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Inspeção Do Trabalho Epidemiologia E Segurança E Saúde No Trabalho

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INSPEÇÃO DO TRABALHO, EPIDEMIOLOGIA E SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
 * Carlos Roberto Miranda
INTRODUÇÃO
A inseparabilidade entre o trabalho e o indivíduo que o realiza, a implicação da pessoa do trabalhador na atividade laboral, determinam uma exigência de tutela de sua liberdade e integridade, ou seja, em última instância determinam a intervenção do Estado na regulamentação das relações de trabalho. Conseqüentemente, na medida em que o trabalho é de alguma forma normatizado, a inspeção encontra sentido e lugar de ser na história do trabalho. Em síntese, o serviço de inspeção é a forma de tornar efetivas as regulamentações do processo de trabalho (1).
Historicamente, a inspeção do trabalho surgiu no século XIX estreitamente vinculada à Revolução Industrial e à consolidação do modo de produção capitalista. Desde o seu surgimento na Inglaterra através do Althorp Act e do Factory Act (1833), a inspeção do trabalho tem passado por inúmeras mudanças propiciadas pelas novas tecnologias aplicáveis aos processos produtivos e pelos diferentes modos de organização do trabalho.
Inicialmente, com a proeminência do contrato de trabalho, os inspetores do trabalho se limitavam a fiscalizar o cumprimento das primeiras leis de proteção e a tutelar aspectos mais pessoais e essencialmente defensivos a que estavam obrigados por uma situação de radical submissão pessoal do trabalhador.
Atualmente, a complexidade cada vez maior das relações trabalhistas exige que o inspetor do trabalho tenha uma boa formação jurídica e/ou técnica. Mas, além disso, o caráter multidisciplinar que exige uma formação permanente dos inspetores, justifica tanto a extensão de sua preparação em outras matérias conexas como a incorporação a estes coletivos de pessoal procedente de carreiras técnicas (médicos, engenheiros, químicos, entre outros) que aportem ao sistema de inspeção e proteção do trabalho os conhecimentos teóricos e práticos que são necessários para atender adequadamente as questões que se relacionam com a segurança e saúde dos trabalhadores (2).
Apesar do primeiro inspetor do trabalho, o médico Robert Baker, ter surgido em 1834 na Inglaterra, no Brasil somente em 1891 foi promulgada a primeira legislação sobre condições de trabalho, o Decreto nº 1.313. Esse decreto instituiu a fiscalização dos estabelecimentos fabris do Rio de Janeiro em que trabalhavam menores e previa um sistema de inspeção composto por apenas um inspetor geral, subordinado ao Ministério do Interior, e que deveria visitar mensalmente cada estabelecimento fabril.
Ainda em 1891, com a promulgação da nova Constituição, a incumbência de legislar sobre relações de trabalho e organizar sistemas de fiscalização foi repassada aos estados da Federação.
Mais tarde, em 1918, através do Decreto nº 3.550, foi criado o Departamento Nacional do Trabalho no âmbito do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Esse decreto previa um sistema de inspeção do trabalho composto por dois inspetores mas, contudo, suas ações continuavam limitadas à capital federal.
Em 1919, surge a Lei de Acidentes do Trabalho, que assinalaria o ponto de partida da intervenção do Estado nas condições de consumo da força de trabalho industrial em nosso país.
Convém assinalar que, a nível internacional, desde o ano de 1919 a Recomendação nº 5 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) já sugeria a institucionalização da inspeção do trabalho em todos os países-membros.
Contudo, apesar da prática e das recomendações internacionais, somente a partir de 1931 surgiu no Brasil um sistema nacional de inspeção do trabalho, com a criação do Departamento Nacional do Trabalho no âmbito do também recém-criado Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Em 1932 foram criadas as Inspetorias Regionais do Ministério do Trabalho com o objetivo de exercer a fiscalização das leis e regulamentos, e em 1934 é criada a Inspetoria de Higiene e Segurança no Trabalho.
