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Biologia4_HEXAG2019

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Prévia do material em texto

C
BIOLOGIA
N
4
CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
Joaquim Matheus Santiago Coelho e Larissa Beatriz Torres Ferreira
Biologia para
vestibular medicina
5ª edição • São Paulo
2019 
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2019
Todos os direitos reservados
Autores
Joaquim Matheus Santiago Coelho 
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Bruno Alves Oliveira Cruz
Claudio Guilherme da Silva Souza
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-9542-168-4
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o 
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição 
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre 
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não representando qual-
quer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2019
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações 
nos principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu 
conteúdo enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2019. 
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 105 livros e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno 
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. 
Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados 
nos principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões 
propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam 
as explicações dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de 
informações para o estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses 
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais aces-
sível e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar 
o repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do 
aluno. Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado 
com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares 
de hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e 
química, história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações 
que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, o estudante 
consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando 
o contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas” 
de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção "Aplicação no Cotidiano". Como o próprio 
nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm 
contato em seu dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve 
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas 
dessas habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expo-
sitiva, descrevendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurá-las na sua prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um 
deles é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas 
mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2019 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para 
o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
SUMÁRIO
BIOLOGIA
FUNGOS E BOTÂNICA
EMBRIOLOGIA E SISTEMAS
BIOQUÍMICA E GENÉTICA
Aulas 27 e 28: Reino Fungi 7
Aulas 29 e 30: Briófitas e pteridófitas 21
Aulas 31 e 32: Gimnospermas 37
Aulas 33 e 34: Angiospermas I 53
Aulas 27 e 28: Embriologia humana I 69
Aulas 29 e 30: Embriologia humana II81
Aulas 31 e 32: Sistema locomotor 95
Aulas 33 e 34: Sistema cardiovascular 109
Aulas 27 e 28: Produção de energia em autótrofos: fotossíntese e quimiossíntese 127
Aulas 29 e 30: Genética: primeira lei de Mendel 143
Aulas 31 e 32: Expressão gênica e alelos múltiplos 155
Aulas 33 e 34: Sistema ABO 167
FUVEST
Em botânica, a maior parte das questões envolve fisiologia vegetal e as relações evolutivas entre 
diferentes grupos vegetais. Aqui, o grupo preferido foi o das gimnospermas. Em angiospermas, as 
estruturas de frutos e tecidos vegetais foram cobrados, além de conceitos básicos, de maneira direta.
UNESP
O assunto que dominou a área de botânica foi a fisiologia vegetal, com destaque para o trans-
porte de seiva, interações hídricas celulares e macrocelulares e hormônios. Dominar bem o as-
sunto pode te dar boas chances, caso isso volte a acontecer.
UNICAMP
Botânica ficou em segundo lugar. Aqui, é importante dominar bem anatomia, fisiologia e siste-
mática vegetal – assuntos que apareceram mais de uma vez nos últimos anos. Os grupos mais 
cobrados foram gimnospermas e angiospermas; por isso, esteja por dentro das características 
desses grupos vegetais.
UNIFESP
Botânica é um assunto que cai em todas as provas da Unifesp, sendo importante dar uma atenção 
especial para fisiologia vegetal, que é um assunto mais recorrente. Anatomia vegetal também já apa-
receu nessa prova, em questões sobre fruto e sementes.
ENEM/UFMG/UFRJ
No Enem, são cobrados alguns conceitos básicos de botânica, mas sem muitas dificuldades e apro-
fundamentos, normalmente associados a fatores ecológicos. Na UFRJ, a botânica tem enfoque em 
anatomia e fisiologia vegetal, principalmente.
UERJ
Botânica não é um dos principais assuntos que cai na prova de biologia da Uerj, mas dentro desse 
tema é muito comum ser cobrado a atividade de cada hormônio e a reação das estruturas associadas 
a cada um deles. É bom manter a parte de balanço hídrico no vegetal, pois o enfoque hormonal pode 
relacionar os dois assuntos.
FA
CU
LD
ADE DE MEDICINA
BOTUCATU
1963
Abordagem de FUNGOS e de BOTÂNICA nos principais vestibulares.
27 28
C
BIOLOGIA
N
Reino Fungi
Competências 
3, 7 e 8
Habilidades 
10, 12, 27, 29 e 
30
27 28
C
BIOLOGIA
N
Reino Fungi
Competências 
3, 7 e 8
Habilidades 
10, 12, 27, 29 e 
30
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos 
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável 
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do 
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações 
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando 
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
H14
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, 
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
H17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto 
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica 
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
H22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas 
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
H23
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou 
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
H25
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou 
produção.
H26
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações 
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico 
tecnológicas.
H28
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em 
ambientes brasileiros.H29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas 
ou produtos industriais.
H30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do 
ambiente.
9
ClassifiCação dos seres vivos
A invenção do microscópio possibilitou a desco-
berta de um mundo completamente novo, de criaturas 
unicelulares, as quais não se encaixavam em nenhum 
dos grupos existentes (animais e vegetais). Dessa for-
ma, criou-se um terceiro grupo de seres vivos, protista, 
o qual comportava os seres unicelulares. A árvore filo-
genética de Haeckel (1866) possui considerações sobre 
o processo evolutivo nas relações entre diferentes gru-
pos de seres vivos. De acordo com a visão clássica de 
Haeckel, foi formulado o modelo dos cinco reinos de 
Whitaker (1969), esquema dominante até o ano 1980. 
Abaixo a ilustração do modelo proposto por Whitaker:
PLANTAE FUNGI ANIMALIA
PROTISTA
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Sistema de Whitaker (1969)
Em 1983, Woese usou o sequenciamento do DNA 
para arquitetar uma árvore filogenética universal, qual 
ainda hoje é amplamente aceita. Woese mostrou que os 
procariontes não são um grupo coeso, classificando-os 
em dois grupos diferentes. Sendo assim, a árvore de Woe-
se separa os seres vivos em três grupos: Eucaria (os euca-
riontes), Bacteria (as eubacterias) e Archaea (as arqueo-
bactérias), onde os dois últimos são procariontes. Apesar 
de todo estudo de Woese, essa árvore universal ainda 
não responde à principal questão: “quem é o ancestral 
comum dos seres vivos?”. Vários estudos filogenéticos 
envolvem esses três domínios (Eucaria, Bacteria, Archae), 
os quais tenta verificar uma relação de parentesco entre 
eles. O aumento do número de sequenciamento do DNA 
para vários organismos pode ocasionar alteração no ce-
nário dessas descobertas.
DOMÍNIOS:
REINOS:
BACTERIA
Eubacteria
ARCHAEA
Archaebacteria
EUKARYA
Animalia
Fungi
Plantae
Protista
Ancestral comum 
Hipótese de Woese (1983)
ClassifiCação dos grandes 
grupos de Criptógamas
O termo criptógamas (órgãos sexuais ocultos) é 
usado de forma genérica juntando algas, fungos, brió-
fitas e pteridófitas. Esse termo não tem nenhum valor 
taxonômico. Existe uma grande diversidade de organis-
mos estudados dentro de criptógamas, por exemplo, no 
modelo de classificação proposto por Woese existem 
representantes das criptógamas em dois grupos, euca-
riontes e eubactérias, ou, no sistema de Whittaker, onde 
há representantes em quatro dos cinco reinos.
CaraCterização, biologia e 
importânCia dos fungos - introdução
A micologia, área de estudo dos fungos, é re-
lativamente recente (cerca de 250 anos) se compara-
da a outras áreas da biologia como a Botânica. Alguns 
grupos de fungos foram descobertos apenas há 30-40 
anos. A maioria das pessoas não tem consciência da im-
portância dos fungos em nosso cotidiano. Para exempli-
ficar alguns dos papéis dos fungos, basta lembrar-se das 
aplicações dos conhecimentos sobre eles em disciplinas 
de Medicina, Veterinária, Bioquímica, Agronomia, Ge-
nética, Citologia etc. Foram descritas cerca de 70.000 
espécies, apesar disso, estima-se que este número seja 
de apenas 5% das espécies existentes. Isso mostra o 
quanto o grupo dos fungos é pouco conhecido por nós, 
possuindo um alto potencial para se tornar alvo de no-
vas pesquisas.
