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Propedêutica Cabeça e Pescoço

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Gabi Helena T69 
 
 
 
 
Propedêutica I 
Cabeça e Pescoço 
 
 
 
 
 
 
 Gabi Helena T69 
 
Sumário 
Cabeça e Pescoço ...................................................................................................................1 
Crânio e Face .........................................................................................................................1 
1. Inspeção da cabeça: ....................................................................................................1 
2. Testa .................................................................................................................................2 
3. Sobrancelhas ..................................................................................................................4 
4. Pálpebras .........................................................................................................................5 
5. Conjuntiva palpebral .....................................................................................................6 
6. Globo ocular ...................................................................................................................6 
7. Capacidade Visual ........................................................................................................9 
8. Orelha ............................................................................................................................ 10 
9. Região mastoídea ........................................................................................................ 12 
10. Nariz .............................................................................................................................. 12 
11. Seios paranasais .......................................................................................................... 13 
12. Boca ............................................................................................................................. 13 
13. Músculos da mímica ................................................................................................... 14 
Pescoço ................................................................................................................................ 14 
1. Traquéia ......................................................................................................................... 15 
2. Carótidas ....................................................................................................................... 15 
3. Veias jugulares .............................................................................................................. 16 
4. Fúrcula esternal ............................................................................................................. 17 
5. Tireóide ........................................................................................................................... 17 
7. Linfonodos ..................................................................................................................... 19 
 
 
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 Gabi Helena T69 
CABEÇA E PESCOÇO 
Para essa aula será importante relembrar os pares de nervos cranianos e suas 
inervações 
 
CRÂNIO E FACE 
1. INSPEÇÃO DA CABEÇA: 
1. Posição: 
o Normal: é a posição ereta da cabeça e depende de estruturas do 
pescoço e da tonicidade dos músculos simetricamente ospostos. Os 
mais importantes sendo o trapézio e o esternocleidomastóideo 
(inervados pelo XI) e escalenos e pré-vertebrais (inervados por nervos 
cervicais) 
o Anormal: 
▪ Torcicolos (hipertonia muscular) 
▪ Fibrosites dos músculos impotantes na sustentação 
▪ Rigidez nucal (hipertonia da musculatura paravertebral) 
▪ Paralisia de grupos musculares: determina flexão da cabeça 
para o lado oposto 
▪ Alteração na coluna cervical 
▪ Tumorações no pescoço 
2. Movimentos 
o Involuntários: tiques, coréia, tremores, S. Musset e de Felleti 
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o Sinal de Musset: a. vertebral → movimento involuntário da cabeça de 
trás para frente. Ocorre aumento da pressão de pulso que causa 
aumento da amplitude na artéria vertebral , causando o sinal. 
o Sinal de Felleti: aa. carótidas → movimento involuntário da cabeça de 
frente para trás. Ocorre pelo mesmo motivo do sinal de Musset. 
3. Deformidades 
o Microcefálico/ Macrocefálico 
▪ Microcefalia: face > crânio e retardamento mental 
▪ Macrocefalia: crânio > face e aumento do LCE 
4. Forma do crânio (de acordo com o biotipo): a avaliação é feita apenas 
observando o paciente, sem tocá-lo. Medida dos diâmetros horizontais e 
verticais da face 
o Normal: 
▪ Dolicocéfalo: segmento longitudinal > segmento lateral 
▪ Normencéfalo: segmento longitudinal = segmento lateral 
▪ Braquicéfalo: segmento longitudinal < segmento lateral 
o Displásicos: crânio maior ou menor que outros segmentos corporais, não 
apresentando relação com o biotipo 
5. Saliências ou depressões: tumores, hematomas, fontanela, afundamentos, 
trauma... (inspecionando e palpando) 
6. Estado do couro cabeludo: lesões, parasitoses (inspecionando e palpando) 
7. Estado do cabelo: variam em distribuição, cor, consistência e conforme raça, 
sexo, idade 
8. Pesquisa de dor periostal: realizada através da percussão (exercer pressão na 
região mastoídea) 
2. TESTA 
• Corresponde à face anterior do osso frontal e suas partes moles. Limites: 
o Linha supra-orbitária 
o Implantação cabelos 
• Inspeção estática (apenas observação) 
o Rugas de expressão: analisar se está presente nos dois lados 
o Lesões, cicatrizes 
• Inspeção dinâmica (analisa, ainda, sem encostar no paciente, a dinâmica da 
musculatura da face) 
o Pedir para o paciente enrugar a testa, franzir o cenho e mexer os lábios 
para averiguar possíveis acometimentos do nervo facial (VII par) pois 
podem gerar paralisias 
• Palpação 
o Verificação caracteres das lesões, dor (seio frontal) 
o Exercer a mesma pressão que foi utilizada na avaliação da região 
mastoídea, para avaliação de dor no seio frontal que pode ser 
indicativo de sinusite 
o Primeiramente é analisado o seio frontal e em seguida os seios 
etmoidais e maxilares também podem ser avaliados 
o Seio frontal: palpar com a polpa do polegar a região da testa, 
enquanto a outra mão sustenta a cabeça. Fazer um lado de cada vez 
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o Seio maxilar: palpar com a polpa do polegar a região lateral do nariz, 
abaixo dos olhos, enquanto a outra mão sustenta a cabeça. Fazer um 
lado de cada vez 
o Seio etmoidal: palpar com a polpa do dedo mínimo a região lateral do 
nariz exatamente ao lado dos olhos, enquanto a outra mão sustenta a 
cabeça. Fazer um lado de cada vez 
• A avaliação da testa é muito importante para diferenciar os tipos de paralisia 
facial. Lembrando que o nervo responsável pela mímica facial é o nervo facial 
(VII par) e seus ramos são: 
o Temporal 
o Zigomático 
o Bucal 
o Marginal da mandíbula 
o Cervical 
PARALISIAS: (prova) 
 
