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5. extinção da punibilidade - prescrição

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Direito Penal
Extinção da Punibilidade
Artigos Principais
1. Ementa: Código Penal 93 ao 120. 
2. Esses Slides: CP 109 a 118 (Prescrição)
Prescrição
1. Direito Penal - Parte Geral - Vol.1 (2017) - Cleber Masson. PÁGINA 1036 (1063 
do PDF)
2. CURSO DE DIREITO PENAL V. 1 - PARTE GERAL - CAPEZ - 22ED – 2018 
PÁGINA 975
3. Direito Penal - Parte Geral - Volume 1 - André Estefam – 2018 PÁGINA 580
4. Direito-Penal-Volume-Único-Japiassu e Artur de Brito Gueiros Souza -2018 
PÁGINA 793
5. TRATADO DE DIREITO PENAL - VOL 1 - PARTE GERAL - BITENCOURT - 24ED 
– 2018 PÁGINA 1424
Prescrição 
 A prescrição criminal é o tema mais complexo que
abordaremos nesse semestre. É desnecessariamente
complicado e um instituto que privilegia quem possui
recursos para protelar um processo judicial almejando a
impunidade pelo decurso do tempo.
 Críticas à parte, estando previsto em lei, é de observância
obrigatória pelos operadores jurídicos.
Prescrição 
 2. CAPEZ Perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado
em face do não exercício da pretensão punitiva (interesse em
aplicar a pena) ou da pretensão executória (interesse de
executá-la) durante certo tempo.
 3. Estefam: Prescrição é a transmissão da noção de
aquisição ou extinção de direitos em virtude do fator
cronológico. O lapso temporal pode, como dito, acarretar a
aquisição de direitos, tornando inatacável e inabalável a
situação que o titular vem exercendo continuamente
(prescrição aquisitiva). Pode, ao contrário, conduzir a
extinção de determinada relação jurídica, por não ter sido
exercitada, dentro de certo período, por seu titular (prescrição
extintiva)
Prescrição 
 O Estado possui duas pretensões: a de punir e a de executar
a punição do delinquente. Por conseguinte, só podem existir
 duas extinções. Existem, portanto, apenas duas espécies de
 prescrição:
 (i) prescrição da pretensão punitiva (PPP);
 (ii) prescrição da pretensão executória (PPE).
 Não se admite prescrição antecipada ou virtual, com base em
possível pena em abstrato. É obrigatória a concretização dos
termos estabelecidos em lei. 438 STJ.
Prescrição 
 O Estado possui duas pretensões: a de punir e a de executar
a punição do delinquente. Por conseguinte, só podem existir
 duas extinções. Existem, portanto, apenas duas espécies de
 prescrição:
 (i) prescrição da pretensão punitiva (PPP);
 (ii) prescrição da pretensão executória (PPE).
 Não se admite prescrição antecipada ou virtual, com base em
possível pena em abstrato. É obrigatória a concretização dos
termos estabelecidos em lei. 438 STJ.
Prescrição 
 Atualmente o CNJ fornece 2 calculadoras de prescrição, para
a prescrição da pretensão punitiva que calcula em abstrato e
em concreto e da pretensão da punição executória.
 http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-
penal/calculadora-de-prescricao-da-pretensao-punitiva
 http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-
penal/calculadora-de-prescricao-da-pretensao-executoria
 O uso é simples, e muitas vezes os sistemas de automação 
da justiça já fazem o cálculo diretamente.
http://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-penal/calculadora-de-prescricao-da-pretensao-punitiva
Prescrição 
 Fundamentos
 São os seguintes:
 (i) inconveniência da aplicação da pena muito tempo após a
prática da infração penal;
 (ii) combate à ineficiência: o Estado deve ser compelido a
agir dentro de prazos determinados.
 Cezar Bitencourt –, o longo lapso de tempo decorrido sem
que o réu haja praticado outro delito, evidencia que, por si
mesmo, ele foi capaz de alcançar o fim que a pena tem em
vista, “que é o de sua readaptação ou reajustamento social”.
Prescrição 
 5. BITENCOURT o tempo muda a constituição psíquica do
culpado, pois eliminou-se o nexo psicológico entre o fato e o
agente; na verdade, com longo decurso de tempo, será
“outro indivíduo” quem irá sofrer a pena, e não aquele que,
em outras circunstâncias, praticou o crime no passado.
Prescrição 
 Via de Regra a Prescrição ocorre depois da decadência, pois
o menor prazo prescricional é de 1 ano para a multa (com o
redutor de metade).
 Entretanto, na excepcional hipóteses de suspensão da
decadência pela menoridade é possível que a situação se
inverta.
Prescrição 
 Só existem duas hipóteses na lei brasileira em que não
correrá a prescrição penal:
 (i) crimes de racismo, assim definidos na Lei n. 7.716/89 (CF,
art. 5º, XLII); e
 (ii) as ações de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático, assim
definidas na Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.170/83).
 *Estefam nas páginas 583 a 585 faz uma interpretação que
racismo abrange homofobia. Não prospera, mas a
argumentação é interessante.
Prescrição 
 O Estatuto de Roma (Tribunal Penal Internacional) aduz
serem os delitos de sua jurisdição imprescritíveis.
a) O crime de genocídio;
b) Crimes contra a humanidade;
c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão.
Mais detalhes em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm
Prescrição 
 Natureza penal ou processual penal
 4. Japiassu: Sobre o assunto, discute-se se a prescrição é
instituto de Direito Penal ou Processual Penal. A favor do
primeiro argumento, tem-se que ela atinge o direito de punir
do Estado, sendo, portanto, inequívoca a sua natureza
material. Ao revés, a favor do segundo, tem-se que,
historicamente, a prescrição objetivou paralisar o
prosseguimento da demanda penal contra o infrator, sendo
certo que não apenas a sua contagem, mas, também, as
hipóteses de suspensão ou interrupção, estariam vinculadas
aos institutos processuais penais.
