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Exercício de toxicologia veterinária 1. O aumento da AST (asparato aminotransferase) nos animais intoxicados por cobre sugere o qual acontecimento? O cobre após absorvido deposita-se no fígado, que é o órgão de estoque. Mas em situações em que há excesso desse elemento, ele se acumulará no interior dos hepatócitos, especialmente em suas organelas. Esse processo lesiona as organelas levando a necrose dos hepatócitos, e a consequente liberação das enzimas AST. Logo esse processo está sugerindo lesão hepática. 2. Duas substancias que contaminam o ambiente com efluentes que estão associadas a intoxicação por flúor? Emissões de FLUORETO das industrias produtoras de fertilizantes fosfatados e FOSFATOS de rocha. 3. Uma enzima inibida pelo flúor e uma Enzima estimulada pelo flúor, respectivamente. Enzima inibida pelo flúor: enolase (Só a título de informação: enzima da via glicolitica responsavel pela produção do fosfoenolpiruvato. Devido a essa inibição, sem o fosfoenolpiruvato, há também diminuição da síntese de ATP.) Enzima estimulada: adenilciclase, enzima intracelular. 4. Substancia formada no rúmen através da combinação de cobre, enxofre e molibidênio que é inabsorvivel? Tiomolibdatos (Cupro-tiomolibdatos). O efeito fisiológico dessa substancia está na restrição da disponibilidade de Cu para a síntese de ceruloplasmina. 5. São fontes de molibidênio? Leguminosas, grãos de cereais, vegetais de folhas escuras e vísceras. 6. Doenças que deve ser realizado o diagnostico diferencial quando da intoxicação por iodo? Hipertireoidismo e hiperpituitarismo, Rinotraqueíte infecciosa dos bovinos 7. Alteração ambiental que estimula a secreção de TSH? Temperaturas reduzidas., altitudes altas 8. Impactos na saúde publica nas intoxicações por chumbo? Sua ingestão prolongada e em pequenas quantidades pode causar doença discreta a grave em animais, impedindo o diagnóstico e prevenção da contaminação ambiental. 9. Uma indicação evidente de uma futura intoxicação por chumbo é o aumento de quais substancias no sangue e urina! Aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase séricas e porfirinas na urina. 10. Enzimas mais importantes na intoxicação por chumbo? Ácido ômega-aminolevulenico desidrogenase (ALADI). Enzima envolvida na síntese do heme, logo sua inibição levará a anemia. Enzima Na/K ATPase S-aminolevulinato desidratase, coproporfirinogênio oxidase, ferro quelase, dentre outras. 11. São formulações químicas para uso terapêutico do zinco? Óxido de Zinco – em forma de pó, usado em feridas, com função anti-séptica, adstringente, calmante, secativa e anti-inflamatória. Sulfato de zinco – usados para o tratamento de estados de carência se Zinco ou durante casos de nutrição parenteral total. 12. Achados laboratoriais nas intoxicações por zinco que são utilizados para monitorar a terapia recomendada? Elevação de zinco sérico, pancreático e hepático Em cães observa-se anemia hemolítica regenerativa, alterações morfológicas nos eritrócitos (nucleados, esferócitos etc), leucocitse e neutrofilia. 13. Achados encontrados na necropsia do cão intoxicado com tálio? Úlceras e necrose ao longo do trago gastrointestinal, como intestino e esôfago. Lesões neuronais: areas de necrose microfocal no mesencéfalo; edema cerebral e cerebelar. Necrose multifocal do miocárdio e músculo esquelético; degeneração dos rúbulos renais, edema pulmonar, e necrose hepática. 