 
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Paralisia Periférica 
• Lesão do nervo facial após a emergência do crânio 
• A paralisia atinge toda a hemiface 
• Paralisia homolateral à lesão 
• Testa afetada 
• Sinal de Bell: olho não fecha (lagoftalmia) e globo ocular vira para cima 
• Lesão no núcleo motor do nervo facial ou infranuclear 
• Menos grave, por causas idiopáticas, virais, traumas, diabetes 
• A paralisação ocorre de forma homolateral, mas o enrugar do rosto ocorre do 
lado contralateralmente 
• Lesão do orbicular: incapacidade de fechar os olhos com força e os olhos 
acabam ficando um pouco abertos 
• Todos os ramos do facial são afetados 
• Testa enrugada só de um lado 
Paralisia Central 
• Lesão do nervo facial enquanto dentro do crânio 
• Paralisia atinge apenas metade inferior da hemiface 
• Paralisia contralateral à lesão (devido ao cruzamento das fibras) 
• Testa não afetada: os ramos do nervo facial que inervam a testa recebem 
informações dolado direito e esquerdo (cruzamento supranuclear) 
• Lesão supra nuclear (no trato córtico-nuclear) 
• Mais grave, tendo como causas AVC, tumores... 
• Testa inteira enrugada 
Obs: 
• A rima da boca desvia para cima do lado não acometido, pois a inervação 
continua intacta e os músculos mantêm sua função 
• A sensibilidade da face fica inalterada, uma vez que é inervada pelo nervo 
trigêmeo 
(!!) Lembrar que o enrugar é sadio 
3. SOBRANCELHAS 
 Pelos dispostos em arco 
 Mantém características hereditária quanto a: 
o Forma 
o Cor 
o Quantidade 
 Falhas: 
o Alopécia - genética 
o Cicatricial 
o Lepra: madarose caudal 
 
