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Agitação psicomotora

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Pessoas com transtorno mental tem maior risco de ter 
APM quando comparadas a população geral. Por 
exemplo em casos de esquizofrenia, transtorno do 
humor bipolar e transtornos de personalidade. 
Doenças neuropsiquiátricas: AVC, epilepsia, TCE, 
parkinson, outras demências. 
Intoxicação ou abstinência: álcool, cocaína e 
anfetaminas. 
Condições medicas gerais: Tireoidopatias, encefalites, 
meningites e hipoglicemia. 
RISCO A INTEGRIDADE FISICA DO PACIENTE E DE 
PESSOAS AO REDOR. 
CONCEITOS 
Agitação: elevação da atividade motora e cognitiva + 
comportamentos verbais e/ou motores exacerbados e 
em larga escala improdutivos decorrentes de tenções 
internas. 
APM: inquietação, aumento da excitabilidade 
psíquica, exacerbada a estímulos, 
irritabilidade, atividade motora e/ou verbal 
aumentada, inadequada e repetitiva. Pode 
cursar com agressividade. 
Agressividade: ato intencional que causa dano físico 
ou mental ao outro. Pode se direcionar a um objeto. 
Violência: ato agressivo que causa dano físico a outra 
pessoa. Uso da força física, abuso, forma de 
constrangimento direcionado a uma pessoa no intuito 
de coagi-la a realizar ou deixar de realizar algo. Pode 
estar associada a agressividade verbal e/ou física. 
EPIDEMIOLOGIA 
Escassez de estudos epidemiológicos. 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE AGITADO/VIOLENTO 
1. Observar o paciente e coletar informações dele 
próprio e de fontes colaterais (p. ex., profissionais da 
saúde e familiares) que permitam uma impressão 
diagnóstica inicial. 
2. Revisar os tratamentos utilizados previamente. 
3. Excluir a possibilidade de o comportamento ser 
devido a uma condição médica geral. 
4. Avaliar e tratar quadros que exijam intervenção 
imediata. 
5. Determinar se o paciente se encontra intoxicado ou 
em abstinência de uma substância psicoativa. 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
Fazer sempre a ectoscopia: 
• alterações no septo nasal, lesões cutâneas 
indicadoras de uso de seringas injetáveis ou 
hálito etílico podem sugerir abuso de 
substâncias psicoativas. 
• Deve-se determinar se os episódios de 
agressividade são recorrentes. 
• Realizar exame psíquico: conteúdo do 
pensamento, a orientação, a determinação do 
nível de consciência e a sensopercepção. 
• Tipos de alucinação indicam: 
o Vozes alucinatórias → esquizofrenia. 
o Visuais → síndrome cerebral orgânica 
o Táteis → delirium tremens. 
• Rebaixamento do nível de consciência: 
delirium associado a alguma condição medica. 
• Verificar sinais vitais 
• Exames laboratoriais + screening toxicológico , 
RELACIONADOS A SUBST. PSICOATIVAS: intoxicação, 
abstinência. 
RELAC. A CONDICAO MEDICA GERAL OU DOENÇA 
NEUROPSIQUIATRICA: Delirium, demência, TCE, lesões 
parenquimatosas. 
ESTIMATIVA DE RISCO 
• Historia pregressa: comportamento violento, 
internações psiquiátricas, encarceramento, 
abuso de subst., historia de abuso ou pobre 
modelo parental. 
• Sociodemográficos: Homens, 15-24 anos, 
baixo nível social e educacional. 
• Diagnósticos: síndrome cerebral orgânica, 
transtorno de personalidade antissocial, 
esquizofrenia. 
• Manif. Clinicas: alucinações auditivas de 
comando, impulsividade, tracos psicopáticos, 
baixo QI, baixa adesão terapêutica. 
• Psicológicos: baixa tolerância a frustração, 
desinibição, impulsividade, raiva, buscadores 
impulsivos de sensações, déficit de função 
executiva. 
• Genética 
• Familiares 
MANEJO 
• Reduzir sofrimento do paciente: psicológico 
ou físico 
• Reduzir risco de dano a terceiros 
• Ajudar o paciente a manejar suas emoções e 
seu comportamento bem como readquirir 
controle sobre seu comportamento 
• Evitar danos ao paciente (prescrever 
medicamentos seguros e monitorar) 
Condutas diferentes nos serviços de emergência. 
Não coercitivas. 
Intervenções comportamentais e ambientais 
• Implementação de protocolos e rotinas para o 
manejo de pacientes agitados e/ou violentos. 
• Treinamento constante da equipe que presta 
cuidados. 
• Equipe de segurança. 
• Remoção de objetos que possam ser 
utilizados como armas. 
• Porta acessível 
• Remoção de estímulos externos. 
• Redução do tempo de espera para consulta. 
Desescalonamento verbal 
• Respeito ao espaço pessoal do paciente. 
• Não ser provocativo. 
• Estabelecimento de contato verbal. 
• Concisão. 
• Identificação de desejos e sentimentos do 
paciente. 
• Escuta cuidadosa. 
• Concordar ou "concordar para discordar" 
• Estabelecimento de limites claros. 
• Oferta de escolhas e demonstração de 
otimismo. 
• Diálogo de modo coeso com o paciente e a 
equipe. 
Medidas coercitivas: administração involuntária de 
medicamentos, contenção/reclusão (isolamento) → 
são medidas traumáticas, comprometem a relação 
médico/paciente. Utilizar técnicas de descalonamento 
verbal. 
Farmacoterapia = tranquilização rápida 
Antipsicóticos típicos, benzodiazepínicos e 
antipsicóticos atípicos. 
Preferencia do uso oral (facilita a relação do paciente 
com a equipe + mais opções terapeuticas) 
Avaliação inicial influencia na escolha do fármaco 
• Delirium tremens → benzo 
• Intoxicação → benzo (antipsicóticos podem 
diminuir o limiar convulsivo). 
• Intoxicado por álcool → antipsicótico 
 
