa 1 Módulo 1 Exercício resolvido 63 Setores Qtde Distância Custo (R$) Total (R$) AB 100 35 2,00 7000,00 AC 50 18 1,50 1350,00 AD 80 15 1,50 1800,00 AE 30 10 1,00 300,00 BC 80 29 2,00 4640,00 BE 60 25 2,00 3000,00 BF 100 15 1,50 2250,00 CD 50 10 1,00 500,00 CF 80 25 2,00 4000,00 DE 90 18 1,50 2430,00 DF 30 35 2,00 2100,00 TOTAL 29370 Alternativa 2 Módulo 1 Exercício resolvido 64 A D CB E F 10 25 15 18 29 D A FC E B 10 25 15 18 29 Alternativa 1 Alternativa 2 A Alternativa 1 tem menor custo que a 2, portanto deve ser preferida. R$25855,00 R$29370,00 Módulo 1 Exercícios de Fixação 65 1) Determine o melhor Layout entre as duas alternativas utilizando Layout Funcional. A tabela apresenta as quantidades a serem transportadas e a figura as distâncias. Origem A B C D A 20 30 10 B 10 20 10 C 20 30 20 D 30 20 10 Destino A B C D 30 20 15 10 C A D B 30 20 15 10 Alternativa 1 Alternativa 2 Módulo 1 Arranjo físico Celular 66 Também conhecido como Células de Manufatura; Consiste em moldar em um só local (a célula) máquinas diferentes que possam fabricar o produto por inteiro ou uma família de produtos; O material se desloca dentro da célula, buscando os processos necessários; Aumenta a flexibilidade e o tamanho dos lotes, reduzindo transporte de material e estoque intermediário; Ex.: Célula de solado de borracha x células de solado de EVA; Buffet de frios x buffet principal x buffet de sobremesas. Módulo 1 Arranjo físico celular 67 Módulo 1 Arranjo físico Celular 68 Baseia-se no trabalho cooperativo ou em time de pessoas que formam um grupo coeso com relação à produção a realizar; Formação de famílias: Conceito Russo Agrupar peças em função dos equipamentos de processo; Agrupar peças por forma geométrica; Agrupar por tipo de projeto; Agrupar por similaridade do ferramental necessário. Conceito da codificação: Cada dígito depende do dígito anterior Peça 312 (diâmetro externo >0,8mm; diâmetro interno <0,5mm; furo passante central) Módulo 1 Arranjo físico Celular 69 Matriz de incidência (Formação de família): Conceito do fluxo de processos Utiliza dados de fabricação, com tempos, máquinas, componentes, entre outros; Monta-se uma matriz de processos e a ordena por conjunto de fatores determinantes. Partes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A x x x x x B x x C x x x x D x x x x x E x x x F x x x G x x x x H x x x Máquinas Partes 1 2 4 8 10 3 6 9 5 7 11 12 A x x x x x D x x x x x F x x x C x x x x G x x x x B x x H x x x E x x x Máquinas Módulo 1 Arranjo físico Celular 70 Matriz de incidência Algoritmo DCA (CHU; TSAI, 1990) Somar os elementos positivos das colunas e linhas e rearranjar a matriz com as colunas em ordem decrescente e as linhas em ordem crescente; Iniciando com a primeira linha, mover as colunas que possuam entradas positivas mais à esquerda possível da matriz; Iniciando com a primeira coluna, mover as linhas possuam entradas positivas para a parte superior da matriz. Módulo 1 Arranjo físico Celular 71 Algoritmo DCA Módulo 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 B 1 1 1 1 1 1 1 7 C 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 D 1 1 1 1 1 1 1 7 E 1 1 1 1 1 1 1 7 F 1 1 1 1 1 1 1 7 G 1 1 1 1 1 1 1 1 8 H 1 1 1 1 1 1 6 2 2 5 4 2 5 4 2 3 3 3 3 2 3 2 2 3 4 2 5 M áq u in as Peças 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 B 1 1 1 1 1 1 1 C 1 1 1 1 1 1 1 1 1 D 1 1 1 1 1 1 1 E 1 1 1 1 1 1 1 F 1 1 1 1 1 1 1 G 1 1 1 1 1 1 1 1 H 1 1 1 1 1 1 M áq u in as Peças Arranjo físico Celular 72 Algoritmo DCA Módulo 1 3 6 20 4 7 18 9 10 11 12 14 17 1 2 5 8 13 15 16 19 H 1 1 1 1 1 1 6 B 1 1 1 1 1 1 1 7 D 1 1 1 1 1 1 1 7 E 1 1 1 1 1 1 1 7 F 1 1 1 1 1 1 1 7 G 1 1 1 1 1 1 1 1 8 C 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 5 5 5 4 4 4 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 M áq u