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A principal função das hemácias consiste no transporte de hemoglobina em seu interior. A hemoglobina, por sua vez, tem a função de transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos; E quando fora das hemácias, podem extravasar, através da membrana capilar, para o espaço intersticial ou até mesmo para o filtrado glomerular. - Cerca de 3% do total de hemoglobina livre no plasma é filtrada através da membrana. Além dessa função principal, as hemácias ainda realizam outras funções como: ● Transformação de CO2 e H2O em H2CO3, e vice- versa, por meio da grande quantidade da enzima anidrase carbônica, presente no interior das hemácias. ● Tamponamento de ácido-base no sangue através das moléculas de hemoglobina, presentes no interior das hemácias, que são capazes de se associar aos íons H+. As hemácias normais são discos bicôncavos, com diâmetro de cerca de 8 micrômetros e com espessura de aproximadamente 2,5 micrômetros. ➥ As hemácias normais possuem como característica a habilidade de poder variar a sua forma conforme as células são espremidas ao passarem pelos capilares, sem que ocorra ruptura da célula, assumindo praticamente qualquer forma necessária para passar por dentro dos capilares. ➥ OBS: A concentração de hemácias em um homem saudável é de cerca de 5.200.000 por milímetro cúbico de sangue, enquanto nas mulheres é de 4.700.000. As hemácias têm capacidade de concentrar a hemoglobina no líquido celular em no máximo 34 gramas a cada 100 mililitros de células. Isso ocorre porque esse valor se trata do limite metabólico do mecanismo celular formador de hemoglobina. E em pessoas saudáveis, a porcentagem de hemoglobina é sempre próxima do nível máximo em cada célula. Porém, quando o hematócrito e a quantidade de hemoglobina em cada célula respectiva estão normais, o sangue total contém em média 15 gramas (14 em mulheres) de hemoglobina a cada 100 mililitro de sangue. OBS: A quantidade de oxigênio em cada grama de hemoglobina pura que é de 1,34 mL, se a hemoglobina estiver 100% saturada. Sendo assim, o máximo de oxigênio transportado em 100 mL de sangue é de 20 mL de O2. Algumas áreas do corpo são capazes de produzir as hemácias dependendo em que fase da vida o indivíduo se encontra: ● NAS PRIMEIRAS SEMANAS DE VIDA EMBRIONÁRIA: As hemácias nucleadas primitivas são produzidas no saco vitelino. ● NO SEGUNDO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO: O fígado passa a ser o principal órgão formador de hemácias, sendo acompanhado por uma baixa produção do baço e dos linfonodos. FORMA E DIMENSÃO DAS HEMÁCIAS QUANTIDADE DE HEMOGLOBINA NAS CÉLULAS PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS ● NO ÚLTIMO MÊS DE GESTAÇÃO E APÓS O NASCIMENTO: As hemácias são produzidas exclusivamente na medula óssea. ● ATÉ OS CINCO ANOS DE IDADE → Praticamente a medula óssea de todos os ossos produzem hemácias ● APÓS OS VINTE ANOS → Após os vinte anos, a medula óssea dos ossos longos, exceto algumas porções proximais do úmero e da tíbia, ficam muito gordurosas, deixando de produzir hemácias, após essa idade, a maioria das hemácias é produzida pela medula óssea dos ossos membranosos, como vértebras, esterno, costelas e íleo. ■ OBS: Mesmo nesses ossos, a medula passa a ser menos produtiva com o avanço da idade. HEMATOPOIESE: formação de células sanguíneas. Existem duas fases em dois momentos de formação de células sanguíneas. As hemácias iniciam suas vidas por meio de um tipo único de célula, denominado como célula-tronco hematopoiética pluripotente, da qual derivam todas as células do sangue circulante. A medida que essas células se reproduzem, pequena parcela permanece na forma de células pluripotentes originais, retidas na medula óssea como reserva, enquanto que a outra parcela se diferenciar para formar outras células. OBS: As células em estágio intermediário são bastante parecidas com as células-tronco pluripotentes, apesar de já estarem comprometidas com uma linhagem particular de célula, sendo por isso denominadas de células- tronco comprometidas. Essas células quando crescem em cultura, produzem colônias de tipos específicos de células sanguíneas, sendo divididas em “classes” conforme o seu desenvolvimento futuro. ● As células-tronco comprometidas produtoras de hemácias são denominadas de Unidade Formadora de Colônia de Eritrócitos ou CFU-E (sigla na denominação em inglês). ● As células-tronco comprometidas produtoras de granulócitos e de monócitos têm a designação CFU-GM. ● As células tronco comprometidas produtoras de megacariócitos (que se fragmentam formando as plaquetas) são denominadas de CFU-M. O crescimento e a reprodução das diferentes células-tronco são controlados por múltiplas proteínas, denominadas de indutores de crescimento. Um desses indutores, a interleucina3, promove o crescimento e a reprodução de praticamente todos os diferentes tipos de células tronco comprometidas. Entretanto, os outros induzem apenas o crescimento de tipos específicos de células. OBS: Os indutores de crescimento promovem o crescimento das células, mas não a sua diferenciação. Um grupo de proteínas, denominado de indutores de diferenciação, possui a função de ocasionar a FORMAÇÃO DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS VERMELHAS FATORES INDUTORES DE CRESCIMENTO FATORES DIFERENCIADORES diferenciação das células tronco comprometidas. Cada um desses indutores determina a diferenciação de um tipo específico de célula- tronco comprometida em um ou mais estágios de desenvolvimento. OBS: A formação dos indutores de crescimento e de diferenciação é controlada por fatores externos a medula