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Saúde Única 
Saúde única é uma estratégia de esforço em saúde pública para garantir o bem-
estar da população, ela possui uma união forte entre as saúdes humana, animal e 
ambiental. Essa união é interdependente (recíproca) e é ligada á saúde dos 
ecossistemas, a saúde única tem o objetivo de promover a integração de diferentes 
áreas do conhecimento, que é fundamental para ultrapassar barreiras que separam 
as áreas, resultando em respostas mais eficientes para a saúde, ou seja, ela 
identifica os problemas e cria estratégias de melhorias. 
Não existe saúde única quando uma das três, seja ela saúde humana, animal ou 
ambiental, apresentar algum problema, como esgoto a céu aberto, queimadas, 
guerra. A relação entres as saúdes e cíclica, ou seja, se um deles sofre algum tipo 
de impacto, todos os outros sofrerão. 
 
Apesar do termo “saúde única” ser recente, a ideia está presente desde o século V 
a.C quando Hipócrates mais conhecido como pai da medicina, defendeu que a 
saúde pública estava relacionada a um ambiente saudável. Muitos cientistas 
observaram semelhanças entre os processamentos humanos e de animais, o 
médico alemão Rudolf Virchow, por exemplo, declarou que não existem e não 
deveriam existir linhas divisórias entre a medicina humana e a medicina animal. 
Após a 2º Guerra Mundial, tanto a medicina humana quanto a medicina animal 
seguiram rumos diferentes e diante de muitos problemas, como Peste Negra, 
escorbuto, manifestou-se a necessidade de unir essas duas áreas e foi observado 
que há uma interdependência sobre elas. Em 1964, Calvin Schwabe, mais 
conhecido como pai da epidemiologia veterinária, definiu oficialmente o termo 
“saúde única” ao invés de medicina única. Com isso, a saúde única passou a 
assentir que o ser humano não existe de forma isolada e compõem o ecossistema 
vivo. 
Em 2008, tanto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) quanto a ONU para a 
Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), 
começaram a criar estratégias conjuntas dentro do conceito em 2011 houve o 1º 
Congresso de Saúde Única que reuniu profissionais de 60 países com áreas 
variadas na Austrália. 
Quando se pensa em doenças e infecção humana, há: 
 60% de doenças de infecção humana são de origem zoonótica, ou seja, 
doenças de origem animal que causam um impacto na saúde humana como 
doença de Chagas, raiva, leptospirose. 
 75% das doenças infecciosas emergentes em humanos (incluindo ebola e 
influenza) possui origem animal. 
 5 novas doenças humanas aparecem todos os anos. Em todas, há origem 
animal. 
 80% de agentes com potencial uso bioterrorista são patógenos zoonóticos. 
OBS.1: Doenças emergentes são doenças que podem aparecer em um determinado 
momento ou podem voltar a aparecer após seu agente etiológico sofrer uma 
mutação. 
OBS.2: Bioterrorismos são microrganismos com potencial patogênico muito forte 
usado para causar pânico em uma determinada região. Um bom exemplo é o surto 
de Antraz que ocorreu em 2001 no governo Bush, no qual cartas contendo esporos 
eram enviados ás pessoas e quando as abriam, esses esporos entravam em contato 
não só com a pessoa, mas com o ambiente em que ela se encontra, isso se deve ao 
seu poder de disseminação pelo ar ser muito grande, ou seja, ele se espalha muito 
rápido. O bioterrorismo pode ser causado por vírus, bactérias, toxinas.

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