Prescrição 
 Há quem defenda ser de natureza mista.
 Na prática o STF aduz ser PENAL, ao analisar a mudança da
Lei nº 9.271/1996, que alterou o art. 366, do CPP, dispondo
que se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, deve o juiz decretar a suspensão tanto
do processo como do curso do prazo prescricional. Enquanto
a primeira providência (suspensão do processo) era benéfica
aos réus revéis ao tempo da promulgação da Lei nº
9.271/1996, a segunda (suspensão da prescrição), lhes era
maléfica. Sendo assim, partindo da premissa de que não se
pode “cindir” o art. 366, o entendimento que se formou foi no
sentido da sua inaplicabilidade aos processos em curso,
apesar da sua localização no CPP
Prescrição 
 Nesse mesmo sentido, as alterações promovidas pela Lei nº
12.234/2010, ampliando o prazo mínimo de prescrição (de
dois para três anos) e excluindo a possibilidade de prescrição
antes do recebimento da denúncia (prescrição retroativa),
não têm efeito retroativo e somente são aplicáveis aos fatos
delituosos ocorridos depois da sua entrada em vigor.
 Por conta da mesma razão – isto é, sua natureza material –,
a prescrição obedece à regra PENAL do art. 10, do CP, ou
seja, o dia do começo inclui-se no cômputo do seu prazo e
exclui o do final, ao invés da regra PROCESSUAL do art.
798, § 1º, do CPP, que exclui do prazo o dia do começo,
incluindo, porém, o do vencimento.
Prescrição 
 A prescrição da pretensão punitiva impede todos os efeitos
possíveis de uma condenação penal, enquanto a prescrição
da pretensão executória apenas extingue o efeito principal da
condenação, consistente na imposição da sanção penal (os
demais efeitos penais e extrapenais subsistem).
 Assim que for constatada a ocorrência da prescrição, a
persecução penal deve ser encerrada, onde quer que se
encontre (CPP, art. 61), sob pena de caracterizar-se
constrangimento ilegal, passível de correção via habeas
corpus (CPP, art. 648, VII).
Prescrição 
 Prescrição da Pretensão punitiva. Ocorre antes do trânsito
em julgado.
 Efeitos:
 (i) impede o início (trancamento de inquérito policial) ou
interrompe a persecução penal em juízo;
 (ii) afasta todos os efeitos, principais e secundários,
penais e extrapenais, da condenação, razão pela qual a
condenação não podeconstar da folha de antecedentes,
exceto quando requisitada por juiz criminal, já que a extinção
da punibilidade nessa modalidade de prescrição não rescinde
a sentença condenatória (TRF, ACR 119809320124013900).
Prescrição 
 (i) PPP propriamente dita: calculada com base na maior
pena prevista no tipo legal (pena abstrata);
 (ii) PPP intercorrente ou superveniente à sentença
condenatória: calculada com base na pena efetivamente
fixada pelo juiz na sentença condenatória e aplicável sempre
após a condenação de primeira instância;
Prescrição 
 (iii) PPP retroativa: calculada com base na pena
efetivamente fixada pelo juiz na sentença condenatória e
aplicável da sentença condenatória para trás. Não poderá,
entretanto, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou
queixa, para crimes cometidos após 5 de maio de 2010.
 (iv) PPP antecipada, projetada, perspectiva ou virtual:
reconhecida, antecipadamente, com base na provável pena
fixada na futura condenação. Não é aceita pela lei ou
jurisprudência.
Prescrição 
 Vamos Revisar e organizar.
 A PPP pode ocorrer de duas formas. Primeiro com a pena 
máxima em abstrato, ou pena máxima hipotética.
 Isso pode ocorrer antes mesmo do processo ou no meio do 
processo.
 A segunda opção é com a pena já definida (trânsito em 
julgado para a acusação), Súmula 146 STF. Isso pode 
ocorrer para a frente ou de forma retroativa, usando a pena 
em concreto no tempo que já passou.
 A PPE só pode ocorrer depois do TJ para todos os 
envolvidos, com a pena em concreto!
Prescrição 
 A prescrição pode ser calculada com base na pena em abstrato
(pena máxima) ou na pena em concreto (se já sentenciado e sem
recurso do MP).
 Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e 
não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e 
não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não 
excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo 
superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Prescrição 
 A prescrição pode ser calculada com base na pena em abstrato
(pena máxima) ou na pena em concreto (se já sentenciado e sem
recurso do MP).
 Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença
final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e 
não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e 
não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não 
excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo 
superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Prescrição 
 Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos
previstos para as privativas de liberdade.
 Crime que prevê pena APENAS de Multa – 2anos.
 Se o crime prevê outra pena além da multa – a pena de liberdade,
seja alternativamente ou cumulativamente, se em abstrato.
 Se for aplicada concretamente só a multa na sentença – 2 anos.
 Quando imposta na sentença condenatória, cumulativamente com
pena privativa de liberdade, a multa prescreverá no mesmo prazo
desta, obedecendo ao princípio estabelecido no art. 118 do CP, de
que as penas mais leves (multas) prescrevem junto com as mais
graves (privativas de liberdade).
Prescrição 
 A prescrição da pretensão executória da multa dar-se-á
sempre em 5 anos, e a execução será feita separadamente
da pena privativa de liberdade, perante a Vara da Fazenda
Pública, uma vez que a nova lei determinou que, para fins de
execução, a pena pecuniária fosse considerada dívida de
valor. Dessa forma, o prazo prescricional (5 anos), as causas
interruptivas e suspensivas da prescrição, a competência e o
procedimento para a cobrança passam a ser os da legislação
tributária, cf. art. 51 do CP.