Entretanto, a estruturação do serviço federal de inspeção do trabalho foi um processo muito lento e somente em 1957 foi aprovado o Regimento das Delegacias Regionais do Trabalho (DRT).
Posteriormente, durante o regime militar, com a mudança nas atribuições das Delegacias Regionais, foi criado em 1975 o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT), que se transformaria ao longo dos anos em Divisão, em Departamento e, mais tarde, na atual Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST). Esta Secretaria é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo o Território Nacional.
A nível estadual, essa fiscalização é executada pela Delegacia Regional do Trabalho. 
Por sua vez, os direitos dos trabalhadores quanto ao risco no trabalho estão estabelecidos no Artigo 7º da Constituição Federal de 1988, enquanto que a legislação ordinária sobre a questão faz parte da legislação trabalhista e está contida na Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), e em legislação complementar. A redação atual do capítulo da CLT que abrange a segurança e a saúde dos trabalhadores(Título II, Capítulo V), foi estabelecida pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977 e se estende do Artigo 154 ao 201 (3).
Em 1978, o Ministério do Trabalho, através da Portaria nº 3214, aprovou as Normas Regulamentadoras (NRs) relativas à segurança e medicina do trabalho. Em 1988, através da Portaria nº 3.067, foram aprovadas as Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs) (4).
Vale observar, contudo, que essas normas regulamentadoras caracterizavam-se por um enfoque essencialmente individualista, por exemplo, exigiam a realização de exames médicos e a ênfase era o indivíduo.
Entretanto, a partir do final de 1994, com a entrada em vigor da nova NR-7, o enfoque da inspeção do trabalho passou a considerar as questões incidentes não somente sobre o indivíduo mas também sobre a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho (5).
Assim, com a exigência de elaboração e implementação de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), a nova NR-7 introduziria um “olhar coletivo” nos procedimentos da inspeção do trabalho na área de segurança e saúde (6).
MEDICINA DO TRABALHO E MEDICINA SOCIAL / SAÚDE COLETIVA
Em relação à segurança e à saúde no trabalho, no campo teórico, estamos diante de uma área de conhecimento e de ação onde existem atualmente pelo menos duas maneiras de conceber a medicina do trabalho: uma, mais restrita e que se limita essencialmente ao aspecto preventivo dos prejuízos causados à saúde pelo trabalho, isto é, a proteção contra riscos de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho; e a outra, mais ampla e que envolve o conjunto dos problemas que cercam a saúde dos trabalhadores, incluindo seus aspectos curativos e preventivos (7, 8).
De um lado o pensamento clássico da saúde ocupacional que, ao tomar como objeto a relação entre trabalho e saúde, entende o trabalho (e os riscos dele decorrentes) como um problema essencialmente ambiental, e, nesse sentido, preconiza uma abordagem puramente técnica da questão.
De um outro lado, a corrente da medicina social/saúde coletiva evidencia no trabalho um caráter social e coletivo, e propõe uma abordagem ao mesmo tempo técnica e social para a relação saúde/trabalho ( 9,10).
Para os críticos da medicina do trabalho, o método por ela utilizado (que é o do pensamento médico dominante), baseia-se em grande medida nas reduções sucessivas do objeto de estudo particular, delimitando componentes cada vez menos complexos e estudando-os isoladamente, restringindo-se aos dados relativos ao ambiente de trabalho. 
A debilidade do método da medicina do trabalho residiria em supor a possibilidadede entender o conjunto a partir da somatória de suas partes, não explicando satisfatoriamente as diferenças qualitativas entre os vários níveis de complexidade. Assim, a medicina do trabalho tradicional utiliza a categoria “risco” para dar conta dos elementos presentes nos ambientes de trabalho que podem causar danos ao corpo do trabalhador, isto é, define os riscos como agentes isolados que podem causar doenças e, os conceitua quase sempre num esquema monocausal. Às vezes avança e adota a categoria “fatores de risco”, dentro do modelo epidemiológico multicausal, que postula a necessidade da presença simultânea de vários deles para que se produza a doença. Esse enfoque teórico da medicina do trabalho, marcado por um viés biologista/ambiental, resultaria insuficiente pois consigna elementos isolados entre si e da dinâmica global do processo de trabalho.