in as Peças 3 6 20 4 7 18 10 12 1 5 15 11 9 14 17 2 8 13 16 19 H 1 1 1 1 1 1 B 1 1 1 1 1 1 1 D 1 1 1 1 1 1 1 G 1 1 1 1 1 1 1 1 E 1 1 1 1 1 1 1 F 1 1 1 1 1 1 1 C 1 1 1 1 1 1 1 1 1 A 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 M áq u in as Peças Arranjo físico Celular 73 Carta multiprocesso Também chamada de Carta de processos múltiplos, é uma técnica que representa numa única carta o roteiro de fabricação de diferentes produtos ou de atendimento a diferentes serviços; É uma matriz de correlação entre processos e produtos a serem fabricados, indicando a sequência de fabricação; Auxilia na aglutinação de grupos de trabalho, na prefixação de equipamentos e na junção de etapas com mesmo material, tempo de operação ou máquinas semelhantes; Basicamente é um algoritmo que leva em conta processos longos ou que tem intensidade de fluxo entre cada processo, máquina ou departamento. Módulo 1 Arranjo físico Celular 74 Carta multiprocesso Módulo 1 Arranjo físico por Produto 75 Também conhecido por Layout em Linha ou flow shop; As máquinas ou estações de trabalho são alocados de acordo com a sequência das operações e são executados sem caminhos alternativos; São obtidos juntando as pessoas e o equipamento de acordo com uma sequência predefinida de operações a se realizar em um produto ou serviço; Não se altera a ordem do processo de fabricação, mas se aumenta a eficiência e eficácia. Módulo 1 Arranjo físico por Produto 76 Utilizado em produção com baixa ou nenhuma diversificação em quantidade constante ao longo de um período ou em grande quantidade; O principal problema é a obtenção do equilíbrio na utilização de operadores e equipamento em todas as operações, para que todos temem aproximadamente o mesmo tempo; Portanto, faz-se necessário o balanceamento de linhas por meio de estágios e tempo de ciclo; Ex.: Montagem de automóveis, programa de vacinação em massa; restaurante self-service. Módulo 1 Arranjo físico por Produto 77 Módulo 1 Arranjo físico por Produto 78 Módulo 1 Arranjo físico por Produto 79 Perda de balanceamento = Tempo ocioso Módulo 1 Exercício Resolvido 80 Uma linha de montagem tem os processos abaixo. Sabendo que deseja-se produzir 10pçs por hora e que cada operador trabalha 45 min por hora, determinar a melhor divisão do trabalho para a linha. A (3min) G (2,5min)F (2,8min) D (1,7min) B (3,5min) C (1min) E (3min) Módulo 1 Exercício Resolvido 81 𝑇𝐶 = 45𝑚𝑖𝑛 10𝑝ç𝑠 = ൗ4,5𝑚𝑖𝑛 𝑝ç 𝑁 = 3+3,5+⋯+34,5 = 3,89 𝑒𝑠𝑡á𝑔𝑖𝑜𝑠 Posto 1 2 3 4 5 TC Operação A BC FD G E Tempo 3,0 4,5 4,5 2,5 3 4,5min Ocupação 66,6% 100% 100% 55,6% 66,7% 𝜀 = σ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝐶 × 𝑁∗ = 17,5 22,5 = 77,8% Módulo 1 Arranjo físico Misto 82 Também chamados de híbridos, são o resultado da utilização de mais de um dos tipos clássicos na mesma unidade produtiva; É utilizado para adaptação das empresas às demandas do mercado, seja por mudanças na variedade ou volume. Módulo 1 Projetos de Re-Layout 83 Grande maioria dos casos práticos envolvem a necessidade de melhorias de desempenho de layouts, por meio de reprojetos, pois: Forte tendência de volatilidade e incertezas no mercado; Mercado global com indefinições e concorrentes; Crescente inovação tecnológica. Método para re-layout Fase I – Preparação, estudando a área, formando o time de trabalho e definindo os objetivos pretendidos; Fase II – Definição, realizando coletas específicas de dados, analisando as mesmas e dimensionando conceitualmente as melhorias; Fase II – Instalação, preparando a planta para a mudança, gerenciando as modificações e tornando um fluxo de melhoria contínua. Módulo 1 Exercício de fixação 84 1) Determine, por meio do algoritmo DCA a composição das células do processo apresentado abaixo. Módulo 1 Peças 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M