Buscar

Introdução à Farmacologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Farmacologia- Conceitos Gerais 
Farmacologia: Ciência que estuda as propriedades de substâncias químicas de estrutura conhecida e seus efeitos nos sistemas biológicos. Ela se 
divide em farmacocinética (caminho que o fármaco faz no organismo), farmacodinâmica (efeitos do fármaco no organismo), farmacoterapia e 
toxicologia. 
Por que tomamos medicamentos? Para melhorar a qualidade de vida, viver mais, reduzir/abolir a dor. 
O que diferencia remédio de veneno é a dose Ex: Paracetamol em excesso pode causar intoxicação, é muito hepatotóxico, libera muito 
EROS no fígado. Anti inflamatórios usados de forma crônica podem causar alterações renais, de pressão e causar gastrites e ulcerações no 
estômago. 
Todo fármaco é uma droga que causa alterações (benéficas ou maléficas) nos sistemas biológicas. 
Remédio: Qualquer procedimento com a intenção de combater a dor ou doença. Exclui necessidade de comprovação científica de eficácia e 
segurança. Ex: yoga, fisioterapia.... 
Fármacos: substâncias (princípios ativos) usados para o tratamento das doenças. Podem aliviar os sintomas, abrandar a dor, prevenir ou curar as 
doenças. Não criam novas funções, apenas alteram funções orgânicas já existentes. Nenhum fármaco produz um efeito único 
Medicamento: Produto farmacêutico tecnicamente elaborado contendo um ou mais fármacos. Necessita de comprovação científica de eficiência 
e segurança. 
Conceitos: 
O Princípio ativo: Substância (as) responsáveis pelos efeitos do fármaco, nome da molécula. Ex: paracetamol, princípio ativo do tylenol (nome 
comercial), propranolol... 
O Forma farmacêutica: Como o fármaco é apresentado para ser utilizado, o que ele é. Ex: comprimido, solução... 
O Veículo: torna possível a forma farmacêutica, importante para dar ‘’forma’’ ao fármaco, não possui atividade terapêutica, auxilia na 
manutenção e função do princípio ativo Ex: glicerina (veículo) usado para fazer algumas pomadas (forma farmacêutica) 
O Excipiente: Contempla a massa e volume do fármaco. Possuem funções na formulação, mas farmacologicamente inativos (ex.: conservantes, 
emulsificantes, corantes, flavorizantes, estabilizantes). OBS: Veículos e excipientes são muito parecidos, alguns tratam como sinônimos. 
O Placebo: Fármaco sem ação farmacológica. Ex: anticoncepcionais de 28 comprimidos, possuem princípio ativo até 24 dias, os outros 
comprimidos são placebos, apenas com excipientes, a fim de evitar o esquecimento da tomada da pílula. 
Quantidade a ser administrada: 
Dose: representa a quantidade de medicamento no local de ação, necessária para produzir o efeito desejado. Representa o quanto a pessoa vai 
tomar 
Dosagem: Quantidade (concentração) na forma farmacêutica. 
Posologia: Descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser administrado de uma só vez ou de modo fracionado num intervalo de 
tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada. Descreve como o medicamento deve ser tomado. 
Ex: Medicamentos líquidos: 500 mg de dipirona (dose); 500 mg/ml de dipirona (dosagem), representa 20 gotas de dipirona liquida, caso alguém 
tome 40 gotas, isso será igual a uma dose de 1000 mg; a cada 12 horas (posologia). Ex. Comprimidos: Tomar 2 comprimidos de 12 em 12 hrs 
(posologia); cada comprimido possui 500 mg (dosagem); tomar 2 comprimidos (dose), nesse caso de 1000mg. Geralmente dose e dosagem se 
igualam quando se trata de comprimidos. 
Nomenclatura de fármacos: 
 
Referência x Similar x Genérico: 
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: Primeiro medicamento descoberto. Produto inovador, registrado, possui patente. Eficácia e segurança 
comprovadas. Possui nome comercial (fantasia) 
Nome químico: é um nome científico que descreve sua estrutura atômica e molecular (não é empregado 
no dia a dia da clínica) 
Nome genérico: uma forma simples de identificar o medicamento (nome do princípio ativo – PA) 
Medicamento genérico recebe o nome do princípio ativo 
Nome comercial: Nome de Marca ou Fantasia. Nome de marca é selecionado e registrado pelo fabricante. 
Ex: só o fabricante do Tylenol pode dar nome ao paracetamol de Tylenol. 
 
