DIETAS HOSPITALARES

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Patrícia Lopes
DIETAS HOSPITALARES
MANUAL 
DIETAS HOSPITALARES
Ao utilizar este manual para identificar o tipo de dieta
de cada paciente deve-se respeitar a prescrição da dieta
de acordo com a nomenclatura padronizada, Assim a
responsabilidade do nutricionista deve seguir a
prescrição médica, registrada no prontuário médico do
paciente juntamente com outros dados que são
relevantes para a avaliação nutricional, plano alimentar
e orientação do paciente, em seguida, as dietas são
encaminhadas para a produção, onde serão preparadas.
 
 tipos de dietas:
Dieta livre ou geral
Objetivo
Indicação
Características
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações
metabólicas significativas ao risco nutricional.
Para pacientes que não necessitam de restrições específicas e que
representam funções de mastigação e gastrintestinais preservadas.
Dieta suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e quantidades
normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicídica, normoprotéica,
normolipídica, balanceada e completa.
Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus produtos integrais, pobres
em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca
gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura); e
gorduras, óleos e açúcares com moderação.
Alimentos ricos em gorduras e açúcar; hortaliças e frutas enlatadas com sal e
óleo, e conservas com calda de açúcar, leite, queijo ricos em gordura e sal;
carnes, ricos em gordura e sal e gorduras, óleos e açúcares em excesso..
Dieta Pastosa
Objetivo
Indicação
Características
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Ofertar uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou quase
nenhum esforço .
É indicada para pessoas com dificuldades de deglutição e mastigação devido a
inflamação ou problemas neurológicos, distúrbios neuromotores, retardo
mental severo, doença esofágica, alterações anatômicas da boca ou esôfago e
uso de próteses dentárias. 
Normoglicidica, normoproteica e normolipidica, consistência é via cocção ou
processos mecânicos .
Leite, iogurte, vitamina, milkshake, achocolatados, queijo cottage, ricota
amassados, pudim, flan, manjar, caldo de feijão, carne, aves e peixes magros
desfiados ou moídos. Purê de legumes, mingau de aveia. 
Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias, arroz
cozido normal, cereais secos contendo passas, nozes, verduras cruas e com
sementes, frutas com polpa, iogurte com pedaços de frutas, carnes duras .
Dieta líquida-pastosa
Objetivo
Indicação
Características
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o trabalho do trato
gastrointestinal e a presença de resíduos no cólon. 
Para pacientes com problemas de mastigação, deglutição e digestão, com
trato gastrointestinal com moderado alterações; e para o pós - operatório de
cirurgias do TGI.
A consistência semi liquida . Dieta Normoglicidica, normoprotéica,
normolipidica. Volume de 200 a 400 ml por refeição, por tempo
inderteminado, de 5 a 6 refeições. 
Preparações com alimentos liquidificados e amassados.
Leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros..
Dieta líquida de
prova/restritiva
Objetivo
Indicação
Características
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Saciar a sede, evitar a desidratação, evitar acidose, manter função renal,
repousar o TGI e amenizar a sintomatologia.
cirurgias de cabeça e pescoço, pós-operatório, transtornos intestinais e
preparo de exames.
composta de líquidos transparentes como água, água de coco, chás,
isotônicos e gelatina diet. Baixo valor nutritivo e inadequação nutricional.
Hipoglicídica, hipoproteica e hipolipídica. Volume: 200ml por refeição.
Fracionamento em 8 horários.
Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon, maisena); caldos e sopas liquidificadas;
sucos diluídos e/ou coados; leite, iogurte, gelatina, geléia de mocotó, pudim,
sorvetes; chá, café, sucos de frutas e de vegetais coados; mingau de cereais,
sopa de vegetais peneirados, cremosas e caldos de carnes
cereais integrais, sementes, farelos, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas
inteiras com casca, queijos ricos em gorduras.
Dieta Laxante
Objetivo
Suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e melhorar o trânsito
intestinal.
Indicação
Pacientes com obstipação intestinal.
Características
Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, rica em fontes
de fibras 25 a 30g por dia (insolúvel e solúvel). Ofertar frutas com casca ou
bagaço; vegetais folhosos crus; frutas ricas em fibras. Substituição de
alimentos pobres em fibras e refinados por alimentos ricos em fibras e
laxativos, como cereais integrais, frutas laxantes in natura e salada crua. 