 
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4. PÁLPEBRAS 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
 Paciente com os olhos fechados: analisar a superfície externa e perceber se 
elas abaixam completamente ou não, se há presença de lesões ou cicatrizes e 
a implantação dos cílios 
 A borda palpebral deve estar em justaposição ao globo, e não invertida 
(entrópio: cílios arranham) ou evertida (ectóprio: falta lubrificação) 
 Verificar presença de lesões de herpes zoster quando ramo oftálmico do nervo 
trigêmeo é atingido (V facial) 
 No local de implantação dos cílios, deve-se investigar hiperemia, escamas e 
úlceras, alterações comuns nas blefarites 
o Triquíase: voltados para dentro 
o Madarose: houve queda 
o Poliose: tornaram-se brancos 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
 Explora-se a motilidade da pálpebra 
1. Pedir para fechar os olhos: avaliação do m. orbicular do olho (nervo facial -VII). 
Fechamento deve ser completo e simétrico 
o Problema: lagoftalmia 
2. Pedir para abrir os olhos: avaliação do m. elevador da pálpebra (nervo 
oculomotor - III). Abertura deve ser completa e simétrica 
o Problema: pitose 
Lembrando... 
 Orbicular: formado de fibras estriadas e inervado pelo facial (VII par), faz a 
oclusão da pálpebra 
 Elevador da pálpebra superior: de fibras estriadas, é inervado pelo nervo 
oculomotor (III par) 
 Músculo Tarsal de Müller: constituído de fibras lisas e inervado pelo simpático, 
participa da elevação palpebral involuntária 
PALPAÇÃO 
 Verificar presença de dor e edema palpebral 
o Técnica para edema: pinça-se a pálpebra entre o polegar e o 
indicador. Normalmente resultado de condições patológicas renais (Sd. 
Nefrítica e Sd. Nefrótica) 
o *m. elevador da pálpebra superior- n. oculomotor (III) – problema: pitose 
ANAMNESE 
 Crianças: doenças neonatais 
 Adolescência vícios de refração 
 Adulto: origem profissional, dacrocitites, presbiopia 
 Idosos: catarata, blefaroptose, lesões degenerativas 
 Sol, profissão, hábitos alimentares (vitamina A), álcool 
 IC órgão dos sentidos 
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 Obs: Pterígeo: membrana na região mais interna dos olhos 
CONDIÇÕES PATOLÓGICAS 
 Blefaroptose (ptose): pálpebra caída devido à paralisia no m. elevador da 
pálpebra superior, inervado pelo n. Oculomotor (III). 
 Estrabismo: desvio ocular (pode ser entrópio - borda palpebral virada para 
dentro - ou ectrópio - borda palpebral virada para fora (falta de lubrificação) 
 Lagoftalmia: fechamento incompleto dos olhos (problema no músculo orbicular 
ou no nervo facial) 
 Hordéolo: é uma infecção estafilocócica das glândulas palpebrais 
caracterizada por dor, hiperemia e edema. É um abscesso, pois há formação 
de pus dentro da glândula afetada. Pode ser interno o externo (terçol) 
 Calázio: constitui a causa mais comum de tumoração palpebral. É uma 
inflamação granulomatosa crônica da glândula meibomiana, de causa 
desconhecida. Caracteriza-se por edema localizado na pálpebra superior ou 
inferior, sem sinais inflamatórios 
 Xantelasma: placas amareladas, ovais e salientes situadas em 1 ou ambos os 
olhos, pelo acúmulo de ésteres de colesterol 
 Epicanto: é uma dobra da pele que começa na pálpebra superior e projeta-se 
medialmente, cobrindo o canto interno do olho 
 Conjuntivite: inflamação da conjuntiva palpebral ou outras conjuntivasque 
recobrem o olho 
 Triquíase: implantação anormal dos cílios, provoca irritação da conjuntiva e 
córnea 
 Catarata: opacificação do cristalino 
5. CONJUNTIVA PALPEBRAL 
 Analisa-se a umidade, coloração e a integridade 
 Técnica: tração das pálpebras inferiores e eversão das pálpebras superiores 
com cotonete ou espátula. Normalmente são róseo-avermelhadas, lisas e 
brilhantes 
 Descoradas – anemia 
 Amareladas – icterícia 
 Arroxeadas – cianose 
6. GLOBO OCULAR 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
1. Posição do globo ocular (simetria): 
• Deve-se observar, em primeiro lugar, a separação entre 
as duas cavidades orbitárias 
• Hipertelorismo: grande afastamento entre as cavidades orbitárias 
• Exoftalmia (doença de Graves): protrusão do globo ocular 
• Enoftalmia: retração dos olhos (desidratação) 
• Microftalmia: diminuição do globo ocular. Característico em Rubéola 
Congênita 
• Estrabismos: divergente e convergente 
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2. Conjuntiva ocular: 
• Membrana mucosa, transparente e fina, a qual reveste a esclera até o 
limbo e a superfície posterior da pálpebra 
• Deve estar lisa e brilhante 
• Procurar por homorragias, lacrimejamentos 
• Pode ser nervus pigmentado ou, mais raramente, de lesão maligna 
(melanoma) 
• Pinguécula: área elevada de cor amarelada de cada lado do limbo, 
indica degeneração de tecido elástico – não confundir com neoplasia 
• Quemose: edema da conjuntiva 
• Conjuntivite: processo inflamatório que torna a conjuntiva avermelhada 
(hiperemiada) – bacteriana, viral ou alérgica 
• Pterígeo: prega conjuntiva que pode crescer sobre a córnea e dificultar a 
visão 
• Icterícia: conjuntiva amarelada por deposição de bilirrubina 
• Xeroftalmia: falta de brilho da conjuntiva em razão da menor secreção de 
lágrimas por hipovitaminose A 
3. Esclera: 
• Região branca do globo aonde se inserem os músculos extrínsecos 
• Sempre lembrando de respeitar as faixas etárias e raças dos pacientes 
• Tem cor normal branco-porcelana 
• Pode apresentar pontos pretos que são genéticos 
• A cor pode modificar-se por depósitos de pigmentos (icterícia, melanose 
ocular) 
4. Córnea 
• membrana que recobre a íris e dá a coloração 
• Deve-se primeiro analisar o tamanho 
o Megalocórnea: glaucoma congênito 
o Microcórnea faz pensar em rubéola 
• Verificar opacificação e irregularidades epiteliais 
5. Íris 
• Pinguicéla: deposição de lípides na borda externa da íris (amarelada) 
6. Pupila 
• 2 a 4 mm/ 3 a 5 mm, redondas, localizadas centralmente e na maioria das 
vezes são simétricas 
• Midríase (aumentada): > 7 
o Contração do músculo 
o Excitação do SNP → m. Esfincteriano da Pupila (N. Oculomotor) 
o Paralisia em qualquer nível do trajeto do n. Oculomotor: midríase 
paralítica, pois impede a miose 
• Miose (diminuída): < 2 
o Excitação do SNS → m. Dilatador da Pupila 
• Alterações da pupila: 
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o Ectopia: não localizada na região central 
o Discoria: alterações na forma pupilar (trajeto tortuoso) 
o Anisocoria: diâmetro diferentes entre os 2 lados 
• Reflexos: reflexo fotomotor direto, reflexo fotomotor indireto, reflexo para 
perto... 
7. Cristalino 
• É uma pequena lente transparente situada entre a íris, à frente, e o vítreo, atrás, 
presa ao corpo ciliar por um conjunto de fibrilas 
• Opacificação: catarata 
o Luxação do cristalino: ruptura das fibras zonulares, observado em caso 
de catarata. 
INSPEÇÃO DINÂMICA: 
1. Motricidade ocular: músculos do olho 
• Coloca-se um objeto na frente do paciente (30 cm) e pede que ele o 
acompanhe apenas com os olhos, sem mover a cabeça. Deve-se observar os 
movimentos de adução, abdução, elevação, olhar para baixo, para cima. 
1. Músculo oblíquo superior – troclear (IV par) – desce o olho 
2. Músculo oblíquo inferior – oculomotor (III par) – sobe o olho 
3. Músculo reto superior – oculomotor (III par) – sobe o olho 
4. Músculo reto inferior – oculomotor (III par) – desce o olho 
5. Músculo reto medial – oculomotor (III par) – puxa para a regiãomedial 
6. Músculo reto lateral – abducente (VI par) – puxa para a lateral 
• Quando o oblíquo superior contrai o olho vai para baixo e quando 
o oblíquo inferior contrai o olho vai para cima 
• Lesão do nervo Troclear: acomete o oblíquo superior e o paciente não 
consegue olhar para baixo e para a ponta do nariz → incapaz de descer 
escada 
• Lesão do n. Abducente: acomete o reto lateral → paciente com estrabismo 
convergente 
• Lesão do n. Oculomotor: pode ter estrabismo divergente, ptose e midríase 
paralitica por todas as inervações do III par, porém não necessariamente terá 
os 3, pois há núcleos oculomotores separados. Se o nervo oculomotor estiver 
lesado, a resultante de forças será para o reto lateral e o paciente irá 
apresentar um estrabismo divergente 
• Lesão do n. Abducente: estrabismo convergente 
2. Reflexos pupilares: avalia a movimentação intrínseca 
• Reflexo fotomotor 
o Incide-se uma luz diretamente na pupila a ser examinada, deve 
ocorrer a contração pupilar do mesmo lado 
o A ausência da contração pode refletir lesão III par, n. óptico ou da 
retina 
• Reflexo consensual 
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o Incide-se a luz em uma pupila e observa-se a contração da pupila 
contralateral 
o Se não houver contração contralateral será um problema no nervo 
óptico (conferir) 
o Se incide a luz e não tem nenhuma resposta, pode ser tanto do II 
como no III 
o Óptico integro: resposta dos dois lados 
o Fonte luminosa e não obtem resposta, isso pode indicar um 
problema no II e II par. Para confrimar isso, pegamos essa mesma 
fonte de luz e utilizamos no outro olho, se os reflexos forem todos 
normais vai indicar que o problema era no nervo óptico 
• Reflexo de acomodação à distância 
o Contração da pupila quando se coloca um objeto à curta distância 
do globo ocular 
o O paciente olha para o horizonte e depois para um objeto 
colocado a +/- 30cm na mesma linha do raio visual. 
7. CAPACIDADE VISUAL 
ACUIDADE VISUAL 
• Pesquisa-se colocando letras ou objetos a diferentes distâncias do 
paciente 
CAMPO VISUAL 
 
