Buscar

Projeto de Intervenção - TCC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 CARMELITO RODRIGUES DE OLIVEIRA
INCENTIVANDO A LEITURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO NA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ZINHA PRATES
MONTES CLAROS /MG 2021
CARMELITO RODRIGUES DE OLIVEIRA
INCENTIVANDO A LEITURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO NA TERCEIRA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ZINHA PRATES
Relatório Final de Pesquisa do Projeto de Intervenção apresentado ao curso de Graduação de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG, como requisito para obtenção de título de graduação. 
Orientador(a): Me Aneuzimira Caldeira Souza 
Tutor(a) Presencial: Maria Aparecida Meira
Tutor (a) a distância: Deusdedit David Rodrigues
MONTES CLAROS /MG 2021
RESUMO
 O presente trabalho trata de um Projeto de intervenção que faz parte das exigências para a conclusão do curso de Licenciatura em Pedagogia e justifica-se pela preocupação com as crianças, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, e na escola incentivos e norteadores para uma prática de leitura correta e eficaz. Pretendemos responder a questão prolemática: Como incentivar e desenvolver a leitura crítica? O objetivo geral deste projeto é incentivar a prática da leitura crítica, e como objetivos específicos: fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e a prática da leitura crítica, buscando conceituar e explanar o assunto; conhecer como se dá a leitura crítica e elaborar conteúdos e atividades que possam incentivar e desenvolver a prática da leitura crítica. Para tanto abordamos os conteúdos: Leitura e escrita, Interpretação de texto, Produção textual e Releitura e apreciação da arte e da literatura como instrumentos de comunicação. E será desenvolvido através da leitura do livro Menina bonita do laço de fita e atividades que visam a leitura crítica do livro, sendo necessários recursos de fácil acesso. E a avaliação sugerida é a observação do desempenho dos alunos nas atividades. No presente projeto de ensino discutimos na revisão bibliográfica um pouco do que vem a ser a leitura crítica e sua importância através das ideias de autores como Solé (1998), Kleiman (2004), Silva (1991) e Chiappini (1998).
Palavras-chave: Ler. Leitura. Crítica. 
.
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Projeto de Intervenção Relatório Final
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
PROBLEMA	6
PÚBLICO-ALVO	6
JUSTIFICATIVA	6
OBJETIVOS	6
REVISÃO DE LITERATURA	7
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	14
O Plano de Intervenção	14
AÇÕES DA INTERVENÇÃO: DESCRIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO	17
CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	21
	
