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Bianca Cardoso e Santos SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS Isquemia é o desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. Diminuição da oferta ou aumento do consumo.Há perda de função celular Principal etiologia de doença isquêmica do miocárdio é aterosclerose de coronárias, sendo as demais causas (embolia, vasculite..) bastante incomuns Pode ser assintomática: paciente possui os fatores de risco, mas os indícios de isquemia só são detectados através de exames complementares. É imperativo convencer essas pessoas a realizarem tto para controlarem os fatores de risco Forma aguda: SCA. Paciente evolui em curto espaço de tempo com sinais e sintomas de isquemia progressiva, que se manifesta em repouso. Causa: instabilidade da placa de ateroma que sofre rupturas, originando um trombo (constituído de plaquetas e fibrina). Há 3 tipos: angina instável, IAM sem supra de ST, IAM com supra de ST A forma crônica se manifesta por pacientes com sinais de isquemia durante esforço, mas em repouso, não manifesta sinais e sintomas. Não há instabilidade da placa de ateroma, mas esta é grande o suficiente para obstruir o lúmen coronariano produzindo isquemia em face de um aumento na demanda miocárdica Aterosclerose coronária IAM na região suprida pelo vaso doente. Pode evoluir para complicações elétricas, como FV/TV ou complicações mecânicas, como ruptura de septo interventricular FISIOPATOLOGIA: o miocárdio tem alta taxa de O2 e, por isso, é susceptível à isquemia. A única forma de aumentar o aporte de O2 para o miocárdio é aumentando o fluxo de sangue pelo leito coronário. Isso acontece às custas da reserva coronariana, que são arteríolas pré capilares que se dilatam de acordo com a necessidade. As oclusões hemodinamicamente significativas (>50% do lúmen) vão gradativamente acabando com essa reserva. Se a obstrução for grave, mesmo com a vasodilatação máxima, o fluxo não será suficiente para suprir a necessidade de O2. Se a coronária não for reperfundida a tempo, a isquemia vai virar infarto. Determinantes de demanda miocárdica de O2: 1-FC 2-contratilidade 3- tensão na parede ventricular. Determinantes de aporte miocárdico de O2: 1-conteúdo arterial de O2 (depende da fração de O2 no ar inspirado e da função pulmonar) 2-fluxo coronariano (a perfusão do leito coronariano ocorre na diástole-relaxamento cardíaco, pois na sístole, a microcirculação é comprimida o que acelera a saída do sangue pelo lado venoso) Pode haver união de fatores que aumentam demanda (HAS descontrolada, hipertrofia de VE) com fatores de diminuição do conteúdo arterial de O2, como na intoxicação por MO, carboxihemoglobina. CONSEQUENCIAS: os cardiomiócitos isquêmicos levam à perda de relaxamento muscular (disfunção diastólica) que evolui para perda de capacidade contrátil (disfunção sistólica). Hipocinesia: o segmento isquêmico se contrai de forma mais fraca. Acinesia, não se contrai e discinesia, não se contrai e ainda se abaúla em relação aos demais segmentos miocárdicos. Se grande parte da massa ventricular se torna isquêmica, a contratilidade global diminui e o paciente evolui para IC aguda Bianca Cardoso e Santos Se os músculos papilares forem afetados, a mitral não se fecha adequadamente e evolui para isuficiência mitral Primeiros sinais de isquemia: alterações na repolarização ventricular: onda T alta, pontiaguda e simétrica e onda T invertida, pontiaguda e simétrica. Isquemia grave: desnivelamento de ST. INFRA: no subendocárdio e SUPRA: parede cardíaca, do endocárdio ao epicárdio. A primeira manifestação pode ser a morte súbita devido à fibrilação ou taquicardia ventricular sem pulso – erros eletrofisiológicos ANGINA ESTÁVEL Forma sintomática crônica Isquemia transitória, esforço induzida, que melhora com repouso Causada por obstrução hemodinâmica de mais de 50% do lúmen de uma ou mais coronárias epicárdicas por placas de ateroma estáveis (de superfície íntegra, sem