• Paciente diante do observador a =/- 1/2m de distância 
• O paciente e o observador fecham os olhos situados na mesma direção, o 
outro olho é fixado num ponto, aproxima-se então um objeto da periferia para 
o centro (sup., inf., ext., int.) 
• Quadrantopsia: perda de 1 quadrante do campo visual 
• Hemianopsia: perda de 1 metade (pode ser lateral ou medial) 
• O nervo envolvido é o óptico 
Branco: campo visual preservado 
Preto: acometido 
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FUNDO DE OLHO 
• Normal: observar um reflexo vermelho (clarão pupilar) 
• Técnica: 
o A pupila deve estar dilatada 
o Posicionar o oftalmoscópio no olho a ser examinado 
(sempre analisar olho direito com olho direito) 
o Deve-se entrar com o sistema de ângulo de 45º do olho. 
Acertando a pupila, aproxima-se até ver uma região 
avermelhada (retina), distinguindo um vaso 
o Observar qual lado o vaso se torna mais calibroso e 
acompanhá-lo a fim de chegar na papila 
▪ A proporção do diâmetro é 3 (vênula) : 2 (arteríola) 
• É necessário identificar as artérias e veias 
o Artérias: vermelho-claras 
o Veias: vermelho-escuras 
o A proporção do diâmetro é 3 (vênula) : 2 (arteríola) 
• Trajeto retilíneo dos vasos 
• No escuro o exame de fundoscopia é melhor sucedida. No entanto, perde-se o 
parâmetro de anisocoria que é um importante sinal neurológico da integridade 
do III par 
• Obervar: 
o Cruzamento em ângulo agudo 
o Ausência de estreitamento venular causado pelo cruzamento 
o Ausência de hemorragias e exsudatos 
• Exame importante no diagnóstico de HAS, DM, HIC → a papila perde a nitidez 
 