10
Origem
Há cerca de 1 bilhão de anos, os fungos verda-
deiros irradiaram como um grupo independente dos 
animais. Apesar dos registros fósseis pobres sobre esse 
grupo, eles indicam presença de fungos no Proterozoico 
(900 - 570 milhões de anos), aumento da diversidade 
durante a Era Paleozoica, e a presença de todas as clas-
ses atuais na Época Pensilvânia (320 - 286 milhões de 
anos). A origem da maioria dos grupos parece ser terres-
tre, embora todos os grupos tenham invadido as águas 
continentais e marinhas. A ressalva é a classe Chytridio-
mycetes que possivelmente teve origem aquática.
A importância de estudar os fungos
Apesar do estudo dos fungos ser recente, este 
grupo de seres vivos é conhecido pela humanidade há 
vários séculos, tanto por seus benefícios quanto pelos 
seus malefícios. Muitas doenças de metazoários e plan-
tas são causadas por fungos. Nos metazoários, incluindo 
humanos, os fungos podem provocar alergias cutâneas 
e respiratórias, infecções em mucosas e outros tecidos 
subcutâneos, e ainda infecções crônicas e letais em ór-
gãos inteiros. Com exceção dos dentes, tecidos e órgãos 
humanos podem ser afetados por esses seres vivos.
Nós, seres humanos, e outros animais, depende-
mos da agricultura para obter alimentos; assim, doen-
ças fúngicas que causem perdas significantes nas plan-
tações são importante para sociedade em geral e para 
economia. Os fungos não atacam somente os campos 
de produção, também acometem os estoques, levando 
à destruição ou produzindo toxinas potentes (micotoxi-
nas) nos alimentos.
Desde a antiguidade os fungos são usados pela 
humanidade, como forma de alimento. Posteriormente, 
também na indústria alimentícia, para a produção de 
cervejas, vinhos, pães e queijos. Mais tarde, descobri-
ram-se produtos produzidos pelos fungos, como a Pe-
nicilina, e com o auxílio da biotecnologia, permitiu-se 
produzir esses metabólitos em larga escala, em labora-
tório. Atualmente, as substâncias fúngicas incluem áci-
dos orgânicos, alguns antibióticos (além da Penicilina), 
etanol, pigmentos, vitaminas, entre outros. Além disso, 
os fungos podem ser usados como modelo experimen-
tal dentro da pesquisa em áreas como a Bioquímica, a 
Biologia molecular e a Genética dos eucariontes.
Caracterização
Os fungos são organismos eucariontes, que 
cumprem papel fundamental tanto nos ecossistemas 
terrestres quanto aquáticos. Alguns são exclusivamente 
unicelulares, mas a maioria apresenta corpos pluricelulares, 
haploides durante a maior parte de seu ciclo de vida. Eles 
apresentam um modo de alimentação único, digerindo 
o alimento fora do corpo e absorvendo os nutrientes 
diretamente do ambiente externo.
O corpo dos fungos é composto basicamente de 
redes de filamentos finos denominados hifas. As hifas 
são compostas por células unidas entre si por uma longa 
parede celular constituída, na maioria das espécies, de 
quitina. O conjunto de hifas forma uma massa enovelada 
denominada micélio, cuja estrutura ajuda a maximizar 
a eficiência na alimentação do fungo. Os fungos podem 
realizar reprodução sexuada ou assexuada, através da 
produção de esporos.
O ciclo de vida dos fungos possui duas fases: uma 
somática, que envolve atividades alimentares, e outra 
reprodutiva, que envolve o processo de reprodução 
(sexuada ou assexuada). As estruturas assexuadas e 
sexuadas são formadas isoladamente ou em grupos; 
quando formadas dessa última maneira, constituem 
o que chamamos de corpos de frutificação. Portanto, 
os esporos podem ser desenvolvidos em ascomas 
(onde são produzidos os ascos) ou basidiomas (onde 
são produzidos os basídios), e os conídios podem ser 
desenvolvidos em conidióforos isolados ou agrupados, 
compondo então os conidiomas.
Os fungos são classificados em três grupos, de 
acordo como tipo de reprodução realizada:
 § Anamorfo − fungo que no ciclo de vida possui 
apenas a reprodução assexuada.
 § Teleomorfo − fungo que no ciclo de vida pos-
sui apenas a reprodução sexuada.
 § Holomorfo − fungo que no ciclo de vida possui 
ambas as reproduções, sexuada e assexuada.
11
Ocorrência e distribuição
Os fungos necessitam de água e matéria orgâni-
ca para seu crescimento e desenvolvimento, em que a 
temperatura ideal é em geral 20°C e 30°C e o pH próxi-
mo a 6, isto é, ligeiramente ácido. Comrelação ao meta-
bolismo enérgico os fungos podem ser classificados em 
aeróbios (utilizam o oxigênio para obtenção de ener-
gia) e anaeróbios facultativos (na presença do oxigênio 
utiliza-o pra produção de energia, e na ausência, realiza 
o processo de fermentação). A distribuição geográfica 
dos fungos é ampla, ocorrendo nos mais variados am-
bientes, como aquáticos (marinhos ou água doce), e 
terrestres. Assim como ocorre com as demais espécies, a 
diversidade da maioria dos grupos de fungos aumenta 
nas regiões tropicais e diminui em direção aos polos.
morfologia
Os fungos podem ser formados por uma única célula 
(unicelulares), formando pequenas colônias ou podem ser 
formados por muitas células (indivíduos pluricelulares). Os 
fungos pluricelulares são caracterizados por corpos sésseis 
(talo), geralmente constituídos de hifas. As hifas, no geral, 
podem ser classificadas em apocíticas (com septo) ou ceno-
cíticas (sem septo). O conjunto de hifas que forma o talo dos 
fungos é denominado de micélio, o qual é muito ramifica-
do, compondo, às vezes, corpos macroscópicos complexos, 
como, por exemplo, os cogumelos. De acordo com o arranjo 
das hifas, o micélio pode ser separado em dois tipos: pro-
sênquima (aparência distintamente filamentosa) e pseudo-
parênquima (estrutura filamentosa não reconhecida).
Hifas
cenocíticas
Núcleos
Septos
Hifas
Hifas
septadas
Comparação entre hifas com e sem septo
Parede celular
O constituinte mais comum da parede celular de 
fungo é o polissacarídeo quitina, o qual está presente 
na parede celular das leveduras (Classe Ascomycetes). 
Outras espécies, desta mesma classe, têm a parede ce-
lular formada de outro polissacarídeo, a celulose. Já a 
classe Myxomycetes e certas espécies de Chytridiomyce-
tes não possuem parede celular. 
Substância de reserva
O glicogênio é a principal substância de reser-
va dos fungos. O glicogênio, assim como a quitina e a 
celulose, são polissacarídeos formados por vários mo-
nômeros de glicose; o que diferencia essas moléculas é 
a estrutura química. O glicogênio apresenta uma cadeia 
muito ramificada em comparação aos demais. 
Reprodução
Os fungos, em sua maioria, se reproduzem atra-
vés da produção de um grande número de esporos, por 
via sexuada ou assexuada. Estes esporos podem ser 
móveis, como os zoósporos dos quitridiomicetos, ou 
imóveis, como os conídios dos ascomicetos.
Na fase sexuada do ciclo de vida, as hifas de 
dois micélios diferentes se estendem uma em direção à 
outra e se fundem; primeiro, há a fusão do citoplasma 
(plasmogamia). Os núcleos de cada hifa não se fun-
dem no mesmo momento da plasmogamia, podendo 
permanecer assim por horas, dias ou anos, e dizemos 
que o micélio, nesta configuração, é heterocariótico 
(com dois núcleos separados), representado da forma 
n+n. Em seguida, ocorre a cariogamia, quando os nú-
cleos haploides se fundem, gerando zigotos diploides. 
