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trato gastrointestinal

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Letícia Ferreira TXXII 
FARMACOTERAPIA II 
FARMACOLOGIA DOS AUTACÓIDES 
 
Autacóides: características 
• Tem meia vida breve 
• Atuam próximo ao local onde foram sintetizadas 
• Além da função fisiológica, participam de respostas à um processo patológico 
• São substâncias endógenas que tem ação farmacológica ou fisiológica, mas não são 
hormônios e nem neurotransmissores 
• Principais: histamina, serotonina, bradicinina, derivados de lipídios (eicosanoides) 
 
HISTAMINA (𝛽AMINOETILIMIDAZOL) 
 
- Promove estimulação de músculo liso e vasodilatação 
- Participa na reação de hipersensibilidade imediata e lesão tissular 
- Amplamente distribuída: bactérias, plantas, animais, venenos e fluidos de insetos (vespas, 
abelhas) 
- Sintetizada nos mastócitos e basófilos a partir da histidina 
- Armazenada em grânulos e quando liberada geralmente vem junto a heparina 
- Encontrada em todos os tecidos, com concentrações maiores em: pele, mucosa da árvore 
brônquica e mucosa intestinal 
- Fora dos mastócitos e basófilos ela também está presente em: epiderme, mucosa gástrica, SNC, 
tecidos em regeneração ou em crescimento rápido 
- Liberação: reações de hipersensibilidade imediata; quando ocorre lesão celular 
- Atua em receptores H1 (músculo liso, endotélio, cérebro – ligado a alergias), H2 (presentes em 
células parietais gástricas – age no estômago para contribuir com produção de HCl), H3 (SNC – 
ligado a vigília) e H4 (também presente em parte gástrica e células hematopoiéticas) 
 
Função do TGI – importância farmacológica 
- Secreção gastrintestinal 
- Vômito (êmese) 
- Motilidade do intestino e expulsão das fezes 
- Formação e secreção da bile 
ANTI-ULCEROSOS 
 
FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA 
- O estômago secreta ao redor de 2,5L de suco gástrico (pepsina + HCl) por dia 
- As células parietais são responsáveis pela secreção de HCl na luz do estômago através de um 
sistema de bomba de íons 
- Camada gelatinosa imóvel (protetora): muco e bicarbonato 
DOENÇAS ACIDO-PÉPTICAS 
❖ Refluxo gastroesofágico 
❖ Úlcera péptica (gástrica e duodenal) 
❖ Lesão relacionada ao estresse 
❖ Ulcerações da mucosa por fatores agressivos 
❖ 99% das úlceras são causadas: infecção por bactéria H. pylori ou pelos AINES 
Gastrite: inflamação da mucosa do estômago 
Úlcera: lesão da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno (porção inicial do intestino) 
- Fatores de agressão: ácido, pepsina, estresse, drogas e toxinas, Helicobacter pylori 
 
 
 
DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA (DUP) 
- Causas: úlcera duodenal ou gástrica: H. pylori, AINES 
- Diagnósticos diferenciais: câncer gástrico, pancreatite, câncer pancreático, dispepsia não ulcerosa, 
gastrite, colescistite, DRGE, IAM 
- Alterações no estilo de vida: descontinuar AINES e substituir por 
paracetamol no controle da dor 
• Suspender fumo 
• Ao há necessidade de restrição dietética salvo em certas 
situações individuais, os alimentos estarem associados 
com problemas 
• Álcool em moderação 
• Redução do estresse 
- Duração do tratamento: 7 a 14 dias 
- Seguimento para avaliação da erradicação do H. pylori: 
pacientes com alto risco, teste respiratório, após 4 semanas de 
tratamento 
 
Secreção de ácido gástrico, muco e bicarbonato: controle através de mecanismos neurais e 
humorais 
- O ácido é secretado das células parietais gástricas por uma bomba de prótons (através da enzima 
K+/H+-ATPase – IBP inibem essa enzima) 
- Participam histamina, Ach e gastrina 
- PGE2 e I2 inibem a secreção (protegem o estômago – uso de anti-inflamatório afeta essa 
proteção), estimulam secreção de muco e HCO3- dilatando vasos da mucosa 
 
 
- Antagonista de receptores H2: Cimetidina, 
ranitidina, famotidina 
- Inibidores da bomba de prótons: 
Omeoprazol, Lansoprazol, Pantoprazol 
- Antiácidos orais (hidróxido de alumínio) 
- Quelato de bismuto (bismuto tem 
atividade sobre a bactéria e é gastro 
protetor) 
 
*M antagonista - ATROPINA – não se usa 
mais (pouco eficaz) 
*Misoprostol – PGL sintética 
 