8. ORELHA 
EXTERNA 
• Avaliar a forma, o tamanho e a cor do pavilhão auricular, observando se há 
malformações 
• Meato acústico externo: procurar por edema, secreções, descamações, 
sangue ou cerume, corpo estranho, escoriações ou alterações na estrutura 
(estreitamento, abaulamento e deformidades) 
• Avaliação do conduto auditivo: descamação, hiperemia, edema no conduto 
auditivo 
 
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MÉDIA 
• Avaliação da membrana timpânica 
o Brilhante, lisa, plana e com formato arrendodado 
o Triângulo luminoso de Politzer: região anterior que reflete a luz do 
otoscópio 
o Sem vasos visíveis 
o Cabo do martelo disposto em sentido vertical, e sua porção inferior fica 
ligeiramente inclinada para trás, terminando no umbus ou umbigo, 
parte mais côncava da membrana timpânica. 
• Técnica: tracionar a orelha do paciente para trás e para cima e introduzir o 
aparelho um pouco inclinado, observar no otoscópio desde então a fim de 
não machucar o conduto. Ao final do túnel será possível enxergar, por 
translucidez, o cabo do martelo e um triângulo luminoso (significa que a m.t. 
está saudável) 
INTERNA 
• Percepção do som (cóclea) → Manobras: Rinne / Weber (diapasão) 
• Equilíbrio (ap. vestibular) 
o Marcha 
o Romberg (teste será visto em neuro) 
o Nistagmo 
• Avalia-se o nervo: vestibulococlear (VIII par) 
• Teste de Rinne: Permite comparar a audição por vias óssea e aérea. O 
diapasão é colocado na apófise da mastoide do paciente até 
o desaparecimento da percepção sonora; em seguida é colocado na região 
anterior ao trago, sem tocá-lo 
o Em indivíduos com audição normal a via respiratória é mais sensível à 
percepção sonora do que a via óssea, ou seja, a percepção do som 
ainda ocorre quando o diapasão estiver localizado à frente do trago 
(Rinne positivo) 
 
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• Teste de Weber: O diapasão é colocado na linha média do crânio do 
paciente, na testa, glabela ou incisivos centrais superiores ou inferiores. O 
paciente deve informar se escutou o som na linha média, na orelha direita ou 
na esquerda 
 
9. REGIÃO MASTOÍDEA 
INSPEÇÃO 
• Procurar sinais flogísticos (dor, calor, edema, rubor) 
• Boa abertura da ATM: quando o paciente consegue colocar 3 dedos dentro 
da boca. A ATM deve ser investigada em casos de cefaléia (já acorda com 
dor) 
PALPAÇÃO 
• Pressão com o polegar ou com o indicador sobre o processo mastóide 
o Dor (Mastoidites) 
o A crepitação pode ser fisiológica, mas a dor sempre é patológica. A 
crepitação pode se dar pela má oclusão dentária 
o Comparação da pressão que deverá ser exercida em outros locais a 
fim de não causar dor 
10. NARIZ 
• Inspeção, palpação, rinoscopia anterior 
INSPEÇÃO 
• Análise da pirâmide nasal: detectar dismorfias, distúrbios de desenvolvimento e 
desvios; sinais sugestivos de processos infecciosos: hiperemia, edema e 
abaulamento; presença de traço sobre o dorso nasal denominado “saudação 
alérgica” que pode estar presente em pacientes com rinite 
• Verificar presença de secreção (aquosa, purulenta, sanguinolenta) e lesões 
nasais 
• Com o auxílio de uma lanterna, observar a entrada do meato nasal e avaliar 
as características da mucosa: cor vermelho-opaca, úmida, com superfície lisa 
e limpa 
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11. SEIOS PARANASAIS 
 