Prescrição 
 Para crimes cometidos até 5/5/2010 –
 Para penas de até 1 anos a prescrição ocorria em 2 anos.
 A prescrição poderia ser retroativa antes da denúncia ou
queixa.
Prescrição 
 Na Lei de Drogas, prevê-se o biênio para a prescrição
relativa ao porte de droga para consumo próprio (art. 30 da
Lei n. 11.343/2006), cujo tipo penal comina somente penas
restritivas de direitos.
 O cálculo da prescrição criminal é bem simples se quebrado
em duas etapas. A primeira etapa você se concentra em
saber o tempo que vai demorar. A segunda você analisa os
marcos temporais e conta se o tempo se concretizou.
 Não se esqueça que a contagem do prazo é PENAL!
Prescrição 
 A prescrição é contada em diversos períodos, que resultam
da combinação dos possíveis termos iniciais (CP, art. 111)
com as causas interruptivas (CP, art. 117). A contagem,
repise-se, obedece à forma do art. 10 do CP, computando-se
o termo inicial e excluindo-se o termo final. Os anos e meses
são contados de acordo com o calendário comum, podendo
ter, respectivamente, 365 ou 366 dias, e 28, 29, 30 ou 31
dias. Exemplo: se determinado crime prescreve em dois anos
e foi consumado em 10 de fevereiro de 2009, terá como
termo inicial esse mesmo dia e como termo final o dia 9 de
fevereiro de 2011.
Prescrição 
 Circunstâncias judiciais: Não influem no cálculo da PPP pela
pena abstrata.
 Circunstâncias judiciais são os critérios gerais de fixação de
pena previstos no art. 59 do CP e levados em conta na
primeira fase de fixação de pena. Não podem fazer com que
a pena saia de seus limites legais. Por mais favoráveis que
sejam, não podem levar a pena abaixo do mínimo, e, por
piores, não poderão exceder o máximo (CP, art. 59, II). Se a
pena não pode, nessa fase, restar superior ao máximo
cominado no tipo, tais circunstâncias não serão levadas em
consideração para o cálculo da prescrição pela pena
abstrata, pois, ainda que todas incidissem para agravá-la,
esta não poderia ficar além do máximo cominado.
Prescrição 
 Já as circunstâncias atenuantes e agravantes via de regra
não influenciam na PPP, pois também não podem alterar a
pena além ou abaixo dos limites legais.
 Todavia, ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data
do fato (tempo do crime – art. 4º - da ação
ou omissão), ou maior de 70 (setenta) anos, na data da
sentença, além de atenuante, também reduz pela metade
prazo da PPP.
 Cuidado que a prescrição é contada do RESULTADO!
 A PPE é agravada em 1/3 pelo reincidência. Só a PPE!
Prescrição 
 Causas de aumento e de diminuição São aquelas que
aumentam ou diminuem a pena em proporções fixas, como
1/3, 1/6, 1/2, 2/3 etc.
 Por exemplo, tentativa (CP, art. 14, parágrafo único),
participação de menor importância (CP, art. 29, § 1º),
responsabilidade diminuída (CP, art. 26, parágrafo único),
crime continuado (CP, art. 71) e assim por diante. São
levadas em consideração na última fase de fixação da pena e
podem fazer com que esta saia de seus limites legais. Por
permitirem que a pena fique inferior ao mínimo ou superior ao
máximo, devem ser levadas em conta no cálculo da
prescrição pela pena abstrata.
Prescrição 
 Causas de aumento e de diminuição São aquelas que
aumentam ou diminuem a pena em proporções fixas, como
1/3, 1/6, 1/2, 2/3 etc.
 Por exemplo, tentativa (CP, art. 14, parágrafo único),
participação de menor importância (CP, art. 29, § 1º),
responsabilidade diminuída (CP, art. 26, parágrafo único),
crime continuado (CP, art. 71) e assim por diante. São
levadas em consideração naúltima fase de fixação da pena e
podem fazer com que esta saia de seus limites legais. Por
permitirem que a pena fique inferior ao mínimo ou superior ao
máximo, devem ser levadas em conta no cálculo da
prescrição pela pena abstrata.
Prescrição 
 A detração penal NÃO afeta a contagem da prescrição.
Conforme o art. 42, do CP, computa-se, na pena definitiva, o
tempo em que o agente esteve preso provisoriamente, no
Brasil ou no estrangeiro.
 Segundo a jurisprudência do STF, esse abatimento do
quantum de pena a ser cumprido não acarreta a diminuição
dos prazos prescricionais. HC 96287. STF. Min. Cezar
Peluso. Segunda Turma. DJ de 22/05/2009.
Prescrição 
 Se foi imposta medida de segurança ao semi-imputável, a
prescrição é calculada pela pena concretamente aplicada
(STJ, HC 121.726/SP 2008/0260128-5; STJ, HC 55.533/SP
2006/0045238-0).
 Na hipótese de inimputável, segundo entendimento do
Supremo Tribunal Federal, a prescrição, nesse caso, regula-
se pela pena em abstrato, uma vez que a medida de
segurança é espécie do gênero sanção penal. O Superior
Tribunal de Justiça segue o entendimento, entendendo que a
prescrição regula-se pela pena máxima em abstrato (STJ,
RHC 39.920/RJ 2013/0260552-4).
Prescrição 
 Assim, vamos estabelecer a sequência por etapas para obtenção
do tempo para o cálculo da prescrição. Isso vale para PPP.
