Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS 1. O Coombs direto, atualmente chamado de teste direto da antiglobulina ou sangue do cordão, avalia a presença de IgG e/ou da fração do complemento que esteja revestindo a superfície dos eritrócitos in vivo. A positividade do teste de Coombs direto confirma a presença de anticorpos IgG nos eritrócitos do RN. Pode ser fracamente positivo ou negativo na aloimunização ABO. → teste que meio que confirma se nas hemácias/eritrócitos há anticorpos IgG. 2. TORCHS: acrônimo para o seguinte grupo de doenças infecciosas: Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovirus, vírus Herpes simples e sífilis. 3. HT: Hematócrito 4. CPAP nasal: 1. Entender os parâmetros de avaliação geral do recém nascido; 2. Compreender as manifestações clínicas da icterícia, sífilis congênita e insuficiência respiratória no neonato; 3. Esclarecer o tratamento para icterícia (fototerapia), sífilis congênita e insuficiência respiratória para o neonato; 4. Relacionar as complicações neonatais (icterícia, sífilis congênita e insuficiência respiratória) com o nascimento pré termo • A escala de Apgar, é utilizada para a avaliação imediata do recém-nascido (RN) é geralmente avaliada no primeiro e no quinto minuto de vida do bebe, onde são avaliados os seguintes critérios: a cor da pele, pulsação arterial, irritabilidade reflexa, atividade ex: tônus muscular e o esforço respiratório. Problema 1 MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS ASFIXIA GRAVE ASFIXIA MODERADA BOA VITALIDADE FC ausente abaixo de 100 maior que 100 FR abaixo de 100 lenta, irregular boa, chorando TM flácido algum reflexo nas extremidades movimento ativo REFLEXO sem resposta careta tosse, espirro, chorando COR pálido, cianótico corpo rosado, com extr. azuis completamente rosado • Para o RN que tem Idade Gestacional maior que 28(vinte e oito) semanas, utiliza-se o Método de Capurro que através de características físicas e neurológicas e determina a idade gestacional (termo, pré-termo ou pós-termo), logo após o nascimento • O método além de avaliar a idade gestacional, tem a finalidade de qualificar o RN, quanto a relação entre seu peso de nascimento e sua idade gestacional para de MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS permitir a antecipação de problemas clínicos, oferecendo ao neonato assistência de qualidade e adequada à sua idade gestacional. • No teste de Capurro, há duas formas de avaliação: 1. A avaliação somática que é realizada antes de completadas as 24 horas de vida do RN. 2. A avaliação somática e neurológica que é realizada após completadas as 24 horas de vida do RN. • Idade gestacional (dias) = K (204) + soma de pontos • Dividir o resultado por 7 = IG em semanas • Valor mínimo de IG: 29 semanas e 1 dia. • Pode ser realizado logo ao nascer TEXTURA DA PELE • 0 - Muito fina e gelatinosa • 5 - Fina e lisa • 10 - Algo mais grossa. Discreta descamação superficial • 15 - Grossa, sulcos superficiais e descamação em pés e mãos • 20 - Grossa e apergaminhada FORMA DA ORELHA • 0 - Pavilhão auricular disforme e achatado • 8 - Bordo do pavilhão parcialmente encurvado • 16 - Encurvamento parcial de todo o pavilhão superior • 24 - Encurvamento bem definido de todo o pavilhão auricular GLÂNDULA MAMÁRIA • 0 – Impalpável • 5 - Palpável, < 5mm MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • 10 - Palpável, entre 5-10mm • 15 - Palpável, > 10mm PREGAS PLANTARES • 0 - Ausentes • 5 - Marcas vermelhas mal definidas na metade anterior da planta • 10 - Marcas vermelhas bem definidas na metade anterior da planta e sulcos no terço anterior das plantas • 15 - Sulcos na metade anterior das plantas • 20 - Sulcos profundos, além da metade anterior das plantas FORMAÇÃO DA ARÉOLA • 0 - Apenas visível • 5 - Aréola visível, não elevada, < 0,75cm • 10 - Aréola visível, não elevada, > 0,75cm • 15 - Aréola elevada > 0,75cm • A divisão por zonas corporais permite uma melhor avaliação clínica do recém-nascido, como também aproxima a noção dos níveis séricos de BI. A presença de icterícia