	
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Projeto de Intervenção Relatório Final
1. INTRODUÇÃO
Há muito tempo educadores afirmam que através do hábito da leitura a sociedade pode se transformar e alcançar um perfil de sociedade composta de leitores conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes de buscar sozinhas ainda mais conhecimentos. Por isso, a preocupação com as crianças e adolescentes, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, e na escola incentivos e norteadores para uma prática de leitura correta e eficaz. Assim será possível pensar em uma sociedade constituída de bons leitores, por conseguinte, excelentes escritores. 
O problema que move essa pesquisa está indicado pela questão: Como incentivar e desenvolver a leitura crítica?
Essa pesquisa tem como objetivo geral incentivar a prática da leitura crítica. E os específicos são: Fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e a prática da leitura crítica, buscando conceituar e explanar o assunto. Conhecer como se dá a leitura crítica. Elaborar conteúdos e atividades que possam incentivar e desenvolver a prática da leitura crítica. 
A presente pesquisa justifica-se pela necessidade de engajamento dos professores na tarefa de oportunizar aos alunos situações de contato e prática da leitura crítica. Dessa forma, decidiu-se realizar um projeto que focalize o trabalho com leitura através dos conteúdos: leitura e escrita; Interpretação de texto; Produção textual e Releitura e apreciação da arte e da literatura como instrumentos de comunicação. Para desenvolvimento propomos atividades relacionadas ao tema abordado no livro “Menina bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado, as diferenças, buscando o incentivo e a prática da leitura crítica por meio de leitura, releitura e escrita. Para tanto utilizaremos recursos como vídeos para assistir a história contada, Produção de texto coletiva para instigar a participação dos alunos, recortes em revistas para produção de mural e outros descritos no corpo do Projeto. Para avaliação sugerimos que seja feita através da observação do desempenho dos alunos nas atividades desenvolvidas durante o projeto.
Na revisão bibliográfica discutimos um pouco do que vem a ser a leitura crítica e destacamos que é uma atividade que vai além do decodificar, que envolve vários aspectos cognitivos. Além disso, demonstramos sua importância na formação social do indivíduo, apresentamos os pressupostos teóricos sobre o ensino da leitura e papel desempenhado pelo professor nesse trabalho, uma vez que é ele o principal exemplo de leitor que um aluno aprendiz pode ter.
As atividades propostas a serem desenvolvidas neste projeto, bem como o livro escolhido para fundamentá-las, têm o intuito de demonstrar para o professor como é possível trabalhar de modo diferenciado um livro, desenvolvendo e incentivando a leitura em crianças, para desde cedo formá-las leitoras. Bem como, trabalhar aspectos culturais e sociais através do mesmo, aplicando a criticidade envolvida na leitura.
2. Problema
Como incentivar e desenvolver a leitura crítica?
1. PÚBLICO-ALVO
O Projeto de intervenção O papel da leitura na formação do leitor crítico tem como público alvo alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I da Escola Estadual Zinha Prates de Montes Claros- MG.
4. JUSTIFICATIVA
Há muito tempo educadores afirmam que através do hábito da leitura, a sociedade pode se transformar e alcançar um perfil de sociedade composta de leitores conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes de buscar sozinhos ainda mais conhecimentos. Por isso, a presente pesquisa justifica-se pela preocupação com as crianças, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, e na escola incentivos e norteadores para uma prática de leitura correta e eficaz. Assim será possível pensar em uma sociedade constituída de bons leitores, por conseguinte, excelentes escritores. 
5. Objetivos
5.1 Objetivo geral: Incentivar a prática da leitura crítica.
5.2 Objetivos específicos:
· Fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e a prática da leitura crítica, buscando conceituar e explanar o assunto.
· Conhecer como se dá a leitura crítica. 
· Elaborar conteúdos e atividades que possam incentivar e desenvolver a prática da leitura crítica. 
6. REVISÃO DE LITERATURA
 6.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA 
 A leitura representa um dos pilares do processo ensino - aprendizagem, pois permite a aquisição de conhecimentos específicos. A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual do ser humano, pois ao ler o indivíduo tem a oportunidade de ampliar a consciência e a visão do mundo. A esse respeito Paulo Freire nos diz que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela (...)” (FREIRE, 1994.p.11).
Para Martins (2003) ler significa também aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós próprios, o que, mal ou bem, fazemos mesmo sem ser ensinados. Diante disso, a função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar a sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, segundo as dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Então, criar condições de leitura não implica apenas em alfabetizar ou propiciar acesso aoslivros. Vai além, é dialogar com o leitor sobre a sua leitura, isto é, sobre o sentido que ele dá, repito, a algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens, coisas, ideias, situações reais ou imaginárias. (MARTINS, 2003, p.34).