 1) Obter a pena na sentença, caso não tenha recurso do MP
que possa aumentar a pena ou a pena máxima em abstrato do
fato narrado caso não tenha sentença ou tenha recurso do MP
capaz de elevar a pena.
 2) analisar a presença de causas de aumento ou diminuição da
pena. Não se esqueça de sempre aplicar o maior aumento e/ou a
menor diminuição. Aplicar as frações. Irrelevante é a ordem (a
ordem dos fatores não altera nem o produto nem o somatório).
 3) Depois é só olhar se o agente na data do fato era menor de 21
ou se na data da sentença maior de 70 (ou se no curso do
processo completou 70, pois infelizmente ninguém fica mais novo)
e reduzir pela metade caso algum dos marcos temporais acima
ocorram.
Prescrição 
 Não se esqueça de se atentar à data do fato para penas até
1 ano, seja em concreto ou em abstrato. Se até 5.5.2010, o
tempo é de 2 anos. Se posterior, 3 anos.
 Lembrando que a multa é 2 anos se for sozinha no tipo ou
sozinha na sentença. Do contrário é aplicado o tempo da
pena privativa de liberdade e se for PPE só dela são 5 anos.
 Depois é só olhar a tabela do 109 do CP!
 A PPE é calculada pela pena em concreto ou pela pena
restante em caso de interrupção do cumprimento da pena.
Basta não esquecer de aumentar 1/3 para o reincidente e
diminuir pela metade para o menor de 21 na data do fato ou
maior de 70 na data da sentença. Simples assim! Aí é só
olhar a tabela!
Prescrição 
 Agora vem a parte mais complicada. Os termos iniciais, as
interrupções e suspensões.
Prescrição 
 Termo inicial da PPP – Art. 111 – 1) A consumação do crime.
 2. CAPEZ: Observe que o CP adotou a teoria do resultado,
para o começo do prazo prescricional, embora, em seu art.
4º, considere que o crime é praticado no momento da ação
ou da omissão, ainda que outro seja o do resultado (teoria da
atividade). Assim, o crime ocorre no momento em que se dá a
ação ou omissão (teoria da atividade), mas, paradoxalmente,
a prescrição só começa a correr a partir da sua consumação
(teoria do resultado);
Prescrição 
 Termo inicial – Art. 111 – 2) no caso de tentativa, no dia em
que cessou a atividade: uma vez que, nesta, não há
consumação, outro deve ser o termo inicial;
 3) nos crimes permanentes, a partir da cessação da
permanência: crime permanente é aquele cujo momento
consumativo se prolonga no tempo (por exemplo, sequestro).
 A cada dia se renova o momento consumativo e, com ele, o
termo inicial do prazo. Assim, a prescrição só começa a
correr na data em que se der o encerramento da conduta, ou
seja, com o término da permanência;
Prescrição 
 Art. 111- 4) nos crimes de bigamia e nos de falsificação ou
alteração de assentamento de registro civil, a partir da data
em que o fato se tornou conhecido da autoridade (delegado
de Polícia, juiz de Direito ou promotor de Justiça): são crimes
difíceis de ser descobertos, de modo que, se a prescrição
começasse a correr a partir da consumação, o Estado
perderia sempre o direito de punir. Se o fato é notório, não há
necessidade de prova do conhecimento formal da ocorrência,
a instauração do inquérito policial ou sua requisição pelo juiz
ou promotor de Justiça constituem prova inequívoca do
conhecimento do fato pela autoridade;
Prescrição 
 Art. 111- 5) nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e
adolescentes: a prescrição começa a correr a partir da data em
que a vítima completar 18 anos, salvo se a esse tempo já houver
sido proposta a ação penal, para os crime cometidos após 17 de
maio de 2012.
 3. Estefam traz uma questão interessante: A nova Lei suscita uma
interessante questão: qual o termo inicial da prescrição nos crimes
contra a dignidade sexual de menores de 18 anos quando a vítima
falecer antes de completar a maioridade e antes da propositura da
ação penal? A única solução que se afigura razoável, em nosso
modo de ver, é considerar que o prazo deve fluir a partir da data do
falecimento do ofendido.
 Ressalte-se que a maioria da doutrina privilegia o cálculo que
beneficia o réu.
Prescrição 
 Art. 119- 1) no crime continuado: a prescrição incide
isoladamente sobre cada um dos crimes componentes da
cadeia de continuidade delitiva (art. 119 do CP), como se não
houvesse concurso de crimes. Segundo a Súmula 497 do
STF: “Quando se tratar de crime continuado, a prescrição
regula-se pela pena imposta na sentença, não se
computando o acréscimo decorrente da continuação”;
Prescrição 
 Art. 119- 2) nos casos de concurso material e formal: a
prescrição incide isoladamente sobre cada resultado
autonomamente (art. 119 do CP), como se não existisse
qualquer concurso. Por exemplo, dirigindo em alta
velocidade, Tício provoca acidente, matando duas pessoas,
em concurso formal; uma morre na hora e a outra, 6 meses
depois; a prescrição do primeiro homicídio começa a correr 6
meses antes da prescrição do segundo. Nos casos de
concurso material, segue-se a mesma regra;
Prescrição 
 Causas interruptivas da prescrição
 São aquelas que obstam o curso da prescrição, fazendo com
que este se reinicie do zero, desprezando o tempo já
decorrido. São, portanto, aquelas que “zeram” o prazo
prescricional.
 São as seguintes: 1) a publicação do despacho que recebe a
denúncia ou queixa (data em que o juiz entrega em cartório a
decisão) interrompe a prescrição. O recebimento do
aditamento à denúncia ou à queixa não interrompe a
prescrição, a não ser que seja incluído novo crime, caso em
que a interrupção só se dará com relação a esse novo
crime. A rejeição também não interrompe.