14. Tecidos de ampla distribuição do tálio nos animais que se intoxicam: Uma vez absorvido, o tálio é distribuído amplamente principalmente para a medula renal, coração, fígado, estomago e pelos. Em exposições crônicas, acumulo na medula óssea pode ocorrer. O tálio também pode atravessar a placenta, mas apenas níveis muito baixos ficam presentes no feto. 15. A absorção de cobre em ovinos é regulada por quais elementos? Certos elementos dificultam a absorção do cobre, são alguns deles: o molibdênio, ferro, enxofre 16. Achados de necropsias nas intoxicações por cobre? Em ovinos com quadro agudo, detecta-se a presença de líquido na cavidade abdominal; conteúdo do abomaso e intestino delgado com coloração enegrecida, indicativa de sangue digerido; mucosa congesta e hiperêmica, com ulcerações de tamanho variável; e fígado congesto e com ligeiro aumento de volume. No quadro acumulativo, quase todas as vísceras e serosas apresentam-se amarelados, inclusive o fígado, que também aparece friável e tumefeito, e os rins aumentados em volume, com cápsula brilhante brilhante e coloração negra interna e externamente, sendo esta última uma alteração patognomônica deste tipo de intoxicação. Nos cães com quadro crônico, encontram-se efusões nas cavidades abdominais e pleural, serosas amareladas, e fígado diminuído de tamanho e com consistência muito firme, sugestivo de cirrose. 17. Explique os sintomas de intoxicação por flúor. Na intoxicação aguda em geral ocorre diarreia, dor abdominal, disfagia, hipersalivação, lesão da mucosa, náuseas, vomito, hipoglicemia etc. A intoxicação crônica está relacionada a alterações nas estruturas dentai (como fluorese)e ósseas (como a hipercalcificação). 18. Áreas de necrose observadas nas intoxicações por flúor? 19. Achados patológicos na intoxicação por flúor 20. O molibidênio é considerado um macro ou microelemento. microelementos 21. Sobre o arsênio, chumbo, cobre, molibidênio, ferro e selênio explique seu mecanismo de ação, tratamento e formas de prevenção. Mecanismo Arsênio: está relacionado, principalmente, com os compostos arsenicais trivalentes, enquanto os compostos pentavalentes têm menor toxicidade As principais macromoléculas afetadas pelo arsênio trivalente são as proteínas enzimas sulfidrílicas, tais como a piruvato desidrogenase, cuja inibição compromete a formação da acetilCoA e, consequentemente, a diminuição na produção do ATP, no ciclo do ácido cítrico. Tratamento arsênio: ☺ Formas de prevenção arsênio: Evitar uso dos produtos que contenham arsênio, alertar as autoridades competentes quanto a sua venda (são ilegais). Próximos as indústrias que utilizam arsênio na produção devem fazer o monitoramento da qualidade da água presente nos lençóis freáticos da propriedade, bem como da água de rios e lagos que passam perto. Mecanismo chumbo: se liga de forma estável a grupamentos tiólicos presente em várias moléculas orgânicas, como a glutationa e enzimas dependentes de zinco e de cálcio, os quais são substituídos pelo chumbo, resultando na inativação de vários sistemas enzimáticos essenciais para a homeostase orgânica, tais como o ácido delta-aminovulênico desidrogenase (ALADI). Esta enzima está envolvida na síntese do heme, cuja inibição promove o aumento da coproporfiria urinária, o aumento da protoporfiria eritrocitária e, consequentemente, o desenvolvimento de anemia normocítica normocrômica. A ação do chumbo sobre as hemácias promove a inibição de enzimas nucleotídicas, levando ao desenvolvimento de reticulócitos. A competição entre o chumbo e o cálcio leva também a alterações nos sistemas nos quais há mecanismos celulares dependentes de cálcio. No SNC, o chumbo interfere na transmissão nervosa dependente de acetilcolina, noradrenalina, dopamina, GABA e glutamato. Tratamento chumbo: ☺ Formas de prevenção chumbo: Impedir que os animais tenham contatos com produtos que contenham chumbo, evitar colocar animais de produção