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Saúde Coletiva I Aula 5 Histótia da saúde no Brasil

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História da saúde no brasil
O que motivou o desenvolvimento da saúde pública no Brasil?
1500 a 1889 – COLÔNIA/ IMPÉRIO
Brasil, como colônia de Portugal, tinha sua produção econômica realizada por meio dos ciclos do açúcar e da mineração, à base do trabalho escravo, com destino ao comércio interno.
Após 1822, com a proclamação da independência, houve um crescimento da produção do café, que embora se destinasse à exportação, dinamizou o comércio interno, promovendo mudanças na estrutura social e o aumento do poder da burguesia loca, o que levou a proclamação da república em 1889.
· O quadro sanitário caracterizava- se pela existência de diversas doenças transmissíveis, trazidas inicialmente pelos colonos portugueses e, posteriormente, pelos escravos africanos e diversos outros estrangeiros.
· Muitas dessas doenças tornaram - endemias e outras provocaram epidemias: doenças sexualmente transmissíveis, a hanseníase, tuberculose, febre amarela, cólera, malária, varíola, etc.
· Não se pode falar em existência de uma política de saúde, porém eram tomadas medidas que visavam minimizar os problemas de saúde pública que afetavam a produção econômica e prejudicavam o comércio internacional.
· Pobreza e higiene como causa da enfermidade humana (XVIII)
· As medidas era saneamento dos portos onde escoavam as mercadorias, urbanização e infraestrutura nos centros urbanos de maior interesse econômico e campanhas para conter as epidemias frequentes e prejudiciais à produção, que afetava, a imagem brasileira nos países com os quais era mantido o comércio internacional.
· Essas intervenções eram pontuais e logo abandonadas, assim que a situação era contida.
· A assistência médica limitava –se apenas às classes dominantes, constituídas principalmente por coronéis do café, sendo exercida pelos raros médicos que vinham da Europa. Aos demais, restava, apenas os recursos da medicina popular.
· Surgem as primeiras Casas de Misericórdia, que se destinavam ao abrigo dos doentes indigentes e viajantes, sem assistência médica e tratamento aos problemas de saúde.
· Próprias Localidades: Limpeza das ruas e quintais
· Filantropia: Pobres e indigentes
· Particulares, sangradores, curandeiros, parteiras: População em geral.
Junta central de saúde pública (1850)
· Necessidade de proteção de mão-de-obra (política cafeeira)
· Epidemia de febre amarela
· Atribuições da saúde à cargo de estados e municípios
· Vigilância Sanitárias dos portos – governo central.
1889 a 1930- Republica velha
· Hegemonia do café, mantida à base do trabalho assalariado.
· Houve também um crescimento significativo da produção industrial com políticas de incentivo à imigração europeia.
· Pode- se dizer que a população apresentava uma situação de saúde semelhante a do período anterior, com predomínio das doenças pestilentas, com condições de saneamento básico bastantes precárias.
· Ações e programas de saúde e infraestrutura visando as áreas fundamentais para a economia (economia agrária exportadoras, área dos pontos).
Departamento Nacional de Saúde Pública (1920)
· Chefiado por Carlos Chagas, e na diretoria geral, Oswaldo Cruz
· Campanhas contra doenças contagiosas
· Doenças pestilenciais: varíola, febre amarela, malária, tuberculose.
· Campanhas sanitárias como modelo de intervenção de combate às epidemias rurais e urbanas, lideradas por Oswaldo Cruz.
· Modelo autoritário, com ações verticais e centralizadas. (Sanitarísmo Campanhista)
· Modelo sanitarista = Modelo Campanhistas
1º modelo na construção das políticas de saúde no Brasil.
· 1904: a imposição legal da vacinação contra a varíola desencadeou uma revolta popular, conhecida como Revolta da Vacina.
· Após o episódio, a vacinação tornou-se opcional e passado algum tempo, com aceitação dessa medida, a epidemia de varíola foi controlada.
· Carlos Chagas criou alguns programas que introduzem a propaganda e a educação sanitárias da população como forma de prevenção das doenças. Foram criados também alguns órgãos para controle da tuberculose, lepra e doenças sexualmente transmissíveis.
· Observa-se nesse período, o nascimento da saúde pública e da Previdência Social que incorporou a assistência médica aos trabalhadores como uma de suas atribuições a partir de contribuição com as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs)
Lei Elói Chaves (1923) – Cria as caixas de aposentadoria e pensões (CAP)
· Primeiro ato normativo brasileiro que tratou de previdência social, assistência médica, para os trabalhadores.
· Organizadas por empresas: Portuários, Ferroviários e Marítimos
· Financiadas pelos trabalhadores e empresa.
· Trabalhadores formais => MODELO MÉDICO – ASSISTENCIAL PRIVATISTA
Crescimento da medicina liberal, que era utilizada pela classe dominantes restando à maioria da população que não tinha direito às CAPs apenas os serviços dos poucos hospitais filantrópicos mantidos pela igreja ou a prática popular da medicina.
Dois aspectos básicos caracterizam o estado brasileiro na área da saúde: a estreita relação entre a política de saúde estabelecida e o modelo econômico vigente.
Emerge nessa conjuntura a estruturação de dois modelos de intervenção nas questões da saúde: o sanitarismo campanhista e o curativo- privatista.
1930 a 1945 – segunda república ou era vargas
· Ocorre um deslocamento do polo dinâmico da economia para os centros urbanos, com grande investimento no setor industrial na região centro-sul.
· Essa política promove o êxodo rural, especialmente da região nordeste para os centros econômicos, contribuindo para processo de urbanização precária e proliferação de favelas nas grandes cidades
· O crescimento acelerado da indústria se dá à custa das condições precárias de trabalho. Dessa forma, além de endemias epidemias, a inserção no processo produtivo industrial, somada a falta de moradia e saneamento adequados, trouxe acidentes de trabalho, doenças profissionais, estresse, desnutrição, verminoses.
· Criam- se os institutos de Aposentadorias e Pensão (IAP)
Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP)
· Organizados por categorias profissionais
· Financiado por 3 entes: Estado, trabalhadores, empresa
· Assistência médica privada, assistência aos demais continuou centrada nas instituições filantrópicas.
· Foi criado o Ministério da Educação e Saúde concebido com a função de coordenar as ações de saúde pública no mesmo modelo de sanitarismo campanhista.
· De um lado haviam as ações de caráter coletivo sob a gestão do ministério da educação e saúde, do outro as ações curativas e individuais, vinculadas ao IAPS, havia uma dualidade do modelo assistencial.
· A população de maior poder aquisitivo utilizava os serviços privados de saúde da medicina liberal crescente, enquanto a população não vinculada à previdência contava apenas com os serviços públicos escassos e instituições de caridade, além de práticas populares de tratamento.
 