em zonas específicas do corpo é apresentada na figura abaixo • Digitopressão sobre a pele, sob luz natural permite a classificação da icterícia nas zonas de Kramer MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • Para o monitoramento do crescimento pós-natal de pré-termos existem curvas construídas por diferentes metodologias: 1. curvas de crescimento intrauterino baseadas nas estimativas ultrassonográficas de peso fetal ao longo da gestação; 2. curvas de crescimento intrauterino, de peso, comprimento e perímetro cefálico, ao nascer, para cada idade gestacional – CCIU3-5; 3. curvas de acompanhamento do peso, comprimento e perímetro cefálico, no período pós-natal por metodologias combinadas. • De maneira sumária, pode-se classificar as curvas mais utilizadas atualmente em: 1. Curvas de referência, utilizando cortes transversais de peso, comprimento e perímetro cefálico das populações estudadas ao nascimento, de acordo com a idade gestacional, que refletem o crescimento intrauterino: Lubchenco e cols., Fenton e cols., NICMC-UK, Horbar e cols.; 2. Curvas de referência, construídas a partir do acompanhamento longitudinal pós-natal, dos parâmetros do crescimento: NICHD US - Ehrenkranz, Cole e cols.; 3. Curva padrão, longitudinal, predominantemente pós-natal: Intergrowth 21th. • O teste TORCH é usado para rastreamento de gestantes e recém-nascidos quando se pesquisa a presença de anticorpos para as doenças infecciosas incluídas no painel, caso a mãe ou o bebê apresentem sintomas. O exame pode determinar se o indivíduo teve infecção recente, passada ou nunca foi exposto ao vírus. • O teste é solicitado quando há suspeita de que a gestante seja portadora de qualquer uma das infecções contidas no TORCH. Estas podem ser graves quando ocorrem durante a gravidez, porque podem atravessar a placenta, passar da mãe para o feto em desenvolvimento e causar malformações congênitas. • A rubéola nas primeiras 16 semanas de gravidez representa um grande risco para o feto. Quando a gestante apresenta exantema ou outros sintomas de rubéola, é necessário realizar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. O médico não pode afirmar que alguém está com rubéola apenas pelo aspecto clinico, uma vez que há outras infecções semelhantes. As mulheres com toxoplasmose ou infectadas por CMV podem apresentar sintomas de gripe com diagnóstico diferencial difícil em relação a outras doenças. Os testes para anticorpos ajudam o médico a diagnosticar infecções prejudiciais ao feto. • O exame deve ser solicitado para a criança quando o bebê revelar qualquer sinal sugestivo dessas infecções, tais como: 1. Tamanho excepcionalmente menor que o esperado para a idade da gestação. 2. Surdez. 3. Retardo mental. 4. Convulsão. 5. Malformação cardíaca. MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS 6. Catarata. 7. Aumento do fígado ou do baço. 8. Redução na contagem de plaquetas ou 9. Icterícia. • Testes de antiglobulinas são realizados para detectar a presença de anticorpos que atuam contra os eritrócitos no organismo. O sistema imunológico pode produzir tais anticorpos em casos de anemia hemolítica, leucemia linfocítica crônica ou doença semelhante, eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido), mononucleose infecciosa, infecção micoplasmática, sífilis, lúpus eritematoso sistêmico e reação de transfusão. • O teste de Coombs direto detecta anticorpos ligados aos eritrócitos, produzidos pelo próprio organismo ou recebidos por uma transfusão de sangue. Frequentemente utilizado para a detecção de anemia hemolítica, o teste de Coombs direto é aplicado no recém-nascido com sangue Rh-positivo cuja mãe possui sangue Rh-negativo. O teste verifica se a mãe produziu anticorpos contrao antígeno e se estes se deslocaram pela placenta para o bebê • Procedimento: o método tem algumas variações de acordo com o kit utilizado, mas em geral é realizado com uma suspensão a 5% de eritrócitos em soro fisiológico, que é lavada por algumas vezes para remover os resíduos de soro. O soro de Coombs (anti- Ig humana) é