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Cirurgia pré-protética de tecidos duros

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CTBMF 1 Jennifer Naito 
Aula 9 - Cirurgia pré-protética de tecidos duros 
Apesar dos avanças da odontologia, ainda existem muitos pacientes que necessitam de reabilitação protética. E o 
objetivo da cirurgia pré protética de tecidos duros é o preparo dos tecidos para suportar a prótese, então ela não faz 
sentido em pacientes que possuem dentes. Para essa cirurgia obter bom resultado é necessário eliminar obstáculos 
à utilização da prótese, restabelecendo assim a mastigação, fala e estética. 
 
Condições essenciais: 
• Ausência de patologias intra ou extrabucais. 
• Relações intermaxilares favoráveis. 
• Condições dos processos alveolares – o ideal é largo e paralelo para garantir a estabilidade da prótese. 
• Ausência de protuberância ou irregularidades. 
• Mucosa queratinizada na área de suporte – ajuda na estabilidade da prótese. 
• Profundidade vestibular adequada. 
• Tecido de revestimento com forma e quantidade adequada para uma possível inserção de implantes. 
 
Avaliação e plano de tratamento: 
• Anamnese e exame físico. 
• Planejamento em função da prótese final. 
o Expectativa estética e funcional do paciente. 
o Fatores psicológicos e capacidade de adaptação. 
• Estudos dos modelos. 
• Dentes remanescentes – suporte. 
• Tecido mole de revestimento. 
• Profundidade do sulco vestibular. 
• Localização das inserções musculares. 
• Relação maxilo-mandibular. 
• Presença de patologias. 
 
Classificação: 
• Tecido duro: 
o Plastia das irregularidades. 
o Alveoloplastia simples. 
o Alveoloplastia intra-septal. 
o Redução do túber. 
o Exostose. 
o Redução da crista milo-hioidea. 
o Redução do tubérculo geni. 
o Remoção de toros. 
• Tecido mole. 
 
Reabsorção do rebordo alveolar: é um processo crônico, progressivo e cumulativo, e que normalmente está maior 
nos primeiros 6 meses e mais especificamente esse processo ocorre de 40-60% nos primeiros 6 meses. 
• Fatores que influenciam: 
o Utilização de próteses: adaptação, tempo de uso e oclusão. 
o Mastigação unilateral. 
o Alterações anatômicas. 
o Doença periodontal. 
o Alterações metabólicas: osteoporose (?), hipotireoidismo. 
 
Avaliação de tecido mole: 
CTBMF 1 Jennifer Naito 
• Quantidade de tecido queratinizado. 
• Mobilidade dos tecidos. 
• Úlceras, cicatrizes e/ou hiperplasias. 
• Fundo de sulco: flexível e regular. 
• Inserções musculares: verificar tração dos tecidos. 
• Feixe vasculho-nervoso mentoniano. 
• Freios labial e lingual. 
 
Cirurgia dos tecidos duros: alveoloplastia simples → alveoloplastia tardia → alveoloplastia intra-septal → redução do 
túber → exostose → redução da crista milo-hioidea → redução do tubérculo geni → remoção de toros da maxila → 
remoção de toros da mandíbula. 
• Alveoloplastia simples: cuidados com o rebordo alveolar após extração dos dentes, principalmente em 
extrações múltiplas. 
o Objetivos: compressão do alvéolo, promover um contorno adequado. 
o Técnica: 
1. Incisão na crista do rebordo com ou sem relaxante. 
2. Retalho mucoperiosteal. 
3. Acesso visual direto do rebordo alveolar e irregularidades. 
4. Materiais: pinça goiva, brocas, lima. 
5. Inspeção e remoção das irregularidades. 
6. Irrigação. 
7. Remoção do tecido. 
8. Sutura. 
• Alveoloplastia tardia: ao extrair vários dentes, se não houver a regularização, é necessário esse tipo de 
alveoloplastia – feita devido uma falha do dentista no momento das extrações. 
o Técnica: 
1. Incisão ao longo do rebordo. 
2. Retalho em envelope ou com relaxante. 
3. Extensão adequada (visualização) 
4. Materiais: alveolótomo, lima para osso, broca esférica (sob refrigeração). 
5. Irrigação com soro fisiológico. 
6. Remoção do excesso de tecido mole. 
7. Sutura. 
• Alveoloplastia intra-septal: indicada quando o paciente tem projeção da maxila bastante exacerbada. 
o Técnica: 
1. Remoção dos septos. 
2. Compressão e fratura da cortical vestibular. 
3. Aproximação com a cortical palatina/lingual. 
4. Prótese imediata com reembasamento. 
5. Cicatrização. 
o Vantagens: 
▪ Diminui a proeminência do rebordo. 
▪ não altera a altura do rebordo. 
▪ Mantém o periósteo íntegro. 
• Redução do túber: essa cirurgia é realizada quando há excesso de osso, excesso de tecido mole ou ambos 
(redução do espaço intermaxilar). 
o Radiografia (relação com o seio maxilar) 
o Técnica: 
1. Incisão sobre a crista do rebordo até a distal do túber. 
2. Descolamento vestibular e palatino. 
3. Alveolótomo ou brocas. 
CTBMF 1 Jennifer Naito 
4. Regularização com limas. 
5. Irrigação. 
6. Remoção do excesso de tecido mole. 
7. Sutura. 
8. Moldagem após 1 mês. 
• Remoção de exostose: mais comum na maxila, são áreas de retenções. 
o Técnica: 
1. Incisão na crista do rebordo 1,5 cm além da área a remodelar. 
2. Retalho mucoperiosteal. 
3. Remoção da exostose com lima, broca ou pinça goiva. 
4. Irrigação. 
5. Sutura. 
• Redução da crista milo-hioidea: são as que mais interferem na adaptação. 
o Técnica: 
1. Retalho total. 
2. Cuidado com o nervo lingual. 
3. Materiais: brocas. 
4. Irrigação. 
5. Sutura. 
6. Uso imediato da prótese. 
7. Resultado imprevisível. 
• Redução do tubérculo geni: reabsorção do rebordo alveolar, inserção do genioglosso. 
o Técnica: 
1. Retalho total. 
2. Remoção. 
3. Regularização. 
4. Irrigação. 
5. Sutura. 
• Remoção dos toro da maxila: toros são de etiologia desconhecida e ocorrem em 10% dos homens e 20% das 
mulheres, de variadas formas. O problema é que podem ulcerar e/ou interferir na fala dos pacientes que o 
possui e as vezes impedem a utilização de próteses. 
o Técnica: 
1. Bloqueio dos nervos palatinos maiores e nasopalatino. 
2. Incisão: 1 ou 2 – “Y”. 
3. Mucosa fina. 
4. Pediculados. 
5. Cinzel. 
6. Seccionar em várias porções: 
profundidade do corte, fossa nasal. 
7. Remoção das partes. 
8. Regularização com limas ou broca. 
9. Remoer excesso de tecido (porém, normalmente falta tecido). 
10. Sutura. 
11. Prótese provisória com condicionador de tecido. 
12. Hematomas, comunicação buco-nasal e necrose de retalho. 
• Remoção dos toros da maxila: face lingual da mandíbula, geralmente em região de pré-molares. 
o Técnica: a sequência é a mesma da maxila.

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