 “Ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita...” (LERNER, 2002, p.73)
Antigamente, antes de ser inventada a imprensa, a leitura era privilegio que poucos podiam ter e ainda após o Século do Humanismo, uma pequena parte da elite culta é que tinha a ela acesso. Podemos observar que a prática da leitura se relaciona as necessidades não só da sociedade, uma vez que é através de um trabalho bem elaborado com a leitura que, por exemplo, a escola consegue realizar um de seus objetivos que é formar cidadãos críticos, como propõe os novos Parâmetros Curriculares 1997, assim ela está intrinsecamente relacionada também ao indivíduo. Então “o direito de ler significa igualmente o de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, o de aprender e progredir” (BAMBERGER,1995, p.9).
Através do hábito da leitura, é possível acreditar que a sociedade se transforme e alcance o patamar de uma sociedade composta de leitores conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes de buscar sozinhas ainda mais conhecimentos. “A leitura e a escrita são muito importantes para que as pessoas exerçam seus direitos, possam trabalhar e participar da sociedade com cidadania, se informar e aprender coisas novas ao longo de toda a vida”. (BRASIL, 2006, p. 05). Por isso, a preocupação com as crianças, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, pois assim será possível pensar em uma sociedade constituída de bons leitores, por conseguinte, excelentes escritores. 
O escritor Monteiro Lobato destacou: “Um país se faz com homens e livros”, ressaltando quão importante é a leitura para o indivíduo e sua sociedade. Em corroboração Kerschensteiner apud Bamberger (1995, p. 33) salienta que “A educação do indivíduo só é possível através dos bens culturais cuja estrutura intelectual se ajusta plena ou parcialmente a estrutura do nível de desenvolvimento intelectual do indivíduo”. E, na visão desses autores a leitura tem um papel fundamental na formação cultural e intelectual do indivíduo.
6.2 O PROFESSOR E AS ESTRATÉGIAS NO ENSINO DE LEITURA
Estudos sobre leitura realizados por diferentes teóricos concordam que a leitura é Elemento importante para a aquisição de conhecimentos e formação afetiva. Sobre isso, Rangel (1990) destaca que o hábito da leitura melhora o desenvolvimento da capacidade cognitiva, contribui para a reflexão e expressão do pensamento, promove a habilidade para argumentação tanto escrita quanto oral. Assim, o autor afirma que a prática da leitura é fundamental em todas as áreas do conhecimento, e em todos os níveis de ensino. Por esse motivo, ela deve iniciar o quanto antes para que seja uma prática constante desde a alfabetização até o ensino superior e demais graus de ensino.
Baseado no apresentado Rangel (1990) observa que 
O papel do professor como multiplicador de leitores pode facilitar o processo, promovendo diferentes estratégias de leitura como, por exemplo, ativar o conhecimento prévio do aluno; distinguir o essencial do que é pouco relevante; determinar o objetivo da leitura; criar expectativas ou, ainda, incentivar o aluno a fazer previsões ou hipóteses. (RANGEL, 1990, p.2).
Contrapondo esse pensamento está muitas vezes a atitude de alguns professores que apesar de pensarem dessa forma, não são exemplo de leitores. Para ser realmente um incentivador, o professor precisa se envolver com a leitura, se inteirar por exemplo sobre os processos cognitivos e relacionar os conhecimentos teóricos sobre o assunto a realidade vivida em seu ambiente de trabalho, ou seja, buscar estratégias pedagógicas que correspondam as necessidades apresentadas por seus alunos. 
o ensino da leitura deveria seguir os seguintes propósitos: incentivar o indivíduo em sua leitura, de modo a levá-lo a sua autorrealização; empregar a leitura como um instrumento de aprendizagem e crítica, e também de diversão; ampliar constantemente os interesses de leitura dos alunos; estimular atitudes que levem a um gosto pela leitura e para outros fins. (BAMBERGER, 1998, p. 24)
Ainda em referência ao papel do professor no trabalho com a leitura Cramer e Claster (2001) afirma que se esse profissional assume uma postura positiva diante da leitura, isso contribuirá para o desenvolvimento desta habilidade nos seus alunos de forma que eles não só a praticarão enquanto estiverem na escola, mas ainda depois, quando se formarem continuaram a desempenhar tal hábito. 
As atividades desenvolvidas devem ser vistas como um modo a mais de interação entre professor e aluno, de forma que um possa influenciar na atitude do outro, ou seja, o professor poderá mudar comportamentos do aluno e desperta-lo como leitor. Cabe ao professor a responsabilidade de ser exemplo para seu aluno-leitor conforme nos aponta Dwyer e Dwyer (2001), conferindo ao professor a missão de ser modelo de adulto leitor, uma vez que em muitos casos as crianças não encontram esse modelo em suas casas.
Então, o trabalho proposto em sala de aula não deve ser de cunho impositivo, mas interativo. Estudiosos defendem que o exemplo do professor influenciará seus alunos, facilitando também o trabalho em sala. 
Aprender a explicar um texto “para aprender” não é aprender, exceto para fins escolares, pois existem tantas maneiras de explicar ou interpretar um texto quantas perspectivas gramaticais. Se esse aprendizado não for associado a uma ou mais práticas sociais, suscetível de ter um sentido para os alunos será rapidamente esquecido, considerando como um dos obstáculos a serem vencidos para conseguir um diploma e não côo uma competência a ser assimilada para dominar situações da vida. (PERRENOUD, 1999, p.45).