em terrenos onde funcionavam antigas fábricas produtoras ou de reciclagem de baterias. Para animais de produção, providenciar um equilíbrio nutricional adequado, principalmente no que diz respeito a suplementação mineral. Mecanismo cobre: Após ser absorvido, deposita-se no fígado, que é o órgão estoque. A partir do fígado poderá ter diferentes destinos, depende do status orgânico do cobre. No tecido, hepático, o cobre se liga a uma metaloproteínacarreadora denominada ceruloplasmina, sendo transportada para todo o organismo animal. Em situações de superávit, ele se acumulará no fígado. Tratamento cobre: Uso de quelante específico e muito potente do cobre livre, denominado tetratiomolibdato (TTM). Essa substância é capaz de ligar-se com o cobre excedente, mesmo dentro do hepatócito ou túbulos renais. Formas de prevenção: Rígidas medidas dietéticas, evitando oferecer rações concentradas em concomitância com os sais minerais que contenham altos teores de cobre. Mecanismo molibdênio: Interfere na utilização do cobre. Altos níveis de molibdênio produzem uma deficiência fisiológica de cobre, parecendo que níveis altos de molibdênio ativam a ação do sulfato sobre a cupremia. Em bovinos, comprovou-se que níveis elevados de molibdênio induzem a diarreia, diminuição do crescimento, bloqueio do instinto sexual com lesões do epitélio germinal e das células intersticiais. Tratamento molibdênio: Formas de prevenção molibdênio: Mecanismo ferro: Lesão direta de revestimentos do TGI e subsequentemente absorção de ferro além das necessidades do organismo. Dano direto ao fígado, talvez por depleção de glutatião e peroxidação de lipídios de membrana e inibição de enzimas oxidativas, com consequente acidose metabólica. Hipotensão e aumento da permeabilidade capilar, provavelmente por efeitos vasodilatadores diretos de ferritina. Interferência na coagulação sanguínea. Tratamento ferro: Seu tratamento é impedido pela presença de necrose hepática, hemorragia e choque. O leite de magnésia por via oral, pode precipitar o Fe no intestino. Formas de prevenção ferro: ”não deixa o animal comer ferro demais ☺” Mecanismo selênio: Atravessa a barreira placentária, acarretando efeitos embriotóxicos. Durante o seu metabolismo, pode haver geração de superóxidos, peróxido de hidrogênio e radicais de oxigênio. Tais metabólitos são conhecidos como radicais livres, altamente lesivos as membranas celulares. Tratamento selênio: Não há tratamento para intoxicações agudas. A eficácia para intoxicações crônicas é duvidosa, pois seu sucesso depende da precocidade do diagnóstico da toxicose e da retirada, o mais rápido possível do animal das fontes de excesso de selênio. Forma de prevenção: “não deixa o animal comer selênio demais ☺” 22. Cite os usos de flúor, cálcio, fósforo e explique os efeitos colaterais que os animais poderão apresentar. FLÚOR: Uso: higiene oral para a prevenção de cáries dentárias, antihelminticos e rodenticidas. Efeitos colaterais: em casos de intoxicação aguda por flúor são os seguintes: náuseas, vômitos, diarréia, dores abdominais, cólicas, anorexia, pelagem áspera/; paresia, tetania, depressão do SNC, coma; hipotensão, palidez, choque, arritmia; acidose, hipocalcemia e hipomagnesemia, claudicação e fratura espontânea. CÁLCIO: Uso: adubação, suplementação mineral e para o tratamento de hipocalcemia. Efeitos colaterais: em excesso pode ocasionar cálculos; redução de outros minerais como magnésio; anorexia, dificuldade de memorização, depressão, irritabilidade e fraqueza muscular. FÓSFORO: Uso: adubação, suplementação mineral. Efeitos colaterais: diarreia, vômitos, falta de apetite, cansaço, palidez, queimaduras na pele, hepatomegalia, hemorragias cutâneo mucosas, hematêmese por lesão do endotélio vascular, seguindo-se a morte. 