Prescrição 
 A rejeição da denúncia ou queixa não interrompe a
prescrição. Entretanto, caso haja recurso contra a decisão de
rejeição, o acórdão do tribunal que provê o inconformismo da
acusação acarreta a referida interrupção.
 A anulação, na instância superior, da decisão judicial de
recebimento, acarretará a desconsideração jurídica da
mencionada interrupção.
 O recebimento da denúncia por Juízo incompetente não
interrompe a prescrição.
Prescrição 
 Na atualidade, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não
a rejeitar liminarmente, “recebê-la-á e ordenará a citação do
acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de
dez dias” (art. 396, do CPP, com a redação da Lei nº
11.719/2008).
 Após a fase de defesa preliminar, o juiz fará nova apreciação
da inicial da ação penal, realizando, caso não absolva
sumariamente o acusado, um novo recebimento da denúncia
ou queixa, designando dia e hora para audiência e demais
trâmites procedimentais (art. 399, do CPP, com a redação da
Lei nº 11.719/2008).
Prescrição 
 Em que pese a controvérsiadoutrinária, o melhor
entendimento é no sentido de que o primeiro recebimento é
que interrompe a prescrição (art. 396, do CPP). Isso porque o
recebimento da peça acusatória é imperativo, salvo se não
for o caso de indeferimento liminar.
 Ademais o segundo marco seria prejudicial ao réu, violando o
princípio interpretativo do direito penal da melhor
interpretação pro réu.
Prescrição 
 2) Pronúncia: Interrompe a prescrição não apenas para os
crimes dolosos contra a vida, mas também com relação aos
delitos conexos.
 Se o júri desclassifica o crime para não doloso contra a vida,
nem por isso a pronúncia anterior perdeu seu efeito
interruptivo (Súmula 191 do STJ).
 3) acórdão confirmatório da pronúncia- Da decisão de
pronúncia cabe Recurso em Sentido Estrito – A decisão
que denega o RESE interrompe novamente a prescrição.
Prescrição 
 4. Japiassu Se o juiz não se convencer da materialidade do fato ou
da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação,
impronunciado o acusado (art. 414, do CPP, com a redação da Lei
nº 11.689/2008), poderá a acusação obter, em grau de recurso, a
reversão dessa decisão. Haverá, na data do acórdão de pronúncia,
a interrupção do curso da prescrição. Da mesma forma,
interromper-se-á o lapso prescricional a reforma, na instância ad
quem, de decisões de absolvição sumária ou de desclassificação
pelo juiz da causa (arts. 415 e 419, do CPP, com a redação da Lei
nº 11.689/2008).
 Discordo de tal entendimento. A interpretação literal é apenas para
o acórdão confirmatório que denega RESE e esta é a mais
favorável ao réu, sendo analogia in malam partem.
Prescrição 
 4) Pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis. A sentença que concede o perdão judicial não
interrompe a prescrição, pois se trata de sentença declaratória da
extinção da punibilidade (Súmula 18 do STJ). A sentença que
reconhece a semi-imputabilidade do acusado interrompe, pois é
condenatória;
 STJ: O acórdão meramente confirmatório de sentença
condenatória não interrompe a prescrição.
 STF: O acórdão interrompe a prescrição.
 A interpretação literal do dispositivo é a mais adequada e é do STF.
 Suponhamos que uma pessoa seja absolvida em segundo grau e
posteriormente condenada novamente pelo STJ. O acórdão
absolutório não interrompe a prescrição!
Prescrição 
 4. Japiassu A nova redação do art. 117, IV, do CP,
sacramentou o entendimento no sentido de que não apenas
a sentença condenatória recorrível, como, igualmente, o
acórdão condenatório recorrível, que confirma a condenação
a quo ou que reforma a sentença absolutória de primeiro
grau, interrompe a prescrição.
 No segundo caso, não se discute que a publicação do
acórdão que condena o agente, depois de prover recurso da
acusação interposto contra sentença absolutória, constitui-se
causa interruptiva do lapso prescricional da pretensão
punitiva.
Prescrição 
 a) um indivíduo é absolvido em primeira instância e vem a ser
condenado pelo Tribunal – nesse caso, o acórdão teria força
para interromper a prescrição;
 b) um indivíduo é condenado em primeiro grau e vem a ser
também condenado em segundo grau (ou seja, com uma
certeza ainda maior) – esse acórdão seria ignorado para
efeitos prescricionais.
 Não há, sistematicamente, justificativa para tratamento
díspares.
 HC 138.088. 1ª T. Rel. p/ acórdão Min. Alexandre de Moraes.
Pub. DJe 27/11/2017.
Prescrição 
 Em sentido contrário: Capez, Estefam, Bitencourt, Masson
dentre outros, aduzindo existir diferença entre acórdão
condenatório e confirmatório.
 STJ: (AgRg no RE nos EDcl no REsp 1301820/RJ, Rel.
Ministro HUMBERTO MARTINS, CORTE ESPECIAL, julgado
em 16/11/2016, DJe 24/11/2016)
Prescrição 
 Importante anotar que nossos tribunais superiores fixaram a
tese de que recursos especial e extraordinário, negados na
origem e considerados inadmissíveis também pelo STJ
ou pelo STF, não postergam a data do trânsito em julgado
da condenação, que se dá no momento em que se esgota o
prazo, no tribunal de origem, para a interposição dos
mencionados recursos.
Vide STF, HC 126.594; HC 125.054; ARE 737.485 AgR-ED; HC 
127.190; ARE 809.173.
STJ, 3ª S., EAResp. 386.266-SP.
 Extremamente criticável tal decisão, pois o trânsito em
julgado tecnicamente ocorre quando não cabe mais recurso.