então adicionado à solução, misturado e centrifugado para a verificação da aglutinação. • O teste de Coombs indireto detecta os anticorpos que estão no soro. Estes anticorpos podem atacar os eritrócitos, mas não estão ligados a eles. Normalmente, o teste de Coombs indireto é realizado para revelar a presença de anticorpos no sangue de um MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS receptor ou doador antes de uma transfusão. Também pode ser útil no pré-natal, para proteger os bebês no início de uma gravidez caso a mãe possua sangue Rh-negativo. • Procedimento: o método tem algumas variações de acordo com o kit utilizado, mas em geral é realizado com uma quantidade do soro testado em tubo, onde é adicionada uma suspensão a 5% de eritrócitos em soro fisiológico e posteriormente incubada. Após algumas lavagens para remover o excesso de resíduos, o soro de Coombs (anti-Ig humana) é adicionado à solução, misturado e centrifugado para a verificação da aglutinação. Negativo • Teste de Coombs direto – um resultado negativo do teste significa que o sangue não tem anticorpos ligados aos eritrócitos • Teste de Coombs indireto – um resultado negativo do teste significa que o sangue não possui anticorpos livres que possam atacar eritrócitos. No caso de transfusões, o sangue do receptor é compatível com o do doador. Além disso, um teste negativo de Coombs indireto para o fator Rh (titulação de anticorpos Rh) em uma mulher grávida significa que ela não desenvolveu anticorpos contra o sangue Rh-positivo do bebê, ou seja, a sensibilização Rh não ocorreu. Positivo • Teste de Coombs direto – um resultado positivo do teste significa que o sangue tem anticorpos contra os eritrócitos. Pode ser causado por uma transfusão incompatível ou estar relacionado a certas condições, como a anemia hemolítica ou a doença hemolítica do recém-nascido. • Teste de Coombs indireto – um resultado positivo do teste significa que o sangue analisado é incompatível com o sangue do doador. Se o teste de título de anticorpos Rh for positivo em uma mulher grávida ou que planeja engravidar, isso quer dizer que ela tem anticorpos contra o sangue Rh-positivo (sensibilização ao Rh). Portanto deverá realizar o teste no início da gravidez para verificar o tipo sanguíneo do bebê. Se o bebê MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS tiver sangue Rh-positivo, a situação da mãe será acompanhada durante a gravidez para evitar riscos à criança. • VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) é um exame de sangue, que tem como objetivo diagnosticar a sífilis e fazer o acompanhamento de pacientes que sofrem com esse problema. • A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, em que os sinais e sintomas variam de acordo com os estados da doença: primário, secundário, latente e terciário, que é o mais grave. • Para a realização do exame o processo é muito simples: coleta-se apenas uma pequena amostra de sangue do paciente, que posteriormente será encaminhada para análise em laboratório. • O Teste do Pezinho é um exame rápido em que gotinhas de sangue do calcanhar do bebê são coletadas e tem a finalidade de diagnosticar e impedir o desenvolvimento de doenças genéticas ou metabólicas que podem levar à deficiência intelectual ou causar prejuízos à qualidade de vida. • Com este exame, é possível diagnosticar até 50 doenças. Muitas delas não apresentam sintomas ao nascimento e podem aparecer mesmo sem casos na família. • Para que a prevenção seja possível, a coleta deve ser efetuada entre o 3º e 5º dia de vida do bebê. • É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias. Para que este reflexo possa ser visto, é MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. Isso significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão. • O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. • A recomendação é que o Teste do Olhinho seja feito pelo pediatra logo que o bebê nasce. Se isto não ocorrer, o exame deve ser feito logo na primeira consulta de acompanhamento. Depois disto, continua sendo