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UNIP - Universidade Paulista _ DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos_

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16/08/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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 DESDOBRAMENTOS DA TEORIA PSICANALÍTICA
 
MÓDULO 3
O inconsciente kleiniano: fantasia, projeção, introjeção, identificação projetiva.
Posição esquizo-paranóide; posição depressiva; reparação; a inveja.
 
Bibliografia:
JOSEPH, B. Identificação Projetiva, alguns aspectos, In: Equilíbrio psíquico e mudança psíquica. Rio de Janeiro: Imago
Editora Ltda; 1992.
KLEIN, M. O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos (1940). In: Obras Completas: Amor, culpa e
reparação e outros trabalhos, vol. I. Rio de Janeiro, Imago Editora Ltda; 1991.
______. Notas sobre alguns mecanismos esquizóides (1946). In: Obras Completas, Inveja, Gratidão e outros trabalhos,
Vol. III. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda; 1991.
______. Sobre a identificação (1955). Obras Completas, Inveja, Gratidão e outros trabalhos, Vol. III. Rio de Janeiro: Imago
Editora Ltda; 1991.
______. Inveja e Gratidão (1957). In: Obras Completas: Inveja, gratidão e outros trabalhos, vol. III. Rio de Janeiro: Imago
Editora Ltda; 1991.
______. Nosso mundo adulto e suas raízes na infância (1959). In: Obras Completas: Inveja, gratidão e outros trabalhos,
vol. III. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda; 1991.
______. Sobre a identificação (1955). In: Inveja, Gratidão e outros trabalhos, vol. III. Rio de Janeiro: Imago Editora Ltda;
 1991.
______. Psicogênese dos estados maníaco-depressivos (1935). In: Amor, Culpa e Reparação e outros trabalhos, Vol.I.
Rio de Janeiro, Imago Editora Ltda; 1991.
 
Para M. Klein a relação arcaica com a mãe, em detrimento da sexualidade e do pólo paterno, são os elementos cruciais na
constituição do psiquismo e nas possibilidades de relações saudáveis. 
A fantasia inconsciente, precoce, onipresente e dinâmica, influencia todas as percepções e relações da criança com o objeto.
Esta concepção de fantasia determinará uma mudança: ao invés da ênfase nas fases do desenvolvimento libidinal, será
postulada uma constituição do psiquismo a partir do desenvolvimento de relações de objeto. Em suas observações de
crianças pequenas, Klein reconhece que as relações com o objeto, tanto os objetos da realidade como, especialmente, os
objetos da fantasia, existem até onde é possível discernir nos começos da vida de uma criança; e, além disso, que a relação
primitiva com o objeto parcial - seio/corpo da mãe e pênis do pai - desempenhou um papel muito importante na estrutura dos
objetos internos da criança, em seu superego e em sua vida de fantasia.
 
Na teoria de relação de objeto de M. Klein, há uma ampliação do conceito de objeto. Ainda, e sempre referida ao seu
trabalho com crianças, descobriu que, em fantasia, o bebê introjeta objetos tais como o seio da mãe, o pênis do pai e outras
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partes dos corpos parentais. Estes objetos serão internalizados, mas não são réplicas exatas dos objetos externos reais, são
sempre coloridos pela fantasia e as projeções da criança. Eles são divididos em objetos ideais e persecutórios, como o seio
bom e o seio mau e podem, também serem mais ou menos integrados. As introjeções podem ser de objetos parciais e dos
pais como pessoas inteiras, em qualquer caso, a fantasia estará presente, distorcendo a percepção, marcando-a
singularmente, mas à medida que a relação da criança com a realidade se aperfeiçoa, há uma tendência no sentido de
permitir uma relação mais realista com seus objetos.
 