INSPEÇÃO 
• Observar a pele (lesões, cicatrizes, nódulo, edema) 
PALPAÇÃO 
• Pesquisa de dor. Palpar (um lado de cada vez) com os polegares no frontal e 
maxilares e com o 5º dedo no etmoidal 
• O seio esfenoidal não é acessível 
• Colocar uma mão como anteparo 
• Sintomas de sinusite: dor à palpação, em peso, piora ao abaixar, congestão 
nasal, rinorreia unilateral (bilateral mas é menos frequente), febre, tosse noturna 
(gotejamento posterior, aumenta muito quando deita). Faz-se a oroscopia 
para comprovar o gotejamento posterior 
12. BOCA 
• Orgão cavitário situado na região anterior da face 
INSPEÇÃO 
• São necessários espátula e lanterna 
• Deve-se remover próteses: podem esconder lesões neoplásicas 
• Verificar de fora para dentro, de cima para baixo 
• Observar: 
o Lábios 
o Bochechas 
o Sulcos gengivojugais 
o Gengivas 
o Mucosas: integridade, umidade e coloração (labiobucal, gengivojugal, 
jugal, gengival, lingual e sublingual) 
o Dentes:contá-los (normal são 32: 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 
12 molares) 
o Língua: avaliar integridade, motricidade, aspecto e coloração 
o Soalho da boca: avaliar frênulo da língua, carúncula sublingual e 
abertura do ducto das glândulas submandibular e sublingual 
o Palato duro e mole: avaliar cor, forma, integridade e motricidade 
o Orofaringe e garganta: avaliar coloração, integridade e forma das 
estruturas; procurar gotejamento posterior 
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o Glândulas salivares: As glândulas parótida e sublingual não são 
palpáveis. A submandibular pode ser palpável 
▪ Parótida: ducto desemboca no 2º molar superior 
• Edemaciada (Caxumba): desaparece o ângulo da 
mandíbula 
▪ Sublinguais: ductos com várias aberturas na mucosa sublingual 
▪ Submandibulares: ducto abre na carúncula sublingual, ao lado 
do frênulo da língua 
• Leucoplasia: é uma mancha ou placa branca, com bordas irregulares, 
firmemente aderida a uma mucosa, geralmente na boca ou na vagina. É uma 
lesão pré-maligna, geralmente causada por tabagismo e etilismo. 
13. MÚSCULOS DA MÍMICA 
• Paralisia Facial (central e periférica) 
• Músculos da face – mastigação 
o M. masseter e temporal: Movimentos de elevação, lateralização e 
protusão da mandíbula 
o São inervados pelo trigêmeo. Palpáveis durante mastigação. Em caso 
de lesão há queda da mandíbula ou desvio lateral. 
• Semiotécnica 
o Movimentos de levantamento, lateralização e protrusão da mandíbula 
o Palpação do masseter e temporal 
• Técnica: Pedir para abrir a boca em seu grau máximo. O examinador deve 
conseguir colocar as falanges distais dos dedos indicador, médio e anelar para 
que a abertura esteja adequada 
o Articulação temporomandibular (ATM) palpada durante a abertura da 
boca. Se doer ou crepitar, pode ser indicativo de patologia. Músculos 
da mastigação 
PESCOÇO 
• Forma/mobilidade: 7-8 cm de comprimento, com grande mobilidade 
o Rotação, extensão, flexão e lateralização 
• Localização 
• Limites 
• Tipos constitucionais (biotipo) 
o Longilíneos 
o Brevilíneos 
o Normolíneos 
• Simetria/assimetria 
o Normal 
o Lateralizado 
• Pele e tec. Subcutâneo 
o Lesões 
o Pintas, máculas, pápulas.. 
o Edema 
▪ Edema em pelerine: compressão da veia cava superior por 
linfonodos ou tumores, causando turgescência dessa região. 
Podendo acometer a face e a cintura escapular. 
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FACE ANTERIOR 
• Depressão submentoniana (embaixo do queixo) 
• Saliência da cartilagem tireóide 
• Cartilagem cricóide 
• Músculo Esternocleido (desde o ânfulo da mandíbula até a inserção da 
clavícula) 
• Fossas supraclaviculares 
FACE POSTERIOR 
• Músculo paravertebrais cervicais 
• Trapézios 
• Apófise espinhosa da 7ª vértebra 
• Perfil: lordose fisiológica (concavidade) → tem que existir 
• Em um trauma, por exemplo, pode haver retificação da medula 
o Crianças podem nascer com torcicolo congênito → é uma contração 
do esternocleidomastóideo 
PERFIL 
 
