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Luísa Bombassaro – Medicina UFR – Turma 4 ―Convulsão febril― DEFINIÇÕES ✓ Geralmente de 6m a 5 anos – pico: 14 a 18m ✓ Febre abrupta > 39ºC ✓ Criança sem antecedentes patológicos ✓ Crise convulsiva por doença febril – sem infecção no SNC e sem distúrbio metabólico PATOGÊNESE ✓ Imaturidade do SNC ✓ Herança familiar – risco 3 a 4x maior quando um dos pais ou irmão teve cf na infância ✓ Geralmente acontece no início de uma doença febril – geralmente é viral QUADRO CLÍNICO ✓ Simples: o Tônico clônica generalizada o Dura < 15 minutos o Período pós ictal: sonolência breve o Sem recorrência o Baixo risco de epilepsia ✓ Complexa: o Focal o Dura > 15 minutos o Pós ictal: sonolência não tão breve ou déficit focal o Pode haver crises repetidas em 24 horas o Tem maior risco de epilepsia FATORES DE RISCO DE RECORRÊNCIA ✓ Crise febril complexa ✓ Temperatura baixa na crise ✓ Primeira crise com menos de 1 ano ✓ Sexo masculino ✓ Antecedente familiar FATORES DE RISCO DE EPILEPSIA ✓ Crise complexa ou recorrente ✓ Atraso no desenvolvimento neuropsiomotor ✓ Doença neurológica ✓ Antecedente familiar ✓ Febre com duração < que 1hr antes das crises Obs: avaliação de neuropediatra se esses fatores de risco EXAMES COMPLEMENTARES ✓ Pesquisar foco da febre ✓ Não solicitar de rotina: o coleta de líquor (apenas se suspeita de infecção do SNC – sinais meníngeos, abaulamento da fontanela, <12 meses, vacinação incompleta) o exames de imagem (só se já tiver doença neurologica, crise focal ou com achados focais no pós ictal, alteração do nível de consciência) o eletroencefalograma TRATAMENTO ✓ manejo de crise convulsiva vigente (raro no pronto socorro) – MOV e glicemia capilar; benzodiazepínicos (midazolam/Diazepam) até 3x; se não melhorar: fenitoína/fenobarbital/ácido valproico; se refratário: intubação + uti para infusão contínua de midazolam/tiopental/propofol ✓ orientações familiares (acalmar) – prognóstico bom, 30% de chance de recorrer, antitérmico se febre ✓ profilaxia secundária – apenas se crise febril complexa, se fatores de risco para Luísa Bombassaro – Medicina UFR – Turma 4 recorrência ou se fatores de risco para epilepsia. o Fenobarbital ou ácido valproico de uso contínuo o Benzodiazepínico intermitente: quando inicia a doença febril aguda e manter até 24 horas depois do último pico da febre. (UFF - 2019) Você está de plantão na emergência pediátrica quando chega uma criança de três anos no pós-ictal de uma crise convulsiva generalizada com duração de cerca de 3 minutos. Ao exame: bom estado geral, tosse, febre 38,5°C, exame neurológico normal e sem sinais de irritação meníngea. A mãe refere que o filho já apresentou quadro semelhante com 18 meses de idade. Assinale a alternativa correta. (A) Trata-se de uma criança epiléptica que requer tratamento contínuo com drogas antiepilépticas. (B) Trata-se de convulsão febril benigna e o principal diagnóstico diferencial é a meningite. (C) Nas convulsões febris, os exames de neuroimagem devem sempre ser realizados, pois fornecem informações que interferem no estabelecimento do prognóstico e na decisão terapêutica. (D) As convulsões febris benignas ocorrem somente em crianças com febre acima de 39°C. (E) Deve ser administrado diazepam imediatamente.
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