importante, nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico. Se o pediatra encontrar algum problema, vai encaminhar a criança para avaliação do oftalmologista. • Devendo ser repetido ao 4, 6, 12 e 24 meses. MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • O Teste do Coraçãozinho é uma excelente ferramenta de triagem neonatal, que visa a identificação antecipada das Cardiopatias antes da alta hospitalar, minimizando assim a morbidade e mortalidade associadas ao diagnóstico tardio • Trata-se de um teste que deve ser realizado no recém-nascido ainda na maternidade, entre 24 e 48 horas de vida do RN, por profissional de saúde integrante da equipeneonatal. • A sua realização, utiliza- se um aparelho chamado oxímetro de pulso. Os sensores são colocados na mão direita e em um dos pés do bebê para medir a concentração de oxigênio no sangue arterial da criança. O exame é simples, não invasivo, e indolor MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • A triagem neonatal auditiva, ou teste da orelhinha, auxilia na identificação de problemas auditivos no bebê. Obrigatório por lei, este teste deve ser realizado ainda na maternidade, no 2 º ou 3 º dia de vida do recém-nascido. Totalmente indolor, o teste da orelhinha é feito até mesmo quando o bebê está dormindo. • Para realizar o exame, o fonoaudiólogo utiliza um aparelho que produz estímulos sonoros leves e avalia o retorno desses estímulos nas estruturas do ouvido interno. Se alguma alteração é identificada, o recém-nascido é encaminhado a um especialista para a realização de exames complementares. • É importante lembrar que existem diferentes graus de problemas auditivos e os casos em que não há qualquer tipo de tratamento são bastante raros, especialmente quando o diagnóstico acontece precocemente • A tipagem sanguínea identifica se o fator sanguíneo do recém-nascido é positivo ou negativo, bem como se o seu tipo de sangue é A, B, AB ou O. • O teste é realizado com o sangue do cordão umbilical, assim que o bebê nasce. Neste exame, é possível rastrear o risco de incompatibilidade sanguínea, ou seja, quando a mãe tem o RH negativo e o bebê nasce com o RH positivo ou, ainda, quando a mãe tem o tipo sanguíneo O e o bebê, o tipo A ou B. • Dentre os problemas de incompatibilidade sanguínea, podemos destacar o possível quadro de icterícia neonatal. MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • O quadro clínico da Sífilis Congênita é variável, de acordo com alguns fatores: o tempo de exposição fetal ao treponema (duração da gestação com sífilis sem tratamento), a carga treponêmica materna, a virulência do treponema, o tratamento da infecção materna, a coinfecção materna pelo HIV ou outra causa de imunodeficiência. • Esses fatores poderão acarretar aborto, natimorto ou óbito neonatal, bem como Sífilis Congênita “sintomática” ou “assintomática” ao nascimento.• Didaticamente, a Sífilis Congênita é classificada em recente e tardia. • Sífilis Congênita Recente : Sinais e sintomas surgem nos primeiros dois anos de vida mas tornam-se evidentes entre o nascimento e o terceiro mês (comumente, nas cinco primeiras semanas). Os principais sinais são baixo peso, rinite com coriza serossanguinolenta, obstrução nasal, prematuridade, osteocondrite, periostite ou osteíte, choro ao manuseio, hepatoesplenomegalia, alterações respiratórias ou pneumonia, hidropsia, pseudoparalisia dos membros, fissura orificial, condiloma plano, pênfigo palmoplantar e outras lesões cutâneas, icterícia e anemia. Quando ocorre invasão maciça de treponemas e/ou estes são muito virulentos, a evolução do quadro é grave e a letalidade, alta. A placenta encontra-se volumosa, com lesões e manchas amareladas ou esbranquiçadas. • Sífilis Congênita Tardia : os sinais e sintomas são observados a partir do segundo ano de vida, geralmente devido à infecção por treponemas menos virulentos ou infecção de longa evolução materna: tíbia em lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz em sela, dentes deformados (dentes de Hutchinson), mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial com cegueira, surdez neurológica, dificuldade no aprendizado, hidrocefalia e retardo mental. 