Estes sofrem meiose, gerando esporos haploides que, 
quando caem em um lugar suficientemente úmido onde 
haja alimento, germinam, produzindo um novo micélio 
haploide. Diversos fungos, porém, realizam apenas a 
fase sexuada do ciclo de vida. Nesta, os esporos são 
produzidos por mitose, como nos bolores, por exemplo. 
Em várias espécies de fungos, as hifas produto-
ras de esporos estão agrupadas em estruturas especia-
lizadas denominadas corpos de frutificação, que são os 
populares cogumelos.
12
fase heterocariótica
(n + n)
CARIOGAMIA
(fusão de núcleos)
REPRODUÇÃO
SEXUADAREPRODUÇÃO
ASSEXUADA
núcleo diploide
esporângio
esporângio
MEIOSE
MITOSE
GERMINAÇÃOGERMINAÇÃO
esporos
esporos
fase haploide
fase diploide
fase dicariótica
micélio
PLASMOGAMIA
(fusão de citoplasmas)
Ciclo de vida genérico com fase sexuada e assexuada
nutrição e metabolismo
Os fungos são considerados seres heterotróficos, não produzem o próprio alimento, necessitando de mate-
riais orgânicos já formados. Devido a parede celular, a nutrição é realizada por absorção de nutrientes resultantes 
do processo de digestão extracorpórea. Esse processo envolve a liberação de enzimas digestivas no meio, as quais 
digerem as partículas de alimentos e posteriormente os fungos absorveram os nutrientes provenientes desse pro-
cesso. Com relação à forma de nutrição os fungos podem ser subdivididos em:
 § Saprófitas obrigatórios − Fungos que retiram seus nutrientes da matéria orgânica morta, e não são 
parasitas. 
 § Parasitas facultativos ou saprófitas facultativos − Fungos que, dependendo das condições do meio, 
podem atuar como saprófitos ou parasitas (causado doenças em plantas e animais).
 § Parasitas obrigatórios − Fungos que dependem de outros seres para viver. 
 § Simbiontes − como as micorrizas (associação mutualística entre fungos e raízes de plantas) e liquens 
(associação mutualística entre fungas e algas).
ClassifiCação
O Reino Fungi apresenta grande diversidade e ainda há muitas dúvidas sobre sua origem e evolução. Sendo 
assim, a classificação taxonômica desse grupo é difícil e sofreu diversas alterações nos últimos tempos. 
Relação entre os grupos do Reino Fungi e seus representantes
13
Neste livro iremos abordar as cinco classes: Myxomycetes, Oomycetes, Zygomycetes, Ascomycetes e 
Basydiomycetes. As duas primeiras já não são mais classificadas como fungos. Alguns autores ainda dividem os 
Zygomycetes, separando o grupo considerado mais antigo: os Chytridiomycetes. Já as duas últimas passaram a 
englobar espécies que antes pertenciam ao extinto grupo dos Deuteromycetes, como as espécies de Penicillium, 
que hoje estão inclusos como Ascomycetes, o maior dentre os grupos do Reino Fungi.
Abaixo temos a representação de uma das relações filogenéticas aceita hoje entre os grupos de fungos:
Chytridiomycetes
Zygomycetes (bolores das frutas, do pão, etc. - Rhizopus, Mucor, Pilobolus etc.)
Basidiomycetes (cogumelos, orelha de pau, ferrugens, carvões etc.)
Ascomycetes (leveduras - Saccharomyces, bolores - Penicillium etc.)
CaraCterístiCas básiCas dos fungos verdadeiros
 § Eucarióticos.
 § Parede celular contendo quitina.
 § Reserva na forma de glicogênio 
 § Nutrição por absorção (sem clorofila e heterotróficos).
 § Sem tecidos verdadeiros.
 § Reprodução por de esporos meióticos (sexual) e mitóticos (assexual).
Classes
CLASSE MYXOMYCETES
Características gerais
 § Plasmodio é a estrutura vegetativa que apresenta movimentos ameboides e realiza fagocitose.
 § Parede celular ausente
 § Reprodção por esporos
São mais próximos evolutivamente de seres protistas ameboides, sendo assim não pertence aos fungos verdadeiros. 
Formam esporos, característica compartilhada pelos fungos, algas e outras plantas, no entanto, têm característica ameboide 
dos plasmódios e mixamebas, sem parede celular e seu modo de nutrição e através do processo de fagocitose (englobamen-
to de partículas grandes e sólidas). Grupo com aproximadamente 700 espécies e relativamente homogêneo com relação 
aos organismos. Desenvolve-se em regiões sombreadas e úmidas, como, por exemplo, sobre folhas em decomposição, no 
interior de matas e madeira. O plasmódio (parte vegetativa) é composto de uma massa multinucleada citoplasmática, que 
está envolvida por membrana plasmática, porém sem parede celular. Não possui forma definida, tem uma aparência gelati-
nosa, podendo atingir até 10 cm de diâmetro. Apresenta pigmentos que podem resultar em cores variadas como o amarelo, 
enegrecido e outras. Essa coloração é dependente do tipo de alimento ingerido e do pH. 
O ciclo de vida é do tipo alternâncias de gerações ou haplodiplobionte. Quando ocorrem mudanças ambientais, 
tornando o ambiente mais seco, os esporângios (corpos de frutificação) se diferenciam. Quando maturam, possuem 
aparência dessecada, o que leva ao rompimento desta e à liberação dos esporos para o meio, dispersando-os no ar. 
Os esporos possuem resistência ao dessecamento, e quando as condições estão favoráveis, os esporos podem ger-
14
minar,processo que libera células ameboides ou células 
flageladas (o tipo de célula liberada depende da umidade 
do ambiente). O encontro de esporos pode levar à fusão 
desses e à formação do zigoto 2n, o qual sofre divisões 
mitóticas sucessivas, tornando-se novamente o plasmó-
dio. Lembrando que o processo de meiose acontece na 
formação dos esporos.
CLASSE OOMYCETES
Características gerais
 § Septos, se presentes (separam os esporângios dos 
gametângios), são completos (ausência de poros).
 § Parede celular é de celulose e beta glucano (sem quitina).
 § Micélio unicelular.
 § Ciclo de vida haplodiplobionte.
 § Reprodução espórica ocorre por zoosporos (en-
dósporos) biflagelados.
 § Reprodução gamética ocorre através do contato 
de gametângios (anterídios e oogônios).
A classe não pertence mais aos fungos, seu 
nome vem do fato de a oosfera se formar no interior 
de oogônios. Possuem flagelos e são aquáticos. O micé-
lio vegetativo diploide é resultante da meiose gamética 
(formação dos gametas).
CLASSE ZIGOMICETES
Características gerais
 § Septos, se presentes (delimitam estruturas de re-
produção), completos.
 § Parede celular de quitina.
 § Micélio cenocítico.
 § Ciclo de vida haplodiplobionte. 
 § Reprodução gamética através conjugação de ga-
metângios (cenogametas) e produção de zigós-
poros que dão nome à classe.
 § Reprodução espórica abrange a formação de endósporos.
 § Sem gametas ou esporos flagelados.
Aproxidamente 1.000 espécies são conhecidas 
como, Rhizopus, Mucor, Absidia e Zygorhynchus, conhe-
cidos como bolores ou mofos. A maioria é de ambiente 
terrestre e tem seus esporos dispersos através do ar. A 
nutrição dessa classe é variada, apresentam fungos sa-
prófitos, parasitos facultativos ou obrigatórios. 
Rhizopus stolonifer em uma laranja
CLASSE ASCOMYCETES
Características gerais
 § Septos centralmente perfurados, ou seja, poro 
simples.
 § Parede celular de quitina. 
 § Micélio filamentoso bem desenvolvido, pluricelu-
lar e unicelular.
 § Em geral, ciclo de vida haplodiplobionte.