Por um outro lado, a corrente da medicina social/saúde coletiva tem tentado constituir a saúde dos trabalhadores como um objetivo de estudo específico, tem problematizado a relação trabalho/saúde, colocando no centro da análise o caráter social do processo saúde-doença e a necessidade de entendê-lo na sua articulação com o processo de produção (11).
Em resumo, de acordo com a corrente da medicina social/saúde coletiva, o estudo do processo trabalho/doença ocupacional não poderia deixar de analisar pelo menos os seus condicionantes básicos: as condições gerais de vida, as relações de trabalho e o processo de trabalho (12).
As condições gerais de vida devem ser avaliadas em dois planos distintos: as condições propiciadas pelo padrão e volume dos bens de consumo coletivo oferecidos pelo Estado, e as condições que incidem sobre o consumo individual obtido pelo salário.
Já as relações de trabalho dependem do setor de atividades da empresa (primário, transformação, serviços), do ramo de atividade (metalúrgico, químico, etc.), do tamanho e do caráter da empresa, entre outros. É desses aspectos que vai depender a jornada de trabalho, o tipo de contrato, a forma de pagamento, as condições ambientais de higiene e segurança, a qualidade da alimentação, a qualidade dos serviços médicos, etc.
Finalmente, ao esclarecer como se dá o processo de trabalho, é que chega-se à especificidade de uma dada categoria ocupacional, aos riscos químicos, físicos ou biológicos.
Em verdade, essas novas concepções teóricas da medicina do trabalho vem sendo incorporadas tanto pelas instituições internacionais como pelas instituições nacionais que atuam no campo da segurança e da saúde dos trabalhadores. 
A partir de 1976 o conceito de medicina do trabalho passa a ser ampliado no interior da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) com a criação do PIACT (Programa Internacional para o Melhoramento das Condições e dos Ambientes de Trabalho), que passa a valorizar a melhoria da qualidade geral de vida e a participação dos trabalhadores nos vários níveis de decisão. Mais tarde, em 1985, a OIT adota a Convenção nº 161 que já expressa em seu título, “Serviços de Saúde no Trabalho”, a ampliação do conceito restrito de “medicina do trabalho”. Essa nova expressão “serviço de saúde no trabalho” é agora utilizada para designar serviços investidos de funções essencialmente preventivas e para explicitar a necessidade de existirem salvaguardas que garantam a todos os membros da equipe destes serviços a plena independência profissional, tanto em relação ao empregador como em relação aos trabalhadores e seus representantes. Vale informar que a Convenção nº 161 da OIT foi ratificada pelo Brasil em 22.05.91 através do Decreto nº 127.
Esse mesmo enfoque globalizante passa a ser também incorporado no discurso da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), que mudaram a denominação de seus programas de “saúde ocupacional” para programa de “saúde dos trabalhadores”.
No Brasil, a Constituição de 1988, em seu Artigo 200, estabeleceu que compete ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de outras atribuições, executar ações de saúde do trabalhador. No âmbito do Ministério do Trabalho, a denominação da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho foi mudada para Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.
Em síntese, como bem analisa RENÉ MENDES, a emergência da “saúde do trabalhador” no Brasil ocorreu a partir da década de 80, no contexto da transição democrática e em sintonia com o que ocorreu no mundo ocidental, destacando-se a contribuição trazida pelos técnicos que atuam nas instituições públicas, especialmente nas universidades, nos serviços de saúde e na fiscalização do trabalho (13).