óssea. Por exemplo, no caso das hemácias, a exposição do sangue a baixas concentrações de oxigênio resulta na indução do crescimento e da diferenciação muito aumentada de hemácias. Já no caso de alguns leucócitos, as doenças infecciosas causam o crescimento, a diferenciação e a formação final de tipos específicos de leucócitos. Nesta fase ocorre a formação apenas de Eritroblastos primitivos, ou seja, É o primeiro momento onde começa acontecer o processo de hematopoiese, mas com um grupo específico de eritroblastos: primitivos. ERITROBLASTO: célula intermediária no processo de formação de eritrócito ou hemácia. Essa fase acontece no interior dos vasos sanguíneos e vai corresponder as primeiras semanas de vida embrionária, como vimos. Ainda não é a fase definitiva que a gente conhece (sangue ser fabricado na medula óssea), essa é uma fase hepática, onde o fígado vai ser o principal órgão hematopoiético, produtor de células sanguíneas. Aqui, além do fígado, o baço também pode ser órgão produtor, mas a fase é hepática pela maior função ser do fígado. Corresponde ao segundo trimestre da gestação. Vamos ver células como eritroblastos, granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), monócitos, células linfóides e megacariócitos. Aqui já vemos mais células do que no momento anterior, na fase mesoblástica, mas ainda não vemos linfócitos, apenas células que são intermediárias no processo de formação de linfócitos. Quando a medula assume a função de formar as células sanguíneas, e essa medula que vai começar a formar TODAS as células sanguíneas que a gente conhece. No começo existe a célula tronco hematopoiética ( também chamada de hemocitoblasto e é uma célula tronco pluripontente). O hemocitoblasto sofre uma primeira diferenciação, tornando-se uma célula linfóide multipotente ou uma célula mieloide multipotente. A linhagem linfóide vai ser responsável pela formação dos linfócitos, enquanto a linhagem mieloide vai ser responsável pela formação de todas as outras células sanguíneas: hemácias, megacariócitos, monócitos, granulócitos... As células tronco vão se diferenciar em célulasprogenitoras, as células progenitoras vão se diferenciar em células precursoras, e as células precursoras em células maduras. A célula madura é a célula que tem A FUNÇÃO de fato, o estágio mais avançado do período de diferenciação. FASE TRANSIENTE - MESOBLÁSTICA FASE DEFINITIVA - HEPÁTICA FASE DEFINITIVA - HEPÁTICA O hemocitoblasto vai receber influência da matriz extracelular, de células adiposas, de fibroblastos, de macrófago, de células endoteliais... e todas essas influências trabalham em cima do hemocitoblasto. Dependendo das moléculas liberadas, das interação que essa célula faz, essa célula vai originar uma célula linfoide ou mieloide, e originar as células maduras. Portanto, esse microambiente é fundamental para que aconteça uma diferenciação celular ordenada, um processo de hematopoiese ordenado. 1. A primeira célula que pode ser identificada como pertencente a linhagem vermelha é o proeritroblasto, que é formado a partir das células- tronco CFU-E através de estimulação apropriada 2. Os proeritroblastos então se dividem para formar as células da primeira geração, que são denominadas de eritroblastos basófilos, por se corarem com substâncias básicas. Essas células só acumulam uma pequena quantidade de hemoglobina. 3. Os eritroblastos basófilos se dividem novamente para formar as próximas linhagens de células, denominadas de eritroblastos policromatófilo, que se divide formando os eritroblastos ortocromáticos que dá origem ao último estágio de hemácias imaturas. 4. Os eritroblastos ortocromáticos formam através de sua diferenciação as células reticulócito, que são assim chamadas por ainda conter pequenas quantidades de material basofílico. O núcleo nesse estágio passa a se condensar até um tamanho muito pequeno e seu resíduo final é absorvido ou excretado pela célula ao mesmo tempo em que o retículo endoplasmático também é reabsorvido ou excretado. ○ Durante esse estágio (de reticulócito) as células saem da medula óssea e entram nos capilares sanguíneos por diapedese. O material basófilo remanescente do reticulócito, normalmente, desaparece em 1 a 2 dias e, a partir daí, a célula passa a ser referida como hemácia madura. ○ OBS: Devido ao curto período de vida dos reticulócitos, sua concentração no sangue é de um pouco menos de 1% da concentração total plasmática em condições normais. A massa total de células sanguíneas da linhagem vermelha no sistema circulatório é regulada de ESTÁGIOS DE DIFERENCIAÇÃO DAS HEMÁCIAS ERITROPOETINA REGULA A PRODUÇÃO DAS HEMÁCIAS NO SANGUE maneira muito precisa em limites estreitos, isso ocorre para que sempre exista um número adequado de hemácias disponíveis para transportar oxigênio sem que haja um número muito elevado de células a ponto de impedir o fluxo sanguíneo. As condições que causam uma diminuição da quantidade de oxigênio transportado para os tecidos normalmente acaba ocasionando um aumento na intensidade de produção das hemácias. Dessa forma, quando uma pessoa fica anêmica em consequência de uma hemorragia, a medula óssea inicia, de imediato, a produção de uma grande quantidade de hemácias, a fim de voltar à normalidade. OBS: Isso ocorre também em grandes altitudes, onde a quantidade de oxigênio no ar é bastante diminuída, ocorrendo dessa forma um aumento significativo da produção de hemácias por ter menos oxigênio disponível para ser transportado até os tecidos. OXIGENAÇÃO TECIDUAL – REGULADOR MAIS ESSENCIAL DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS
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