Dessa maneira a leitura deve ser trabalhada levando em consideração sua primeira característica, de ser algo prazeroso e não imposto ao aluno como mais um mecanismo para avaliá-lo; a nota não deve ser a principal preocupação do aluno ao ler um livro ou texto. Também sobre o ensino de leitura, levantou-se o questionamento da real possibilidade de se ensinar o aluno a ler, a respeito Rangel (1990) declara que o aluno deve se envolver no trabalho, mas que o professor atua como o mediador desse processo que pode ser lento, mas deve ser permanente. 
Nesse sentido, ensinar leitura implica assumir alguns propósitos que são: o incentivo do indivíduo para a leitura, a fim de levá-lo a autorrealização; o emprego da leitura como instrumento possibilitador de uma aprendizagem crítica; bem como a busca constante pelo interesse dos alunos pela leitura e o estimulo pelo gosto pela leitura. (BAMBERGER, 1998, p.24).
Esse modo se torna necessário ainda que o professor crie estratégias para desenvolvimento do trabalho com leitura. Para Solé (1998), estratégias são “um conjunto de ações voltadas para execução de uma meta”. E por meio delas o indivíduo aprende a selecionar, avaliar, persistir ou mudar certas ações visando alcançar os objetivos por ele mesmo traçados.
As estratégias de leitura são capacidades cognitivas de ordem mais elevada e intimamente ligadas à metacognição. Elas permitem uma atuação inteligente e planejada da atividade de leitura, já que, enquanto ações metacognitivas permitem conhecer sobre o próprio conhecimento. (SOLÉ, 1998, p.70).
A autora defende que o ensino das estratégias de leitura deve acontecer de maneira que possibilite que elas possam ser relacionadas a outras situações, e não feito de um único modo, como se este fosse infalível. Porém, de forma a valorizar a capacidade de cognição do aluno, desse modo, não basta ao professor conhecer diversas estratégias se não sabe como usá-las. Haja vista quequando bem trabalhado e instruído o aluno alcançará com o passar do tempo autonomia diante da leitura, então, “o bom ensino não é apenas o que se situa um pouco acima do nível atual do aluno, mas que garante a interiorização do que foi ensinado e seu uso autônomo por parte dele”. Solé (1998, p.76).
Solé (1998) destaca que o ensino de leitura que utiliza estratégias deve ser pautado em três características. Na primeira, professor e aluno revezam seus lugares na prática educativa, mas, considera os dois como elementos indispensáveis para o processo educativo. Na segunda o professor é apresentado como o orientador da atividade, ele é o responsável por mediar os conhecimentos escolares e as situações sociais. Já na terceira a ideia defendida é que o aluno possui capacidade de resolver questões que ás vezes lhe são evitadas, sozinho, mesmo que seja ele uma criança. Para a autora o terceiro pressuposto se relaciona ao grau de complexidade dos textos e das atividades propostas com os mesmos. Não é aconselhável poupar os alunos de novos desafios. 
O professor ao utilizar estratégias para o ensino de leitura deve fazê-lo de forma inovadora, a fim de aumentar o repertório do aluno ao expô-lo com a maior diversidade de gêneros textuais possíveis. Deve-se considerar a formação do leitor como um processo gradual, planejando e exigindo de forma que o processo faça sentido para aluno, leitor em construção. Dessa forma, podemos observar que a intenção é incluir a criança nesse processo, utilizando estratégias que envolvam o aluno aprendiz de forma afetiva e cognitiva. Aqui, cabe ao professor a função de facilitar o processo de construção de conhecimentos que a leitura requer do aprendiz. Isso porque segundo Melo e Kramer (2001, p. 204), ler é uma questão que não “se resolve com o aperfeiçoamento de métodos de alfabetização, pois a leitura é algo mais que um mero passo além da decifração”.
Solé (1998) em conformidade com o exposto ainda ressalta que o importante no ensino da leitura não é apenas a “explicitação” de como se desenvolverá trabalho com a leitura.
As estratégias de leitura apresentadas por Solé (1998) possibilitam que através delas sejam produzidos novos sentidos no aluno, mobilizando vários tipos de conhecimentos que temos armazenados na memória. O processamento textual pauta-se em três a diferentes sistemas de conhecimento, os quais, são segundo Koch e Elias (2007):
▪ Conhecimento linguístico, que abarca o conhecimento gramatical e lexical dos indivíduos compreende a organização do material linguístico na superfície do textual, que seria, por exemplo, os meios coesivos usados pelo indivíduo para retomar um referente. 
▪ Conhecimento enciclopédico ou de mundo, refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo, assim como os alusivos às vivências pessoais e eventos espaço-temporalmente situados.
▪ Conhecimento interacional, este refere-se à forma de interação por meio da linguagem e engloba outros conhecimentos, como:
- locucional: permite ao leitor o conhecimento de objetivos ou propósitos pretendidos pelo produtor do texto, em uma dada situação interacional;
- Comunicacional: refere-se à quantidade de informações necessárias, ou seja, seleção da variante linguística adequada á situação de interação e adequação do gênero a situação comunicativa;