á q u in a s 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1 7 1 1 1 1 1 8 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 12 1 1 1 1 1 1 13 1 1 1 1 1 1 14 1 1 1 1 1 1 15 1 1 1 1 1 1 Exercícios de Fixação 85 2) Uma fábrica de bolos precisa entregar ao supermercado 5000 bolos por semana. A empresa trabalha 40h semanais e tem o seguinte fluxo de processo. Determine a configuração de Layout por produto respeitando o número de estágios mínimo possível. Módulo 1 Amplie seu conhecimento 86 Livros Administração da Produção (Martins e Laugeni) – Cap5; Administração da Produção (Slack, Chambers e Johnston) – Cap7; Projeto de Fábrica e Layout (Neumann e Scalice) – Cap14; Sistemas, Organização e Métodos (Oliveira) – Cap13. Sites http://www.administradores.com.br/producao-academica/o- que-sao-processos-produtivos/5815/ https://www.portal-gestao.com/artigos/6268-os-processos- produtivos-e-as-suas-principais-caracter%C3%ADsticas.html Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=uiOILMR2t_I https://www.youtube.com/watch?v=OAszw0Ejdws https://www.youtube.com/watch?v=A2LQ400LYzM https://www.youtube.com/watch?v=XYqIv9sTRVo https://www.youtube.com/watch?v=OYNzTnWdso8 https://www.youtube.com/watch?v=AUPji7L9aSs Módulo 1 http://www.administradores.com.br/producao-academica/o-que-sao-processos-produtivos/5815/ https://www.portal-gestao.com/artigos/6268-os-processos-produtivos-e-as-suas-principais-caracter%C3%ADsticas.html https://www.youtube.com/watch?v=uiOILMR2t_I https://www.youtube.com/watch?v=OAszw0Ejdws https://www.youtube.com/watch?v=A2LQ400LYzM https://www.youtube.com/watch?v=XYqIv9sTRVo https://www.youtube.com/watch?v=OYNzTnWdso8 https://www.youtube.com/watch?v=AUPji7L9aSs Amplie seu conhecimento 87 Módulo 1 Livros Sistemas, Organização e Métodos (Oliveira) – Cap18; Administração da Produção (Slack, Chambers e Johnston) – Cap8 e Cap21; Administração da Produção (Martins e Laugeni) – Cap17. Sites http://www.webartigos.com/artigos/racionalizacao-de- processos/52153/ http://cafecomsociologia.com/2017/02/introducao-as- estrategias-de-racionalizacao-da-producao.html Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=noIo3tYkHq4 https://www.youtube.com/watch?v=BzPsaQUKK20 https://www.facebook.com/iCarros/videos/1242038279179636 / http://www.youtube.com/watch?v=gLv25kB_KX0 http://www.youtube.com/watch?v=K3PeeWNUsuE https://www.youtube.com/watch?v=DbabXjEhDBs http://www.webartigos.com/artigos/racionalizacao-de-processos/52153/ http://cafecomsociologia.com/2017/02/introducao-as-estrategias-de-racionalizacao-da-producao.html https://www.youtube.com/watch?v=noIo3tYkHq4 https://www.youtube.com/watch?v=BzPsaQUKK20 https://www.facebook.com/iCarros/videos/1242038279179636/ http://www.youtube.com/watch?v=gLv25kB_KX0 http://www.youtube.com/watch?v=K3PeeWNUsuE https://www.youtube.com/watch?v=DbabXjEhDBs 88 Aula 4 Estudo dos métodos Definições de Mapeamento de processos Diagrama de processos Globais Fluxogramas Elementos do trabalho 89 ➢ Trabalhador; ➢ Máquinas; ➢ Ambiente; ➢ Informação; ➢ Organização; ➢ Consequências do trabalho. Módulo 2 Definições gerais 90 ➢ Estudo do trabalho ➢ Composto do estudo de tempos e métodos que são utilizados no exame do trabalho humano em todo seu contexto; ➢ Leva sistematicamente à investigação de todos os fatores que afetam a eficiência e a economia de situações, sendo analisado para obter melhorias. ➢ Os processos funcionais têm seu início e término no contexto de uma mesma função ou especialidades; ➢ Os processos multifuncionais contribuem para a melhoria de diversas funções que os permeiam; ➢ Os processos críticos são funções em que seu insucesso impacta severamente no ambiente e/ou nos resultados; ➢ Os processos primário ou chaves estão ligados diretamente à produção do produto ou