*A H. pylori age por 2 caminhos para predispor ocorrência de DUP: aumentando a atividade da 
urease (aumento de hidróxido de amônio) → aumenta pH → células G do antro gástrico começam 
a secretar gastrina → gastrina contribui para proliferação celular de células parietais, induzindo o 
aumento da secreção de ácido 
- No segundo mecanismo, os mediadores inflamatórios induzidos pela bactéria inibem secreção de 
somatostatina → as células D desinibem a liberação de gastrina das células G 
*Os AINES podem lesar a mucosa gástrica devido a sua acidez (lesão tópica) e, também, inibir a 
COX, diminuindo prostaglandinas, o que leva ao aumento da secreção gástrica de ácido, diminui 
produção de muco/bicarbonato e diminui fluxo sanguíneo 
- Outro mecanismo é aumentar a expressão de moléculas de adesão intercelular no endotélio 
vascular gástrico, aumentando aderência de neutrófilos, que leva a lesão da mucosa devido a 
radicais livres 
 
Inibidores da bomba de próton: ácidos lábeis (degradadas em pH muito ácido, por isso não se 
prescreve esse medicamento próximo às refeições – pois nesse momento a acidez aumenta muito 
e o medicamento seria degradado) 
- Passam a ficar na forma ativa no estômago, onde vai se transformar em sulfenamida ativa e 
formar um complexo sulfenamida-H+-K+-ATPase (enzima inativa) 
- Administrados 30 minutos antes das refeições; rapidamente absorvidos 
- Ligam-se altamente a proteínas plasmáticas 
- Omeoprazol: Inibidor do 2C19 (interação medicamentosa com dissulfiram/fenitoína) 
• Indutor do 1A2 (interação medicamentosa com imipramina/teofilina) 
• Diminui absorção de vitamina B12 
• Interação com cetoconazol/ampicilina 
- Efeitos adversos: raramente acontecem – cefaleia, náuseas, diarreia e cólicas abdominais 
• Mais raramente: confusão mental, tontura, sonolência, impotência, ginecomastia, etc. 
- Usos terapêuticos: úlceras gástricas e duodenais – quando necessário associar com antibióticos 
(metronidazol, tetraciclina e bismuto) 
• Esofagite de refluxo, se necessário associar drogas pró-cinéticas (ex: bromoprida – 
antagonista de dopamina (plamet)) 
 
 
 
Antagonistas de receptores H2: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina, Nizatidina 
- Administração oral e parenteral 
- Eficácia na administração noturna 
- Rapidamente absorvidos (Tmáx. 1 a 3h) – aumento c/ alimento 
- Liga-se fracamente em proteína plasmática; são eliminadas pelo rim (filtração e secreção tubular) 
- Cimetidina: inibidor clássico do CYP (1A2, 2C9, 2D6, 3A4) 
 
 
 
- Usos terapêuticos: úlcera duodenal, úlcera gástrica, refluxo gastroesofágico 
• Úlcera de estresse: prevenção de sangramento da gastrite 
- Efeitos adversos: náusea, diarreia, tonturas, mialgia, cefaleia, prurido e hipergastrinemia 
• SNC: alucinações, agitação, confusão (mais comum com cimetidina) 
• Endócrinos: lactação (aumento da secreção de prolactina) 
• Tratamento a longo prazo: perda da libido, impotência e ginecomastia 
 
Antagonista dos receptores muscarínicos – não são mais utilizados 
- Efeitos sobre a motilidade gástrica e sobre a atividade secretora 
- Pirenzepina (antagonista M relativamente específico) 
- Efeitos indesejáveis: xerostomia e visão turva, outros efeitos antimuscarínicos 
- Usos terapêuticos: coadjuvantes de anti-H2 
 
ERRADICAÇÃO DA H. pylori 
- Redução na recorrência das úlceras 
- Melhora cicatrização da úlcera 
- Acentua cicatrização da úlcera por anti-H2 
- Terapias duplas ou triplas: êxito quando há infecção por H. pylori 
- Associação de medicamentos: 
• Omeoprazol, amoxicilina e metronidazol 
• Omeoprazol, claritromomicina e amoxicilina 
• Quelato de bismuto e metronidazol, etc. 
 
Citoprotetores: compostos de bismuto (subcitrato de bismuto coloidal); sucralfato; misoprostol 
- Quelato de bismuto – subcitrato de bismuto coloidal (não é utilizado sozinho) 
➢ Efeitos benéficos: citoproteção incluindo barreira protetora que se forma em pH ácido 
➢ Efeito antibacteriano contra H. pylori 
➢ Efeitos tóxicos: somente com doses muito altas – ataxiae encefalopatia; disfunção renal 
- Sucralfato: complexo de hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada 
➢ Efeitos: forma gel complexo com muco (requer meio ácido), diminuindo ação da pepsina 
➢ Estimula os mecanismos protetores da mucosa (citoproteção) 
➢ Promove cicatrização de úlceras 
 
ANTI-EMÉTICOS 
 
Vômito – mecanismo reflexo 
- Estímulos: substâncias químicas ou fármacos 
➢ Aferência neuronal TGI, labirinto e SNC 
 