- Metacomunicativo: com ele o locutor certifica a compreensão do texto por parte de seu ouvinte e consegue que ele aceite os objetivos com que produz o que fala, para isso utiliza várias ações linguísticas como, sinais de articulação e atividades de construção textual, a fim de obter a atenção do leitor;
- Supraestrutural: possibilita a identificação do texto como exemplares adequados aos diversos eventos da vida social, diz respeito ao conhecimento de gêneros e tipos textuais, bem como da ordenação textual em conexão com os objetivos pretendidos.
A autora observa que o conjunto de todos esses conhecimentos se determina socioculturalmente e são adquiridos de acordo com a vivência de circunstâncias que farão com que se haja de um modo em particular em determinadas situações e atividades específicas.
6.3 A LEITURA CRÍTICA E O LEITOR CRÍTICO: DESAFIOS NA SALA DE AULA
A construção do significado de um texto é alcançada por meio da compreensão que o leitor obtém do mesmo, tarefa esta que não é fácil quando tratamos da leitura de textos em sala de aula. Em concordância com esta ideia Foucambert (1994), afirma que o leitor é aquele que se sente comprometido com o seu estar no mundo e com a sua transformação, bem como a transformação dos outros e das coisas, para ele ser leitor é compreender. Silva (1991), observa que “o leitor crítico, movido por sua intencionalidade, desvela o significado pretendido pelo autor (emissor), mas não permanece nesse nível – ele reage, questiona, problematiza, aprecia com criticidade” (SILVA, 1991, p.79). 
Assim, a criticidade é elemento importante que deve acompanhar o leitor, visto ser ela que possibilita a este compreender as entrelinhas do que está escrito, ou seja, faz com que o indivíduo que lê possa posicionar-se, discutindo com suas próprias ideias e eliminando suposições. 
A leitura precisa ser um momento em que o leitor constrói significados que permitem, conforme Chiappini (1998), dessa forma, adquire a capacidade de produzir um novo texto partindo das ideias lidas corroborando ou não com as ideias ou teorias lidas. Quando o leitor é capaz de ler e a partir dessa leitura construir novos conhecimentos ou texto ele deixa de somente decodificar sinais, ou meramente reproduzir informações para se tornar um leitor crítico. 
Assim sendo, os alunos devem ser orientados e incentivados a leitura de forma correta e responsável para que ela não se torne mera decodificação feita de qualquer forma. A leitura aumenta o conhecimento geral e ou específico. Ler é trocar informações e experiências próprias com as narradas pelo escritor, comparar os pontos de vista, é recriar ideias, rever conceitos, produzir conhecimento.
	 Sendo a escola o espaço destinado a formação de leitores, torna-se exigência que nela sejam elaborados trabalhos que contribuam a formação do leitor, de forma que ele seja capaz de compreender e interpretar e escrever sobre o que leu. A respeito Roland Barthes (1992) afirma que é necessário fazer do leitor não mais um consumidor, mas sim, um produtor de textos e isso é conseguido à medida que ele preenche as lacunas existentes na obra lida, mergulhando na ambiguidade dos textos, em busca dos significados mais profundos.
Para Silva (1991) as atividades de ensino desenvolvidas em sala de aula devem levar o leitor ao “exercício de sua consciência sobre o material escrito não visando o simples reter ou memorizar, mas o compreender e o criticar” Silva (1991, p. 80). Isso demonstra que a tarefa de compreender o que é lido é algo complexo, portanto exige a adoção de práticas que vão além da decodificação, mas devem buscar o entendimento e a compreensão do que está sendo ensinado.
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (Apud GERALDI, 1998, p.80).
A formação de um leitor crítico precisa se basear no desenvolvimento de uma prática de leitura que desperte e cultive o desejo de ler. Para isso, a prática pedagógica deve ser eficiente, funcionando interligada às estratégias de leitura. O educador precisa observar e colaborar com o desenvolvimento intelectual do seu aluno, dando suporte para que ele seja capaz de desenvolver o ato de ler de forma tão eficaz que o processo seja possível independentemente da complexidade do texto. 
Eco (2000, p. 31) analisa que “um texto é um universo aberto onde o intérprete pode descobrir uma infinidade de conexões”. O leitor pode dentro desse universo formular conexõesentre a realidade por ele vivenciada e ideias de autores das quais tenha conhecimento. Então, para o autor, os professores devem ser estimulados a ensinar em sala de aula que a leitura é na verdade um veículo de aperfeiçoamento da sociedade, e através dela eles irão compreender o seu papel de agente transformador do mundo em que vivem. Por isso, é tão relevante a capacitação continuada, estudos e atualização dos professores. “A leitura crítica faz parte da capacidade do professor, pois ao se tornar um leitor crítico e praticar essa leitura ele se torna apto para ensinar seus alunos a também o serem” (ECO, 2000, p.34). 
7. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a construção deste trabalho adotamos a pesquisa bibliográfica, realizando levantamento bibliográfico que envolveu a leitura, análise e interpretação de livros, e também estudos sobre o assunto disponibilizados via a internet que apresentam ideias sobre o uso da poesia na alfabetização, ou abordaram em estudos aspectos relevantes para uma melhor compreensão do assunto. Em seguida apresentamos sugestões de atividades relacionadas ao assunto de forma a colaborar com a formação de leitores críticos.