EPIDEMIOLOGIA: DEFINIÇÃO, OBJETIVOS E CONCEITOS
Enquanto a Clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a caso, a Epidemiologia estuda os fatores que determinam a freqüência e a distribuição das doenças em grupos de pessoas. 
Historicamente, a Epidemiologia surgiu a partir da consolidação de um tripé de elementos conceituais, metodológicos e ideológicos: a Clínica, a Estatística e a Medicina Social.
O objetivo final da Epidemiologia é produzir conhecimento e tecnologia capazes de promover a saúde individual através de medidas de alcance coletivo.
Numerosas doenças cujas origens até recentemente não encontravam explicações vêm sendo estudadas em suas associações causais pela metodologia epidemiológica. A título de exemplo pode-se citar a associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão, leucemias e exposição ao raios-X ou ao benzeno, mortalidade infantil e classes sociais, AIDS e hábitos sexuais, entre outras. 
Convém recordar que o estudo de ENGELS “As Condições da Classe Trabalhadora na Inglaterra em 1844” pode ser considerado o primeiro texto analítico da Epidemiologia. Neste trabalho o autor demonstrou, no contexto da Revolução Industrial, que a exploração e o desgaste da classe trabalhadora deterioravam profundamente as suas condições de saúde (14). 
Na atualidade, a Epidemiologia mantém seu caráter essencialmente coletivo e social assim como vem ampliando o seu importante papel na consolidação de um saber científico sobre a saúde humana, fornecendo subsídios para o planejamento e a organização das ações de saúde e para a avaliação de programas, atividades e procedimentos preventivos e terapêuticos.
Devido à crescente complexidade e abrangência da sua prática atual, ALMEIDA FILHO E ROUQUAIROL (15) assim definem a moderna Epidemiologia:
“Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração, e avaliação das ações de saúde”. 
Neste sentido, tomando como referência a importante obra dos autores acima citados, “Introdução à Epidemiologia Moderna “ (1992), conceitos e bases da pesquisa epidemiológica serão explicitados a seguir (15).
Preliminarmente, convém ressaltar que, devido ao seu caráter eminentemente observacional, a moderna Epidemiologia estrutura-se em torno de um conceito fundamental denominado “risco”.
“Risco pode ser definido como a probabilidade dos membros de uma determinada população desenvolverem uma dada doença ou evento relacionado à saúde em um período de tempo”.
Em outras palavras, o risco é o correspondente epidemiológico do conceito matemático de probabilidade e se operacionaliza quantitativamente sob forma de uma proporção, levando em conta três dimensões: ocorrência de doença, denominador de base populacional e tempo.
Operacionalmente, as medidas típicas do risco são chamadas de incidência e prevalência.
A incidência é a proporção de casos novos de uma dada patologiaem uma população delimitada, durante um período determinado de tempo. Já, a prevalência é a proporção de casos (novos e antigos) de uma certa doença em uma população delimitada, em um tempo determinado.
Cumpre destacar que a prevalência é uma medida de risco de grande utilidade para os estudos epidemiológicos relacionados com a inspeção do trabalho na área de segurança e saúde no trabalho.
Por um outro lado, para o estudo de determinantes de doença e subsequente proposição de ações preventivas, um outro conceito torna-se mais útil: “o fator de risco” .
“Um fator de risco pode ser definido como o atributo de um grupo que apresenta maior incidência de uma dada patologia, em comparação com outros grupos populacionais, definidos pela ausência ou menor dosagem de tal característica”.
A partir do conhecimento e do domínio desses conceitos básicos, a investigação epidemiológica deve seguir um roteiro básico: a construção da questão e formulação das hipóteses de pesquisa, a definição da estratégia de investigação, a seleção de técnicas de produção de dados, o trabalho de campo e a sistematização e análise dos dados coletados. A formulação da hipótese resulta inicialmente da construção de um quadro teórico baseado em um estudo cuidadoso da literatura científica específica sobre um dado assunto. Sua formulação propriamente dita deverá ser feita em termos probabilísticos, de modo a antecipadamente indicar com precisão e objetividade a natureza das medidas e a direção das associações em estudo.