 § O asco (estrutura em forma de saco) é a caracte-
rística marcante dessa classe, a qual contém en-
dósporos (ascósporos), resultantes do processo 
de cariogamia seguida pela meiose.
 § Reprodução gamética através da copulação de 
gametângios, contato de gametângios, esper-
matização ou somatogamia.
 § Reprodução espórica através de exósporos (co-
nídios), formados nas extremidades dos conidi-
óforos.
 § Sem células flageladas.
Trufas
15
Saccharomyces cerevisiae é unicelular, que apresenta ciclo de vida haplodiplobionte, envolvendo a junção 
de células gaméticas e os ascos são isolados. Já os ascomicetes filamentosos têm ciclo de vida mais complexo:
I. os gametângios (ascogônios e anterídios) são desenvolvidos em indivíduos diferentes (+) e (-) (micélio 
heterotálico). Através do contato desses gametângios ocorre a fertilização. 
II. A sequência da fertilização, produz-se hifas ascógenas (função: propagar o resultado da fertilização), pro-
vinientes do ascogônio que acendem e se ramificam, conservando os dois núcleos parentais (hifas dicarió-
ticas). Ou seja, acontece plasmogamia, mas não cariogamia.
Diferenciam-se três tipos de ascocarpos:
I. Cleistotécio: fechado.
II. Peritécio: em forma de urna.
III. Apotécio: em forma de taça.
CLASSE BASIDIOMYCETES
Características básicas
 § Septos com o centro perfurado. 
 § Parede celular de quitina.
 § Micélio filamentoso bem desenvolvido e pluricelular.
 § Em geral ciclo de vida haplodiplobionte.
 § A característica marcante da classe é o basídio, a qual forma os esporos exógenos (basidiósporos). 
 § Reprodução gamética por espermatização ou somatogamia.
 § Apresenta uma fase dicariótica (dois tipos de núcleos, oriundos dos parentais).
 § Reprodução espórica através de exósporos especializados (conídios), formados na extremidade de conidióforos.
 § Sem células flageladas
Amanita muscarua: fungo venenoso
Orelha de pau
16
Os basidiomicetes apresentam muitas semelhanças com ascomicetes. As características das duas classes 
estão comparadas na tabela a seguir.
Comparação entre Ascomicetos e Basidiomicetos
Características Ascomycetes Basidiomycetes
Parede celular quitina e β glucano quitina e β glucano
Talo Micélio com hifas bem desenvolvidas ramificadas e septadas
Septo poro simples Poro doliporo
Fase dicariótica curta; hifas ascógenas longas; micélio secundário
Reprodução gamética asco (endósporos) basídio (exósporos)
Corpo de frutificação ascocarpo basidiocarpo
Reprodução vegetativa
brotamento, fissão, fragmentação, 
artrósporos, clamidósporos, conídios, 
artróspores, clamicósgoros e conídios
Brotamento, fragmentação,
Artrósporos, conídios
Dicariotização
copulação de gametângos,
contato de gametângios,
espermatização e sematogamia
Espermatização, somatograma
Importância dos fungos
Os fungos são de importância vital para a sobrevivência dos ecossistemas e do homem.
 § Ecologia − São decompositores da matéria orgânica e, assim, fundamentais para o funcionamento dos 
ecossistemas, desse modo, sendo responsáveis pela reciclagem de nutrientes. A decomposição da matéria 
orgânica morta libera para o ambiente vários sais minerais, como, o nitrogênio, fósforo, enxofre, potássio, 
magnésio, ferro, cálcio e outros. Se não ocorresse a decomposição da matéria todos esses sais minerais 
ficariam retidos e indisponíveis para as plantas. No entanto, em algumas situações geram prejuízos para o 
homem, pois são, muitas vezes, a causa do apodrecimento de alimentos e da madeira. Não se pode esque-
cer dos líquens, estes são associações entre algas e fungos. São sempre usados como exemplo de simbiose 
mutualística, onde o fungo absorve nutrientes orgânicos oriundos das algas, e estas adquirem proteção 
contra dessecamento e também luz.
 § Agricultura − Através de uma associação simbionte mutualística entre fungos e raízes de plantas, chama-
das de micorrizas, as plantas se desenvolvem, já que se beneficiam de um ambiente úmido e rico em sais 
minerais, criado pelos fungos. Estes, por sua vez, recebem substâncias orgânicas das plantas. No entanto, 
outros fungos causam prejuízos em plantações porque são parasitas de plantas, como exemplo, as ferrugens 
da cana-de-açúcar e do café. 
 § Pecuária e saúde pública − Podem parasitar animais levando a prejuízos na pecuária. Apenas a presen-
ça de esporos no ar pode produzir alergias em animais não humanos e em humanos. Alguns fungos liberam 
metabolitos secundários contaminando cereais e, consequentemente, transmitindo essas toxinas para aves 
e mamíferos domésticos através do consumo de ração contaminada e transmitindo isso para o homem.
 § Alimentação do homem − Saccharomyces cerevisiae (levedura, fermento) é muito usado na indústria 
alimentícia. Essa espécie realiza processos fermentativos, que estão envolvidos na produção da cerveja, do 
álcool etílico, vinho, pão etc. Outros fungos participam da produção de glicerina, vitaminas, ácidos orgâni-
cos, enzimas e antibióticos (penicilina). Muitos fungos são consumidos diretamente como alimento.
 § Medicina, ciências − Os fungos são de fundamental importância para o homem, pois fabricam os an-
tibióticos (Penicillium − penicilina). Vale ressaltar, que os antibióticos participam da seleção de linhagens 
resistentes de bactérias através do seu uso pela sociedade. Em adicional, espécies como, Saccharomyces 
cerevisiae, Neurospora crassa, entre outras, são usadas como organismos-modelo em várias áreas da ciência 
como a genética, bioquímica e biologia molecular.
17
miCologia médiCa
A Micologia é uma área da Medicina tem como objetivo estudar as infecções por fungos e fornecer os 
possíveis diagnósticos.
Classificação das micoses
 § Micoses superficiais: são infecções provocadas por fungos que instalam-se em camadas superficiais do 
organismo. Os sintomas são: nódulos ou manchas pigmentares na pele. A hifa é a forma invasiva do fungo.
Fonte:1.http://globale-dermatologie.com/as-dermatologie.com/as-infeccoes-de-pele-fungos-e-leveduras-micoseportugues. html; 2. http://telmeds.org/atlas/micologia/leveduras/malassezia-furfur/
1
2
Pitiríase versicolor (pano branco), em humanos, causada pela Malassezia furfur.
 § Micoses subcutâneas: o fungo nesse caso se instala através de um traumatismo e se dissemina, levando 
à lesão supurada da pele ou do tecido subcutâneo.
a b c
Fonte: a.http://diggingri.wordpress.com/2010/02/08/weird-garden-diseases-part-i/
 b.http://www.saber.ula.ve/tropical/contenido/capitulo6/capitulo42/�guras/42-0002-es.html
 c.http://www.dac.uem.br/micologia/micoses_subcutaneas.php
Micose subsutânea: a. Esporotricose; b. Direto; c. Cultura (Sporothrix. schenckii);
Fontes: a. http://scielo.sld.cu/scielo.php?pid=S0375-07602005000300013&script=sci_arttext
 b. http://anatpat.unicamp.br/lampele5.html c. http://www.mold.ph/fonsecaea.html
Micose subsutânea: a. Cromoblastomicose; b. Corpos fumagóides; c. Cultura (Fonsecaea pedrosoi).
18
 § Micoses sistêmicas: são causadas por inalação de propágulos fúngicos, assim, a lesão primária é pulmo-
nar. Como o fungo pode se espalhar pelo organismo através do sangue, pode causar lesões extrapulmona-
res nos indivíduos.
Fontes: 1. http://www.ricardosgomez.com/paracoccidioidomicose
 2. http://anatpat.unicamp.br/biin�paracoo1.html
 3. http://www.dac.uem.br/micologia/micoses_sistemicas.php
Paracoccidiodomicose na cavidade oral (1); Direto: levedura (2); Cultura P. brasiliensis (3).
