SÍNTESE Comparativa _ OLIVEIRA (1999) & PONTUSCHKA (2006)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA 
DISCIPLINA DE ENSINO I 
 
PROFA. DRA. ALEXANDRA MARIA DE OLIVEIRA 
ALUNA: ALANA SALES NECO 
 
SÍNTESE 04: OLIVEIRA (1999) e PONTUSCHKA (2006) 
GEOGRAFIA E ENSINO: PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS EM 
DISCUSSÃO 
Ariovaldo Umbelino de Oliveira 
A FORMAÇÃO GEOGRÁFICA E PEDAGÓGICA DO PROFESSOR 
Nidia Nacib Pontuschka 
 
O texto de Umbelino de Oliveira o autor classifica como um grito contra tudo 
que vinha sendo colocado pelo governo vigente e alertando para que haja essa força de 
resistência aos desmandos do governo cometidos à época, "fujamos da unanimidade 
eletrônica do governo FHC". Entrando no âmbito do contexto histórico e acadêmico da 
época, o autor nos conta que a universidade brasileira também vem sofrendo abalos 
provocados pelas citadas reformas perpetradas pelo governo FHC, que pretendia 
transformar a instituição social universidade em organização social universidade, o que 
deturparia os significados e funções dessas instituições bem como, à docência, atingida 
de forma direta e drástica. Ele aponta a adoção do ecletismo na ciência geográfica, 
adotado pelos autores dos PCNs e chama atenção para a armadilha da pluralidade de 
concepções da geografia dentro desses parâmetros. E conclui com a denúncia as 
reformas na educação e sua crítica aos PCNs, os quais segundo ele, fazem parte do 
conjunto de políticas que visam implementar o neoliberalismo no Brasil e a visão de 
Geografia presente nos PCNs representaria essa posição. Por tanto o combate aos 
PCNs e, principalmente, ao PCN de Geografia deverá ser a palavra de ordem, evocando 
as Associação dos Geógrafos Brasileiros como lugar dessa resistência. 
Analisando o texto de Pontuschkca que tem por objetivo refletir sobre aspectos 
significativos da formação do professor e, especificamente do professor de Geografia. 
A autora cita as transformações tecnológicas e sociais sofridas ao longo dos anos em 
consequência do capitalismo globalizado e o neoliberalismo, que dentre outras coisas, 
atingem a educação e a formação docente. Ela vai analisar a formação do licenciando, 
levando-se em conta variados aspectos como a tempo e espaço e as condições de 
mundo e do País à época, variáveis que incidem diretamente sobre a formação de um 
professor, em especial a de Geografia, elencando os desafios que se colocam para essa 
formação, bem como, citando instituições e associações que desenvolvem mecanismos 
de diálogo e combate as imposições dos formatos de educação e formação de 
professores, propostos por órgãos governamentais, a saber o Ministério da Educação , 
principal responsável pela formulação da política educacional do país. Pontuschka 
assinala a importância da pesquisa na formação do professor de Geografia, 
classificando-a como fundamental para uma sólida formação. Para finalizar a autora fala 
sobre aspectos importantes serem desenvolvidos pelo professor de Geografia em sua 
formação, como a postura crítica frente aos conhecimentos geográficos, participação 
nos movimentos de renovação da geografia, dentre outros. 
O texto de Oliveira nos conta sobre um grito, ou gritos de resistências contra 
atuações e desmandos no contexto do governo de FHC que procurava implementar 
diversas reformas no país, sobretudo na educação, onde os impactos seriam 
imensuráveis, como a implementação dos Parâmetros Curriculares Nacionais que 
vinham pra deturpar as instituições e as formas da educação como mecanismo de 
fomento de uma ideologia neoliberal no País, onde a Geografia, nos moldes como era 
colocada nos PCNs, se constituía como ferramenta de auxílio nesse processo. Portanto 
o autor se coloca como resistência e provoca seu leitor a também tomar essa posição 
de negação aos desmandos do governo e as armadilhas dos PCNs em sua época. 
O texto de Pontuschka nos conta sobre uma análise da formação do professor, 
em especial o de Geografia, levando-se em conta variados aspectos como o tempo e o 
espaço e as condições de mundo e do País à época. E traz também aspectos 
importantes para uma boa formação docente, mais particularmente do professor de 
Geografia. Os textos se assemelham ao falarem de parâmetros de currículo e formação 
docente, mais reservadamente do professor de Geografia e quando trazem os aspectos 
nacionais e mundiais que influenciam nessas dinâmicas. Em Pontuschka temos uma 
leitura mais ampla dos elementos que constituem influências sobre o currículo e a 
formação do docente de Geografia, com uma pesquisa mais voltada para a história da 
profissão de professor, sua proletarização e as condições da época para o licenciando 
em Geografia, trazendo ao final essenciais recomendações a serem seguidas pelo 
licenciando para que tenha uma formação crítica, consistente e completa como 
professor de Geografia. 
Textos como esses nos auxiliam na compreensão e análise dessas propostas 
desses processos perpetrados contra as instâncias educacionais e o professor, bem 
como, ler esses autores corrobora para que nos coloquemos cada vez mais como 
resistência a tudo isso, ao passo que, tanto OLIVEIRA como PONTUSCHKA nos 
ensinam sobre os processos de construção dos currículos, sobre a formação da 
profissão de professor e sobre os jogos de poder e interesses por trás das variadas 
fases que ambos os processos passaram ao longo dos anos e que até hoje ainda 
passam, as quais nos são possíveis de entender, questionar e resistir porque temos lido 
arcabouços que tanto nos agregam poder de luta e argumentação.