Exercício
Em sua teoria, M. Klein afirma que os mecanismos da projeção e da introjeção funcionam desde o início da vida pós-natal,
como algumas das primeiras atividades do ego infantil. De acordo com esta teoria identifique abaixo o que envolve o uso
destes mecanismos em período tão precoce do desenvolvimento. 
I. Projeção e introjeção estão a serviço das fantasias inconscientes do bebê contribuindo para amenizar angústias
internas e ambientais.
II. Para Klein o ego rudimentar do bebê recorre a estes mecanismos por sua razoável discriminação da realidade.
III. Os mecanismos de projeção e introjeção de objetos, situações externas, pulsões e fantasias inconscientes se
misturam e constroem o mundo interno.
IV. A ansiedade persecutória conduz o bebê á projetar suas emoções sobre a mãe convertendo-a num objeto bom.
 
Assinale a alternativa correta:
A. É correto o que se afirma em I, II e III.
B. É correto o que se afirma em II e IV.
C. É correto o que se afirma em I e III.
D. É correto o que se afirma em I e IV.
E. É correto o que se afirma em II, III e IV.
 
Resposta: C
 
 
A criança pode identificar-se ou sentir-se em relação com seus objetos. Em sua primeiras obras, Klein chamou “superego” a
todos os objetos internos com os quais a criança não estava identificada. Mais tarde, percebendo a complexidade da relação
com os objetos internos, falou mais frequentemente de objetos internos, seu caráter e suas funções, reservando o termo
“superego” somente para o aspecto punitivo dos objetos. 
Para M. Klein há uma ligação entre divisão e relações com objetos parciais e as relações com o objeto parcial; a divisão, a
projeção, a introjeção e a ansiedade persecutória pertencem à mesma classe e constituem os primeiros mecanismos de
defesa. 
Desta forma, M. Klein desenvolve o conceito de posições considerando que o psiquismo funciona de acordo com as
características da posição, o que supõe: certa angústia; certa defesa e, consequentemente, certo tipo de relação de objeto.
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Na constituição do sujeito psíquico, a autora descreve duas posições: posição esquizo-paranóide e posição depressiva, que
determinarão o tipo de funcionamento e forma de estabelecer relações.
 
Posição esquizo-paranóide
Define-se por relações com o objeto parcial, dominada pela ansiedade persecutória e por mecanismos esquizóides, termos
que designam e enfatizam a coexistência da divisão e da ansiedade persecutória. Desde os primórdios da vida do bebê
existe ego suficiente para experienciar ansiedade e usar um mecanismo de defesa, trata-se de um ego primitivo que projeta
a pulsão de morte e esta projeção origina uma fantasia de objeto mau. Para este ego primitivo, a ação da pulsão de morte
origina o medo de aniquilamento e esse medo básico é que leva à projeção defensiva da pulsão de morte.
A fim de evitar o aniquilamento, o ego precoce lança mão de uma ação defensiva chamada deflexão e expulsa por projeção
os objetos maus originários do instinto de morte, que compõem o psiquismo humano. Assim, por ordem da pulsão de vida, o
ego divide-se e projeta no exterior a pulsão de morte, mas ao mesmo tempo, a pulsão de vida é parcialmente projetada a fim
de criar um objeto ideal. Assim, do caos emerge uma organização primitiva. O ego divide-se numa parte libidinal e outra
destrutiva, e relaciona-se com um objeto analogamente dividido.
Neste ponto, o ego introjeta e se identifica com seu objeto ideal, mantendo, assim, em xeque, os perseguidores, que também
contém os impulsos destrutivos projetados (enquanto o objeto ideal é sentido como inteiro e intacto, o objeto mau está
usualmente fragmentado).
O aumento da divisão entre o objeto ideal e o objeto mau é resultado do medo e da ansiedade dele decorrente de que o os
perseguidores destruam seja o eu, seja os objetos bons; os mecanismos responsáveis por este aumento na divisão são os
esquizóides e a idealização excessiva é uma consequência inevitável, assim como a negação onipotente. A fantasia
subjacente nesse mecanismo é a de aniquilamento onipotente dos perseguidores.
Com isto, M. Klein apresentou um novo mecanismo: a identificação projetiva, que constitui um desdobramento da projeção
primitiva.Na identificação projetiva, não é apenas o impulso, mas as partes do eu (por exemplo, a boca e o pênis do bebê) e
produtos corporais (por exemplo, sua urina e fezes) que se projetam, em fantasia, no objeto. As finalidades da identificação
projetiva podem ser: livrar-se de parte indesejável do próprio eu, posse e esvaziamento do objeto, controle do objeto, etc. Um
dos resultados é a identificação do objeto com a parte projetada do eu (daí o termo identificação projetiva). No entanto, este
mecanismo envolve partes do eu que são sentidas como más, e também aquelas sentidas como boas, estas últimas podem
ser projetadas a fim de evitar a separação, a fim de idealizar o objeto, e também para evitar o conflito interno; quando o
interior é sentido como se estivesse repleto de maldade, as partes boas do eu podem ser projetadas num seio ideal, dadas
ao objeto para fiquem a salvo, levando à excessiva idealização do objeto e à desvalorização do eu. Se a identificação
projetiva é o mecanismo dominante, amar significa projetar partes boas do eu no objeto e, portanto, o eu esvazia-se e sente-
se esvaziado.
 
