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Gabi Helena T69 Propedêutica I Cabeça e Pescoço Gabi Helena T69 Sumário Cabeça e Pescoço ...................................................................................................................1 Crânio e Face .........................................................................................................................1 1. Inspeção da cabeça: ....................................................................................................1 2. Testa .................................................................................................................................2 3. Sobrancelhas ..................................................................................................................4 4. Pálpebras .........................................................................................................................5 5. Conjuntiva palpebral .....................................................................................................6 6. Globo ocular ...................................................................................................................6 7. Capacidade Visual ........................................................................................................9 8. Orelha ............................................................................................................................ 10 9. Região mastoídea ........................................................................................................ 12 10. Nariz .............................................................................................................................. 12 11. Seios paranasais .......................................................................................................... 13 12. Boca ............................................................................................................................. 13 13. Músculos da mímica ................................................................................................... 14 Pescoço ................................................................................................................................ 14 1. Traquéia ......................................................................................................................... 15 2. Carótidas ....................................................................................................................... 15 3. Veias jugulares .............................................................................................................. 16 4. Fúrcula esternal ............................................................................................................. 17 5. Tireóide ........................................................................................................................... 17 7. Linfonodos ..................................................................................................................... 19 1 Gabi Helena T69 CABEÇA E PESCOÇO Para essa aula será importante relembrar os pares de nervos cranianos e suas inervações CRÂNIO E FACE 1. INSPEÇÃO DA CABEÇA: 1. Posição: o Normal: é a posição ereta da cabeça e depende de estruturas do pescoço e da tonicidade dos músculos simetricamente ospostos. Os mais importantes sendo o trapézio e o esternocleidomastóideo (inervados pelo XI) e escalenos e pré-vertebrais (inervados por nervos cervicais) o Anormal: ▪ Torcicolos (hipertonia muscular) ▪ Fibrosites dos músculos impotantes na sustentação ▪ Rigidez nucal (hipertonia da musculatura paravertebral) ▪ Paralisia de grupos musculares: determina flexão da cabeça para o lado oposto ▪ Alteração na coluna cervical ▪ Tumorações no pescoço 2. Movimentos o Involuntários: tiques, coréia, tremores, S. Musset e de Felleti 2 Gabi Helena T69 o Sinal de Musset: a. vertebral → movimento involuntário da cabeça de trás para frente. Ocorre aumento da pressão de pulso que causa aumento da amplitude na artéria vertebral , causando o sinal. o Sinal de Felleti: aa. carótidas → movimento involuntário da cabeça de frente para trás. Ocorre pelo mesmo motivo do sinal de Musset. 