• Lordose fisiológica: discreta curvatura de concavidade posterior. Importante 
pois em caso de trauma (golpe e contragolpe), pode haver retificação de 
coluna cervical, gerando tetraplegia → ela deve existir 
1. TRAQUÉIA 
Localização 
• Normal: linha mediana, inferiormente à laringe, anteriormente ao esôfago e 
superiormente aos brônquios. 
• Desviada 
• O paciente faz uma extensão do pescoço para melhor avaliação da traquéia 
2. CARÓTIDAS 
• Bordo interno do músculo esternocleidomastódeo 
o Passa medialmente ao múculo 
• Do lado direto: saem do tronco braquiocefálico 
• Do lado esquerdo: saem diretamente do arco da aorta 
• Geralmente na altura da cartilagem tireóide 
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 Gabi Helena T69 
 
1. Inspeção: verificar se a pulsação é visível 
2. Ausculta: um lado de cada vez. Raramente escuta-se o pulso, exceto quando 
há alterações, apresentando o som de um sopro 
3. Palpação (caract. Prop. Pulso) 
o Se houve a ausculta de um sopro, com certeza haverá a presença de 
frêmitos 
o Frêmito: sensação vibratória pois o sangue está turbilhando 
o Nunca palpar as duas carótidas ao mesmo tempo, pois pode haver um 
episódio lacunar de hipofluxo cerebral 
3. VEIAS JUGULARES 
 
• 2 de cada lado e trabalhamos com as externas 
• Inicia-se atrás e abaixo do ângulo da mandíbula, desce cruazando o 
esternocleidomastóideo e desemboca nas veias subclávias 
• Turgescência jugular fisiológica: paciente deitado em decúbito pelo (180º) e 
sem travesseiro → evento fisiológico que ocorre pela ausência do componente 
gravidade no auxílio do retorno venoso das áreas cefálicas 
o Paciente normal deitado a 180º - sempre será possível visualizar a jugular 
• Estase jugular: se o paciente for colocado a 45º e a jugular não esvaziar. É 
patológico 
o Semore comparar com o outro lado 
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 Gabi Helena T69 
 
• Manobra de esvaziamento jugular 
o Manobra utilizada para avaliar o grau da estase 
o Coloca-se o dedo indicador abaixo do ângulo da mandíbula e com o 
outro dedo indicador “esvazia-se” a veia jugular e então retira o dedo 
mais baixo (como se fosse esvaziar um canudo) 
o Avaliar até onde o sangue retorna 
o Divisão em terços: 
▪ Inferior (1º) 
▪ Médio (2º) 
▪ Superior (3º) 
o Quanto mais alta pior 
• Sempre dizer se a estase jugular é bi ou unilateral, colocar os terços (ou cruzes 
+/+++ a +++/+++) e pulsação (lembrando que veia não pulsa, mas as vezes 
repercute a pulsação do coração ou da carótida, sendo possível perceber as 
pulsações na jugular) 
o Exemplo: paciente com tumor mediastinal comprimindo as Vv. Cavas, 
ele terá estase bilateral. O ingurgitamento é visível 
o Unilateral: ?? 
o Bilateral e pulsátil: ICC 
4. FÚRCULA ESTERNAL 
• Inspeção 
• Palpação da aorta na fúrcula 
• Ausculta 
o NUNCA, em condições normais, é palpada a parede da aorta 
5. TIREÓIDE 
CARACTERES PROPEDÊUTICOS 
1. Normalmente não visível* e normalmente não palpável (mas pode ser palpável 
em muitos indivíduos normais, sendo o lobo direito com mais frequência) 
2. Localização: entre a 5ª e a 7ª vértebra cervical, abaixo da cartilagem tireóide 
e seu istmo se encontra logo abaixo da cartilagem cricóidea 
3. Tamanho: 3-5cm 
4. Consistência: 
o Fibroelástica (normalmente) 
o Mole 
5. Superfície lisa 
Obs: paciente deveria estar sem o 
travesseiro 
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 Gabi Helena T69 
6. Indolor à palpação 
o Palpação posterior: com o paciente de costas, palpa-se com os 4 
dedos, achando primeiro a cartilagem tireoide e depois a cricoidea. 
Feito isso, empurra-se 
o Encontra a cartilagem tireoide, desce para encontrar a cricoide e 
então há a palpação da glândula 
o Um erro comum na hora da palpação é palpar tecido muscular ou 
adiposo 
7. Móvel a deglutição 
o Imóvel: bócio, neoplasia... 
8. Pulsações: artérias carótidas ou tireóideas (mas normalmente não palpável) 
 