 
Exercício
De acordo com Melaine Klein na posição Esquizo-Paranóide torna-se evidente que: 
A. A cisão dos objetos ocorre pela necessidade de aniquilar o objeto bom.
B. A pulsão de morte ao ser defletida anula todas as fantasias de ameaça ao eu.
C. A cisão dos objetos torna suportável o existir, ante as pressões internas e externas a que está sujeito o bebê.
D. A introjeçao e projeção garantem no psiquismo da inveja e dos impulsos destrutivos.
E. A cisão decorre da necessidade de reparação, para restaurar o dano causado ao objeto.
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Resposta: C
 
 
Posição depressiva
Quando a criança começa a experienciar sua relação com o objeto de uma posição diferente, de um ponto de vista diferente
em que a mãe aparece-lhe como um ser total, é para essa mãe amada total que a criança se volta para aliviar seus medos
persecutórios - o bebê quer introjetá-la de modo que a mãe possa protegê-lo da perseguição interna e externa. O trabalho de
elaboração pelo bebê da posição depressiva consiste em estabelecer no âmago de seu ego um objeto interno total,
suficientemente bom e seguro. 
A posição depressiva pode ser equiparada a uma encruzilhada no desenvolvimento entre o ponto de fixação das psicoses e
o das neuroses. Quando e se a criança não consegue se sair bem nesta tarefa de integração que a posição depressiva exige
dela, fica exposta a um sofrimento de ordem paranóide ou maníaco-depressiva. 
A dor depressiva, com a culpa e a ânsia de reparação do objeto bom, externa e internamente, mobiliza os desejos
reparadores e as fantasias de restauração do bom objeto interno. A posição depressiva é o ponto em que pode advir um
novo arranjo entre as forças pulsionais, em que a criança, no decorrer de seu desenvolvimento, deverá estabelecer, com
segurança, no núcleo de seu ego um bom seio, mãe, pai e um casal parental criativo.
É isto o que implica o grande e árduo trabalho de elaboração da posição depressiva; a dor e as situações de perigo interno
que isso envolve levam à formação de um conjunto de defesas - erigidas contra a posição depressiva e que impedem seu
desenvolvimento. Este conceito habilitou-a ainda a diferenciar mais claramente entre as patologias psicótica e neurótica e
pontos de fixação, assim como abriu caminho para o estudo do luto e reparação e dos processos criativos normais.
 