3. Deformidades o Microcefálico/ Macrocefálico ▪ Microcefalia: face > crânio e retardamento mental ▪ Macrocefalia: crânio > face e aumento do LCE 4. Forma do crânio (de acordo com o biotipo): a avaliação é feita apenas observando o paciente, sem tocá-lo. Medida dos diâmetros horizontais e verticais da face o Normal: ▪ Dolicocéfalo: segmento longitudinal > segmento lateral ▪ Normencéfalo: segmento longitudinal = segmento lateral ▪ Braquicéfalo: segmento longitudinal < segmento lateral o Displásicos: crânio maior ou menor que outros segmentos corporais, não apresentando relação com o biotipo 5. Saliências ou depressões: tumores, hematomas, fontanela, afundamentos, trauma... (inspecionando e palpando) 6. Estado do couro cabeludo: lesões, parasitoses (inspecionando e palpando) 7. Estado do cabelo: variam em distribuição, cor, consistência e conforme raça, sexo, idade 8. Pesquisa de dor periostal: realizada através da percussão (exercer pressão na região mastoídea) 2. TESTA • Corresponde à face anterior do osso frontal e suas partes moles. Limites: o Linha supra-orbitária o Implantação cabelos • Inspeção estática (apenas observação) o Rugas de expressão: analisar se está presente nos dois lados o Lesões, cicatrizes • Inspeção dinâmica (analisa, ainda, sem encostar no paciente, a dinâmica da musculatura da face) o Pedir para o paciente enrugar a testa, franzir o cenho e mexer os lábios para averiguar possíveis acometimentos do nervo facial (VII par) pois podem gerar paralisias • Palpação o Verificação caracteres das lesões, dor (seio frontal) o Exercer a mesma pressão que foi utilizada na avaliação da região mastoídea, para avaliação de dor no seio frontal que pode ser indicativo de sinusite o Primeiramente é analisado o seio frontal e em seguida os seios etmoidais e maxilares também podem ser avaliados o Seio frontal: palpar com a polpa do polegar a região da testa, enquanto a outra mão sustenta a cabeça. Fazer um lado de cada vez 3 Gabi Helena T69 o Seio maxilar: palpar com a polpa do polegar a região lateral do nariz, abaixo dos olhos, enquanto a outra mão sustenta a cabeça. Fazer um lado de cada vez o Seio etmoidal: palpar com a polpa do dedo mínimo a região lateral do nariz exatamente ao lado dos olhos, enquanto a outra mão sustenta a cabeça. Fazer um lado de cada vez • A avaliação da testa é muito importante para diferenciar os tipos de paralisia facial. Lembrando que o nervo responsável pela mímica facial é o nervo facial (VII par) e seus ramos são: o Temporal o Zigomático o Bucal o Marginal da mandíbula o Cervical PARALISIAS: (prova) 4 Gabi Helena T69 Paralisia Periférica • Lesão do nervo facial após a emergência do crânio • A paralisia atinge toda a hemiface • Paralisia homolateral à lesão • Testa afetada • Sinal de Bell: olho não fecha (lagoftalmia) e globo ocular vira para cima • Lesão no núcleo motor do nervo facial ou infranuclear • Menos grave, por causas idiopáticas, virais, traumas, diabetes • A paralisação ocorre de forma homolateral, mas o enrugar do rosto ocorre do lado contralateralmente • Lesão do orbicular: incapacidade de fechar os olhos com força e os olhos acabam ficando um pouco abertos • Todos os ramos do facial são afetados • Testa enrugada só de um lado Paralisia Central • Lesão do nervo facial enquanto dentro do crânio • Paralisia atinge apenas metade inferior da hemiface • Paralisia contralateral à lesão (devido ao cruzamento das fibras) • Testa não afetada: os ramos do nervo facial que inervam a testa recebem informações dolado direito e esquerdo (cruzamento supranuclear) • Lesão supra nuclear (no trato córtico-nuclear) • Mais grave, tendo como causas AVC, tumores... • Testa inteira enrugada Obs: • A rima da boca desvia para cima do lado não acometido, pois a inervação continua intacta e os músculos mantêm sua função • A sensibilidade da face fica inalterada, uma vez que é inervada pelo nervo trigêmeo (!!) Lembrar que o enrugar é sadio 3. SOBRANCELHAS Pelos dispostos em arco Mantém características hereditária quanto