TÉCNICAS DE PALPAÇÃO 
Posterior 
• O examinador localiza-se atrás do paciente, o qual está sentado e realiza a 
palpação com 4 dedos e os polegares fixos na nuca 
• Na região cervical anterior palpa-se até achar a cartilagem tireoide, depois a 
cricóide e deslizar o dedo um pouco para baixo até palpar o istmo da tireoide. 
Empurra-se a traqueia levemente para o lado e então a estrutura torna-se mais 
aparente e a outra mão realizará a palpação. Iniciando na região anterior e 
circundando, seguindo uma hemicircunferência. Fazer em amos os lados 
• É bom pedir para o paciente lateralizar a cabeça para o lado que será 
palpado 
• Não esquecer de pedir para o paciente realizar a deglutição a fim de verificar 
a mobilidade 
Anterior 
• Apoia a mão nos ombros do paciente, mas a palpação é feita somente com o 
polegar 
• Inicia da mesma maneira que a posterior: o examinador deve, na região 
mediana, encontrar a cartilagem tireóidea, depois a cartilagem cricóide e 
então o istmo da tireoide. Com uma mão, empurra-se a traqueia para o lado 
contralateral e com a outra realiza-se a palpação por todo aquele lado.Palpar ambos os lados 
• Pode pedir para o paciente lateralizar a cabeça para o lado que será 
palpado 
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 Gabi Helena T69 
• Não esquecer de pedir para o paciente realizar a deglutição a fim de verificar 
a mobilidade 
7. LINFONODOS 
• Cisterna no quilo: parte um ducto torácico que segue para a veia subclávia 
esquerda. Existe apenas no lado esquerdo 
• A cadeia linfática está presente em toda a circunferência cervical. Assim 
como cadeias que seguem para a região occipital, seguindo para baixo do 
queixo 
CADEIAS LINFONODAIS 
1. Occipitais 
2. Retroauriculares 
3. Preauriculares (anterior e posteriormente) 
4. Submandibulares 
5. Submentonianos 
6. Cervicais anteriores (palpar até a região mediana do pescoço) 
7. Cervicais posteriores (palpar até a região occipital) 
8. Supraclaviculares 
INSPEÇÃO 
• Buscar por lesões, nodulação, edema e algum linfonodo visível 
PALPAÇÃO 
• Pode dar apoio/segurar a cabeça do paciente 
• Deve, primeiramente, ser feita no estilo de dedilhamento com as polpas digitais 
dos dedos indicador, médio e anelar e, depois com microcircunferência 
• Palpar um lado de cada vez, nunca palpando as duas ao mesmo tempo 
• Na submandibular a palma da mão fica para cima 
• O fato de existir um linfonodo em uma cadeia a direita, não significa que deve 
ter um linfonodo em uma cadeia a esquerda 
CARACTERES PROPEDÊUTICOS 
1. Localização 
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 Gabi Helena T69 
o Cadeia e onde está 
2. Tamanho 
o Azeitona, feijão, ervilha... 
o Centímetros 
3. Consistência 
o Inflamatório: fibroelástica 
o Pétrio: tumoral 
o Mole 
4. Coalescência 
o Linfonodos acometidos aglutinados/juntos 
o Vários: tumoral 
o Único: inflamatório 
5. Mobilidade 
o Imóvel: tumoral 
o Móvel: inflamatório 
6. Dor 
7. Alterações da pele sobre o gânglio 
o Geralmente tumorais 
Alterações: 
• Tumor maligno: duro, coalescente, sem mobilidade, indolor, pode ou não 
apresentar alterações tróficas sobre a pele 
• Linfonodo inflamado: fibroelástico ou mole, não coalescente, móvel, doloroso 
• Linfonodo de Virchow: cadeia supraclavicular esquerda, apresentando o sinal 
de Troisier 
o Queixa de região de fossa supraclavicular esquerda abaulada 
o Palpação: apresenta-se como um linfonodo grande e palpável (indica 
neoplasia gástrica) 
• Toda vez que existe um linfonodo a esquerda deve-se pensar em linfonodo de 
Virchow

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