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Criação e Produção Animal II – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Suinocultura – Mundo e Brasil Introdução Quando falamos da criação de suínos em larga escala, o produto final que temos hoje é completamente diferente do que tínhamos nos anos 30 já que houve alterações genéticas advindas do programa de melhoramento que é empregado até hoje buscando atender as exigências do mercado consumidor. Objetivos do Programa de Melhoramento Genético Alta produtividade; Baixo percentual de gordura, porém com prioridade no ganho de massa muscular. Atualmente, com a busca de uma vida mais saudável, o mercado consumidor tem procurado uma carne mais magra, diferente dos consumidores de 1930 em que os suínos possuíam muito mais gordura, sendo a verdadeira representação do que vemos nos cofrinhos de moedas. Acompanhando o desenvolvimento genético, a NUTRIÇÃO dos animais também é um fator essencial já que é necessário garantir o subsídio nutricional para que os animais atinjam seu máximo potencial zootécnico. Nos dias atuais, com o avanço em estudos e pesquisas, foram desenvolvidas diversas propostas nutricionais específicas baseadas em sexo, idade, etc. Além disso, a PROGRAMAÇÃO REPRODUTIVA também tem grande relevância para que seja possível controlar a produtividade na propriedade permitindo que haja o planejamento adequado nas taxas de natalidade, possibilidade de descarte de animais, entre outros fatores. Não devemos esquecer das INSTALAÇÕES montadas, visando manter a temperatura nos níveis adequados, principalmente para os filhotes, já que o índice de mortalidade nessa fase é alto. O CONTROLE AMBIENTAL também é imprescindível para a vida produtiva dos animais para que evitemos situações de estresse. Por ultimo podemos citar o CONTROLE DE DOENÇAS que é um ponto fundamental já que há diversas doenças com potencial contagioso podendo destruir uma granja inteira. Logo, o foco deve ser, principalmente na prevenção com uso de vacinas e redução da circulação de pessoas na granja e caso haja o aparecimento de alguma doença, é necessário que saibamos como conduzir o protocolo de tratamento e de notificação (caso necessária). Mercado A carne suína é a mais consumida em âmbito mundial. Todavia, no Brasil há maiores consumos em datas festivas como no Natal em razão de cultura e tradições. Criação e Produção Animal II – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Ainda há diversos mitos que circundam o consumo de carne suína. Muitos dizem que é uma carne extremamente gordurosa sem saber que é uma das carnes mais magras, principalmente com após o melhoramento genético adotado no nosso país. Com a situação atual no nosso país, a carne mais consumida é a de frango, visando o custo benefício já que possui uma boa quantidade de proteína com baixos custos e, em segundo lugar, podemos citar a carne bovina que, segundo as pesquisas, é a preferida do consumidor brasileiro. Carne Suína no Mundo A carne suína é mais consumida, principalmente por países asiáticos e europeus se destacando a Alemanha. Com base na imagem acima, o maior produtor mundial de carne suína é a China, seguido de União Europeia, tendo Estados Unidos em 3º lugar e Brasil em 4º. Esse ranqueamento já está fixado há décadas, tendo em vista que o degrau que separa uma colocação de outras é grande. Quanto a exportação, podemos ver, com base nos dados listados acima, que o Brasil é também o 4º país que mais exporta carne suína no mundo. Todavia, quando falamos em importação, a China é o maior exportador, tendo em vista as analises realizadas em 2020. Isso ocorreu em razão da Peste Suína Africana, doença de notificação compulsória que acometeu o país travando as suas exportações, sendo necessário o sacrifício dos animais. Essa doença tem 100% de letalidade e fácil disseminação e, por conta disso, a China, infelizmente teve a perda de cerca da metade de seu plantel de suínos tornando necessária a importação. Criação e Produção Animal II – Jennifer Reis da Silva – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Embora o Brasil seja o 4º maior produtor e exportador de carne suína no mundo, podemos observar, conforme os dados mostrados acima que a produção tem se elevado conforme o passar dos anos, porém o crescimento é pouco acentuado. Isso se dá, não pela falta de tecnologias ou mão de obra na área, mas sim pela falta de mercado. O brasileiro não tem um aumento expressivo no consumo, logo, a maior parte da produção (cerca de 70%) é destinada a população e o restante é exportado. É interessante destacar que os cortes específicos são os mais exportados sendo seguido de miúdos e produtos industrializados. Os estados Brasileiros que mais exportam carne suína são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais que exportam, principalmente, para a Ásia em especial para a China em razão do problema sanitário mencionado anteriormente. A partir dos dados analisados, podemos concluir que o Brasil é um grande produtor de carne suína com capacidade de aumentar sua produção. Todavia, se faz necessário desmistificar muitos boatos e ideias defendidas erroneamente sobre os riscos dessa carne tão comum no exterior.
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