 § Micoses oportunísticas: quando o organismo está imunossuprimido, esses fungos aproveitam para inva-
dir o corpo do individuo. Esses fungos possuem porta de entrada variável. Esses fungos podem instalar-se 
em vários órgãos, gerando sintomas cutânea, subcutânea ou sistêmicamente.
1 2 3
4 5 6
Fontes: 1. http://www.ginorte.com.br/textos/candidiase.html
 2 e 3. http://dermatlas.med.jhmi.edu/derm/indexDisplay.cmf?ImageID=.763630613
 4. http://www.odontoblogia.com.br/estomatologia-2/queilite-angular-bloqueira
 5. http://saude.culturamix.com/higiene/infeccao-de-unha
 6. http:www.microbeword.org/index.php?option=com_jlibrary&view=article&id=1097
Tipos de candidíases: 1. Vulvovaginite; 2. Balanopostite; 3. Assaduras; 4. Boqueira; 5. Unhas candidosa; 6. Cultura 
(pseudo-hifas, blastoconídios e clamidósporos).
19
fungos fitopatogêniCos
Entre as parasitoses vegetais, as mais frequentes são causadas por fungos, os quais chamamos de fungos 
fitopatogênicos. Esses fungos, comumente, habitam o solo ou são transmitidos por vetores, como o vento ou a 
chuva. As plantas doentes apresentam sintomas, como diminuição na produtividade, amarelecimento, manchas, 
nanismo, morte da planta etc.
1) 2) 3)
4) 5)
Fonte: 1.http://www.jardins.com.br/cuidar/imagens/ferrugem.jpg;
 2.http://4.bp.blogspot.com/_SO_JYKtl9A8/Rttqxb_Z6Zl/AAAAAAAABJ8/uX3aJcT1f_4/s320?Ustilago_
 maydis_de_2.jpg; 3.http://www.portalsaofrancisco.com.br/imagem.php
 4.http://www.ufv.br/dfp/bac/frsol.jpg
 5.http://www.ufrgs.br/agro�tossan/galeria/tipos_detalhes.asp?id_registro=486&id_nomes=40
Doenças de plantas: 1. Ferrugem em gramíneas; 2. Carvão no milho; 3. Podridão no morango; 4. Mancha castanha do amendoim; 
5. Murcha em tomateiro.
Vídeo
ASSISTIR
INTERATIVIAA DADE
O Mundo Secreto dos Jardins - 08 - Fungos
Fonte: Youtube
20
21
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Fungos do gênero Penicillium foram os responsáveis pela descoberta acidental da penicilina, na década de 
1920, por Alexandre Fleming. Considerada uma das mais importantes classes de antibióticos desde sua descoberta, 
graças a ela diversas doenças bacterianas, antes inevitavelmente mortais, puderam ser tratadas. Outros antibióti-
cos, como a eritromicina, também têm como princípio ativo substâncias produzidas por fungos.
Estudos recentes também indicam a aplicação destes: na produção de álcool combustível, por meio do ba-
gaço de cana-de-açúcar, madeiras e papéis (Trichoderma reesei); na degradação do benzeno, naftaleno, fluoreno e 
biossorção de metais pesados e radioativos; em estudos de genética, por crescerem e se reproduzirem com grande 
rapidez; na produção de vitaminas; na fabricação de detergentes biodegradáveis; e diversos outros usos. Algumas 
empresas ainda utilizam esses organismos para o controle de qualidade de seus produtos – da Johnson & Johnson 
à indústria de equipamentos de navios e submarinos –, garantindo a durabilidade e resistência, à ação de fungos, 
daquilo que produzem.
INTERDISCIPLINARIDADE
Biofilmes superficiais formados por fungos e outros micro-organismos, e associados a outros materiais 
particulados, podem reduzir em até 10% a produção de energia de painéis fotovoltaicos, que transformam a 
energia solar em elétrica. A descoberta, inédita no mundo, é resultado do estudo "e da avaliação da influência de 
biofilmes" (fungos e fototróficos) na eficiência energética de módulos fotovoltaicos, realizado pela pesquisadora 
Márcia Aiko Shirakawa, do Departamento de Engenharia de Construção Civil (DECC), da Escola Politécnica (Poli) 
da USP. O projeto multidisciplinar teve por objetivo avaliar se o crescimento de micro-organismos, no caso fungos 
e organismos fototróficos (como cianobactérias e microalgas), poderiam diminuir a aquisição da energia solar em 
módulos fotovoltaicos expostos na cidade de São Paulo. [...]
Fonte: www5.usp.br/47464/estudo-da-usp-revela-que-microrganismos- 
podem-reduzir-producao-de-energia-solar-em-paineis.
22
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Habilidade 29 - Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando 
implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos 
industriais.
Os alunos devem saber aplicar os conhecimentos adquiridos em sala às situações problemas 
visando a melhoria da qualidade de vida, seja em situações relacionadas à saúde humana ou à 
qualidade ambiental, possibilitando também o desenvolvimento sustentável das atividades an-
trópicas. É neste contexto que o Enem costuma abordar o Reino Fungi, uma vez que há certa 
complexidade taxonômica e variado modo de vida. Os fungos são tratados nesse exame a partir 
da sua importância ecológica, econômica e até mesmo medicinal.
modelo
(Enem) Foram publicados recentemente trabalhos relatando o uso de fungos como controle bio-
lógico de mosquitos transmissores da malária. Observou-se o percentual de sobrevivência dos 
mosquitos Anopheles sp. Após exposição ou não a superfícies cobertas com fungos sabidamente 
pesticidas, ao longo de duas semanas. Os dados obtidos estão presentes no gráfico a seguir.
No grupo exposto aos fungos, o período em que houve 50% de sobrevivência ocorreu entre os dias:
a) 2 e 4.
b) 4 e 6.
c) 6 e 8.
d) 8 e 10.
e) 10 e 12.
23
análise expositiva
Habilidade 29
O Enem aborda a diversidade de fungos principalmente no que tange seu papel ecológico 
no ecossistema, como também a sua utilidade empregada pelo homem, seja na indústria 
alimentícia ou na área da saúde. A questão aborda um experimento no qual foi utilizado 
um fungo como pesticida, afim de testá-lo como medida profilática da malária, em que ele 
atuaria como controle biológico do mosquito transmissor. Para desenvolvê-la é importante a 
análise cuidadosa do gráfico apresentado; nele é possível observar que mosquitos expostos ao 
fungo apresentam queda na taxa de sobrevivência e, a partir do eixo vertical, é possível veri-
ficar que 50% de sobrevivência são encontrados, aproximadamente, no 9º dia de exposição.
Alternativa D
estrutura ConCeitual
Eucariontes
Heterotróficos por 
absorção (digestão 
extracorpórea)
Ciclo de vida 
haplodiplobionte
Unicelulares
Ex.: leveduras
Pluricelulares
Ex: filamentosos -> hifas
Parede celular: quitina
Reserva energética: 
glicogênio
◊ Não são fungos verdadeiros
◊ Parede celular ausente
◊ Não são fungos verdadeiros
◊ Parede celular: celulose
◊ Parede celular: quitina
◊ Ex.: leveduras 
(Saccharomycetes cerevisiae)
◊ Parede celular: quitina
◊ Exs.: cogumelos, orelha-de-pau◊ Parede celular: quitina
◊ Ex.: mofos
Mixomycetes
Oomycetes
Ascomycetes
Basidiomycetes
Zigomycetes
R E I N O F U N G I
29 30
C
BIOLOGIA
N
Briófitas e pteridófitas
Competências 
3, 4, 7 e 8
Habilidades 
10, 12, 14, 27, 
29 e 30
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos 
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável 
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do 
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações 
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando 
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
H14
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, 
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
H17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto 
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica 
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
H22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas 
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
H23
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou 
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
H25
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou 
produção.
H26
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações 
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico 
tecnológicas.