Prescrição 
 A data interrupção ocorre na data da publicação da
decisão condenatória, ou seja, quando ela é entregue em
mãos do escrivão (art. 389, do CPP), se não for proferida em
audiência (arts. 403, 493 ou 534, do CPP).
 Cuidando-se de acórdão, observa Guilherme Nucci que o
mesmo se reputa publicado na data da sessão de julgamento
pela Câmara ou Turma, não havendo a menor necessidade
de se aguardar a redação do acórdão e sua publicação em
diário oficial, visto que a sessão é ato público ao qual todos,
inclusive as partes, podem assistir.
Prescrição 
 5) pelo início ou continuação do cumprimento da pena. O
técnico nem seria dizer interrompe no caso do início – o
adequado seria término da PPP, pois em cumprimento a
pretensão executória agora.
 A continuação é instituto da PPE e calculada a prescrição
pelo restante da pena.
 6) A reincidência não influencia em nada na PPP. Súmula 220
do STJ.
Prescrição 
 Art. 117, §1º- Excetuado o início ou continuação do cumprimento
da pena e a reincidência, a interrupção da prescrição produz
efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes
conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos
demais a interrupção relativa a qualquer deles.
 exemplificativamente, se duas pessoas praticam um crime em
concurso e só um deles for processado, o recebimento da
denúncia com relação a ele se estende ao outro. Igual situação
ocorrerá se os dois forem processados, mas só um for condenado,
ou seja, a sentença condenatória que interrompe a prescrição da
pretensão punitiva para um dos acusados produz o mesmo efeito
no tocante ao outro que for absolvido. Ainda, se um sujeito se vir
processado perante o Júri, por exemplo, e somente for
pronunciado por uma das infrações penais, a interrupção do prazo
ocorrerá no tocante a todos os ilícitos que constarem do processo.
Prescrição 
 Causas Suspensivas (ou impeditivas da prescrição):
 (i) enquanto não resolvida, em outro processo, questão de
que dependa o conhecimento da existência do crime: trata-se
das questões prejudiciais, ou seja, aquelas cuja solução
importa em prejulgamento da causa. Por exemplo, o réu não
pode ser condenado pela prática de furto enquanto não
resolvido em processo cível se ele é o proprietário da res
furtiva. Enquanto o processo criminal estiver suspenso,
aguardando a solução da prejudicial no litígio cível, a
prescrição também estará suspensa;
Prescrição 
 Ressalte-se que o juízo criminal possui competência para
decidir todas as questões cíveis, com exceção do estado civil
das pessoas. Assim, é obrigatória a suspensão do processo
apenas para essas questões, sendo facultativa para as
demais, cf arts. 92 e 93 do CPP.
Prescrição 
 (ii) enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro por
qualquer motivo: salvo se o fato for atípico no Brasil;
 (iii) na hipótese de suspensão parlamentar do processo: a
partir da Emenda Constitucional n. 35, de 20 de dezembro de
2001, não há mais necessidade de licença prévia da Casa
respectiva para a instauração de processo contra deputado
ou senador. O STF pode receber a denúncia, sem solicitar
autorização ao Poder Legislativo.
Prescrição 
 Há, no entanto, um controle posterior, uma vez que, recebida
a peça acusatória, o Poder Judiciário deverá cientificar a
Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, conforme o
caso, os quais, por maioria absoluta de seus membros
(metade mais um), em votação aberta, que deverá realizar-se
dentro de prazo máximo de 45 dias, poderão determinar a
sustação do processo. A suspensão do processo
suspenderá a prescrição, enquanto durar o mandato (CF,
art. 53, §§ 3ºa 5º);
Prescrição 
 (iv) durante o prazo de suspensão condicional do processo:
nos crimes cuja pena mínima for igual ou inferior a um ano,
nos termos do art. 89, § 6º, da Lei n. 9.099, de 26 de
setembro de 1995 (Lei dos Juizados Especiais);
 Cuidado para não confundir com o Sursis que é a suspensão
condicional da pena – que exige sentença condenatória!
Prescrição 
 (v) se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso
do prazo prescricional, até o seu comparecimento, limitado
ao prazo de prescrição do delito que é acusado.
 Súmula 415 do STJ, no sentido de que “o período de
suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da
pena cominada”.
Prescrição 
 (vi) estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será
citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o prazo de
prescrição até seu cumprimento, de acordo com a redação
do art. 368, determinada pela Lei n. 9.271, de 17 de abril de
1996.
 Não importa se o crime é afiançável ou inafiançável. Réu em
local certo e sabido no estrangeiro será sempre citado
pessoalmente por carta rogatória. O prazo ficará suspenso
até que a carta seja cumprida, isto é, até que o acusado seja
localizado e citado. Não localizado, a hipótese passará a ser
de citação por edital, acima mencionada;
Prescrição 
 (vii) O acordo de Leniência, nos crimes contra a ordem econômica,
“determina a suspensão do curso do prazo prescricional e impede
o oferecimento da denúncia com relação ao agente beneficiário da
leniência”. Cumprido o acordo de leniência pelo agente, extingue-
se automaticamente a punibilidade nos referidos crimes.
 (viii) a suspensão do prazo para oferecimento de denúncia,
motivada pela colaboração do agente envolvido com organizações
criminosas, §3º do art. 4º da lei 12850:
 § 3o O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo,
relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis)
meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as
medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo
prescricional.
Prescrição 
 (ix) Art. 83, § 3º, da Lei nº 9.430/1996, com a redação da Lei
nº 12.382/2011. Determina a suspensão da pretensão
punitiva referente aos crimes dos arts. 1º e 2º, da Lei nº
8.137/1990, e arts. 168-A e 337-A, do CP, durante o período
em que a pessoa física ou jurídica relacionada com o agente
desses crimes estiver incluída no parcelamento, desde que o
pedido de parcelamento tenha sido formalizado antes do
recebimento da denúncia criminal.