formação de trombos) DOR ANGINOSA EM >50A É DOENÇA CORONARIANA ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO Coexistência dos 3 sinais: Sensação de aperto, peso ou pressão retroesternal (às vezes, queimação ou pontada) Início durante esforço físico ou emoções Alívio após repouso ou nitrato sublingual Localização do desconforto: esfrega a mão sobre o esterno com punho cerrado no meio do peito- SINAL DE LEVINE Se há apenas 01 dos sinais, o desconforto é não anginoso e o paciente delimita bem o local, como apontando para região inframamária Mulheres, idosos, diabéticos têm sinais e sintomas não típicos. Têm equivalentes anginosos:queixas de consequência da isquemia, como por exemplo dispnéia (queda da fração de ejeção de VE leva a congestão pulmonar), fadiga/tontura/sensação de desmaio, sopro de regurgitação mitral. A dor pode irradiar para qualquer parte do corpo entre mandíbula e umbigo, incluindo o dorso. Se irradia para trapézio: fala mais a favor de pericardite A angina pode ser desencadeada também por decúbito, despertando o paciente no meio da noite. Isso porque o retorno venoso aumenta, aumentando pré carga ventricular e o trabalho miocárdico. ATEROSCLEROSE: com frequência, no exame clínico, encontra-se claudicação intermitente (pct com aterosclerose em MMII), histórico de AVE, massa abdominal pulsátil (aneurisma de aorta) FR Bianca Cardoso e Santos AO EXAME: pode ter exame normal quando em repouso. Se em crise anginosa: EXAMES COMPLEMENTARES Exames laboratoriais gerais, com adendo para a solicitação de Proteína C Reativa, pois quanto mais “inflamado” o paciente, mais instável ECG de repouso: pode estar normal na angina estável. Hipertrofia de VE, arritmias são suspeições p angina. Onda Q patológica, indicativa de infarto, mostra zona de miocárdio inativo Testes provocativos, que testam o coração quando em aumento de demanda. Teste ergométrico. IAM SEM SUPRA ST é oclusão subtotal de coronária, causada por trombos brancos (ricos em plaquetas), causada por fissuras superficiais à placa, corresponde à maioria dos casos. IAM COM SUPRA ST é associado à oclusão total de uma coronária, relacionada com trombos vermelhos (ricos em fibrina). IAM COM SUPRA ST Causados pela oclusão aguda nas coronárias epicárdicas por aterotrombose (placa de ateroma que forma um trombo logo acima, pois sofreu ruptura). Rupturas mais profundas com maior exposição de conteúdos fibrinogênicos originam trombos vermelhos (coágulos de fibrina) IAM ST A primeira consequência da cascata isquêmica após oclusão coronariana total é o déficit contrátil segmentar na forma de acinesia ou discinesia, facilmente visualizados ao ECOcardiograma. Bianca Cardoso e Santos Se a isquemia for até 25% do miocárdio de VE, instala-se insuficiência ventricular esquerda (aumento de pressão de enchimento ventricular) que pode evoluir para edema agudo de pulmão Se em mais de 40%, risco de choque cardiogênico (altas pressões de enchimento + baixo débito, com hipoperfusão tecidual generalizada) SURGIMENTO DE B4 É REGRA NO IAM, por ocorrência de disfunção diastólica (déficit de relaxamento, com redução de complacência ventricular- ventrículo duro) Mesmo que não haja necrose, o miocárdio pode levar um tempo para se normalizar após reperfusão bem sucedida, mantendo a disfunção ventricular mas evoluindo bem A necrose pode ocupar toda a parede (transmural) O que determina uma evolução ou não para necrose, é a capacidade da rede de colaterais, MVO2 do miocárdio (consumo de oxigênio do miocárdio) em sofrimento isquêmico (ex: fase aguda do IAM hiperativa adrenérgicos e aumenta o consumo) e reperfusão precoce (da coronária obstruída com fibrinolíticos endógenos, drogas ou angioplastia) Principal fibrinolítico endógeno: plasminogênio que se converte em plasmina e degrada a fibrina. D dímeroé um produto da reação. Remodelamento cardíaco pós IAM: a região fica maior e mais fina pelo deslizamento das fibras necróticas entre si. O ventrículo se dilata e as áreas não