Alimentos recomedados
Verduras e legumes crus: aumentar a ingestão diária de folhosos, Frutas:
ameixa preta, laranja, mamão, outras, de preferência com casca e
bagaço,Cereais integrais: aveia, centeio, flocos de cereais, arroz integral, farelo
de trigo, Frutas secas e oleaginosas , pães e bolachas de cereais integrais.
Alimentos evitados
Alimentos pobres em fibras e frutas constipantes como caju, goiaba, banana. 
Dieta constipante 
Objetivo
Suprir as necessidades nutricionais dos pacientes, melhorar o trânsito
intestinal, auxiliar no alívio dos sintomas da diarreia, prevenir desidratação e
perda de peso. 
Indicação
 Pacientes com diarreia.
Características
Normocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, com
predominância de fibras solúveis. Ofertar líquidos e eletrólitos (água de coco,
chás, sucos sem bagaço) para repor as perdas intestinais. 
Cereais refinados e derivados, batata inglesa, aipim e cará bem cozidos e sem
molho. Cenoura e chuchu, sem casca e bem cozidos. Frutas obstipantes como
banana prata, banana maçã, maçã e pera sem casca, goiaba sem casca e sem
semente, sucos de goiaba, caju, limão, maçã ou outras frutas constipantes.
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Alimentos que contêm lactose (leite e derivados, manteiga, adoçante com
lactose), alimentos que ricos em sacarose (doces concentrados, mel, pudins),
alimentos ricos em gordura ), alimentos integrais, hortaliças e frutas laxantes. 
Dieta hipossódica 
Objetivo
Controlar a pressão arterial e o balanço hídrico.
Indicação
Na insuficiência renal aguda e crônica, insuficiência cardíaca congestiva,
hipertensão arterial, retenção hídrica (ascite, edema), cirrose e encefalopatia
hepática, tratamentos com corticoide, etc. 
Características
Restrita em alimentos ricos em sódio. A dieta é preparada apenas com
temperos naturais sem o acréscimo de sal. Somente as proteínas são
preparadas com sal reduzido. É entregue ao paciente no almoço e jantar, um
sachê de sal (1g) e limão. A critério do nutricionista responsável pelo paciente
pode ser realizada uma restrição mais severa de sódio.
Alimentos recomedados
Pães e biscoitos sem sal, macarrão, cereais, arroz, bolos caseiros sem sal.
Frutas, verduras, leite, iogurte e queijo tipo cottage, ricota, branco fresco,
requeijão light. Óleos, margarina sem sal, açúcar em pouca quantidade.
Temperos: salsinha, cebolinha, coentro, cheiro verde, gengibre, carnes magras.
Alimentos evitados
Alimentos processados, enlatados, conservas, embutidos e molhos
industrializados. 
Objetivo
Indicação
Características
Alimentos recomedados
Alimentos evitados
Dieta para doença renal
crônica em tratamento
conservador 
Suprir as necessidades nutricionais dos pacientes e fornecer uma dieta
hipoproteica. 
É indicada para os pacientes que apresentam doença renal crônica e estão em
tratamento conservador (fase não dialítica).
 Normoglicídica, hipoproteica e normolipídica. 
Consumir no mínimo 2 litros de água por dia. Consumir frutas todos os dias de
preferência laranja e melão, é também legumes cozidos sem casca ou crus.
Prefira alimentos grelhados , assados ou cozidos. 
Utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos. Frituras e empanados.
Bebidas achocolatadas, chá preto,café e refrigerantes. É proibido o consumo
da fruta carambola. Produtos ricos em fósforo, potássio e proteínas devem ser
consumidos com maior cuidado.
REFERÊNCIAS 
MATTEDI, C. M. S. R., et al. Manual de dietas orais. Hospital
Vitória Hapart. 1ª versão, 2015. Disponível em: <
http://vitoriaaparthospital.com.br/midias/pdf/manual_de_dietas_o
rais.pdf >, acesso em 20/03/2021.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002.
ARAÚJO, Isabelle Silva de. MACÊDO, Maiane Alves. Manual de dietas
hospitalares. 1ª edição 2020. Disponível em: <
http://www2.ebserh.gov.br/documents/220938/3187581/Manual+de+
Dietas+Hospitalares+-FINAL+ +vers%C3%A3o+final.pdf/d2b72155-
23ec-462a-aee4-19cb13db4e08 > Acesso em 20/03/2021.