Antipsicoticos típicos 
Tem acao rápida pra acalmar o paciente antes de 
diminuir sintomas psicóticos. 
Primeiras opções farmacológicas: 1º geração 
Haloperidol IM (alta potencia): bloqueio 
dopaminérgico D2 é maior do que outros 
antipsicóticos. Interfere menos em outros 
neurorreceptores (menos efeitos sedativos e 
anticolinérgicos). 
o Risco de aumento do intervalo QT 
com uso de EV. 
• + prometazina injetável → evita distonia 
aguda/sintomas extrapiramidais 
• Estudo TREC: (HP = haloperidol e 
prometazina) 
o Midazolam IM 7,5-15mg mais 
sedativo do que HP 
o HP mesma efetividade que 
olanzapina, mas HP é mais duradouro 
o HP mais efetivo e melhor tolerado do 
que H isolado. 
o HP melhor que lorazepam. 
Clorpromazina (baixa potencia) 
• Acalma rapidamente 
• Mais sedativo 
• Mesma eficácia que HP 
• Risco de hipotensão súbita + efeitos 
anticolinérgicos (problemático em idosos e 
pacientes com delirium) 
Antipsicóticos Atípicos 
Eficácia similar do que o haloperidol. Menor risco de 
efeitos extrapiramidais. Maior custo e menos 
disponíveis. 
Priorizar VO. 
Olanzapina e ziprasidona – podem aumentar intervalo 
QT. 
Monitorizar sinais vitais. 
 
Benzodiazepinicos 
Lorazepam IM é o mais frequente. 
• Rápida absorção. Maia vida de eliminação 12-
15h, ação 8-10h. 
• Não metabolizado pelo fígado, baixo risco de 
interação medicamentosa 
Midazolam IM 
• Efeito so dura 1-2h. 
Diazepam 
• Absorção errática. 
• Meia vida longa 
• Pode usar EV mas tem que monitorizar por 
risco de depressão respiratória. Se isso 
ocorrer (<10ipm) → usar flumazenil. 
AULA 2 
PSICOSE: rompimento com a realidade 
NEUROSE: não tem rompimento com a realidade 
(ansioso, depressão, TEPT, TAG) 
 
Esquizofrenia: doença que é o protótipo da psicose + 
comportamento bizarro. 
Surto psicótico: agudização de um quadro psicótico 
de uma pessoa que tem esquizofrenia. 
O termo surto é somente pra pessoas que tem 
esquizofrenia. “Fulano surtou” 
 
SINTOMAS 
Delirios: ideias, pensamentos fora da realidade. Não 
está relacionada com a sensopercepção. Exemplo: 
minha família quer me matar, meu vizinho está me 
vigiando com um drone. 
O delírio da esquizofrenia é mais bem 
construído/sistematizado. O delírio do humor bipolar 
é mais simples. 
Alucinações: percepções sensoriais sem estimulo. 
Exemplos: ouço vozes, vejo vultos. 
Ilusão: existe um estímulo mas a mente distorce. 
 