Em relação à definição da estratégia de investigação, o instrumental da Epidemiologia engloba quatro estratégias básicas de pesquisa: estudos ecológicos, estudos de caso-controle, estudos de coorte, e estudos seccionais ( ou de prevalência).
Os estudos ecológicos abordam áreas geográficas, analisando comparativamente indicadores globais, quase sempre por meio de correlação entre variáveis ambientais ( ou sócio-econômicas) e indicadores de saúde. Um exemplo de estudo ecológico é a investigação da ocorrência de correlação entre concentração populacional e níveis de sintomatologia psiquiátrica, em um setor de baixa renda e em vários bairros de uma capital nordestina.
Os estudos de caso-controle iniciam-se pelos doentes identificados (“casos”), estabelecem “controles” ( sujeitos comparáveis aos casos, porém não-doentes) para eles, e retrospectivamente procuram conhecer os níveis de exposição ao suposto fator de risco. Esse tipo de estudo é de grande utilidade para se abordar associações etiológicas com doenças de baixa incidência. Um exemplo típico de estudo de caso - controle é aquele que demonstrou a associação entre rubéola durante a gestação e malformações congênitas a partir de casos de crianças portadoras de catarata congênita.
Os estudos de coorte consistem no inverso dos estudos de caso-controle, pois partem da observação de grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa de doença e prospectivamente observa o aparecimento de doentes. Esse tipo de estudo é o único capaz de abordar hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência. Exemplos clássicos de estudo de coorte são o da associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão e, entre o nível de colesterol no sangue e doenças cardiovasculares.
Finalmente, os estudos seccionais (ou de prevalência) observam o fator de risco e o efeito num mesmo momento histórico e em populações de referência precisamente delimitadas. Esse tipo de estudo tem sido o mais empregado na Epidemiologia moderna e é o desenho de investigação mais útil para a inspeção do trabalho na área de segurança e saúde. Um exemplo típico de estudo seccional é o estudo da prevalência de certa doença profissional entre trabalhadores de uma certa empresa ou de um certo ramo de atividade econômica. Após definir a estratégia de investigação mais adequada em relação aos objetivos da pesquisa, deve-se selecionar as técnicas de produção de dados. As fontes desses dados podem ser secundárias (por exemplo, o arquivo do serviço médico da empresa) ou pode-se obter dados primários através da utilização de entrevistas ou aplicação de questionários.
A fase seguinte da investigação consiste no trabalho de campo, que na verdade constitui-se no próprio processo de produção de dados referentes às variáveis estudadas, através do emprego criterioso das técnicas de coleta dentro da estratégia de investigação selecionada. Na última fase, realiza-se a sistematização e a análise dos dados coletados de modo a abordar efetivamente o problema da investigação, finalmente transformando dados em informação útil, através do teste das hipóteses da investigação.
EPIDEMIOLOGIA E INSPEÇÃO DO TRABALHO NA ÁREA DE SEGURANÇA E SAÚDE: APLICAÇÕES PRÁTICAS
Atualmente, parece consenso que a questão da segurança e saúde no trabalho exige tanto uma abordagem individual (clínica) como coletiva (epidemiológica).
A clínica, ao realizar diagnósticos individuais, caracteriza-se por ser um método complexo, exaustivo e de natureza intensiva. Na definição de um “caso clínico” de doença profissional estão envolvidos diversos exames e análises clínico/laboratoriais, tornando-se inviáveis de serem aplicados a uma população.