 
Exercício
A posição Depressiva definida por Klein representa uma nova organização da vida mental, constituindo um momento chave
para o desenvolvimento e a normalidade, por quê?
I. Os interesses narcisistas da posição esquizo-paranoide mudam para a preocupação central que agora o ego tem
que cuidar e observar seus objetos, externos como internos.
II. Nesta configuração o bebê começa a reconhecer o sentimento de amor e dependência para com os pais, junto
ao desamparo do ego e o ciúme sem causa especifica.
III. O vínculo com a realidade externa se modifica, fica mais realista, com melhor reconhecimento dos aspectos bom
ou maus.
IV. Há uma menor discriminação entre fantasias e realidade, assim como realidade externa e interna.
 
Assinale a alternativa correta:
A. É correto o que se afirma em II, III e IV.
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B. É correto o que se afirma em I, II e IV.
C. É correto o que se afirma em II e III.
D. É correto o que se afirma em III e IV.
E. É correto o que se afirma em I, II e III.
 
Resposta: E
 
Defesas maníacas
Se na posição depressiva o bebê a partir de um ego mais integrado já consegue reter e manter o amor pelo objeto bom
mesmo quando o ódio está presente, disto deriva a culpa, que o conduz a experiência depressiva em decorrência da
sensação de ter destruído o objeto mau que também é bom. A fusão do objeto bom e mau significa um avanço na
constituição do psiquismo, já que a experiência da depressão faz com que o bebê deseje reparar o objeto danificado,
restaurando e recuperando o objeto amado e perdido, pela força de seus ataques destrutivos em que seu amor poderá
reverter os efeitos de sua agressividade.
Neste momento há um aumento da percepção e da relação do bebê com a realidade externa, assim o teste de realidade vai
se estabilizando e amplia sua conexão com a realidade psíquica, possibilitando ao bebê perceber suas possibilidades
enquanto alguém que também se afeta por uma realidade externa sob a qual não tem todo controle. Nos momentos iniciais
da posição depressiva o bebê sente ainda a severidade e perseguição de seu superego, mas quanto mais se relaciona com
o objeto total mais vão se atenuando estes aspectos ameaçadores e persecutórios superegóicos, o que aproxima a criança
dos pais bons, gerando nela culpa e amor, o que contribui para o desenvolvimento do desejo de poupar seus objetos,
permitindo à criança iniciar a sublimação de seus impulsos destrutivos.
O processo evolutivo organiza o ego, que vai gradativamente diminuindo o uso das projeções, substituindo-as pela
repressão, dando origem à formação simbólica. A formação simbólica advém da necessidade de poupar o objeto, quando o
bebê inibe uma parte de seus instintos, enquanto desloca ou substitui outros.
Quando a criança se sente incapaz de reparar o dano provocado ao objeto, sua consciência moral lhe impõe uma carga de
culpa e remorso maior do que ele é capaz de suportar e, para se defender desvaloriza o objeto danificado, tomando-o como
não necessário, afim de livrar-se da culpa e/ou remorso minimizando a angústia de sua perda, negando suas relação de
dependência.
As defesas maníacas são, portanto, uma forma de enfrentar os sentimentos de culpa e perda, que culminam com a posição
depressiva. As principais defesas são - triunfo, controle onipotente, desprezo – formando uma tríade que se baseia na
negação onipotente da realidade psíquica, decorrente de incapacidade de reparação, quando o ego ao enfrentar sentimentos
de culpa e de perda sente-os como insuportáveis.
 
Exercício
As defesas maníacas têm um importante papel na posição depressiva, pois: 
I. Servem para enfrentar suportar positivamente os sentimentos depressivos.. 
II. São defesas que se estabelecem pela culpa do bebê ao perceber os estragos cometidos e pela
alta capacidade de consertar o que danificou.
III. Defesas maníacas coincidem com aceitação da condição de dependência.
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IV. Denominam-se “maníacas”, pois ao invés do reconhecimento do outro como importante, ele é
tomadocomo prescindível e desnecessário.
 