a: o Forma o Cor o Quantidade Falhas: o Alopécia - genética o Cicatricial o Lepra: madarose caudal 5 Gabi Helena T69 4. PÁLPEBRAS INSPEÇÃO ESTÁTICA Paciente com os olhos fechados: analisar a superfície externa e perceber se elas abaixam completamente ou não, se há presença de lesões ou cicatrizes e a implantação dos cílios A borda palpebral deve estar em justaposição ao globo, e não invertida (entrópio: cílios arranham) ou evertida (ectóprio: falta lubrificação) Verificar presença de lesões de herpes zoster quando ramo oftálmico do nervo trigêmeo é atingido (V facial) No local de implantação dos cílios, deve-se investigar hiperemia, escamas e úlceras, alterações comuns nas blefarites o Triquíase: voltados para dentro o Madarose: houve queda o Poliose: tornaram-se brancos INSPEÇÃO DINÂMICA Explora-se a motilidade da pálpebra 1. Pedir para fechar os olhos: avaliação do m. orbicular do olho (nervo facial -VII). Fechamento deve ser completo e simétrico o Problema: lagoftalmia 2. Pedir para abrir os olhos: avaliação do m. elevador da pálpebra (nervo oculomotor - III). Abertura deve ser completa e simétrica o Problema: pitose Lembrando... Orbicular: formado de fibras estriadas e inervado pelo facial (VII par), faz a oclusão da pálpebra Elevador da pálpebra superior: de fibras estriadas, é inervado pelo nervo oculomotor (III par) Músculo Tarsal de Müller: constituído de fibras lisas e inervado pelo simpático, participa da elevação palpebral involuntária PALPAÇÃO Verificar presença de dor e edema palpebral o Técnica para edema: pinça-se a pálpebra entre o polegar e o indicador. Normalmente resultado de condições patológicas renais (Sd. Nefrítica e Sd. Nefrótica) o *m. elevador da pálpebra superior- n. oculomotor (III) – problema: pitose ANAMNESE Crianças: doenças neonatais Adolescência vícios de refração Adulto: origem profissional, dacrocitites, presbiopia Idosos: catarata, blefaroptose, lesões degenerativas Sol, profissão, hábitos alimentares (vitamina A), álcool IC órgão dos sentidos 6 Gabi Helena T69 Obs: Pterígeo: membrana na região mais interna dos olhos CONDIÇÕES PATOLÓGICAS Blefaroptose (ptose): pálpebra caída devido à paralisia no m. elevador da pálpebra superior, inervado pelo n. Oculomotor (III). Estrabismo: desvio ocular (pode ser entrópio - borda palpebral virada para dentro - ou ectrópio - borda palpebral virada para fora (falta de lubrificação) Lagoftalmia: fechamento incompleto dos olhos (problema no músculo orbicular ou no nervo facial) Hordéolo: é uma infecção estafilocócica das glândulas palpebrais caracterizada por dor, hiperemia e edema. É um abscesso, pois há formação de pus dentro da glândula afetada. Pode ser interno o externo (terçol) Calázio: constitui a causa mais comum de tumoração palpebral. É uma inflamação granulomatosa crônica da glândula meibomiana, de causa desconhecida. Caracteriza-se por edema localizado na pálpebra superior ou inferior, sem sinais inflamatórios Xantelasma: placas amareladas, ovais e salientes situadas em 1 ou ambos os olhos, pelo acúmulo de ésteres de colesterol Epicanto: é uma dobra da pele que começa na pálpebra superior e projeta-se medialmente, cobrindo o canto interno do olho Conjuntivite: inflamação da conjuntiva palpebral ou outras conjuntivasque recobrem o olho Triquíase: implantação anormal dos cílios, provoca irritação da conjuntiva e córnea Catarata: opacificação do cristalino 5. CONJUNTIVA PALPEBRAL Analisa-se a umidade, coloração e a integridade Técnica: tração das pálpebras inferiores e eversão das pálpebras superiores com cotonete ou espátula. Normalmente são róseo-avermelhadas, lisas e brilhantes Descoradas – anemia Amareladas – icterícia Arroxeadas – cianose 6. GLOBO OCULAR INSPEÇÃO ESTÁTICA 1. Posição do globo ocular (simetria): • Deve-se observar, em primeiro lugar, a separação entre as duas cavidades orbitárias • Hipertelorismo: grande afastamento entre as cavidades orbitárias • Exoftalmia (doença de Graves): protrusão do globo ocular • Enoftalmia: retração dos olhos (desidratação) • Microftalmia: diminuição do globo ocular. Característico em Rubéola Congênita • Estrabismos: divergente