H28
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em 
ambientes brasileiros.
H29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas 
ou produtos industriais.
H30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do 
ambiente.
27
Estima-se que as plantas terrestres tenham aparecido na Era Paleozoica, derivadas a partir de ancestrais aquáti-
cos. A origem e evolução das plantas terrestres estão relacionadas ao aparecimento de características adaptativas que 
tornaram os vegetais gradualmente independentes do meio aquático. Tanto mudanças morfológicas, quanto bioquímica, 
fisiológica e reprodutiva foram essenciais para essa evolução. Para sobreviver no ambiente terrestre é necessário possuir 
estrutura para diminuir a perda de água por evaporação. Muitas adaptações podem ser observadas nas plantas com 
essa função, como a epiderme com células justapostas e a camada de cera sobre a epiderme, chamada de cutícula, 
que diminui ainda mais a perda de água através da evaporação. No entanto, ao impermeabilizar as superfícies vegetais 
dificulta as trocas gasosas entre os vegetais e o meio, prejudicando os processos de respiração celular e fotossíntese. 
Assim aparecem, os poros e câmaras aeríferas, estruturas que permitem as trocas de gases com um mínimo de perda de 
água. Em outros grupos observa-se o surgimento de uma estrutura formada por células diferenciadas e especialmente da 
epiderme: os estômatos (abertura e fechamento dessas estruturas permite e troca de gases).
Outra mudança necessária à conquista do ambiente terrestre envolve à absorção de água e nutrientes. O am-
biente aquático possibilita que todas as células que cobrem o vegetal estejam em contato com o meio, o que admite a 
absorção diretamente da água e dos sais dissolvidos na água. Já no ambiente terrestre esses elementos são provenien-
tes, de forma geral, do substrato. Estruturas como rizoides e raízes permitem fixação e apoio no substrato,e também a 
absorção de água e sais minerais. 
No meio terrestre, o transporte de substâncias inorgânicas (água e sal mineral) e de substancias orgânicas fabri-
cadas pela planta, é realizado através de vasos. Diferente do que acontecia no meio aquático, onde a distribuição era 
por difusão (célula a célula), o que limita o porte desses vegetais. Os vasos condutores, além de transportar substâncias, 
participam da sustentação dos vegetais em meio terrestre, já que em ambiente aquático a própria água fazia esse papel. 
Em adicional, além dos vasos condutores, a presença da substância lignina, depositada na parede celular de alguns vasos, 
levando à morte dessas células (vaso condutor xilema), contribuem para a sustentação do corpo do vegetal. Em suma, 
esses elementos comportaram um aumento gradual do tamanho dos vegetais terrestres. 
No meio aquático existe uma dependência da água para reprodução, pois essa permite o transporte e dissemi-
nação de gametas e esporos, além do processo de fecundação. Apenas nas gimnospermas e nas angiospermas a inde-
pendência completa da água é garantida, pois ocorre a formação do tubo polínico durante a fecundação, e elementos 
reprodutivos passam a ser protegidos por um envoltório de células vegetativas.
Comparação das características gerais dos grupos de plantas
Características
Avascular Vasculares (Traqueófitas)
Briófitas Pteridófita Gimnosperma Angiosperma
Tamanho Reduzido Variável
Vasos condutores Ausentes Presentes
Transporte de 
substância
Lento, por difusão 
de célula a célula.
Rápido, por difusão de célula e por vasos.
Hábitat Aquático ou meio terrestre úmido.
Variável (aquático e terrestre)
Reprodução Dependência de água para fecundação.
Só as primitivas (pteridófitas e algumas gimnosper-
mas) dependem da água para fecundação.
28
Divisão bryophyta
A Divisão Bryophyta abrange vegetais terrestres 
morfologicamente simples, denominados popularmente 
como “musgos” ou “hepáticas”. São indivíduos euca-
riontes e pluricelulares (apenas as estruturas reproduti-
vas são unicelulares).
Características básicas
 § Presença de pigmentos fotossintetizantes como 
clorofila a e b.
 § Apresentam parede celular de celulose.
 § Presença de cutícula.
 § Substância de reserva: amido.
 § Ciclo de vida haplodiplobionte (esporófito depen-
dente parcial ou completamente do gametófito).
 § Reprodução oogâmica.
 § Esporófito não-ramificado (possui um único es-
porângio terminal).
 § Gametângios e esporângios englobados por ca-
madas de células estéreis.
Ocorrência
O habitat mais comum das briófitas é o ambiente 
terrestre úmido. Contudo, algumas espécies possuem adap-
tações que comportam a ocupação de outros tipos de am-
bientes (ambientes com alta luminosidade e vulneráveis à 
desidratação, e ambientes polares). São sempre dependen-
tes da água, pelo menos com relação à condução do antero-
zoide flagelado até a oosfera. Sem representantes marinhos.
Ciclo de vida e morfologia
As briófitas possuem um ciclo de vida haplodiplo-
bionte, exibindo alternância de gerações heteromórficas entre 
gametófito verde fotossintetizante independente e esporófito 
parcialmente ou completamente dependente do gametófito.
ESTRUTURA DE UM MUSGO (BRIÓFITA)
ESPORÓFITOS
Filoides
GAMETÓFITOS
Cauloide
Rizoides
ANTÓCEROS MUSGOS
Estrutura de um musgo (Briófita)
Em estruturas específicas do esporófito (2n) 
ocorre a produção por meiose, de esporos (n) os quais 
germinam dando origem ao gametófito (n). Os gametó-
fitos são constituídos por rizoides, filídios e caulídios (te-
cidos não verdadeiros, por isso recebem esses nomes). 
Os gametófitos mais simples não possuem diferença 
entre filídio e caulídio e comumente são prostrados, 
sendo chamados talosos, enquanto aqueles onde se di-
ferenciam essas estruturas são denominados folhosos. 
No ápice dos gametófitos aparecem estruturas repro-
dutivas chamadas de arquegônios, onde se forma o ga-
meta feminino (oosfera), e anterídios, onde formam o 
gameta masculino (anterozoide). Quando as condições 
ambientais de umidade estão adequadas, o anterídeo 
se rompe liberando os anterozoides haploides (peque-
nos e biflagelados), que são atraídos para o arquegônio, 
onde estão as oosferas haploides, ocorrendo a fecunda-
ção. No caso das briófitas, o zigoto (2n) formado ger-
mina sobre a planta-mãe, resultando no esporófito (2n) 
dependente do gametófito (já que o esporófito perma-
nece ligado ao gametófito por toda vida). O esporófito é 
formado basicamente por um pé (responsável pela ab-
sorção de nutrientes e água), seta (estrutura de susten-
tação) e cápsula (envoltório com esporos). O esporófito, 
ainda que sempre dependente do gametófito, pode, em 
algumas classes de Bryophyta, fazer fotossíntese, pelo 
menos durante o início de seu desenvolvimento.
Reprodução
Além da reprodução haplodiplobionte citada 
acima, as briófitas podem apresentar formas de repro-
dução vegetativa:
1. Fragmentação − fragmentos do talo geram 
outro indivíduo.
2. Gemas (ou propágulos) − estruturas de resis-
tência, as gemas são formadas dentro de estrutu-
ras em formato de taça, chamadas conceptáculos.
3. Aposporia − formação do esporófito em ga-
metófito sem que aconteça meiose. Pode gerar 
organismos poliplóides.
4. Apogamia − formação do gametófito em espo-
rófito sem que ocorra fecundação. Pode aconte-
cer a partir de gametas, de filídios ou do próprio 
protonema.
29
Classificação
Atualmente, briófitas são classificadas pela maioria dos autores em três classes, Hepaticae, Anthocerotae e 
Musci. Outros autores abordam essas três classes como divisões, seguindo tendências pautadas no conhecimento 
da filogenia desses grupos.
Classe Hepaticae
Gametóforo
(n)
Gametóforos
femininos
(n)
Rizoides
Esquema de Marchantia mostra gametó	tos femininos e gametóforos, onde se formam os gametas.