ID: robnelson, masculino, 21. 
Paciente sem historia prévia de adoecimento até os 
21 anos, começou a apresentar mudança de 
comportamento nesta idade, com introspecção, 
sensação de “estranheza” do mundo e de si próprio, 
e risos imotivados. 
Pródromos da esquizofrenia: trema(dura algumas 
semanas) – estranheza do mundo (desrealização) e 
despersonalização (estranheza de si próprio). 
Riso imotivado – alucinação auditiva. 
Apragmatismo: fazer coisas sem sentido. 
Iniciou acompanhamento num CAPS onde foi 
diagnosticado com síndrome psicótica. 
Após alguns meses, robnelson evoluiu com 
solilóquios e episódios de mutismo. Depois, começou 
a ficar mais desconfiado, mais introspectivo, irritado 
e reativo. 
Quais podem ser as causas? 
→ orgânica: hipovitaminose C, D 
 Delirium, Encefalite, Nefropatia (uremia) 
→ traumas psicologicos 
→ primarias: esquizofrenia 
→ genéticas 
→ TCE 
→ SPAs 
→ Uso de medicamentos (corticoides, roacutan) 
 
ESQUIZOFRENIA: 
Doença crônica caracterizada por quebra do senso de 
realidade (psicose). 
Se inicia, normalmente, na juventude: picos 15-25 e 
40-50 anos. 
Prevalência: <1% da pop geral 
Sintomas psicóticos 
 
SURTO PSICOTICO/APM 
Delírios/alucinações motivando comportamentos de: 
• Heteroagressividade 
• Frangofilia 
• Aceleração da psicomotricidade 
• Sair correndo 
Muito comum: Acontece em idosos confinados – 
pacientes em UTI. Delirium (demência agudizada). 
Mania pode cursar com APM. 
 
Robnelson, 32ª, chega na emergência contido com 
cordas, trazido por familiares (genitora, irmão, 
primo). Grita com eles, a todo momento: “vocês 
querem me matar mas vocês não vao conseguir, eu 
vou matar vocês primeiro”. Genitora chorando, traz 
relatório do CAPS. As cordas começam a se soltar. 
Ao exame, paciente agitado, alerta, contido em mãos 
e pés, aparência mal cuidada, odor ruim, vestes 
sujas, pouco abordável, muito irritado e ameaçador. 
Hipervigil, hipotenaz. Sem comportamento 
alucinatório no momento. 
Pensamento: organizado, acelerado, delirante. 
PRIMEIRA CONDUTA: 
a) Medicar o paciente: haldol e fenergan 
b) Colher a história completa do paciente 
c) Afastar família do paciente 
d) Saber histórico medicamentoso do Robnelson 
e) Chamar a equipe pra conter o paciente na 
maca 
 
1. Chamar a equipe pra conter o paciente na 
maca 
2. Afastar família do paciente 
3. Saber histórico medicamentoso de robnelson 
4. Exame físico e psíquico breve 
5. Medicar 
6. Colher história completa 
Tratamento farmacológico – APM 
Haloperidol (Haldol) 
• Antipsicótico típico, antagonista da DA 
• Formulações: comprimigo 1mg, comprimido 
5mg, ampola 5mg (1ml), solução 2mg/mL 
• VO IM EV. 
Prometazina (fenergan) 
• Antihistaminico, usado pra evitar Sintomas 
extra-piramidais dos antipsicóticos e acalmar 
o paciente. 
• Formulações: comprimido 25mg, ampola 
50mg (2mL), solução (lenda). 
• Vias: VO, IM (não se faz EV). 
• Não faz sentido se usado sozinho. 
• Tem efeito sedativo. 
Clorpromazina (amplictil) 
• Antipsicótico típico porem fraco, grande ação 
sedativa 
• Usar em pacientes que não podem usar 
haldol. 
• Formulações: comprimido:25mg, comprimido 
100mg, ampola de 25mg (5mL), solução 
40mg/mL 
• Vias VO IM 
Quetiapina 
• Antipsicótico atípico, acao serotoninérgica 
5HT-2ª 
• Formulações: comprimido de 25mg, 100mg, 
50mg (XR extended release) 
Olanzapina 
Midazolam: o mais rápido 
 
Conduta pra Robnelson 
No momento: 2 ampolas de haldol 5mg IM + fenergan 
50mg 01 ampola IM

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