Assinale a alternativa correta:
A. É correto o que se afirma em II e III.
B. É correto o que se afirma em II.
C. É correto o que se afirma em I e II.
D. É correto o que se afirma em IV.
E. É correto o que se afirma em I e IV.
 
Resposta: D
 
A teoria da inveja
O domínio do ódio, da morte, da destruição e, sobretudo da agressividade primária é pensado de maneira arcaica, mais
radical e mais interna ao sujeito. A inveja é o termo que será cunhado para designar o sentimento primário e inconsciente de
avidez em relação ao objeto que se quer destruir ou danificar. Ela aparece desde o nascimento e é inicialmente dirigida
contra o seio da mãe. Na posição esquizo-paranóide ou na depressiva, a inveja ataca o objeto bom para fazer dele um objeto
mau, assim produzindo um estado de confusão psicótica.
Klein (1957) descreve a inveja primária como uma pulsão agressiva que o bebê sente desde o começo da vida e a dirige ao
seio da mãe com o desejo de danificar os aspectos bons e protetores que o objeto nutritivo oferece. A autora inclui a inveja
como um elemento muito importante no desenvolvimento precoce e afirma que a inveja primária tem um resultado muito
prejudicial para o desenvolvimento mental, pois arruína as capacidades e bondades do objeto; destrói a própria origem da
bondade e da criatividade.
Klein ainda separa inveja da frustração, pois se a inveja é constitucional o elemento frustrante do objeto materno ou da
situação ambiental não provocam a pulsão invejosa, pelo contrário, esta inveja provém do sujeito, e sua finalidade é atacar o
que o objeto tem de bom e valioso, independente de ser ou não frustrado.
Assim, a autora integra a inveja à sua teoria das posições, se as pulsões invejosas forem intensas, atacam o objeto ideal,
que é o que provoca o sentimento invejoso, alterando o processo de dissociação normal da posição esquizo-paranóide. Isto
produz uma confusão entre o bom e o mau, desta forma o psiquismo do bebê não consegue dissociar o objeto ideal do
persecutório, ficando gravemente perturbados os processos de introjeção do objeto bom, que são a base para o êxito da
estabilidade mental. O excesso de inveja também pode acentuar a dissociação entre o objeto idealizado e o persecutório, o
que impede sua posterior integração e elaboração da posição depressiva. As pulsões invejosas podem ser elaboradas e
mitigadas se a introjeção do objeto bom for adequada, o que permite tolerar a culpa pelo dano dos objetos e da reparação.
Esta teoria fornece elementos técnicos que permitem abordar situações difíceis e destrutivas no tratamento analítico, mas
também põe um limite ao excessivo otimismo terapêutico que Klein tinha tido nos primeiros períodos de sua obra.
 
Exercício
De acordo com Melaine Klein a inveja é constitucional ao homem, isto equivale a dizer que: 
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A. A ocorrência da inveja dependerá dos bons atributos do objeto bom.
B. Nos momentos precoces do desenvolvimento sua ocorrência independe dos atributos do objeto, pois sua
ocorrência é derivada da pulsão de morte.
C. A ocorrência da inveja depende da experiência dos sentimentos ameaçadores advindos do mau objeto.
D. Nos momentos precoces do desenvolvimento a ocorrência da inveja dependerá dos atributos do objeto, pois
sua ocorrência é derivada da pulsão de morte.
E. A inveja primária só se manifesta ante às frustrações e privações da vida pós-natal.
 