Por sua vez, a investigação epidemiológica fundamenta-se em técnicas de coleta padronizadas, simplificadas e extensivas, passíveis de serem aplicadas a uma população. Na definição de um “caso epidemiológico”, interessa sobretudo testes e/ou técnicas que expressem a fase mais precoce possível da enfermidade, evitando sua evolução grave e irreversível e, promovendo o seu controle.
Neste sentido, objetivando explicitar algumas aplicações práticas do método epidemiológico, apresento a seguir de forma sumarizada alguns programas especiais de inspeção trabalhista desenvolvidos por médicos do trabalho do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho da Delegacia Regional do Trabalho na Bahia. 
PROJETO “BENZENO” (1991)
A ocorrência em 1990 de dois óbitos ( um operador industrial e um médico do trabalho) comprovadamente relacionados à exposição ocupacional ao benzeno (benzenismo) em uma mesma empresa processadora foi o evento sanitário desencadeador do processo de investigação epidemiológica. O programa constituiu-se em um estudo de prevalência com base na análise de dados hematimétricos referentes a 7.356 trabalhadores de nove diferentes empresas do Complexo Petroquímico de Camaçari, Bahia. O Hemograma completo com contagem de plaquetas foi utilizado como indicador biológico de efeito da exposição ao benzeno. Utilizando dados secundários dos arquivos dos serviços médicos das empresas, numa primeira triagem foram classificados como “suspeitos” 850 trabalhadores que apresentaram valores leucocitários abaixo de 5.000 e/ou neutrófilos abaixo de 2.500. Posteriormente, para cada um destes trabalhadores foram realizados três novos hemogramas, com intervalo de 15 dias. Numa segunda triagem, após análise da história ocupacional e da série histórica dos exames hematológicos, 216 trabalhadores foram classificados como “caso epidemiológico” por apresentarem valores leucocitários abaixo de 4.000 e/ou valor de neutrófilos abaixo de 2.000, e/ou valores decrescentes ao longo do tempo observados nas séries históricas de hemogramas. Para todos esses 216 trabalhadores classificados como “caso epidemiológico” caracterizou-se evidente exposição ocupacional ao benzeno, sendo que todos foram afastados da exposição e encaminhados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mediante a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Esses trabalhadores foram submetidos a criteriosa investigação hematológica e tiveram reconhecido, pela perícia do INSS, o nexo causal para benzenismo. Os resultados deste trabalho permitiram evidenciar o valor do método epidemiológico na fiscalização trabalhista da área de segurança e saúde pois a partir de dois casos fatais de benzenismo foi possível promover a busca ativa de casos novos em outrostrabalhadores expostos. A ação fiscalizadora, consubstanciada em um método inerente à prática prevencionista, possibilitou o afastamento de um significativo número de trabalhadores de ambientes contaminados com benzeno, trabalhadores estes portadores de lesões precoces e ainda em uma fase em que há alta probabilidade de reversão da evolução fatal da enfermidade (16).
PROJETO “RUÍDO” (1992)
A partir do conhecimento de que o ruído é o agente nocivo mais prevalente nos ambientes fabris no mundo todo, médicos do trabalho da DRT/Bahia notificaram 65 empresas de nove diferentes ramos de atividade industrial da Região Metropolitana de Salvador para apresentar informações detalhadas sobre o seu processo produtivo, assim como um mapeamento completo das áreas da empresa que apresentassem ruído ambiental excessivo. Além disso, as empresas foram notificadas para apresentar informações detalhadas sobre seus programas de conservação auditiva, assim como os resultados de pelo menos um teste audiométrico realizado por cada um dos 7.925 trabalhadores que estavam expostos a ruído excessivo em seus ambientes de trabalho. As 65 empresas selecionadas foram definidas a partir de indicação dos respectivos sindicatos de trabalhadores. Além desse critério de seleção, foram incluídas aquelas empresas que mais casos de trabalhadores portadores de perda auditiva demandaram atenção especializada ao Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador (CESAT/BA), nos anos de 1988/89. Dessa forma, foram incluídas empresas do ramo têxtil, químico/petroquímico, metalúrgico, siderúrgico, mecânico, alimentos, bebidas, transporte e gráfico. Este estudo permitiu delinear um quadro extremamente alarmante dada a magnitude da prevalência de perda auditiva do tipo induzida pelo ruído - 35,7% do total de 7.925 trabalhadores, ou seja, um em cada três trabalhadores já tinha desenvolvido algum grau de perda em pelo menos um dos ouvidos. Todas as empresas estudadas foram notificadas para adotar um programa de conservação auditiva que incluísse pelo menos medidas de proteção coletiva, monitoramento ambiental dos níveis de pressão sonora, monitoramento individual da exposição ao ruído (através de dosimetrias e audiometrias), notificação dos casos de perda auditiva ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e informação e participação dos trabalhadores nas ações de controle e avaliação (17, 18).