e convergente 7 Gabi Helena T69 2. Conjuntiva ocular: • Membrana mucosa, transparente e fina, a qual reveste a esclera até o limbo e a superfície posterior da pálpebra • Deve estar lisa e brilhante • Procurar por homorragias, lacrimejamentos • Pode ser nervus pigmentado ou, mais raramente, de lesão maligna (melanoma) • Pinguécula: área elevada de cor amarelada de cada lado do limbo, indica degeneração de tecido elástico – não confundir com neoplasia • Quemose: edema da conjuntiva • Conjuntivite: processo inflamatório que torna a conjuntiva avermelhada (hiperemiada) – bacteriana, viral ou alérgica • Pterígeo: prega conjuntiva que pode crescer sobre a córnea e dificultar a visão • Icterícia: conjuntiva amarelada por deposição de bilirrubina • Xeroftalmia: falta de brilho da conjuntiva em razão da menor secreção de lágrimas por hipovitaminose A 3. Esclera: • Região branca do globo aonde se inserem os músculos extrínsecos • Sempre lembrando de respeitar as faixas etárias e raças dos pacientes • Tem cor normal branco-porcelana • Pode apresentar pontos pretos que são genéticos • A cor pode modificar-se por depósitos de pigmentos (icterícia, melanose ocular) 4. Córnea • membrana que recobre a íris e dá a coloração • Deve-se primeiro analisar o tamanho o Megalocórnea: glaucoma congênito o Microcórnea faz pensar em rubéola • Verificar opacificação e irregularidades epiteliais 5. Íris • Pinguicéla: deposição de lípides na borda externa da íris (amarelada) 6. Pupila • 2 a 4 mm/ 3 a 5 mm, redondas, localizadas centralmente e na maioria das vezes são simétricas • Midríase (aumentada): > 7 o Contração do músculo o Excitação do SNP → m. Esfincteriano da Pupila (N. Oculomotor) o Paralisia em qualquer nível do trajeto do n. Oculomotor: midríase paralítica, pois impede a miose • Miose (diminuída): < 2 o Excitação do SNS → m. Dilatador da Pupila • Alterações da pupila: 8 Gabi Helena T69 o Ectopia: não localizada na região central o Discoria: alterações na forma pupilar (trajeto tortuoso) o Anisocoria: diâmetro diferentes entre os 2 lados • Reflexos: reflexo fotomotor direto, reflexo fotomotor indireto, reflexo para perto... 7. Cristalino • É uma pequena lente transparente situada entre a íris, à frente, e o vítreo, atrás, presa ao corpo ciliar por um conjunto de fibrilas • Opacificação: catarata o Luxação do cristalino: ruptura das fibras zonulares, observado em caso de catarata. INSPEÇÃO DINÂMICA: 1. Motricidade ocular: músculos do olho • Coloca-se um objeto na frente do paciente (30 cm) e pede que ele o acompanhe apenas com os olhos, sem mover a cabeça. Deve-se observar os movimentos de adução, abdução, elevação, olhar para baixo, para cima. 1. Músculo oblíquo superior – troclear (IV par) – desce o olho 2. Músculo oblíquo inferior – oculomotor (III par) – sobe o olho 3. Músculo reto superior – oculomotor (III par) – sobe o olho 4. Músculo reto inferior – oculomotor (III par) – desce o olho 5. Músculo reto medial – oculomotor (III par) – puxa para a regiãomedial 6. Músculo reto lateral – abducente (VI par) – puxa para a lateral • Quando o oblíquo superior contrai o olho vai para baixo e quando o oblíquo inferior contrai o olho vai para cima • Lesão do nervo Troclear: acomete o oblíquo superior e o paciente não consegue olhar para baixo e para a ponta do nariz → incapaz de descer escada • Lesão do n. Abducente: acomete o reto lateral → paciente com estrabismo convergente • Lesão do n. Oculomotor: pode ter estrabismo divergente, ptose e midríase paralitica por todas as inervações do III par, porém não necessariamente terá os 3, pois há núcleos oculomotores separados. Se o nervo oculomotor estiver lesado, a resultante de forças será para o reto lateral e o paciente irá apresentar um estrabismo divergente • Lesão do n. Abducente: estrabismo convergente 2. Reflexos pupilares: avalia a movimentação intrínseca • Reflexo fotomotor o Incide-se uma luz diretamente na pupila a ser examinada, deve ocorrer a contração pupilar do mesmo lado o A ausência da contração pode refletir lesão III par, n. óptico ou da retina • Reflexo consensual 9 Gabi Helena T69 o Incide-se a luz em