O Plano de intervenção foi executado de forma remota devido a situação de pandemia e em obediência a DELIBERAÇÃO DO COMITÊ EXTRAORDINÁRIO COVID-19 Nº 15, DE 20 DE MARÇO DE 2020 que suspendeu as aulas presenciais em toda rede educacional. Dessa forma, as aulas estão acontecendo de forma online através de plataformas virtuais.
7.1 PLANO DE INTERVENÇÃO
Para o desenvolvimento do Projeto de ensino “O papel da leitura na formação do leitor crítico” o professor deverá compartilhar o arquivo do livro em PDF: “Menina Bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado para cada aluno. Na primeira aula o acadêmico- estagiário deverá separar um tempo para os alunos lerem a história.
Em seguida será exibido o vídeo da história contada por meio de Power point que está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4lLkBJodQyE, compartilhando sua tela para os alunos no momento da aula remota.
Após a exibição do vídeo o acadêmico- estagiário irá ler a história “Menina Bonita do Laço de Fita” fazendo comentários sobre a mesma, estimulando a reflexão das crianças. 
Na sequência o estagiário fará a interpretação do livro oralmente, com os alunos, buscando interpretar fatos da história a partir de perguntas sugeridas. (Qual era a cor da pele da menina? Porque o Coelho se encantou com ela? Você conhece alguma história parecida com essa?). 
Havendo alguma criança negra na sala, o acadêmico poderá ressaltá-la dizendo das semelhanças com a menina da História. Abordar o tema de forma natural, para que as crianças reconheçam a importância que cada um tem, independente de posição social, raça ou cor.
O acadêmico- estagiário irá ler um pequeno texto informativo sobre diferenças, favorecendo a ampliação dos seus conhecimentos sobre o assunto e despertando o senso crítico para a situação do negro em nosso país. Nesse momento o professor poderá instigar os alunos a falarem sobre o preconceito racial.
Com base nas falas das crianças a professora irá produzir juntamente com os alunos um texto coletivo falando das diferenças raciais. 
Para a realização dessa aula o professor precisara dos seguintes recursos:
· Livro: Menina Bonita do laço de fita.
· Vídeo da história
· Texto informativo.
Para a elaboração dessa aula o acadêmico buscou através de pesquisas na internet, atividades que pudessem ser adaptadas para aulas remostas, tendo em vista que o fato das aulas não serem presenciais dificultou o planejamento e execução as atividades do projeto de intervenção.
Para a segunda aula o acadêmico - estagiário irá enviar para os alunos por e-mail ou outra mídia virtual, cartelas de bingo com palavras que fazem parte do assunto tratado: Respeito às diferenças. Após o jogo cada aluno irá elaborar frases com as palavras de sua cartela. E o acadêmico- estagiário irá pedir a alguns alunos que façam a leitura de uma das frases elaboradas. 
Para o planejamento dessa aula houve a dificuldade de conseguir que todos os alunos tivessem a cartela impressa. Apesar de não ter o mesmo impacto planejado com o jogo como meio de aprendizagem, o resultado da aula foi positivo. Através do uso de tecnologias há a possibilidade de aproximação e interação com os alunos, embora de forma remota.
Para a terceira aula o estagiário deverá pedir previamente que os alunos providenciem folhas de papel tamanho A4 dobradas ao meio para que as crianças escrevam seu próprio livro contando a sua história de vida, falando de suas heranças familiares e ilustrando. Nessa aula o professor deverá auxiliar os alunos na organização das ideias e escrita. Durante a aula a aula remota os alunos poderão utilizar a câmera ou chat para tirar dúvidas. Ao final da atividade os alunos deverão mostrar via câmera o resultado da atividade realizada. 
O planejamento dessa aula visou promover o gosto pela escrita, bem como seu aprimoramento. Uma atividade com muitas possibilidades de aprendizado, além de ser uma forma de descontração. Embora a tecnologia tenha se tornado cada vez mais aliada da educação, nem sempre todos os alunos conseguem acompanhar as aulas por motivos de oscilação de internet ou falta dela, o que se torna um obstáculo para a realização das aulas.
Para a quarta aula, encerramento do Projeto, o acadêmico- estagiário pedirá aos alunos que providenciem com antecedência revistas, tesoura, cola e papel A4. Nessa aula o professor irá conversar com as crianças sobre as “famílias” (povos) que formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses, árabes, judeus etc. Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar aqui as contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc. Para finalizar a aula, cada aluno fará um pequeno mural em uma folha A4 com o título: Viva as diferenças! Com imagens de pessoas de diversas raças e etnias.
Para essa aula buscou-se o incentivo ao respeito pelo outro. O que era pretendido era uma atividade que colaborasse com a consciência humanitária e igualitária, visando à formação cidadã do indivíduo. Além disso, houve a preocupação de valorizar a contribuição de cada povo que compõe a formação do povo brasileiro.
Tempo para a realização do projeto
O projeto poderá ser desenvolvido em cinco aulas, separando uma aula por dia para que as atividades sejam bem desenvolvidas. 
 