PROJETO “BANDAS E TRIOS ELÉTRICOS” (1997)
A partir da constatação de que, com a evolução da eletrônica, a potência dos equipamentos de som aumentou consideravelmente, e tendo em vista a polêmica travada através dos meios de comunicação da Bahia sobre os efeitos deletérios da música excessivamente amplificada, médicos do trabalho da DRT/Bahia inspecionaram e notificaram 18 entidades denominadas “Banda” ou “Trio Elétrico” para providenciar a realização dos exames audiométricos de todos os trabalhadores expostos à música eletronicamente amplificada durante suas apresentações. As 18 bandas e trios elétricos foram selecionadas a partir de indicação, solicitada à Associação dos Blocos de Trio, à Associação Baiana de Trios Independentes, ao Sindicato dos Músicos Profissionais e ao Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado da Bahia. Entre os 187 trabalhadores avaliados neste trabalho, a prevalência de perda auditiva induzida por ruído (PAIR) foi de 40,6%, o que significa que 76 trabalhadores apresentaram tal alteração. É importante ressaltar que em mais da metade dos casos diagnosticados de PAIR as lesões eram graves e avançadas, especialmente entre os baixistas, percussionistas, bateristas, vocalistas e trabalhadores ligados à produção. Apesar da influência da música eletronicamente amplificada como fator causal de uma perda auditiva induzida pelo ruído ser ainda motivo de polêmica na literatura internacional, as conclusões deste trabalho apontaram a importância da implementação, por parte dos empregadores, de Programas de Conservação Auditiva com o objetivo de prevenir a instalação ou evolução de perdas auditivas em trabalhadores em bandas e em trios elétricos (19, 20). 
PROJETO “LER” (1998)
Considerando que as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) representam atualmente mais da metade de todas as doenças ocupacionais no Brasil, e utilizando dados secundários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), médicos do trabalho da DRT/Bahia identificaram 1.014 trabalhadores recebendo benefícios previdenciários (“benefícios ativos”) por causa de LER na Região Metropolitana de Salvador. Foram determinadas as características dos 1.014 indivíduos (idade, sexo, função, diagnóstico clínico e topográfico, data do diagnóstico, empresa e ramo econômico). Dos trabalhadores portadores de LER, 80,9% eram do sexo feminino e com idade entre 30 e 46 anos. Quanto à função, a maioria exerce as funções de caixas (de banco, supermercado ou loja), escriturário, auxiliar administrativo, digitador, telefonista, secretária, operador industrial e trabalhador de linha de montagem. Em relação ao ramo de atividade, a maioria dos trabalhadores laboram em empresas dos ramos bancário, supermercado, comércio varejista, telecomunicações, processamento de dados e indústrias químicas, petroquímicas, têxtil e de alimentos e bebidas. As lesões localizam-se predominantemente em mãos e punhos (95,5%) e mais raramente em pescoço (3,9%) ou ombros (0,6%). Foi desenvolvido um questionário (“checklist”) para determinar a presença de fatores de risco ergonômico, o qual revelou-se um eficiente instrumento de triagem para identificar trabalhos associados com o desenvolvimento de LER. Tendo em vista que o objetivo principal da prevenção da LER é identificar os trabalhos que necessitam de intervenção para eliminar os riscos ergonômicos, e considerando que este trabalho encontra-se ainda em andamento, foram selecionados 100 locais de trabalho para serem analisados com o objetivo de reconhecer, identificar e corrigir os riscos ergonômicos (21).