uma pupila e observa-se a contração da pupila contralateral o Se não houver contração contralateral será um problema no nervo óptico (conferir) o Se incide a luz e não tem nenhuma resposta, pode ser tanto do II como no III o Óptico integro: resposta dos dois lados o Fonte luminosa e não obtem resposta, isso pode indicar um problema no II e II par. Para confrimar isso, pegamos essa mesma fonte de luz e utilizamos no outro olho, se os reflexos forem todos normais vai indicar que o problema era no nervo óptico • Reflexo de acomodação à distância o Contração da pupila quando se coloca um objeto à curta distância do globo ocular o O paciente olha para o horizonte e depois para um objeto colocado a +/- 30cm na mesma linha do raio visual. 7. CAPACIDADE VISUAL ACUIDADE VISUAL • Pesquisa-se colocando letras ou objetos a diferentes distâncias do paciente CAMPO VISUAL • Paciente diante do observador a =/- 1/2m de distância • O paciente e o observador fecham os olhos situados na mesma direção, o outro olho é fixado num ponto, aproxima-se então um objeto da periferia para o centro (sup., inf., ext., int.) • Quadrantopsia: perda de 1 quadrante do campo visual • Hemianopsia: perda de 1 metade (pode ser lateral ou medial) • O nervo envolvido é o óptico Branco: campo visual preservado Preto: acometido 10 Gabi Helena T69 FUNDO DE OLHO • Normal: observar um reflexo vermelho (clarão pupilar) • Técnica: o A pupila deve estar dilatada o Posicionar o oftalmoscópio no olho a ser examinado (sempre analisar olho direito com olho direito) o Deve-se entrar com o sistema de ângulo de 45º do olho. Acertando a pupila, aproxima-se até ver uma região avermelhada (retina), distinguindo um vaso o Observar qual lado o vaso se torna mais calibroso e acompanhá-lo a fim de chegar na papila ▪ A proporção do diâmetro é 3 (vênula) : 2 (arteríola) • É necessário identificar as artérias e veias o Artérias: vermelho-claras o Veias: vermelho-escuras o A proporção do diâmetro é 3 (vênula) : 2 (arteríola) • Trajeto retilíneo dos vasos • No escuro o exame de fundoscopia é melhor sucedida. No entanto, perde-se o parâmetro de anisocoria que é um importante sinal neurológico da integridade do III par • Obervar: o Cruzamento em ângulo agudo o Ausência de estreitamento venular causado pelo cruzamento o Ausência de hemorragias e exsudatos • Exame importante no diagnóstico de HAS, DM, HIC → a papila perde a nitidez 8. ORELHA EXTERNA • Avaliar a forma, o tamanho e a cor do pavilhão auricular, observando se há malformações • Meato acústico externo: procurar por edema, secreções, descamações, sangue ou cerume, corpo estranho, escoriações ou alterações na estrutura (estreitamento, abaulamento e deformidades) • Avaliação do conduto auditivo: descamação, hiperemia, edema no conduto auditivo 11 Gabi Helena T69 MÉDIA • Avaliação da membrana timpânica o Brilhante, lisa, plana e com formato arrendodado o Triângulo luminoso de Politzer: região anterior que reflete a luz do otoscópio o Sem vasos visíveis o Cabo do martelo disposto em sentido vertical, e sua porção inferior fica ligeiramente inclinada para trás, terminando no umbus ou umbigo, parte mais côncava da membrana timpânica. • Técnica: tracionar a orelha do paciente para trás e para cima e introduzir o aparelho um pouco inclinado, observar no otoscópio desde então a fim de não machucar o conduto. Ao final do túnel será possível enxergar, por translucidez, o cabo do martelo e um triângulo luminoso (significa que a m.t. está saudável) INTERNA • Percepção do som (cóclea) → Manobras: Rinne / Weber (diapasão) • Equilíbrio (ap. vestibular) o Marcha o Romberg (teste será visto em neuro) o Nistagmo • Avalia-se o nervo: vestibulococlear (VIII par) • Teste de Rinne: Permite comparar a audição por vias óssea e aérea. O diapasão é colocado na apófise da mastoide do paciente até o desaparecimento da percepção sonora; em seguida é colocado na região anterior ao trago, sem tocá-lo o Em indivíduos com audição normal a via respiratória é mais sensível à percepção sonora do que a via óssea, ou seja, a percepção do som ainda ocorre quando o diapasão estiver localizado à frente