 (x) Súmula Vinculante 24, do STF. Determina que, nos crimes
materiais contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incs. I
a IV, da Lei nº 8.137/1990, não há o curso do prazo
prescricional enquanto não constituído, em definitivo, o
tributo.
Prescrição 
 O CPC autoriza que o relator do recurso especial no STJ ou
do recurso extraordinário no STF, uma vez reconhecida a
repercussão geral no recurso sob sua apreciação, pode
determinar a suspensão do processamento de todos os
processos pendentes que versem sobre a questão em
tramitem no território nacional (CPC, arts. 1.035, § 5º e 1.037,
inc. II). Esse mecanismo se aplica ao processo penal e,
quando utilizado, paralisa todos os processos criminais que
tratarem da questão jurídica identificada como de
repercussão geral. A suspensão não se aplica a
investigações penais e nem se estende a processos em que
o réu se encontra preso (STF, RE 966.177, Pleno, rel. Min.
Luiz Fux, j. 7-6-2017).
Prescrição 
 A suspensão do processo em razão da instauração do
incidente de insanidade mental (CPP, art. 149) não suspende
a prescrição.
 Exemplo prático: Num crime cuja prescrição se dá em quatro
anos, consumado em 5 de julho de 2009, eventual denúncia
deverá ser recebida até 4 de julho de 2013. Se, por exemplo,
a inicial for recebida em 12 de março de 2011, eventual
condenação terá como data-limite, sob pena de prescrição, o
dia 11 de março de 2015, e assim por diante.
Prescrição 
 A alteração do dia 5.5.2010 limitou a prescrição retroativa. 
Para os crimes cometidos até essa data, entretanto, o termo 
antigo se aplica.
 A grande diferença é que antigamente a prescrição retroativa
poderia ocorrer com tempo anterior ao
oferecimento/recebimento (a depender do doutrinador) da
denúncia. Atualmente a prescrição anterior à denúncia
apenas corre pela pena em abstrato.
Prescrição 
 Ex: João, 30 anos, cometeu 171 em 2009. Como 171 tem 
pena máxima de 5 anos, a PPP em abstrato é de 12 anos.
 Foi denunciado em 2016. Se João, por ser primário, pegar 1 
ano, o crime terá prescrito, pois a prescrição de 1 até 2 anos 
ocorre em 4 anos, cujo prazo já se exauriu antes mesmo da 
denúncia.
 Todavia, se o crime foi em 2011 isso não será mais possível, 
pois o prazo anterior a denúncia não é computado para PPP 
em concreto, somente em abstrato.
Prescrição 
 Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete 
novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, 
no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime 
anterior.
 É a doutrina que prevalece, especialmente para fins e falta 
grave em execução criminal.
 Pelo início ou continuação do cumprimento da pena também 
é interrompida a PPE.
Prescrição 
 Termo Inicial da PPE.
 Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a 
correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, 
para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da 
pena ou o livramento condicional; (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984)
 II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o 
tempo da interrupção deva computar-se na pena (ex: doença 
mental superveniente).
Prescrição 
 2. CAPEZ Com o novo entendimento do STF, por maioria, o 
Plenário entendeu que o art. 283 do Código de Processo 
Penal não impede o início da execução da pena após 
condenação em segunda instância e indeferiu liminares 
pleiteadas nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade 
(ADCs) n. 43 e 44. 
 Dessa forma, é possível tentar fazer colar a tese que a 
prescrição da pretensão executória começará a correr da 
condenação ou confirmação da condenação em acórdão de 
segunda instância (TJ ou TRF);
 Tecnicamente se a acusação apelar não existirá trânsito, pois 
isso é uma interpretação sistemática e não literal, mas que é 
mais favorável ao réu, especialmente se este obtiver uma 
liminar suspendendo a execução do julgado.
Prescrição 
 No ARE 848.107, em 8/05/2019 o STF vai decidir o TEMA 
788 e apreciar se o Termo inicial para a contagem da 
prescrição da pretensão executória do Estado é a partir 
do trânsito em julgado para a acusação ou a partir do 
trânsito em julgado para todas as partes.
Prescrição 
 Prescrição no caso de evasão do condenado ou de 
revogação do livramento condicional
 Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de 
revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada 
pelo tempo que resta da pena.
Prescrição 
 Causas interruptivas da PPE
 Reincidência. Divergências na doutrina se querer ou não 
trânsito em julgado do outro crime. 
 1) pela presunção de inocência só após o TJ. É minoritária e 
é a que me filio. Não se pode presumir crime, é necessário 
provar! 
 2) A interpretação do art. 63 é pela data do cometimento do 
crime. Não é bem isso que diz o artigo:
Prescrição 
 Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete 
novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, 
no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime 
anterior.
 É a doutrina que prevalece, especialmente para fins e falta 
grave em execução criminal.
 Pelo início ou continuação do cumprimento da pena também 
é interrompida a PPE.
Prescrição
 Considera-se como causa suspensiva a prisão do condenado
por qualquer outro motivo que não a condenação que se
pretende executar.
 Relembrando:Ao contrário da prescrição da pretensão
punitiva, essa espécie de prescrição só extingue a pena
principal, permanecendo inalterados todos os demais efeitos
secundários, penais e extrapenais, da condenação.
 Lembrando o PPE é reduzido em ½ por ser o réu menor de
21 na data do FATO ou maior de 70 na da SENTENÇA; e
aumentado em 1/3 pela reincidência.