CONCLUSÃO
O serviço de inspeção é a forma de tornar efetivas as regulamentações do processo de trabalho. A complexidade cada vez maior das relações trabalhista exige que o inspetor do trabalho tenha uma boa formação jurídica e/ou técnica. O caráter multidisciplinar da inspeção do trabalho justifica a incorporação de carreiras técnicas que aportem ao sistema de inspeção e proteção do trabalho os conhecimentos teóricos e práticos que são necessários para atender adequadamente as questões que se relacionam com a segurança e saúde dos trabalhadores. A partir do final de 1994, com a entrada em vigor da nova NR-7, o enfoque da inspeção do trabalho passou a considerar as questões incidentes não somente sobre o indivíduo mas também sobre a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. Em síntese, com a exigência de elaboração e implementação de um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), a nova NR-7 introduziu um “olhar coletivo” nos procedimentos da inspeção do trabalho na área de segurança e saúde.
Atualmente, parece consenso que a questão da segurança e saúde no trabalho exige tanto uma abordagem individual (clínica) como coletiva (epidemiológica). Enquanto a clínica, ao realizar diagnósticos individuais, caracteriza-se por ser um método complexo, exaustivo e de natureza intensiva, a investigação epidemiológica fundamenta-se em técnicas de coleta padronizadas, simplificadas e extensivas, passíveis de serem aplicadas a uma população. Os resultados dos programas desenvolvidos por médicos do trabalho da Delegacia Regional do Trabalho na Bahia permitiram evidenciar o valor do método epidemiológico na inspeção do trabalho na área de segurança e saúde. 
 
 AGRADECIMENTOS
À Maria Izabel Lemos Ornellas, fiscal do trabalho da Delegacia Regional do Trabalho na Bahia, pelo apoio, compreensão e dedicado trabalho de revisão de cada página desta monografia. 
À Carlos Roberto Dias, Paulo Gilvane Lopes Pena e LuizCarlos Correia de Oliveira, médicos do trabalho da Delegacia Regional do Trabalho na Bahia que participaram ativamente da definição, elaboração e desenvolvimento das investigações epidemiológicas aqui citadas;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAL ROSSO, S. - A Inspeção do Trabalho - Capítulo 9 do Livro “A Jornada de Trabalho na Sociedade. O Castigo de Prometeu”. Brasília (DF) : Sindicato Nacional dos Agentes da Inspeção do Trabalho (SINAIT), 1997. 42p.
MERINO, J. M. - A Proteção Trabalhista do Estado e a Inspeção do Trabalho. Trad. Maria Vera de Paula Gomes. Brasília (DF) : Sindicato Nacional dos Agentes da Inspeção do Trabalho (SINAIT), 1998. 39p.
CAMPANHOLE, H.L & CAMPANHOLE, A . - Consolidação das Leis do Trabalho 
 e Legislação Complementar. São Paulo : Editora Atlas, 1998 98º ed.
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Manuais de Legislação Atlas, 
 vol. 16. São Paulo : Editora Atlas, 1998. 34º ed.
5. NORMA REGULAMENTADORA Nº 7: NOTA TÉCNICA. Brasília(DF) : Ministério
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** Trabalho classificado em 1º lugar no concurso de monografias sobre inspeção 
do trabalho realizado durante o 16º Encontro Nacional dos Agentes da Inspeção do Trabalho (ENAIT), em Manaus (novembro, 1998)
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