do trago (Rinne positivo) 12 Gabi Helena T69 • Teste de Weber: O diapasão é colocado na linha média do crânio do paciente, na testa, glabela ou incisivos centrais superiores ou inferiores. O paciente deve informar se escutou o som na linha média, na orelha direita ou na esquerda 9. REGIÃO MASTOÍDEA INSPEÇÃO • Procurar sinais flogísticos (dor, calor, edema, rubor) • Boa abertura da ATM: quando o paciente consegue colocar 3 dedos dentro da boca. A ATM deve ser investigada em casos de cefaléia (já acorda com dor) PALPAÇÃO • Pressão com o polegar ou com o indicador sobre o processo mastóide o Dor (Mastoidites) o A crepitação pode ser fisiológica, mas a dor sempre é patológica. A crepitação pode se dar pela má oclusão dentária o Comparação da pressão que deverá ser exercida em outros locais a fim de não causar dor 10. NARIZ • Inspeção, palpação, rinoscopia anterior INSPEÇÃO • Análise da pirâmide nasal: detectar dismorfias, distúrbios de desenvolvimento e desvios; sinais sugestivos de processos infecciosos: hiperemia, edema e abaulamento; presença de traço sobre o dorso nasal denominado “saudação alérgica” que pode estar presente em pacientes com rinite • Verificar presença de secreção (aquosa, purulenta, sanguinolenta) e lesões nasais • Com o auxílio de uma lanterna, observar a entrada do meato nasal e avaliar as características da mucosa: cor vermelho-opaca, úmida, com superfície lisa e limpa 13 Gabi Helena T69 11. SEIOS PARANASAIS INSPEÇÃO • Observar a pele (lesões, cicatrizes, nódulo, edema) PALPAÇÃO • Pesquisa de dor. Palpar (um lado de cada vez) com os polegares no frontal e maxilares e com o 5º dedo no etmoidal • O seio esfenoidal não é acessível • Colocar uma mão como anteparo • Sintomas de sinusite: dor à palpação, em peso, piora ao abaixar, congestão nasal, rinorreia unilateral (bilateral mas é menos frequente), febre, tosse noturna (gotejamento posterior, aumenta muito quando deita). Faz-se a oroscopia para comprovar o gotejamento posterior 12. BOCA • Orgão cavitário situado na região anterior da face INSPEÇÃO • São necessários espátula e lanterna • Deve-se remover próteses: podem esconder lesões neoplásicas • Verificar de fora para dentro, de cima para baixo • Observar: o Lábios o Bochechas o Sulcos gengivojugais o Gengivas o Mucosas: integridade, umidade e coloração (labiobucal, gengivojugal, jugal, gengival, lingual e sublingual) o Dentes:contá-los (normal são 32: 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares) o Língua: avaliar integridade, motricidade, aspecto e coloração o Soalho da boca: avaliar frênulo da língua, carúncula sublingual e abertura do ducto das glândulas submandibular e sublingual o Palato duro e mole: avaliar cor, forma, integridade e motricidade o Orofaringe e garganta: avaliar coloração, integridade e forma das estruturas; procurar gotejamento posterior 14 Gabi Helena T69 o Glândulas salivares: As glândulas parótida e sublingual não são palpáveis. A submandibular pode ser palpável ▪ Parótida: ducto desemboca no 2º molar superior • Edemaciada (Caxumba): desaparece o ângulo da mandíbula ▪ Sublinguais: ductos com várias aberturas na mucosa sublingual ▪ Submandibulares: ducto abre na carúncula sublingual, ao lado do frênulo da língua • Leucoplasia: é uma mancha ou placa branca, com bordas irregulares, firmemente aderida a uma mucosa, geralmente na boca ou na vagina. É uma lesão pré-maligna, geralmente causada por tabagismo e etilismo. 13. MÚSCULOS DA MÍMICA • Paralisia Facial (central e periférica) • Músculos da face – mastigação o M. masseter e temporal: Movimentos de elevação, lateralização e protusão da mandíbula o São inervados pelo trigêmeo. Palpáveis durante mastigação. Em caso de lesão há queda da mandíbula ou desvio lateral. • Semiotécnica o Movimentos de levantamento, lateralização e protrusão da mandíbula o Palpação do masseter e temporal • Técnica: Pedir para abrir a boca em seu grau máximo. O examinador deve conseguir colocar as falanges distais dos dedos indicador, médio e anelar para que a abertura esteja adequada o Articulação temporomandibular (ATM) palpada durante a abertura da boca. Se doer ou crepitar, pode ser indicativo de patologia. Músculos da mastigação PESCOÇO • Forma/mobilidade: 7-8 cm de comprimento, com grande mobilidade o Rotação, extensão, flexão e lateralização • Localização • Limites • Tipos constitucionais (biotipo) o Longilíneos o Brevilíneos o Normolíneos • Simetria/assimetria o Normal o Lateralizado • Pele e tec. Subcutâneo o Lesões o Pintas, máculas, pápulas.. o Edema ▪ Edema em pelerine: compressão da veia cava superior por linfonodos ou tumores, causando turgescência dessa região. Podendo acometer a face e a cintura escapular. 