serviço; ➢ Suporte ou apoio são os processos que administram recursos para os processos primários. Módulo 2 Estudo do trabalho 91 ➢ Estudo dos métodos de trabalho: ➢ Registro sistemático e o exame crítico dos métodos existentes e propostos de fazer o trabalho; ➢ Meio de desenvolver e aplicar métodos mais fáceis e mais eficazes de reduzir custos. ➢ Estudo da medição do trabalho: ➢ A aplicação de técnicas projetadas para estabelecer o tempo para um trabalhador qualificado realizar um trabalho especificado em um nível definido de desempenho; ➢ Preocupa-se com a medição do tempo que deve levar a execução de trabalhos. Módulo 2 Estudo dos métodos 92 ➢ Agregação de Valor ➢ Considera-se uma atividade que agrega valor aquela que o cliente final reconhece como válida e está disposto a remunerar a empresa por ela; ➢ AV – Quando a operação pertencente ao processo apresenta resultados de interesse do cliente (estadia do hóspede, torneamento de peças, etc.); ➢ NAN – Atividades que não agregam valor, mas são necessárias (setups, aprovação financeira, inspeção de qualidade, etc.); ➢ NAD – Atividades que não agregam valor e não são necessárias, ou seja, desperdícios (espera por material na linha, informações redundantes, etc.). Módulo 2 Mapeamento de processos 93 ➢ Em ambas etapas citadas, assim como em várias outras, faz-se necessário entender ou examinar o processo, bem como propor ou planejar melhorias para o mesmo; ➢ Para estas duas tarefas surge o Mapeamento de processos, que visa descrever as atividades por meio visual, ilustrativo; ➢ Portanto, tem por objetivos: ➢ Entender um processo (diagnóstico = coleta + análise); ➢ Propor novas e melhores alternativas. ➢ Com isto, lembra-se que o mapeamento é um meio de obter a melhoria e não o fim. Módulo 2 Mapeamento de processos 94 Módulo 2 Mapeamento de processos 95 ➢ Técnicas de mapeamento de processos (Aguilar-Savén (2004 e Leal, 2008): ➢ Fluxograma; ➢ Mapofluxograma e Blueprint; ➢ SIPOC; ➢ Diagrama de fluxo de dados (DFD); ➢ Gantt Chart; ➢ Família IDEF (IDEF0 e IDEF3); ➢ Redes de Petri (CPN); ➢ MFV; ➢ Entre outros. Módulo 2 Mapeamento de Processos 96 ➢ Independente da técnica de mapeamento, o responsável pelo mapeamento deve visualizar toda a lógica do processo e definir o grau de detalhamento do modelo. Módulo 2 Técnicas iniciais de Mapeamento 97 ➢ Dentro da Administração Científica, Taylor estabeleceu as bases para produção em massa; ➢ Ele desenvolveu um conjunto de princípios visando aumentar os níveis de produtividade a partir da racionalização do trabalho, sendo um deles o estudo dos métodos e treinar os funcionários em cima do melhor jeitode se produzir (The best way); ➢ Para auxiliar, Gilbreth e Gilbreth foram um dos primeiros a mapear os movimentos manuais dos operadores, seguindo certos símbolos ou gráficos em seu trabalho de diagrama Therblig. ➢ Eles consideraram 18 movimentos elementares dos operadores, nos quais, alguns estão descritos abaixo: Módulo 2 Técnicas iniciais de Mapeamento 98 Módulo 2 Técnicas iniciais de Mapeamento 99 ➢ Diagrama de processos globais: ➢ Técnica de ilustração para apresentar fluxos de processos ou informações de um setor ou sistema; Símbolo Função Descrição Operação Um objeto sofre alteração intencional, montando, desmontando, sofrendo alterações físicas ou químicas, fornecimentos, recebimentos, planejamentos ou cálculos Transporte Um objeto é movido de um local para outro, exceto quando forem parte de uma operação Espera Um objeto sofre uma demora quando as circunstâncias não permitem ou não requerem execução imediata. Inspeção Um objeto é examinado para identificação ou verificado quanto à qualidade ou quantidade de qualquer de suas características Estocagem Um objeto é mantido ou armazenado, protegido de qualquer remoção não autorizada. Módulo 