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Transtorno esquizofreniforme (F20.81) 
Rayane Aguiar – P9 
Critérios diagnósticos: 
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de tempo durante 
um período de um mês (ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou 
(3): 
1. Delírios. 
2. Alucinações. 
3. Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência frequentes). 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia). 
B. Um episódio do transtorno que dura pelo menos um mês, mas menos do que seis meses. Quando deve 
ser feito um diagnóstico sem aguardar a recuperação, ele deve ser qualificado como “provisório”. 
C. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas 
foram descartados porque 
1) nenhum episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu concomitantemente com os sintomas da fase ativa ou 
2) se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, estiveram presentes pela menor parte da 
duração total dos períodos ativo e residual da doença. 
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) 
ou a outra condição médica. 
Especificar se: 
Com características de bom prognóstico: Esse especificador exige a presença de pelo menos duas das seguintes 
características: início de sintomas psicóticos proeminentes em quatro semanas da primeira mudança percebida no 
comportamento ou funcionamento habitual; confusão ou perplexidade; bom funcionamento social e profissional 
pré-mórbido; ausência de afeto embotado ou plano. 
Sem características de bom prognóstico: Esse especificador é aplicado se duas ou mais entre as características 
anteriores não estiveram presentes. 
Especificar se: 
Com catatonia. 
Nota para codificação: Usar o código adicional 293.89 (F06.1) de catatonia associado ao transtorno 
esquizofreniforme para indicar a presença da comorbidade com catatonia. 
Especificar a gravidade atual: 
A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos sintomas primários de psicose, o que inclui delírios, 
alucinações, desorganização do discurso, comportamento psicomotor anormal e sintomas negativos. Cada um 
desses sintomas pode ser classificado quanto à gravidade atual (mais grave nos últimos sete dias) em uma escala 
com 5 pontos, variando de 0 (não presente) a 4 (presente e grave). 
Nota: O diagnóstico de transtorno esquizofreniforme pode ser feito sem a utilização desse especificador de 
gravidade. 
 
Os sintomas característicos do transtorno esquizofreniforme são idênticos aos da esquizofrenia (Critério A). O 
transtorno esquizofreniforme se distingue por sua diferença na duração: a duração total da doença, incluindo as fases 
prodrômica, ativa e residual, é de pelo menos um mês, mas inferior a seis meses (Critério B). A exigência de duração 
para transtorno esquizofreniforme é intermediária entre aquela para transtorno psicótico breve, que dura mais de um 
dia e remite em um mês, e aquela para esquizofrenia, que dura pelo menos seis meses. O diagnóstico de transtorno 
esquizofreniforme é feito em duas condições: 1) quando um episódio da doença dura entre 1 e 6 meses, e a pessoa já 
se recuperou; 2) quando um indivíduo está sintomático por menos de seis meses, tempo necessário para o diagnóstico 
de esquizofrenia, mas ainda não se recuperou. Nesse caso, o diagnóstico deve ser registrado como “transtorno 
esquizofreniforme (provisório)”, porque ainda não há certeza se o indivíduo irá se recuperar da perturbação no 
período de seis meses. Se a perturbação persistir por mais de seis meses, o diagnóstico deve ser mudado para 
esquizofrenia. Outra característica distintiva do transtorno esquizofreniforme é a falta de um critério que exija 
funcionamento social e profissional prejudicado. Apesar de tais prejuízos poderem potencialmente estar presentes, 
eles não são necessários para um diagnóstico de transtorno esquizofreniforme. Além das cinco áreas de domínio 
sintomático identificadas nos critérios diagnósticos, a avaliação de sintomas nos domínios cognição, depressão e 
mania é fundamental para que sejam feitas distinções importantes entre os vários transtornos do espectro da 
esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. 
Transtorno esquizofreniforme (F20.81) 
Rayane Aguiar – P9 
Tratamento 
A hospitalização, frequentemente necessária para tratar indivíduos com transtorno esquizofreniforme, permite a 
avaliação, o tratamento e a supervisão efetiva do comportamento do paciente. Os sintomas psicóticos em geral podem 
ser tratados com um curso de 3 a 6 meses de medicamentos antipsicóticos (p. ex., risperidona). Vários estudos 
mostraram que pacientes com esse transtorno respondem ao tratamento com antipsicóticos com muito mais rapidez 
do que os que apresentam esquizofrenia. Em um estudo, cerca de 75% dos pacientes com transtorno 
esquizofreniforme e apenas 20% dos com esquizofrenia responderam a medicamentos antipsicóticos no período de 
oito dias. O uso de lítio, carbamazepina ou valproato pode ser indicado para tratamento e profilaxia se o paciente 
tiver um episódio recorrente. Psicoterapia costuma ser necessária para ajudar os pacientes a integrar a experiência 
psicótica em sua compreensão de suas próprias mentes e vidas. A ECT pode ser indicada para alguns pacientes, 
especialmente para aqueles com aspectos catatônicos ou depressivos acentuados. 
Por fim, a maioria dos pacientes com transtorno esquizofreniforme progride para esquizofrenia apesar do tratamento. 
Nesses casos, deve ser formulado um plano de tratamento consistente com uma doença crônica.

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