15 Gabi Helena T69 FACE ANTERIOR • Depressão submentoniana (embaixo do queixo) • Saliência da cartilagem tireóide • Cartilagem cricóide • Músculo Esternocleido (desde o ânfulo da mandíbula até a inserção da clavícula) • Fossas supraclaviculares FACE POSTERIOR • Músculo paravertebrais cervicais • Trapézios • Apófise espinhosa da 7ª vértebra • Perfil: lordose fisiológica (concavidade) → tem que existir • Em um trauma, por exemplo, pode haver retificação da medula o Crianças podem nascer com torcicolo congênito → é uma contração do esternocleidomastóideo PERFIL • Lordose fisiológica: discreta curvatura de concavidade posterior. Importante pois em caso de trauma (golpe e contragolpe), pode haver retificação de coluna cervical, gerando tetraplegia → ela deve existir 1. TRAQUÉIA Localização • Normal: linha mediana, inferiormente à laringe, anteriormente ao esôfago e superiormente aos brônquios. • Desviada • O paciente faz uma extensão do pescoço para melhor avaliação da traquéia 2. CARÓTIDAS • Bordo interno do músculo esternocleidomastódeo o Passa medialmente ao múculo • Do lado direto: saem do tronco braquiocefálico • Do lado esquerdo: saem diretamente do arco da aorta • Geralmente na altura da cartilagem tireóide 16 Gabi Helena T69 1. Inspeção: verificar se a pulsação é visível 2. Ausculta: um lado de cada vez. Raramente escuta-se o pulso, exceto quando há alterações, apresentando o som de um sopro 3. Palpação (caract. Prop. Pulso) o Se houve a ausculta de um sopro, com certeza haverá a presença de frêmitos o Frêmito: sensação vibratória pois o sangue está turbilhando o Nunca palpar as duas carótidas ao mesmo tempo, pois pode haver um episódio lacunar de hipofluxo cerebral 3. VEIAS JUGULARES • 2 de cada lado e trabalhamos com as externas • Inicia-se atrás e abaixo do ângulo da mandíbula, desce cruazando o esternocleidomastóideo e desemboca nas veias subclávias • Turgescência jugular fisiológica: paciente deitado em decúbito pelo (180º) e sem travesseiro → evento fisiológico que ocorre pela ausência do componente gravidade no auxílio do retorno venoso das áreas cefálicas o Paciente normal deitado a 180º - sempre será possível visualizar a jugular • Estase jugular: se o paciente for colocado a 45º e a jugular não esvaziar. É patológico o Semore comparar com o outro lado 17 Gabi Helena T69 • Manobra de esvaziamento jugular o Manobra utilizada para avaliar o grau da estase o Coloca-se o dedo indicador abaixo do ângulo da mandíbula e com o outro dedo indicador “esvazia-se” a veia jugular e então retira o dedo mais baixo (como se fosse esvaziar um canudo) o Avaliar até onde o sangue retorna o Divisão em terços: ▪ Inferior (1º) ▪ Médio (2º) ▪ Superior (3º) o Quanto mais alta pior • Sempre dizer se a estase jugular é bi ou unilateral, colocar os terços (ou cruzes +/+++ a +++/+++) e pulsação (lembrando que veia não pulsa, mas as vezes repercute a pulsação do coração ou da carótida, sendo possível perceber as pulsações na jugular) o Exemplo: paciente com tumor mediastinal comprimindo as Vv. Cavas, ele terá estase bilateral. O ingurgitamento é visível o Unilateral: ?? o Bilateral e pulsátil: ICC 4. FÚRCULA ESTERNAL • Inspeção • Palpação da aorta na fúrcula • Ausculta o NUNCA, em condições normais, é palpada a parede da aorta 5. TIREÓIDE CARACTERES PROPEDÊUTICOS 1. Normalmente não visível* e normalmente não palpável (mas pode ser palpável em muitos indivíduos normais, sendo o lobo direito com mais frequência) 2. Localização: entre a 5ª e a 7ª vértebra cervical, abaixo da cartilagem tireóide e seu istmo se encontra logo abaixo da cartilagem cricóidea 3. Tamanho: 3-5cm 4. Consistência: o Fibroelástica (normalmente) o Mole 5. Superfície lisa Obs: paciente deveria estar sem o travesseiro 18 Gabi Helena T69 6. Indolor à palpação o Palpação posterior: com o paciente de costas, palpa-se com os 4 dedos, achando primeiro a cartilagem tireoide e depois a cricoidea. Feito isso, empurra-se o Encontra a cartilagem tireoide, desce para encontrar a cricoide e então há a palpação da glândula o Um erro comum na hora da palpação é palpar tecido muscular ou adiposo 7. Móvel a deglutição o Imóvel: bócio, neoplasia... 