1. Período de infecção – o tempo de evolução é extremamente variável, geralmente interrompido com o tratamento. A remissão espontânea da doença é improvável. A evolução da infecção treponêmica determinará lesões deformantes, com destruição tecidual em tecido ósseo e cutâneo-mucoso, além das graves seqüelas neurológicas. Pode ocorrer contágio involuntário quando do manuseio inadequado/desprotegido das crianças com Sífilis Congênita, por parte dos familiares e profissionais de saúde, quando estão presentes lesões cutâneas e mucosas, ricas em treponemas. 2. Período toxêmico – o quadro clínico é variável. Manifestações gerais e sinais de comprometimento simultâneo de múltiplos órgãos, como febre, icterícia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada, anemia, entre outros sinais, podem ser observadas isoladas ou simultaneamente. Manifestações graves ao nascimento, tais como pneumonia intersticial e insuficiência respiratória, com risco de vida, requerem especial atenção. O óbito perinatal pode chegar a taxas expressivas. 3. Remissão – o tratamento adequado dos casos diagnosticados promove a remissão dos sintomas em poucos dias. As lesões tardias já instaladas, a despeito MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS da interrupção da evolução da infecção, não serão revertidas com a antibioticoterapia. • A icterícia fisiológica ocorre pelo RN possuir menor capacidade de captação, conjugação e excreção hepática da bilirrubina. Além disso, ele produz maior quantidade dessa substância, uma vez que possui mais hemoglobina e hemácias com menor meia vida, além de ter uma circulação êntero-hepática elevada de bilirrubina devido à escassa flora intestinal e da maior atividade da enzima beta-glicorunidase na mucosa intestinal. • Já a icterícia patológica pode ocorrer por diversos fatores, divididos em 3 grupos: aumento na produção de bilirrubina, diminuição da clearance e aumento da circulação êntero-hepática. O aumento da produção ocorre, por exemplo, em doenças hemolíticas e policitemia. A diminuição da clearence ocorre na Síndrome Crigler-Najar tipo I e II, síndrome de Gilbert, diabetes materna, hipotiroidismo congênito e galactosemia. Já o aumento da circulação êntero-hepática pode ocorrer em alterações da motilidade intestinal provocadas por obstrução funcional ou anatômica MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que se forma no momento da destruição dos glóbulos vermelhos no sangue e que depois é transportada para o fígado. Por isso, sua concentração é maior no sangue e pode estar alterada quando existe alguma condição envolvendo as hemácias, como a anemia hemolítica, por exemplo; • Bilirrubina direta ou conjugada: corresponde à conjugação entre a bilirrubina e o ácido glicurônico, um açúcar, no fígado. A bilirrubina direta sofre ação da bile no intestino, sendo eliminada na forma de urobilinogênio ou estercobilinogênio. Assim, a concentração de bilirrubina direta está alterada quando há alguma lesão hepática ou obstrução biliar. Indireta • Se uma pessoa tem aumento na bilirrubina, e a maioria é indireta (não conjugada), significa que ela ainda não passou pelo fígado. • O problema pode ser devido a uma grande quantidade de heme na circulação e o fígado não consegue metabolizar na mesma velocidade. • Pode ser também algum problema com a capacidade de o fígado conjugá-la, como por exemplo na Síndrome de Gilbert, em que há deficiência de uma enzima necessária para sua conjugação. Direta • Se o aumento da bilirrubina é devido principalmente à parte conjugada (direta), significa que o processo de conjugação ocorreu. • Então deve ser algum problema prevenindo a secreção de bilirrubina na bile, como por exemplo hepatite e obstrução biliar, e com isso a bilirrubina acumula-se no sangue. • A icterícia apresenta progressão craniocaudal e pode ser detectada visualmente por meio da digitopressão na pele do RN. É classificada de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas dérmicas), a saber: presença de icterícia na cabeça e pescoço (zona 1), da cabeça até a cicatriz umbilical (zona 2), até os joelhos e cotovelos (zona 3), nos braços, antebraços e pernas (zona 4) e nas mãos e pés (zona 5). Quanto maior o número de áreas atingidas, maiores os níveis séricos de bilirrubina(1,3). Ademais, a icterícia fisiológica caracteriza-se por início tardio (após 24 horas) com pico entre o 3º e 4º dias de vida e declínio em 1 semana. Já a icterícia patológica é sugerida por icterícia precoce (antes de 24h de vida), associação com outras manifestações clínicas ou doenças do RN como anemia, plaquetopenia, letargia e perda de peso e icterícia prolongada (maior que 8 dias no a termo e superior a 14 dias no pré-termo). • No quadro de encefalopatia bilirrubínica aguda, ocorre letargia, hipotonia e sucção débil nos primeiros dias de vida. Caso não haja uma intervenção terapêutica imediata e agressiva, pode evoluir para Kernicterus, que consiste na forma crônica da doença com sequelas neurológicas permanentes. MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • O surfactante é uma substância que permite que os pulmões se expandam e contraiam. Também mantém os pequenos sacos de ar nos pulmões, conhecidos como alvéolos, abertos. Bebês prematuros não têm surfactante. Isso pode causar problemas nos pulmões e problemas para respirar. A SDR também pode ocorrer devido a um problema de desenvolvimento ligado à genética. • Os pulmões e a função pulmonar se desenvolvem ainda no útero. Quanto mais cedo um bebê nascer, maior o risco de SDR. Bebês nascidos antes das 28 semanas de gestação estão especialmente em risco. • Uma criança geralmente exibe sinais de SDR logo após o nascimento. No entanto, às vezes, os sintomas se desenvolvem nas primeiras 24 horas após o nascimento. Os sintomas a serem observados incluem: 1. tom azulado para a pele 2. batimento da asa do nariz 3. respiração rápida ou superficial 4. redução da produção de urina MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS 5. grunhindo enquanto respira • O recém-nascido geralmente é colocado por baixo de uma luz branca ou azul, que pode ser colocada a 30 ou 50 cm de distância de sua pele, com os olhos devidamente tapados com uma venda específica, pelo tempo determinado pelo pediatra. • A fototerapia é especialmente indicada para bebês que nascem com icterícia porque evita que o excesso de bilirrubina se acumule no cérebro podendo causar graves alterações. • A fototerapia é o tratamento mais indicado, mas só se a icterícia não regredir espontaneamente. Popularmenteconhecida como banho de luz, a técnica expõe a criança à luminosidade emitida por lâmpadas específicas, que atinge diretamente a estrutura do pigmento, diluindo-o e eliminando • Tratamento realizado através de luz convencional, halogênea ou fibra óptica. Indicado nos casos de hiperbilirrubinemia neonatal. • Reduzir o nível sérico de bilirrubina • Nos casos confirmados ou altamente prováveis, as diretrizes para sífilis congênita dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC) guidelines for congenital syphilis de 2015, recomendam penicilina G cristalina aquosa 50.000 unidades/kg IV a cada 12 h nos primeiros 7 dias de vida e, a seguir, a cada 8 h, até o total de 10 dias ou penicilina G procaína 50.000 unidades/kg IM uma vez ao dia durante 10 dias ( Doses recomendadas de antibióticos parenterais selecionados para recém-nascidos). Se ≥ 1 MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS dia de tratameto é perdido, todo o curso deve ser repetido. Esse regime também é recomendado para lactentes tidos como prováveis portadores de sífilis, se a mãe preencher qualquer um dos seguintes critérios: 1. Não tratado 2. Estado do tratamento desconhecido 3. Tratada por ≤ 4 semanas antes do parto 4. Tratada de modo inadequado (um regime sem penicilina) 5. Evidências maternas de recorrência ou reinfecção (≥ aumento de 4 vezes nos títulos maternos) • Nos lactentes com possível sífilis cujas mães não foram tratadas de forma adequada, mas