MEDICAMENTO SIMILAR: Vendidos com nome fantasia; Mesmo PA, mesma dosagem e mesma eficácia que o medicamento referência 
(bioequivalência), mas não necessariamente mesma FF; pode ter variações no tamanho e forma, prazo de validade, rotulagem, excipientes e 
veículo. Ate 2014 não eram necessários testes de bioequivalência e biodisponibilidade 
MEDICAMENTO GENÉRICO: medicamento lançado após o vencimento da patente. Não possuem nome fantasia: Mesmo princípio ativo; mesma 
forma farmacêutica; mesma dosagem; passam por testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Deve ser exatamente igual ao referência. 
Ex: Novalgina (Referência); Anador (Similar); Dipirona (Genérico) 
Intercambialidadade de medicamentos (substituição de fármacos com a mesma qualidade, eficácia e segurança) pode ocorrer entre: referência e 
similar e referência e genérico. Não pode: genérico e similar 
 Biodisponibilidade x Bioequivalência: 
Biodisponibilidade: Fração do fármaco administrado que chega na circulação 
sistêmica, como fármaco intacto, levando em conta sua absorção e metabolização. 
Representa o quanto do fármaco será absorvido. Quando dois fármacos têm a 
mesma biodisponibilidade são chamados de bioequivalentes., como por exemplo 
Tylenol (referência) e Paracetamol (genérico). Fármaco administrado via endovenosa 
não sofre perda, como é administrado direto no sangue, está 100% disponível 
 Tempo de Meia Vida: 
Tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco 
seja reduzida pela metade durante a eliminação 
 Índice terapêutico: Relação entre a dose efetiva (DE) e a dose letal (DL) – 
tóxica, que contém a margem de segurança do fármaco (Janela 
terapêutica). Embora sejam desejados valores altos de IT para a maioria 
dos fármacos, alguns com IT baixo são usados rotineiramente no tratamento de doenças graves 
Reação adversa a medicamento (RAM) = Efeitos colaterais: 
 Resposta a um medicamento que seja nociva, não intencional e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para 
profilaxia, diagnóstico, terapia de doença ou para modificação de uma função fisiológica (OMS, 1972). É algo que já pode ser esperado 
Interações medicamentosas: 
 Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente 
químico ambiental. Causa comum de efeitos adversos. Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, podem agir 
de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. 
 
Formas Farmacêuticas: 
Um fármaco só se torna um medicamento quando está na FORMA FARMACÊUTICA (FF) adequada para o emprego terapêutico, a qual é 
definida pelo tipo de uso e pela praticidade de emprego pelo médico e pelo paciente (p. ex. meia-vida, dosagem exata) 
A escolha da via de administração depende: Tipo de paciente (Ex: idosos, neonatos, pacientes de UTI); Objetivo terapêutico (Ex: uso 
ambulatorial- efeito imediato x uso crônico- efeito a longo prazo); Características do fármaco (Ex: caract. físico químicas- insulina) 
Classificação quanto ao estado físico: 
Sólidos: Pós, Comprimidos, Drágeas, Pastilhas, Granulados, Pellets, Óvulos, Supositórios. Mistura de PA e excipientes sólidos (pós ou granulados), 
preparados ou não por compressão. 
 
 
Vantagens: ↑ Estabilidade; Facilidade na administração e armazenamento; Maior adesão à terapia; Mascara sabor desagradável; Dosagem correta 
e alto grau de precisão; Possibilidade de revestimento, reduzindo efeitos no TGI 
Desvantagens: Menor absorção comparados às soluções; Podem provocar irritação na mucosa gástrica; Favorece a formação de complexos 
com os alimentos. 
Comprimidos: Podem ter/ser: sublinguais; comuns (sem revestimento); revestidos; drágeas (revestimento açucarado); revestimentoentérico; 
retard (liberação controlada) 
Cápsulas: Podem ser duras ou moles. Seu conteúdo, invólucro, ou ambos, contêm adjuvantes ou são preparados de tal modo que são 
susceptíveis de modificar a velocidade ou o lugar de liberação de substâncias medicamentosas. 
Supositórios: São preparações sólidas de forma, consistência e volume adaptados à administração por via retal. Sofrem desagregação à 
temperatura corporal. Os excipientes utilizados são hidrossolúveis (gelatina glicerinada, polietilenoglicóis) ou apresentam baixo ponto de fusão 
fundindo à temperatura corporal (manteiga de cacau). 
Pastosos: Cremes, Pomadas, Unguentos, cataplasma ou Emplasto. 
Preparações de consistência semi-sólidas com a finalidade de exercerem uma ação local ou de promoverem a penetração percutânea. São 
obtidos por incorporação de princípios medicamentosos em excipientes hidrodispersíveis, como a glicerina gelatinada, e menos vezes em 
excipientes lipofílicos. 
Fluidos: Aquosas, Oleosas, Suspensão, Emulsão, Xarope, Elixir. Líquidas 
Gasosos e Voláteis 
Outros: - Dispositivos intradérmicos, DIU 
Grau de ionização: 
Quando o pkA é baixo o fármaco se comporta como um ácido fraco; quando o pKa é alto, comporta-se como uma base fraca. 
Ácido fraco  Fármaco ácido é melhor absorvido em meio ácido 
Base fraca  Fármaco básico é melhor absorvido em meio básico. 
Caso adquiram carga, há uma diminuição da absorção. Ex: fármaco ácido em meio básico se torna parcialmente ionizado, dificultando a sua 
absorção. 
 Assim em casos de intoxicação por fármaco ácido, pode-se administrar, por exemplo, bicarbonato, a fim de aumentar o ph da urina 
e fazer com que o fármaco ao invés de ser absorvido seja eliminado. 
 No caso de intoxicação por fármaco básico, pode-se administrar cloreto de amônio, para diminuir o ph e eliminar o fármaco 
Lipossolubilidade, tamanho e carga da molécula: 
Fármacos lipossolúveis atravessam a membrana plasmática mais facilmente, assim como os fármacos pequenos. Quanto menor a carga elétrica 
do fármaco, maior é a permeabilidade pelos compartimentos 
 
 
Vantagens: Rapidez de absorção no TGI; Facilidade de deglutição Homogeneidade na dose; Flexibilidade de doses. 
Desvantagens: Dificuldade de acondicionamento e transporte; apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica, do que as 
formas sólidas; A solubilização realça o sabor do fármaco, para princípios ativos com sabor desagradável; Variação na dose final.

Outros materiais