Resposta: B
 
 
 
 
 
Exercício 1:
O sentimento de raiva dirigido a outra pessoa é primeiramente dirigido à mãe por ela possuir algo
desejável que não pode ser desfrutado. Esse sentimento visa não somente despojá-la do objeto desejado,
mas, mais que isso: visa estragá-la, destruí-la. De que modo? Depositando nela maldades: excrementos e
partes más do self. O sentimento que visa destruir a criatividade da mãe, ou seja, sua capacidade de
produzir e de cuidar e se caracteriza como uma projeção destrutiva é
A)
a gratificação. 
B)
a inveja.
C)
o ciúme.
D)
a voracidade.
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E)
a cisão
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Exercício 2:
Segundo Melanie Klein, na posição esquizoparanóide o bebê constrói um mundo interno que é,
parcialmente, um reflexo de seu mundo externo. 
O mecanismo responsável por essa construção é
A)
a cisão.
B)
a projeção. 
C)
a idealização.
D)
a introjeção. 
E)
a pulsão de morte.
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Exercício 3:
Leia atentamente o texto a seguir:
Posteriormente à posição esquizoparanóide o bebê começa a perceber que o objeto que odeia (seio mau)
é o mesmo que ama (seio bom), identificando que ambos os registros (bom e mau) fazem parte da mesma
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pessoa. O bebê teme perder o seio bom, em decorrência do medo da retaliação por seus ataques de ódio
e voracidade. A este conjunto de vivências, fantasias, ansiedades e defesas Klein denomina “posição
depressiva” e estabelece algumas condições para a superação desta posição. 
Assinale a afirmativa que melhor descreve essas condições:
A)
Ao alcançar a posição depressiva o bebê se torna mais capaz de enfrentar sua realidade psíquica, sente
que a “maldade” do objeto é devida em grande parte à sua própria agressividade e à projeção decorrente.
Esse insight origina uma dor psíquica e culpa quando a posição depressiva está em seu ápice.
B)
O insight traz sensações de alívio e esperança, mas mantém a persecutoriedade, impedindo a reunião dos
aspectos bons e maus do objeto e a elaboração da posição depressiva.
C)
A posição depressiva não será superada uma vez que a dor pela separação, a culpa pelos ataques
realizados na fantasia e, o consequente sentimento de que a separação se deve a esses ataques, leva o
bebê e o adulto a almejarem um estado ideal, o que impossibilita a elaboração.
D)
A superação da posição depressiva acha-se associada ao aumento da desconfiança no objeto interno
bom.
E)
A incapacidade de emergir dos estados depressivos e manter-se pelos sentimentos de desconfiança
interna é a característica de uma personalidade bem desenvolvida.
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Exercício 4:
Leia o poema a seguir de Clarice Lispector:
E umas das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. 
Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. 
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. 
Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi criadora de minha própria vida. 
Disponível em: <https://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade_de_clarice_lispector/>. Acesso em: 20
jan. 2014. 
 