2 Diagrama de Processos Globais 100 Aula 2 ➢ Exemplo Siemens atual: Diagrama de Processos Globais 101 ➢ Exemplo Siemens futuro: Módulo 2 Técnicas iniciais de mapeamento 102 ➢ Diagrama de processo de duas mãos Mão esquerda Mão direita Esperar Pegar a placa-suporte Inserir na fixação Segurar a placa-suporte Pegar dois suportes Posicionar a placa traseira Pegar os parafusos Pegar os propulsores de ar Apertar os parafusos Esperar Recolocar o propulsor de ar Inspecionar o conjunto central Módulo 2 Exercício de fixação 103 ➢ Cinco barras de matéria-prima ficam estocadas no almoxarifado até serem inspecionadas pelo operador 1. Após a inspeção, o mesmo operador leva uma barra para a máquina serra, onde ela é cordada no comprimento indicado, demorando cerca de 3 minutos por barra. ➢ De cada barra são produzidos nove eixos que são colocados em uma caixa para esperar o operador 2. Este operador retira barra por barra e as leva para a máquina de usinagem. Este trajeto demora cerca de um minuto e a usinagem demora outros 6 minutos para executar sua atividade. ➢ Após isto, o eixo usinado é furado pelo mesmo operador 2 e levado para o posto de inspeção, o qual passa pela avaliação do operador 3. Após a inspeção, o operador 3 coloca o eixo na prateleira indicada para esperar a próxima e última operação do setor. ➢ O operador 4 pega o eixo estocado na prateleira e o leva para o banho de cromação, onde posiciona de 4 em 4 eixos para mergulhar no tanque. Após isto, o mesmo operador leva o conjunto de eixos para o próximo setor da empresa. ➢ Elabora o diagrama de processos globais deste setor. Módulo 2 SIPOC 104 Módulo 2 SIPOC 105 ➢ Se remete à relação entre Fornecedores (Supply), Entradas (Inputs), Processos (Process), Saídas (Outputs) e Clientes (Clients); ➢ É utilizado normalmente como uma ferramenta que identifica os elementos relevantes de um projeto de melhoria de processos, antes do início real dos trabalhos; ➢ Como exemplo, pode-se citar que esta ferramenta é constantemente utilizada na fase de medição do DMAIC, dentro da filosofia Seis Sigma. Módulo 2 SIPOC 106 ➢ Definição dos elementos do diagrama Módulo 2 SIPOC 107 ➢ PROCESS – Qual o processo a ser analisado? ➢ INPUTS – Quais entradas necessárias para a execução do processo? (matéria-prima, informações, mão-de-obra, ferramentas, etc.); ➢ Requerimentos são as especificações que caracterizam as entradas. ➢ SUPPLIERS – Quem são os responsáveis por fornecer as entradas do processo? ➢ OUTPUTS – Quais as saídas do processo? ➢ CUSTOMERS – Quem são os interessados em receber as saídas geradas? ➢ Requerimentos são as exigências dos clientes sobre cada saída. Módulo 2 SIPOC 108 ➢ Exemplo Cozinha de uma pizzaria Módulo 2 Exercício de fixação 109 ➢ A empresa de doces Kidoçura possui uma pequena fábrica de doces e uma loja para vendas. A loja envia informações para o setor de produção, de acordo com os doces que precisam ser feitos para repor as prateleiras da loja. ➢ O setor de produção recebe estes pedidos e produz os doces, enviando-os ao setor de embalagens, que por sua vez embala os doces e envia-os direto à loja. ➢ A loja recebe os doces já embalados e vende aos clientes. ➢ Existe ainda um setor de contabilidade que recebe dados da produção, da embalagem e da loja. Estes dados são convertidos em informações contábeis e são enviados à gerência. ➢ Represente o SIPOC desta empresa e estipule os requerimentos necessários para entradas e saídas. Módulo 2 Fluxograma 110 ➢ É uma das mais conhecidas e simples técnicas de mapeamento de processos, sendo que sua simbologia está contida em diversos softwares; ➢ Tem por objetivo o entendimento e melhoria nos processos de níveis diversos de detalhamento, mas utilizado normalmente para uma visão do processo lógico da empresa para execução de atividades; ➢ Representações gráficas de fluxos sempre ajudam no entendimento do processo; ➢ Contudo, há objeções ao seu uso devido aos diversos símbolos, sem padronização, que podem ser inseridos nesta técnica; ➢ Os mais comuns são apresentados na tabela a seguir. Módulo 2 Fluxograma 111 Símbolo Significado Atividade Atividade de início ou fim Decisão Documento Transporte Fluxo de materiais Fluxo de informação Módulo 2 Fluxograma 112 ➢ Exemplo Módulo 2 Fluxograma 113 ➢ Cuidado com critérios de decisão: ➢ Sempre se utilize de uma pergunta em que as respostas possam ser SIM ou NÃO; ➢ Tente ser objetivo e mensurável na decisão. Inspeção de qualidade AprovadoReprovado A espessura está entre 5mm e 7mm? SimNão Módulo 2 Fluxograma em raias 114 ➢ Cada operador ou setor realiza uma atividade que é vincula ao outro. Módulo 2 Mapofluxograma 115 ➢ É um fluxo representado diretamente sobre o layout do processo ou sobre a planta baixa da empresa; ➢ Pode-se utilizar os diagramas do fluxograma como os da tabela ASME (diagrama de processos globais); ➢ Segue as seguintes etapas abaixo: ➢ Desenhar o layout da unidade em estudo; ➢ Identificar no layout o local onde ocorrem as operações; ➢ Traçar sobre o layout os trajetos seguidos pelas matérias- primas, peças ou produtos. ➢ Para efeito de visualização, há a possibilidade também de se utilizar desenhos em CAD em 3D ou em perspectiva. Módulo 2 Mapofluxograma 116 Módulo 2 Blueprinting 117 ➢ Representa melhor o setor de serviço, com o front- office e o back-office (palco e bastidores), sendo separados por uma linha de visibilidade; ➢ Visualização da experiência (atual e nova) do cliente por meio de diferentes canais, focando na jornada do cliente dentro de diferentes cenários de serviços; ➢ A principal diferença desta variação é que o blueprint incorpora o cliente e as ações do mesmo, sob sua ótica; Módulo 2 Blueprinting 118 Módulo 2 Exercícios de fixação 119 ➢ Em uma fábrica de móveis, primeiramente as placas de madeira são retiradas do almoxarifado elevadas por uma empilhadeira até o setor de produção. ➢ No setor de produção, cada placa é inspecionada e se estiver dentro dos quesitos de qualidade, ou seja, sem imperfeições, será cortada. Caso não, será devolvida ao fornecedor e gerado um relatório sobre as falhas do mesmo. ➢ Depois de cortadas as peças, as mesmas vão para colagem, lixação e acabamento. ➢ Novamente inspecionado, o produto bom segue para uma fila de espera para secagem e o ruim é desmontado e refeito desde o início. ➢ Depois da fila de espera, passa-se para o envernizamento e pintura, tendo nova inspeção. ➢ Por fim, o produto final é armazenado em estoque e gerado um relatório para o PCP. ➢ Elabore o fluxograma deste processo. Módulo 2 Amplie seu conhecimento 120 Livros Gerenciamento de processos de negócio BPM (Baldam, Valle, Rozenfeld) – Cap6; Administraçãoda Produção (Slack, Chambers e Johnston) – Cap9; Administração da Produção (Martins e Laugeni) – Cap4. Sites http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/estudo- dos-tempos-e-metodos-cronoanalise-e-racionalizacao- industrial/63820/ Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=w17wxkJbDDI&list=PLxI8Can 9yAHdFVPk6s7dUS_EyAkplLs_r https://www.youtube.com/watch?v=-xmX7P_pj5k https://www.youtube.com/watch?v=bM_03K4v6hI https://www.youtube.com/watch?v=C9DkyMkNLMI https://www.youtube.com/watch?v=dHlJFuJ2iMw Módulo 2 http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/estudo-dos-tempos-e-metodos-cronoanalise-e-racionalizacao-industrial/63820/ https://www.youtube.com/watch?v=-xmX7P_pj5k https://www.youtube.com/watch?v=-xmX7P_pj5k https://www.youtube.com/watch?v=bM_03K4v6hI https://www.youtube.com/watch?v=C9DkyMkNLMI https://www.youtube.com/watch?v=dHlJFuJ2iMw
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