Esquema de Marchantia mostra gametófitos femininos e gametófonos, onde se formam os gametas.
 
Esquema de reprodução assexuada de hepáticas a partir de gemas.Esquema de reprodução assexuada de hepáticas a partir de gemas.
A Classe Hepaticae é formada por aproximadamente 300 gêneros e 10.000 espécies, e suas principais 
características são: corpo achatado e preso no substrato por rizoides unicelulares. 
Na Classe Hepaticae estão todas as briófitas, que possuem o esporófito mais simples que se conhece. Re-
presentantes dessa classe podem possuir esporófitos talosos ou folhosos, aclorofilados, não sendo visível a olho 
nu. Já os gametófitos são em forma de talo com aspecto lobado, séssil por rizoides, com células com cloroplastos, 
e arquegônios e anterídios na superfície. A maturação dos esporos ocorre de maneira simultânea e sua liberação 
através de uma abertura longitudinal, na cápsula, chamada de deiscência longitudinal.
Marchantia polymorpha
30
Classe Anthocerotae
A Classe Anthocerotae tem 4 gêneros e 300 espécies. Essa classe é formada por representantes talosos de 
aspecto lobado, fixo ao substrato através dos rizoides unicelulares. As células do gametófito possuem apenas um 
cloroplasto. O esporófito não apresenta seta e tem uma cápsula clorofilada e alongada.
Esporó�to
(2n)
Gametó�tos
(n)
Esquema de antóceroAntóceros em crescimento, aderidos a
solos e rochas úmidos.
Classe Musci
A Classe Musci é a maior classe das briófitas, sendo representada por aproximadamente 700 gêneros e 
14.000 espécies.
A Classe Musci é formada por representantes com gametófitos folhosos e fixos ao substrato através de 
rizoides pluricelulares. O esporófito é clorofilado, visível e bastante diferenciado. 
cápsula
esporos
haste
�loide
cauloide
rizoide
ga
m
et
ó�
to
es
po
ró
�t
o
Esquema de musgoMusgo
Gametófito - Resumo das características diferenciais nas três classes de briófitas
Hepaticae Anthocerotae Musci
Estrutura Taloso ou folhosos Talosos Folhosos
Simetria Dorsiventral ou unicelular Dorsiventral Radial
Cloroplasto/célula Vários Um Vários
Protonema Reduzido Ausente Presente
Anterídios/arquegôniosSuperficiais Imersos Superficiais
31
Esporófito - Resumo das características diferenciais nas três classes de briófitas.
Hepaticae Anthocerotae Musci
Estrutura Pequeno, aclorofilado Grande, clorofilado Grande, clorofilado
Crescimento Definido Contínuo Definido
Seta Presente Ausente Presente
Forma da cápsula Simples Alongada
Diferenciada 
(opérculo, peristômio)
Maturação dos esporos Simultânea Gradual Simultânea
Dispersão dos esporos Elatérios Pseudoelatérios Dentes do peristômio
Columela Ausente Presente Presente
Deiscência Longitudinal ou irregular Longitudinal Transversal
Estómatos Ausente Presente Presente
Turfa 
Material de origem vegetal parcialmente decomposto, produzido há milhares de anos através da deposição de 
restos de plantas como o Sphagnum (grupo de musgos). Em condições geológicas adequadas, comumente em áreas 
pantanosas, transformam-se em carvão. Também são utilizadas como fertilizantes em vários produtos agrícolas..
Importância das briófitas
 § Dentro da ecologia, as briófitas são importantes porque são espécies pioneiras na colonização, instituindo 
condições para a disposição posterior de outros indivíduos. Por esse motivo, são plantadas em locais sujeitos 
à erosão.
 § O gênero Sphagnum possui uma grande capacidade de absorver e reter líquidos, por isso é muito utilizado 
na horticultura. 
 § A turfa, usada como combustível é originária da deposição de Sphagnum em lagos de ascendência glacial 
no hemisfério norte. A turfa também é usada na destilação do uísque escocês, o que fornece a essa bebida 
seu aroma característico.
introDução às plantas vasculares - pteriDófitas
As traqueófitas são plantas que possuem tecidos vasculares que realizam o transporte de água, sais minerais 
e outras substâncias através do corpo do vegetal; estão nesse grupo as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. 
As pteridófitas são pluricelulares, eucariontes e fotossintetizantes, e são as primeiras plantas a apresentarem tecido 
condutor e de sustentação. As características que diferenciam as pteridófitas das briófitas são:
 § Presença de tecidos vasculares.
 § Ciclo de vida haplodiplobionte, na qual a fase duradoura é o esporófito. 
 § Muitos estômatos em todas as partes fotossintetizantes do vegetal.
As briófitas e pteridófitas são plantas criptógamas, as quais possuem estruturas produtoras de gametas 
pouco visíveis. 
Alguns exemplos de pteridófitas são:
 § Lycopodium e Selaginella: o gênero Lycopodium possui uma ampla distribuição desde regiões árticas 
ate tropicais. Selaginella é típica de regiões tropicais
 § Samambaias e avencas: comum de regiões tropicais.
32
Ciclo de vida e morfologia
O ciclo de vida das pteridófitas é alternância de 
gerações, possuindo uma fase haploide (n), denomina-
da gametófito e uma fase diploide (2n), chamada de es-
porófito, a qual é a fase duradoura do ciclo. O esporófito 
é a parte mais desenvolvida e tem como constituintes, 
raiz, caule (tipo rizoma) e folha. Não há flores e nem 
frutos nesse grupo. 
As pteridófitas possuem dois tipos de ciclo de 
vida: a homosporia (gametófito monoico) e a hete-
rosporia (gametófito dioico). No ciclo homosporado é 
produzido um esporo, o qual germina dando origem 
a gametófitos bissexuados. Já no ciclo heterosporado 
são produzidos esporos distintos, chamados de micrós-
poros e megásporos, que quando germinam originam 
gametófitos de sexos separados, denominados de mi-
crogametófitos e de megagametófitos. A pteridófitas 
são homosporadas, como a samambaia. Dessa forma, 
descreveremos o ciclo reprodutivo desse grupo especi-
ficamente.
As samambaias possuem em suas folhas um 
conjunto de esporângios chamados de soros, estruturas 
especializadas que surgem como pequenos pontos 
pretos na superfície da folha. As células do esporângio 
(2n) sofrem o processo de meiose produzindo os 
esporos (n). A liberação dos esporos ocorre em dias 
quentes com baixa umidade. Quando os esporos caem 
em uma região propícia podem germinar, produzindo, 
por mitose, um gametófito bissexuado (n), verde e 
denominado e a prótalo. Esse prótalo possui rizoides, o 
que garante a estabilidade do gametófito no substrato, 
e a absorção de nutrientes e água.
O gametófito possui o arquegônio (n), local de 
produção da oosfera (n), e o anterídeo (n), região de 
produção dos anterozoides (n). O anterozoide flagelado, 
na presença de água, nada até alcançar o arquegônio 
e encontrar a oosfera. Dessa forma, ocorre a fusão da 
oosfera e do anterozoide, o que designa o processo de 
fecundação, e a formação de um zigoto (2n). O zigoto 
cresce por mitose, desenvolvendo-se em embrião, que 
inicia seu desenvolvimento, o qual necessita do game-
tófito por um pequeno período tempo. O embrião rea-
liza sucessivas mitoses se transformando em esporófito 
(2n), o qual se fixa no solo e inicia um novo ciclo.
Divisão Psilophyta
Características básicas
 § Caule vascularizado e fotossintetizante.
 § Ausência de folhas.
 § Ausência de raízes (presença de rizoides unice-
lulares).
 § Esporângios terminais reunidos em sinângios.
 § Gametófito cilíndrico aclorofilado.
Divisão lycopodiophyta
Características básicas
 § Caule, raízes e folhas verdadeiras (vascularizadas).
 § Esporângios reunidos em estróbilos.
 § Homosporadas ou heterosporadas.