que estão clinicamente bem e têm uma avaliação completamente negativa, uma única dose de 50.000 unidades/kg IM da penicilina benzatina é um tratamento alternativo em circunstâncias seletivas, mas apenas se o seguimento for assegurado. • Aos lactentes com diagnóstico provável de sífilis, cujas mães receberam tratamento adequado e que estão bem clinicamente, pode ser administrada dose única de penicilina benzatina 50.000 unidades/kg IM. Por outro lado, quando o seguimento é assegurado, alguns médicos preferem avaliar a sorologia mensalmente por 3 meses e depois até os 6 meses; antibióticos são administrados se os títulos se elevarem ou forem positivos aos 6 meses. • Quando uma criança nasce com RDS e os sintomas são imediatamente aparentes, a criança é geralmente internada em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTI neonatal). • Os três principais tratamentos para o RDS são 1. terapia de reposição de surfactante 2. um ventilador ou máquina de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) nasal 3. oxigenoterapia • A terapia de reposição do surfactante dá ao recém nascido o surfactante que falta. O surfactante é administrado através de um tubo de respiração. Isso garante que ele entre nos pulmões. Depois de receber o surfactante, o médico conectará a criança a um ventilador. Isso fornece suporte respiratório extra. Eles podem precisar desse procedimento várias vezes, dependendo da gravidade da condição. • A criança também pode receber tratamento exclusivo com ventilador para suporte respiratório. Um ventilador envolve colocar um tubo na traquéia. O ventilador então respira para o bebê. Uma opção de suporte respiratório menos invasiva é uma máquina nasal de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Isso administra oxigênio através das narinas por uma pequena máscara. • A oxigenoterapia fornece oxigênio para os órgãos do bebê através dos pulmões. Sem oxigênio adequado, os órgãos não funcionam adequadamente. Um ventilador ou CPAP pode administrar oxigênio. Nos casos mais leves, o oxigênio pode ser administrado sem um ventilador ou uma máquina de CPAP nasal. MÓD 1 Ana Rita Cabral – FITS • Ic: É um dos sinais clínicos mais comuns observados nos recém-nascidos (RNs), ocorrendo em 60% dos RN a termo e 80% dos RN pré-termo. É causada pelo acúmulo de bilirrubina na esclera e na pele. • A Síndrome do Desconforto respiratório (SDR) é a causa mais comum de insuficiência respiratória no recém-nascido pré-termo (RNPT). Sua incidência aumenta com a diminuição da idade gestacional (IG), principalmente para aqueles com IG menor que 30 semanas https://www.passeidireto.com/arquivo/20971858/teste-de-capurro http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_aidpi_neonatal_3ed_2012.pdf http://medicantinho.blogspot.com/2016/03/ictericia-em-neonatologia.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/15336/mod_resource/content/4/un03/top0 3p01.html https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Neonatologia-Monitoramento- do-cresc-do-RN-pt-270117.pdf https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://www.sbp.com.br/campanhas/campanha/cid/teste-do-olhinho/ https://www.fetalmed.net/sindrome-do-desconforto-respiratorio-neonatal/ https://www.passeidireto.com/arquivo/20971858/teste-de-capurro http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_aidpi_neonatal_3ed_2012.pdf http://medicantinho.blogspot.com/2016/03/ictericia-em-neonatologia.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/15336/mod_resource/content/4/un03/top03p01.html https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/15336/mod_resource/content/4/un03/top03p01.html https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Neonatologia-Monitoramento-do-cresc-do-RN-pt-270117.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Neonatologia-Monitoramento-do-cresc-do-RN-pt-270117.pdf https://labtestsonline.org.br/tests/torch https://www.sbp.com.br/campanhas/campanha/cid/teste-do-olhinho/ https://www.fetalmed.net/sindrome-do-desconforto-respiratorio-neonatal/
Compartilhar