O poema acima mostra um indivíduo que não se rendeu às amarguras da realidade e da vida, mas guarda
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certa consciência de que na vida nem tudo é possível... E diante da realidade, conquista, sofre, tenta,
anseia, enfim, vive apesar de...
Tendo em vista os referenciais kleinianos sobre as posições esquizoparanóide e depressiva, podemos
afirmar que o indivíduo do poema
A)
está situado na posição depressiva e embora haja uma ansiedade pelo que há de acontecer, mostra-se
grato pelo reconhecimento do que há de bom na vida.
B)
está situado na posição esquizoparanóide: sua ansiedade persecutória fica evidente no desalento e no uso
de defesas maníacas.
C)
parece ter integrado a visão de objetos totaise por isso está situado na posição esquizoparanóide, posição
em que predominam a preservação dos objetos internos bons e a reparação.
D)
parece não ter integrado a visão de objetos totais e por isso está situado na posição depressiva, posição
em que predominam a necessidade de preservação dos objetos internos bons e a reparação.
E)
está situado na posição depressiva e, num movimento de cisão interna, busca causar danos aos objetos
externos em detrimento dos objetos internos.
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Exercício 5:
Júlia, uma secretária de 35 anos, buscou atendimento psicológico, pois ultimamente vem se sentindo triste
e desconfortável em suas relações no trabalho. Principalmente com seu superior imediato é que Júlia não
está bem. Julga que não está produzindo um bom trabalho para ele e se sente muito mal com isso, o que a
leva a tentar melhorar permanecendo muitas horas a mais na empresa e aumentando sua produtividade,
pois reconhece que ele a ajuda muito e que cabe a ela retribuir.
Na narrativa acima podemos constatar que o dinamismo psíquico de Júlia está na posição
A)
depressiva – ansiedade persecutória – cisão
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B)
depressiva – ansiedade depressiva – defesa maníaca
C)
depressiva – ansiedade depressiva – retaliação
D)
esquizoparanóide – ansiedade depressiva – idealização
E)
esquizoparanóide – ansiedade persecutória – cisão
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Exercício 6:
Um dos eixos do trabalho de Melanie Klein diz respeito à elaboração das posições esquizoparanóide e
depressiva. Pensar a sociedade segundo o pensamento kleiniano pode ser considerado complementar, e
até mesmo mais ousado que o proposto por Freud, que entendia a sociedade e suas instituições como
organizações que têm por função controlar as forças pulsionais. 
Há implicações éticas na proposta kleiniana de compreendermos o grupo social como base
A)
para refrear a pulsão por meio de membros que desempenhem a função de autoridade.
B)
de projeção dos impulsos destrutivos e de valorização da agressão.de projeção dos impulsos destrutivos e
de valorização da agressão.
C)
que capacita os indivíduos a realizarem um reconhecimento do outro com base nos princípios de
responsabilidade e cuidado.
D)
de projeção dos impulsos amorosos e de valorização do amor.
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E)
para a expressão e realização dos desejos individuais.
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Exercício 7:
O conceito kleiniano de fantasia amplia o conceito freudiano. Para ela a fantasia inconsciente está
presente na vida psíquica desde muito cedo, antes mesmo de o bebê ser frustrado pela realidade. Isto fez
com que o trabalho de muitos analistas passasse a ser norteado por esse conceito de fantasia
inconsciente. 
Para Melanie Klein as fantasias inconscientes 
A)
são as primeiras representações mentais das pulsões, isto é, das forças que inicialmente invadem o
organismo. Forças que não se distinguem do somático e que visam à descarga. Fantasias inconscientes
são, portanto, as primeiras manifestações de um trabalho imaginativo, de simbolização, que cria o domínio
do psíquico.
B)
são as nossas pulsões primordiais, de vida e de morte que, para Melanie Klein, são carregadas de
conteúdos inatos: desejo pelo seio materno e medo do seio materno, respectivamente, numa perspectiva
de realização e satisfação de desejos.
C)
são as fantasias presentes nos nossos devaneios diurnos e que determinam nossas ações.
D)
estão por trás das nossas pulsões agressivas, inatas, de medo e ansiedades persecutórias, uma vez que a
pulsão de morte é nosso medo inato de ser perseguido por objetos hostis.
E)
são nossos desejos infantis numa fase de desenvolvimento mais organizado e amadurecido, que não
foram satisfeitos e que permanecem, ainda na vida adulta, no inconsciente buscando satisfação.
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16/08/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Exercício 8:
A posição esquizoparanóide marca o primeiro momento do desenvolvimento do psiquismo, momento de
predomínio de um conjunto de elementos – clivagem do objeto, introjeção, projeção, sadismo... 
De acordo com Melanie Klein, durante a posição esquizoparanóide é possível identificar que
I a percepção de objetos integrados e a reparação integram o mecanismo defensivo principal. 
II não são desenvolvidos mecanismos defensivos maníacos por ser possível a reparação. 
III a angústia característica dessa posição é a de aniquilamento pelo medo persecutório. 
IV a intensificação da agressividade se expressa por meio de fantasias orais de devorar, morder, engolir o
objeto. 
V a idealização e a negação, associadas à cisão surgem como defesas típicas dessa posição.
Está correto somente o afirmado em
A)
I, II e III.
B)
I, III e V.
C)
II, III e IV.
D)
II, IV e V.
E)
III, IV e V.
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