 § Gametófito cilíndrico clorofilado.
Selagínella tamariscina
Classe arthrophyta
Características básicas
 § Caule, raizes e folhas verdadeiras (vascularizadas).
 § Esporângios reunidos em esporangióforos.
 § Homosporadas.
 § Esporos com elatérios.
 § Gametófito membranoso clorofilado.
Classe pteridopsida 
Características básicas
 § Caule, raízes e folhas verdadeiras (vascularizadas).
 § Folhas macrófilas (com exceções).
 § Vernação circinada e consequente presença de báculo.
33
 § Esporângios reunidos em soros, espigas, sinân-
gios ou esporocarpos.
 § Homosporadas (heterosporadas em poucos grupos).
 § Gametófito clorofilado.
Equistum arvense, popularmente conhecida como cavalinha.
fósseis De criptógamas 
vasculares
As primeiras Pterophyta surgiram provavelmente 
no Devoniano médio. Plantas com aparência semelhante 
às atuais, as quais se tornaram mais abundantes no Car-
bonífero e Permiano. As divisões Psilophyta, Lycopodio-
phyta e Arthrophyta são as antigas linhagens de plantas 
terrestres, e possuem poucos representantes atuais. 
No período Devoniano (Era Paleozoica) foram 
encontrados os primeiros fósseis de plantas vasculares. 
Existem evidências de uma possível existência de plantas 
terrestres no período Siluriano, período anterior (esporos 
ou partes de xilema). Também no Período Devoniano, a 
divisão Lycopodophyta originou-se, porém foi nos Perío-
dos Carbonífero e Permiano que teve seu maior desen-
volvimento. As plantas do período Carbonífero forma-
ram grandes florestas, que se transformaram em jazidas 
de carvão mineral atuais. A Divisão Arthrophyta tem um 
desenvolvimento paralelo a de Lycopodophyta. 
importância econômica Das 
criptógamas vasculares
Embora as pteridófitas atuais possuam uma 
importância econômica relativamente pequena, seus 
fósseis apresentam grande relevância, pois têm contri-
buição na produção de reservas de carvão vegetal usa-
das pelo homem. Na China, essas reservas estão sendo 
usadas para o fornecimento de energia em usinas ter-
moelétricas.
Membros atuais desse grupo são usados na ali-
mentação, como no oriente, onde são consumidas fo-
lhas jovens e partes do rizoma. 
Na medicina popular são usadas, por exemplo, 
no tratamento de verminoses, reumatismos ou úlceras.
Algumas criptógamas vasculares são usadas 
também para fins ornamentais. 
Na agricultura, o gênero aquático Azolla está 
associado a algas azuis (Anabaena azollae), as quais 
fixam o nitrogênio, assim são usadas para enriquecer o 
solo em plantações. 
As pteridófitas podem ser usadas para controle 
da erosão do solo.
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Ciclo Reprodutivo dos Musgos - BriófitasCiclo Reprodutivo das Samambaias - Pteridófitas
Fonte: Youtube
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APLICAÇÃO NO COTIDIANO
 § Briófitas: no ciclo de renovação de espécies vegetais, as briófitas são as primeiras a surgirem, preparando 
o solo para o desenvolvimento dos vegetais superiores. A remoção das briófitas do solo das florestas ou 
dos troncos das árvores interfere na germinação de sementes e no desenvolvimento saudável dos vegetais 
em geral. Pesquisas também têm demonstrado a importância desses vegetais na fixação do nitrogênio, por 
viverem em simbiose com cianofíceas, e do dióxido de carbono, no ciclo de nutrientes e na cadeia alimentar 
dos mamíferos. As briófitas, por depositarem o calcário retirado da água, colaboram na formação de mine-
rais porosos que, pela facilidade de manuseio, são utilizados na decoração.
 § Pteridófitas: você sabe de onde vem o xaxim? Sabia que ele está em extinção? Pois é! O xaxim é o nome 
vulgar de uma grande samambaia (samambaia-açu – açu em tupi é "grande"), cujo nome científico é 
Dicksonia sellowiana e que pode alcançar dez metros de altura, como uma palmeira; era abundante na serra 
do Mar, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, habitando os locais bem úmidos. É um verdadeiro fóssil vivo 
das florestas pré-históricas. Há outras grandes samambaias no Brasil e no mundo.
INTERDISCIPLINARIDADE
Espécies indicadoras de vários grupos distintos são utilizadas para indicar distúrbios ambientais em cursos 
d’água. Um bom exemplo são as briófitas que, em ecossistemas aquáticos, possuem um alto potencial para a bio-
indicação, principalmente em casos de contaminação por metais pesados. As briófitas, especialmente os musgos 
(devido a ausência de cutícula), apresentam uma alta capacidade de acumular estes compostos. A análise do teor 
de metais pesados neste grupo tem baixo custo e, ao mesmo tempo, proporciona grande precisão nos resultados 
e exige menos tempo do que uma análise direta da água. 
Sob condições geológicas adequadas, a turfa pode transformar-se em carvão mineral, através de emanações 
de metano vindo das profundezas e da preservação em ambiente anóxico – que sofre com a falta de oxigênio. 
Sendo assim, é um carvão menos rico em carbono. Além disso, por ser inflamável, é utilizada como combustível 
para aquecimento doméstico. A turfa também tem sido utilizada para recuperar ambientes degradados e como 
absorvente de hidrocarbonetos, o que faz da substância um dos produtos mais utilizados em todo o mundo para 
prevenir e combater vazamentos de derivados de petróleo. Na agricultura, a utilização de produtos à base de turfa 
como um condicionador para melhorar as propriedades físicas do solo e aumentar a atividade microbiana vem se 
tornando cada vez mais comum.
36
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Habilidade 14 - Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como 
manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
O Reino Vegetal é abordado no Enem com enfoque principalmente nos quatro grandes grupos e 
sua interação com o ambiente, assim como suas relações evolutivas, sem se aprofundar muito nas 
classificações taxonômicas. É primordial conhecer as novidades evolutivas que surgem em cada 
grupo e as implicações dessas adaptações no ecossistema.
moDelo
(Enem) A imagem representa o processo de evolução das plantas e algumas de suas estruturas. 
Para o sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais 
desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.
 
Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior diversidade genética?
a) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.
b) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.
c) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
d) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva.
e) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva bruta.
37
análise expositiva
Habilidade 14
A questão já apresenta ao aluno as novidades evolutivas que surgiram em cada grupo; no en-
tanto, é necessário que o aluno avalie qual delas promove maior diversidade genética. A po-
linização cruzada é fonte de variabilidade genética, pois, com o surgimento do grão de pólen, 
aumenta as possibilidades de cruzamento com diferentes e até mais distantes indivíduos, 
já que além da dispersão pelo vento, a partir das angiospermas também há possibilidade de 
polinização por animais.
Alternativa C
38
estrutura conceitual
M (E!)
M (R!)
Esporófito (2n)
Esporo (n)
Gametófito (n)
(n) + (n)
Gametas
Ciclo de vida vegetal
Classes
◊ Pluricelular
◊ Fotossintetizante
◊ Ciclo de vida haplodiplobionte
◊ Reserva energética: amido
◊ Parede celular: celulose
◊ Tamanho reduzido
◊ Ausência de vasos condutores
◊ Ambiente terrestre úmido
◊ Gametófito (n): fase dominante
◊ Presença de vasos condutores
◊ Esporófitos (2n): fase dominante
◊ Dependência da água para reprodução
Marchantia polymorpha
R E I N O V E G E T A L
Musgos
Avascular Briófitas
Pteridófitas
Ex: Samambaia, avenca, 
cavalinha
Vascular 
(Traqueófitas)
Gimnospermas
Angiospermas
Hepáticas 
Anthocerotae 
Musci
31 32
C
BIOLOGIA
N
Gimnospermas
Competências 
3, 7 e 8
Habilidades 
10, 12, 27, 29 e 
30
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos 
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável 
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do 
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações 
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando 
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de

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