afetadas sofrem hipertrofia na tentativa de manter a fração de ejeção estável. Além disso, mediadores humorais como angiotensina 2 podem ter efeito metabólico tóxico, o que justifica o emprego de IECA em pacientes com disfunção sistólica pós IAM, pois inibe o remodelamento cardíaco reduzindo a pós carga ventricular Sintomas: Dor torácica anginosa (precordialgia constritiva) intensa, de longa duração >20min, que não se resolve por completo com nitrato sublingual ou repouso. Dispnéia, náuseas, suor frio, ansiedade e sensação de morte iminente. Dor pode irradiar para epigastro e ser confundida com indigestão, dorso (DD com dissecção aórtica), MMSS e pescoço/mandíbula (sensação de sufocamento) PODE HAVER DOR ATÍPICA Podem haver pródromos (angina instável), desconforto anginoso aos mínimos esforços ou ao repouso EXAME FÍSICO Bradicardia sinusal em fase aguda, taquicardia sinusal HAS, B4. Estertores pulmonares, hipotensão sistólica indicam risco aumentado de evento adverso Isquemia de VE dispneia, ortopneia, estertores pulmonares, B3. Se estertores acima da parte inferior dos terços inferiores do tórax, Edema agudo de pulmão. Sinais de hipoperfusão generalizada – hipotensão, cianose, pulsos finos- CHOQUE CARDIOGÊNICO DD Bianca Cardoso e Santos ECG SOLICITADO E LAUDADO EM MENOS DE 10 MIN Pode indicar o rumo do tratamento: supra de ST pode indicar reperfusão emergencial – coronária fechada tem que ser aberta! Repito a cada 5 min em pacientes com ECG normal que continuam sintomáticos CRITÉRIOS: supra de ST maior ou igual a 1mm em duas derivações contíguas ou bloqueio completo de ramo esquerdo Bianca Cardoso e Santos Bloqueio de ramo: pode ser associado ao IAM. Mas também pode alterar o segmento ST e confundir o diagnóstico MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA Bianca Cardoso e Santos Injúria de cardiomiócitos libera macromoléculas para o interstício.São absorvidos pelo sistema linfático, e se houver reperfusão, o retorno do fluxo remove as moléculas, gerando a curva. São utilizados TROPONINA T E CKMB Ck é enzima presente em todos os músculos. CKMB é a isoforma predominante no miocárdio. Mioglobina: proteína do citoplasma dos miócitos com rápda ascensão de níveis séricos após lesão muscular – uso valor preditivo negativo. Se baixo, dificilmente será IAM Troponinas cardioespecíficas: constituintes dos sarcômeros, sendo a trop1 e tropT exclusivas de tecidos cardíacos. Se elevam 4-8H após inicio dos sintomas. NMN DE ESCOLHA LOCALIZAÇÃO DO IAM Padrão ouro: ecocardiograma bidimensional. Avalia também tamanho do infarto, as funções ventriculares com cálculo de fração de ejeção e complicações como insuficiência mitral e CIV ECG TRATAMENTO Se supra: indicada reperfusão emergencial – trombólise química ou angioplastia mecânica. Bianca Cardoso e Santos MONABCH Morfina IV até alívio de dor ou toxicidade – também é vasodilatadora, diminuindo pré carga ventricular.Contraindicada em IAM de parece inferior Oxigênio: congestão pulmonar pde levar à hipoxemia, sat<94% em MAF ou CN. Dosagem seriada de gasometria arterial. Se refratária: VNI ou IOT Nitrato: vasodilatação venosa e arterial, incluindo coronárias. Via sublingual para alívio inicial. São anti hipertensivos nas SCA: IV. CONTRAIND: uso de VIAGRA AAS: dose ataque 300mg e depois 100mg dia para o resto da vida. Bbloqueador: reduzem a FC, inotropismo e PA, aumentam o fluxo na rede colateral. Reduz taxa de fibrilação ventricular e morte súbita.VO. Metoprolol. Clopidogrel:antiplaquetário. Menores de 75 anos recebem dose de ataque. Heparina (enoxiheparina- baixo peso molecular) Terapias de reperfusão: Com trombolíticos – rtPA ou angioplastia com balão com ou sem stent. IAM SEM SUPRA ST Angina instável: acompanhado de pelo menos 1 Surgimento em repouso ou a mínimos esforços, duração de mais de 10min, intenso, início nas últimas 4sem, progressiva Se houver elevação de NMN IAM S ST, se não houver, angina instável.
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