➢ Vias e mediadores: 
impulsos da zona de gatilho 
(ZGQ), NTS e SNC 
- Transmissores químicos 
ligados a êmese (histamina 
H1, Ach M1, dopamina D2, 
hidroxitriptamina 5-HT3, 
Neurocinina-1 NK1) 
 
 
 
 
 
 
Antagonista H1: cinarizina, ciclizina, difenidramina, dimenidrinato (presente no Dramin), 
hidroxizina, prometazina (fenergan) 
*meclizina (MECLIN): droga segura para ser usada em casos de náuseas na gravidez 
- Efeitos adversos: sonolência 
 
Antagonistas muscarínicos: (exemplo: Hioscina) – um dos melhores para profilaxia e tratamento 
de cinetose (enjoo por movimento, como em barcos, etc.) 
- Uso: VO ou como adesivo transdérmico 
- Efeitos indesejáveis: sedação e as próprias atividade anticolinérgicas 
 
Antagonistas de dopamina (antipsicóticos) 
- Clorpramazina, perfenadina, procorperazina, trifluoperazina 
- Bloqueiam receptores de dopamina e muscarínicos da Ach 
- Antieméticos usados para manifestações mais intensas: associadas ao câncer, radioterapia, 
citotóxicos, opioides, anestésicos, etc. 
- Efeitos indesejáveis: sedação, hipotensão, sintomas extrapiramidais; efeitos resultantes das 
atividades antimuscarínicas 
- OUTROS: haloperidol e levomepromazina 
➢ Usados na êmese aguda causada pela quimioterapia 
➢ Efeitos indesejáveis: efeitos extrapiramidais 
Benzamidas: metoclopramida e trimetobenzamida 
➢ Atua na CTZ (zona gatilho) e no TGI 
➢ Atividades antieméticas e no refluxo gastroesofágico 
➢ Efeitos indesejáveis: efeitos extrapiramidais e estimulação da liberação de prolactina 
Domperidona: não atravessa BHE 
➢ Usada para tratar vômitos induzidos por citotóxicos e outros 
 
Antagonistas de receptores 5-HT3 
- Ondasetrona, granissetrona, dolassetrona, palonossetrona 
- Bloqueio de receptores 5-HT3: 
➢ Centrais: centro do vômito e na zona ZDQ 
➢ Ação periférica no nervo aferente craniano – intestinal 
- Previne e trata vômitos pós-operatórios ou causados por radioterapia ou administração de 
quimioterápicos citotóxicos (cisplatina) 
- Úteis também para náuseas e vômitos induzidos por radioterapia 
- Terapia combinada = aumento da eficácia 
*Antagonistas de receptores de 5-HT3, combinada com um corticosteroide (dexametasona) e 
antagonista de receptor de NK1 neurocinina (aprepianto) 
*APREPIANTO (Emend): usado em associação com antagonista de receptores de 5-HT3 com um 
corticosteroide (dexametasona) na prevenção de náuseas e vômitos tardios e agudos causados por 
quimioterápicos 
 
Canabinoides: dronabinol e nabilona 
- Possuem princípios ativos encontrados na maconha – THC tetrahidrocanabinol (dronabinol) e 
análogo do THC na nabilona 
- Ambos são antieméticos e o dronabinol também aumenta o apetite 
- Uso na prevenção de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia; via oral, dronabinol bem 
metabolizado no fígado e nabilona metabolizada em vários tecidos; ambos eliminados pela urina e 
nas fezes 
- Efeitos adversos: sonolência, tontura, xerostomia, euforias, disforias, podem ocorrer alucinações 
e reações psicóticas 
 
ANTI HISTAMÍNICOS 
- Os de segunda geração não causam sonolência, pois não chegam em SNC 
 
- H1 e H3 (receptores), os anti histamínicos são agonistas inversos, ou seja, deixa o receptor da 
histamina na forma inativa 
- Alguns tem atividade anti emética 
- ANTAGONISTAS DE RECEPTORES H1 – difenidramina, cinarizina, prometazina 
➢ Os mais usados: cinarizina, ciclizina, meclezina e prometazina 
➢ Eficazes contra náuseas e vômitos de muitas origens, como induzidas por irritantes no 
estômago ou cinetose 
➢ Atividade antiemética fraca, muita sedação e efeito anticolinérgicos 
➢ *Meclizina: produz menos sedação e efeitos anticolinérgicos mínimos 
➢ *Hioscina: um dos melhores na cinetose, mas sedação e efeitos anticolinérgicos intensos 
LAXATIVOS 
- Formadores de bolo fecal: metilcelulose, ágar, estercúlia 
- Osmóticos: sulfato de magnésio, lactulose, glicerina, sorbitol, manitol (expulsão do bolo fecal) 
- Estimulantes: bisacodil, picossulfato, fenolftaleína, sene (aumenta peristaltismo)

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