1945 a 1963 – redemocratização ou desenvolvimentista
· Os IAPs fortalecem o modelo de assistência médica curativa aos seus segurados na perspectiva ne manutenção do trabalhador saudável para a produção.
· Os que dispunham de mais recursos e cuja categoria profissional exerciam maior poder de pressão construíam hospitais para o atendimento de seus segurados.
· Algumas empresas, insatisfeitas com a atuação dos IAPs começaram a contratação de serviços médicos particulares.
· Fusão dos IAP
· Separou saúde de previdência
· Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)
· INAMPS: Saúde financiada pela previdência para trabalhadores formais e seus beneficiários.
· Centralizado na atenção médico-hospitalar
1964 a 1984 – Regime militar
· Unificação dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social (INPS), foi responsável pelos benefícios previdenciários e assistência médica aos segurados e familiares.
· Ampliação da assistência médica da previdência com a inclusão dos trabalhadores rurais, empregadas domesticas e trabalhadores autônomos.
· Os sanitaristas campanhistas perdem espaço e as ações desaúde pública se reduzem ao controle e erradicação de algumas endemias comandadas pela então criada Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM)
· Construção de hospitais e clínicas com recursos da previdência e de faculdades particulares de medicina com enfoque na medicina curativa.
· Final da década de 70 Crise do modelo de saúde previdenciária.
Vive-se um caos nos serviços públicos de saúde, há muito sucateados e insuficientes para a demanda existente.
 
1985 a1988 – nova rapública
Cenário para a transformação da saúde no Brasil
· Atendimento dos trabalhadores rurais nos INAMPS (FUNRURAL)
· Plano de Pronta Ação – Acesso livre aos serviços de urgência e emergência 
· Oposição ao sistema previdenciário
· Movimentos para a atenção primaria.
VIII Conferencia Nacional de Saúde
· Marco da reforma sanitária
· Estabelece bases para a criação do SUS
Reunião de Alma- ata em 1978
· Saúde como completo bem-estar físico, metal e social e não somente ausência de doença.
· Saúde como direito fundamental do ser humano.
· Saúde como meta social de diversos setores.
Programa Sistema Unificados e Descentralizados de Saúde – SUDS
· Convênio para acesso universal e integral aos serviços do INAMPS
· 1988: Promulgação da Constituição Federal Aprovado o Sistema Único de Saúde.
· ATENÇÃO: Os INAMPS não foram extintos, imediatamente, em 1988
Constituição de 1988 – Sistema único de Saúde
· Saúde como direito social
· Competência de todos os entes federados
· Assistência integral
· Gestão participativa
· Descentralização
· Hierarquização
· Equidade de atendimento e financiamento
Constituição de 1988, Título VII, da Ordem Social, Capitulo II e Seção II
· Artigo 196- define saúde como direito de todos e dever do Estado
· Artigo 197 – dá caráter de relevância pública às ações e serviços de saúde
· Artigo 198 – Cria o SUS e define diretrizes para sua organização
· Lei 8080/90
· Dispôs sobre a organização administrativa e sanitária do SUS
· Lei 8142/90
· Participação da comunidade
· Transferências de recursos financeiros
· O INAMPS existiu até 1993, não foi extinto, na prática, com a CF1988.

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