	Atividades
	Segunda Feira
	Terça Feira
	Quarta Feira
	Quinta Feira
	Sexta Feira
	Leitura do livro/ exibição de vídeo/ Interpretação e Produção textual coletiva.
	
      X
	
	
	
	
	Bingo de palavras.
	
	X
	
	
	
	Confecção de livro.
	
	
	
	 X
	
	Construção do mural.
	
	
	
	
	 X
 Recursos humanos e materiais
· Livro em PDF: Menina Bonita do laço de fita.
· Vídeo do livro
· Texto informativo.
· Cartelas do bingo de palavras
· Caderno de língua Portuguesa.
· Papel A4.
· Lápis de escrever.
· Borracha.
· Lápis de cor.
· Revistas
· Tesouras
· Cola
 Avaliação
A sugestão de avaliação do projeto é que seja feita através da observação do desempenho do aluno nas atividades desenvolvidas. E também através da observação se o aluno compreendeu que o povo brasileiro é formado por uma mistura de raças, culturas e etnias. Além de verificar o senso crítico do aluno ao se colocar diante de assuntos como o preconceito racial, tendo em vista que todos os seres humanos têm direitos iguais. A leitura de textos informativos sobre o assunto tratado tem o intuito de instigar a análise e interpretação de cada aluno, contribuindo para o aprimoramento do senso crítico.
8. AÇÕES DA INTERVENÇÃO: DESCRIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO
Descrição das etapas
A proposta de elaboração do Projeto intervenção educacional aqui apresentado faz parte dos requisitos para obtenção do título de licenciado em Pedagogia e foi realizado através das seguintes etapas: 
Etapa 1: Pesquisa bibliográfica.Realizamos pesquisa bibbliográfica minunciosa, bem como análise de informações e documentos encontrados sobre o tema proposto para tal projeto. Buscamos seguir todas as orientações acadêmicas para construção correta do Projeto, observando as normas técnicas disponibilizadas e exigidas pela NBR 10520/2002 da ABNT. Além disso, a escolha do tema seguiu a linha de pesquisa educacional voltada diretamente para a atuação pedagógica. 
Realizamos pesquisas em bibliotecas on- line, livros, artigos, documentos, trabalhos acadêmicos, revistas eletrônicas e outros com o intuito de alcançar respaldo teórico para o trabalho.
Etapa 2: Planejamento. O planejamento do Projeto de intervenção, bem como a elaboração das atividades propostas. Cabe destacar que devido a pandemia SARS- COV- 2 o Projeto de intervenção idealizado, elaborado e organizado precisou ser executado através de aulas remotas via internet. Isso porque desde março de 2020 as escolas tiveram as aulas presenciais suspensas seguindo orientações e leis relacionadas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, tais como: LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020; a deliberação estadual do Comitê Extraordinário COVID-19, no o art. 2º do Decreto nº 47.886 , de 15 de março de 2020, e tendo em vista o disposto na Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, na Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020, no Decreto Federal nº 10.282, de 20 de março de 2020, no Decreto Legislativo Federal nº 6, de 20 de março de 2020, no Decreto NE nº 113, de 12 de março de 2020, e no Decreto nº 47.891, de 20 de março de 2020, além de diversos decretos municipais que desde o início da pandemia têm sido atualizados. 
Para a elaboração e organização do projeto pesquisamos livros que tinham como público alvo o terceiro ano do Ensino Fundamental I e que tratassem de um tema que despertasse o interesse dos alunos (público alvo do projeto). O livro escolhido foi Menina Bonita do laço de fita e as atividades foram planejadas para promover e incentivar o hábito da leitura, bem como instigar a leitura crítica.
Etapa 3: Execução do Projeto. Embora o Projeto de intervenção tenha sido executado de forma remota podemos avaliar todas as etapas da construção deste trabalho como positivas, tendo em vista a construção de saberes essencialmente necessários para a nossa atuação profissional. Através da pesquisa bibliográfica foi possível conhecer a teoria e através do planejamento das atividades do Projeto e de sua execução nos aproximamos da prática educacional.
As atividades planejadas para o Projeto foram organizadas com intuito de instigar a criticidade dos alunos diante da leitura, pois acreditamos que através do ato de ler é possível que o indivíduo construa conhecimentos e saberes necessários para a sua atuação como cidadão responsável e consciente.
Durante a execução encontramos alunos interessados em discutir o tema escolhido para as atividades. Todos se engajaram e participaram ativamente do Projeto. A forma como se comportaram e participaram levaram a confirmação de que o processo de leitura e interpretação de textos quando feitas de forma correta contribuem muito para o aprendizado. 
Etapa 4: Resultados. Um dos resultados encontrados foi a confirmação de ideias de autores apresentados na revisão de literatura como Silva (1991) que defende que as atividades de ensino desenvolvidas em sala de aula devem levar o leitor ao “exercício de sua consciência sobre o material escrito não visando o simples reter ou memorizar, mas o compreender e o criticar” (SILVA, 1991, p.80). Constatamos ainda através das atividades desenvolvidas que a leitura é rica em aprendizado e conforme Eco (2000), o leitor pode dentro desse universo (leitura) formular conexões entre a realidade por ele vivenciada e ideias de autores das quais tenha conhecimento.
Formar um leitor crítico deve ser visto então como uma forma de colaboração com o desenvolvimento de uma prática de leitura que desperte e cultive o desejo de ler. O que exige a formulação de uma prática pedagógica eficiente que funcione juntamente com as estratégias de leitura, como suporte para o aluno em seu desenvolvimento intelectual, por ser isso necessário para que o mesmo consiga ler textos independentemente de sua complexidade.