Prescrição
 Considera-se como causa suspensiva a prisão do condenado
por qualquer outro motivo que não a condenação que se
pretende executar.
 Relembrando: Ao contrário da prescrição da pretensão
punitiva, essa espécie de prescrição só extingue a pena
principal, permanecendo inalterados todos os demais efeitos
secundários, penais e extrapenais, da condenação.
 Lembrando o PPE é reduzido em ½ por ser o réu menor de
21 na data do FATO ou maior de 70 na da SENTENÇA; e
aumentado em 1/3 pela reincidência.
Prescrição
 Leis Especiais: Falência
Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á 
pelas disposições do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 - Código Penal, começando a correr do dia da 
decretação da falência, da concessão da recuperação judicial 
ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial.
Parágrafo único. A decretação da falência do devedor 
interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado com a 
concessão da recuperação judicial ou com a homologação do 
plano de recuperação extrajudicial.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
Prescrição
 Para crimes militares, se imposta a pena de morte, o prazo é
de 30 anos.
 A tabela vigente ainda é a anterior à 2010. Assim, prescreve
o crime militar em dois anos, se o máximo da pena é inferior
a um ano.
 Ademais, verifica-se em quatro anos a prescrição nos crimes
cuja pena cominada, no máximo, é de reforma ou de
suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou
função.
Prescrição
 São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o
criminoso era, ao tempo do crime, menor de vinte e um anos ou
maior de setenta. (não é ao tempo da sentença).
 Prevê o art. 130 a imprescritibilidade da execução das penas
acessórias. Aduz a doutrina ser tal dispositivo inconstitucional e
tem julgamento do STM nesse sentido 0000138-86.2010.7.11.0011
 Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão,
do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos.
 Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da
prescrição, esta só extingue a punibilidade quando o desertor
atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de
sessenta.
 Fora essas diferenças, as regras são as mesmas.
Prescrição
 Crítica à prescrição retroativa.
3. Estefam: Diversos são os defeitos da prescrição retroativa, dentre 
os quais se destacam: (i) a violação aos fundamentos do instituto da 
prescrição, que objetiva à punição da inércia do Estado, inexistente 
nesta modalidade de causa extintiva do ius puniendi estatal; 
(ii) a ofensa aos princípios da certeza, da irredutibilidade e da 
utilidade dos prazos, porquanto lapsos temporais cumpridos a seu 
tempo são desprezados, por conta de uma futura redução e 
recontagem que se produz; 
(iii) a violação aos fundamentos das causas interruptivas do prazo 
prescricional, os quais, uma vez verificados, encerram um período 
que não mais deveria ser reaberto; 
(iv) ofensa à lógica formal, porquanto ela se baseia numa sentença 
condenatória e, uma vez reconhecida, a invalida, isto é, a sentença 
penal só é válida para declarar que não tem validade... (Argumentos 
de Guaragni, Fábio André. Prescrição penal e impunidade. Curitiba: 
Juruá, 2000, p. 117 e s.).
Prescrição
 Resumo – Você precisa primeiro obter o valor do tempo para
prescrever.
 Vamos reiterar os slides 43 e 44
Prescrição 
 Assim, vamos estabelecer a sequência por etapas para obtenção
do tempo para o cálculo da prescrição. Isso vale para PPP.
 1) Obter a pena na sentença, caso não tenha recurso do MP
que possa aumentar a pena ou a pena máxima em abstrato do
fato narrado caso não tenha sentença ou tenha recurso do MP
capaz de elevar a pena.
 2) analisar a presença de causas de aumento ou diminuição da
pena. Não se esqueça de sempre aplicar o maior aumento e/ou a
menor diminuição. Aplicar as frações. Irrelevante é a ordem (a
ordem dos fatores não altera nem o produto nem o somatório).
 3) Depois é só olhar se o agente na data do fato era menor de 21
ou se na data da sentença maior de 70 (ou se no curso do
processo completou 70, pois infelizmente ninguém fica mais novo)
e reduzir pela metade caso algum dos marcos temporais acima
ocorram.
Prescrição 
 Não se esqueça de se atentar à data do fato para penas até
1 ano, seja em concreto ou em abstrato. Se até 5.5.2010, o
tempo é de 2 anos. Se posterior, 3 anos.
 Lembrando que a multa é 2 anos se for sozinha no tipo ou
sozinha na sentença. Do contrário é aplicado o tempo da
pena privativa de liberdade e se for PPE só dela são 5 anos.
 Depois é só olhar a tabela do 109 do CP!
 A PPE é calculada pela pena em concreto ou pela pena
restante em caso de interrupção do cumprimento da pena.
Basta não esquecer de aumentar 1/3 para o reincidente e
diminuir pela metade para o menor de 21 na data do fato ou
maior de 70 na data da sentença. Simples assim! Aí é só
olhar a tabela!
Prescrição 
 Agora vamos lembrar dos marcos temporais.
 Os principais interruptivos são:
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
 II - pela pronúncia;
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis;
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
(PPE apenas)
 VI - pela reincidência. (PPE apenas)
Prescrição 
 Se qualquer dessas coisas acontecer o prazo começa a
correr do zero.
 Já para suspender o processo é bem simples: é preciso
decisão do magistrado ou impossibilidade de início
(cumprimento de pena no estrangeiro ou preso por outro
motivo).
Prescrição 
 Feito isso agora é praticar!
 A calculadora do CNJ ajuda, mas se você não entende as
regras e as interpretações divergentes, pode deixar de livrar
ou prender um réu!
 Apesar de ser um tema de demasiada complexidade e com
várias divergências pela sofrível redação do CP, espero que
tenham compreendido as normas gerais.
 No mundo real, em regra é sempre possível a consulta, então
em caso de dúvida não arrisque: sempre consulte!

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