23. Sobre o mercúrio explique seu mecanismo de ação, sintomas clínicos, tratamento e formas de prevenção. Mecanismo de ação: o mercúrio possui alta reatividade com outras moléculas. Entre elas destacam-se as sulfidrilas, amidas, aminas, carboxilas, fosforilas e nucleotídeos, tais como timina e uracila. Ligando-se a esses grupamentos endógenos, o mercúrio interfere profundamente nas atividades biológicas de grande importância orgânica. Sintomas clínicos: aguda por ingestão: alterações gastrintestinais, decorrentes da ação corrosiva que esses compostos exercem sobre os tecidos orgânicos, principalmente sobre as mucosas. São sinais dessa ocorrência: salivação excessiva náusea, hematemese, abdomen agudo, diarreia sanguinolenta o que pode evoluir para choque hipovolêmico. Crônica Tratamento: Prevenção: deve-se impedir o contato dos animais com lâmpadas fluorescentes, termômetros, pilhas, baterias ou outros materiais que contenham em sua composição o mercúrio. Para animais de produção deve-se evitar o uso de herbicidas e fungicidas mercuriais. 24. Explique o que é saturnismo. Intoxicação por chumbo ou por algum de seus sais. 25. Explique DETALHADAMENTE os sintomas clínicos da intoxicação por ferro. Os principais sintomas são enterorragia, choque, acidose metabólica com ânion gap elevado, disfunção hepática com aumento de AST, ALT, fosfatase alcalina e creatinoquinase (CK), leucocitose, necrose tubular aguda e mioglobinúria. Inicialmente predominam os sintomas gastrintestinais, cerca de seis horas após a ingestão. O ferro é corrosivo à mucosa gástrica causando diarréia, náuseas, vômitos e sangramento gastrointestinal. Entre seis e 24 horas, aparecem acidose metabólica, hiperventilação e oligúria. Se não tomada uma conduta adequada, ocorre progressão para o choque refratário e falência hepática e renal, demonstrados pelo aumento significativo de AST, ALT, uréia e creatinina. A falência múltipla de órgãos ocorre de 12 a 48 horas após a ingestão. Tanto a perda volêmica pelos vômitos e diarréia, quanto a toxicidade direta do ferro levam à necrose tubular aguda e falência hepática. Altas concentrações intracelulares de ferro resultam em disfunção mitocondrial e morte celular. Além disso, a presença de ferro livre no plasma causa aumento da permeabilidade capilar e perda do tônus venoso, o que culmina com o choque. 26 -Explique DETALHADAMENTE os sintomas clínicos da intoxicação por ferro. 1. Os principais sintomas são enterorragia, choque, acidose metabólica com ânion gap elevado, disfunção hepática com aumento de AST, ALT, fosfatase alcalina e creatinoquinase (CK), leucocitose, necrose tubular aguda e mioglobinúria. 2. Inicialmente predominam os sintomas gastrintestinais, cerca de seis horas após a ingestão. O ferro é corrosivo à mucosa gástrica causando diarréia, náuseas, vômitos e sangramento gastrointestinal. Entre seis e 24 horas, aparecem acidose metabólica, hiperventilação e oligúria. Se não tomada uma conduta adequada, ocorre progressão para o choque refratário e falência hepática e renal, demonstrados pelo aumento significativo de AST, ALT, uréia e creatinina. A falência múltipla de órgãos ocorre de 12 a 48 horas após a ingestão. Tanto a perda volêmica pelos vômitos e diarréia, quanto a toxicidade direta do ferro levam à necrose tubular aguda e falência hepática. 3. Altas concentrações intracelulares de ferro resultam em disfunção mitocondrial e morte celular. Além disso, a presença de ferro livre no plasma causa aumento da permeabilidade capilar e perda do tônus venoso, o que culmin
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