8. Pulsações: artérias carótidas ou tireóideas (mas normalmente não palpável) TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Posterior • O examinador localiza-se atrás do paciente, o qual está sentado e realiza a palpação com 4 dedos e os polegares fixos na nuca • Na região cervical anterior palpa-se até achar a cartilagem tireoide, depois a cricóide e deslizar o dedo um pouco para baixo até palpar o istmo da tireoide. Empurra-se a traqueia levemente para o lado e então a estrutura torna-se mais aparente e a outra mão realizará a palpação. Iniciando na região anterior e circundando, seguindo uma hemicircunferência. Fazer em amos os lados • É bom pedir para o paciente lateralizar a cabeça para o lado que será palpado • Não esquecer de pedir para o paciente realizar a deglutição a fim de verificar a mobilidade Anterior • Apoia a mão nos ombros do paciente, mas a palpação é feita somente com o polegar • Inicia da mesma maneira que a posterior: o examinador deve, na região mediana, encontrar a cartilagem tireóidea, depois a cartilagem cricóide e então o istmo da tireoide. Com uma mão, empurra-se a traqueia para o lado contralateral e com a outra realiza-se a palpação por todo aquele lado.Palpar ambos os lados • Pode pedir para o paciente lateralizar a cabeça para o lado que será palpado 19 Gabi Helena T69 • Não esquecer de pedir para o paciente realizar a deglutição a fim de verificar a mobilidade 7. LINFONODOS • Cisterna no quilo: parte um ducto torácico que segue para a veia subclávia esquerda. Existe apenas no lado esquerdo • A cadeia linfática está presente em toda a circunferência cervical. Assim como cadeias que seguem para a região occipital, seguindo para baixo do queixo CADEIAS LINFONODAIS 1. Occipitais 2. Retroauriculares 3. Preauriculares (anterior e posteriormente) 4. Submandibulares 5. Submentonianos 6. Cervicais anteriores (palpar até a região mediana do pescoço) 7. Cervicais posteriores (palpar até a região occipital) 8. Supraclaviculares INSPEÇÃO • Buscar por lesões, nodulação, edema e algum linfonodo visível PALPAÇÃO • Pode dar apoio/segurar a cabeça do paciente • Deve, primeiramente, ser feita no estilo de dedilhamento com as polpas digitais dos dedos indicador, médio e anelar e, depois com microcircunferência • Palpar um lado de cada vez, nunca palpando as duas ao mesmo tempo • Na submandibular a palma da mão fica para cima • O fato de existir um linfonodo em uma cadeia a direita, não significa que deve ter um linfonodo em uma cadeia a esquerda CARACTERES PROPEDÊUTICOS 1. Localização 20 Gabi Helena T69 o Cadeia e onde está 2. Tamanho o Azeitona, feijão, ervilha... o Centímetros 3. Consistência o Inflamatório: fibroelástica o Pétrio: tumoral o Mole 4. Coalescência o Linfonodos acometidos aglutinados/juntos o Vários: tumoral o Único: inflamatório 5. Mobilidade o Imóvel: tumoral o Móvel: inflamatório 6. Dor 7. Alterações da pele sobre o gânglio o Geralmente tumorais Alterações: • Tumor maligno: duro, coalescente, sem mobilidade, indolor, pode ou não apresentar alterações tróficas sobre a pele • Linfonodo inflamado: fibroelástico ou mole, não coalescente, móvel, doloroso • Linfonodo de Virchow: cadeia supraclavicular esquerda, apresentando o sinal de Troisier o Queixa de região de fossa supraclavicular esquerda abaulada o Palpação: apresenta-se como um linfonodo grande e palpável (indica neoplasia gástrica) • Toda vez que existe um linfonodo a esquerda deve-se pensar em linfonodo de Virchow
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