Percebemos que os alunos adquiriram novos conhecimentos sobre leitura e também aprimoraram saberes prévios. Podemos afirmar que como resultado do Projeto alcançamos leitores críticos em franca e progressiva formação. 
Outro resultado foi a boa interação obtida com os alunos durante todo o processo, fruto da organização e planejamento bem feitos.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da revisão bibliográfica deste projeto de ensino é possível concluir que o ensino da leitura em séries iniciais, assim como nas demais séries é algo complexo. Os autores e estudiosos pesquisados e usados não apresentaram divergências de ideias, ao contrário um complementou o pensamento e teoria do outro.
A escola foi apresentada como espaço para formar leitores capazes de argumentar e decidir, logo, é uma formadora de cidadãos, então, o trabalho com a leitura deve ser realizado de modo a levar o aluno a aprender não apenas conteúdos e decodificação de letras, mas capacitá-lo a relacionar o lido em textos trabalhados em sala com a realidade por ele vivida. Característica da leitura crítica e de seu leitor.
Conclui-se que quando bem amparado teoricamente e enquanto exemplo de leitor o professor pode incentivar seus alunos e desenvolver com eles e neles a leitura crítica, contribuindo para que os mesmos sejam indivíduos críticos o suficiente para escolher melhor suas atitudes sociais e sua absorção de conteúdos de modo eficiente.
As atividades propostas a serem desenvolvidas neste projeto, bem como o livro escolhido para fundamentá-las, têm o intuito de demonstrar como é possível trabalhar de modo diferenciado um livro, desenvolvendo e incentivando a leitura em crianças, para desde cedo formá-las leitoras. Bem como, trabalhar aspectos culturais e sociais através do mesmo, aplicando a criticidade envolvida na leitura.
Todas as etapas do projeto foram essenciais para que este trabalho se findasse com sucesso. A pesquisa bibliográfica deu todo o suporte teórico necessário para um trabalho acadêmico bem estruturado e respaldado. O planejamento das atividades nos aproximou do futuro campo de atuação profissional e a execução concretizou a união da teoria com a prática tão defendida pedagogicamente. 
Muitas dificuldades foram encontradas para a realização do projeto desde a situação pandêmica de modo geral até a restrição de pesquisas (já que estas foram feitas via internet). O fato das aulas estarem acontecendo remotamente também se mostrou como obstáculo, tendo em vista que o planejamento e elaboração das atividades se tornou mais restrito e adaptado a essa nova realidade de ensino remoto.
Mesmo diante de todas as dificuldades e empecilhos encontrados na construção deste trabalho podemos afirmar que o resultado foi positivo, pois promoveu construção de conhecimentos.
10. REFERÊNCIAS
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Série Educação em Ação. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1995.
BRASIL. Indicadores da qualidade na educação: dimensão ensino e aprendizagem 
da leitura e da escrita/Ação Educativa. São Paulo: Ação Educativa, 2006.
CHIAPPINI, L. (Coord.). Aprender e ensinar com textos didáticos e para-didáticos. Vol. II. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1998.
CRAMER, E. H. e CASTLE, M. (2001). Desenvolvendo leitores para toda a vida. Em E. H Cramer e M. Castle (Orgs.) Incentivando o amor pela leitura. (pp. 13-20). Porto Alegre: Artes Médicas.
ECO, Roberto. Os limites da interpretação. São Paulo: Perspectiva, 2000.
FOUCAMBERT, J. (1994). A leitura em questão. Porto alegre: Artes Médicas.
_______________(1998). A criança, o professor e a leitura. Porto alegre: Artes Médicas.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 Ed. São Paulo: Cortez, 1988.p. 80.FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. em três artigos que se completam. 36a ed. São Paulo: Cortez, 1998.
GERALDI, J. O texto na sala de aula – Leitura e produção. 2ª ed. Cascavel: Assoeste, 1985.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.
KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. São Paulo: Pontes, 1999.
______________. Oficina de Leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Pontes, 1998.
KUENZER, Acacia (Org.). Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3ª ed. Cortez, 2002.
LAJOLO, M.; ZILBERMAN, R. A formação da leitura no Brasil. 3ª ed. São Paulo:
Ática, 1999.
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LOPES, L. P. M. Oficina de Lingüística Aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino e aprendizagem de línguas. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. 
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003.
MICHAELIS: Dicionário espanhol-português / português-espanhol. São Paulo. Editora Melhoramentos, 1992. (dicionários michaelis) . 634 págs.
PERINI, M. A leitura funcional e a dupla função do texto didático. In R. Zilberman e E.T. da Silva (orgs.) Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo, Ática, 1991.
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Trad.Bruno Charles Magne. Porto Alegre: Artmed, 1999.
WALTY. Ivete Lara Camargos. Os sentidos da leitura. In: Presença Pedagógica.1995, p. 18-32.
SILVA, Ezequiel Theodoro. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 5ª ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.
-------. Oficina de Leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Pontes, 1998.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. 6.ed. Porto alegre: Artes Médicas.1998.

Continue navegando