Teoria do Conhecimento PROVA - 01

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Questão 01
Considere a seguinte afirmação:
A Teoria do Conhecimento pode ser tomada como uma disciplina paradoxal.
Isso porque, de certa forma, seu objetivo não é nada mais nada menos do que o de buscar conhecer o próprio conhecimento.
Com base nela é correto afirmar que
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· o objetivo último da Teoria do Conhecimento é superar a separação entre Sujeito e Objeto .
· a reflexividade é uma marca que diferencia a Teoria do Conhecimento de outros ramos da filosofia .
· (X)
o paradoxo reside na necessidade se possuir um conceito prévio de conhecimento que dê suporte ao exame .
· a Teoria do Conhecimento é paradoxal e, assim, resta inviabilizada de um ponto de vista lógico.
· a Teoria do Conhecimento não poderia ser considerada um ramo da filosofia .
Questão 02
No Teeteto, de Platão, Sócrates faz a seguinte afirmação: “não compreenderá,pois, o conhecimento do sapateiro quem não souber o que seja conhecimento” (Platão, 147a, 1988, p.9). Com essa afirmação Sócrates que dizer, corretamente, que:
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· uma definição geral do conhecimento é inviável.
· o conhecimento dos sapateiros é superior ao conhecimento geral.
· (X)
as definições específicas de conhecimento são dependentes de um conceito geral.
· o conhecimento pode ser compreendido, mas não explicado.
· apenas quem possuir conhecimento específicos pode compreender o conhecimento geral.
Questão 03
Teeteto – Então, a meu parecer, tudo o que se aprende com Teodoro é conhecimento, geometria e as disciplinas que enumeraste há pouco, como também a arte dos sapateiros e a dos demais artesãos: todas elas e cada uma em particular nada mais são do que conhecimento (Platão, 146d, 1988, p.8).
A passagem acima, extraída do diálogo Teeteto, de Platão, constitui a primeira resposta de Teeteto diante da interrogação de Sócrates sobre o conceito de conhecimento.
Qual é, para Sócrates, o problema dessa resposta? Marque a opção verdadeira:
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· A resposta de Teeteto define conhecimento como sensação.
· A resposta Teeteto se baseia na ideia de que apenas a ciência é conhecimento.
· (X)
A resposta de Teeteto apresenta uma enumeração, e não uma definição.
· A resposta de Teeteto expressa um conceito prático de conhecimento definido a partir de habilidades.
· A resposta de Teeteto não exalta os grandes mestres como deveria.
Questão 04
Lei a seguinte passagem do Teeteto de Platão:
“Teeteto – Dizer que tudo é opinião, Sócrates, não é possível, visto haver opinião falsa. Mas pode bem dar-se que conhecimento seja opinião verdadeira” (Platão, 187b, 1988, p.64)
A passagem acima apresenta uma definição de conhecimento como opinião verdadeira. Sobre essa definição, pode-se afirmar corretamente que
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· (X)
não permite distinguir opinião verdadeira de opinião falsa.
· funda-se na primazia da opinião de especialista.
· é baseada na sensação.
· não considera os casos de sorte epistêmica.
· trata-se de definição tradicional de conhecimento.
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Questão 05
Os três componentes do conceito tradicional de conhecimento são:
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· adequação objetiva, não circularidade, reflexividade.
· sensação corpórea, representação mental, articulação imaginativa.
· representação mental, sensação corpórea, especulação.
· foco restrito, intuição, explicação razoável.
· (X)
representação mental, adequação objetiva, explicação razoável.
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Questão 06
“Mas há um enganador, não sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. De sorte que, depois de ponderar e examinar cuidadosamente todas as coisas, é preciso estabelecer, finalmente, que este enunciado eu, eu sou, eu, eu existo (ego sum, ego existo) é necessariamente verdadeiro, todas as vezes que é por mim proferido ou concebido na mente” (Descartes, 2004, p. 45)
Na passagem acima, Descartes apresenta seu famoso argumento do “cogito ergo sum”. Com esse argumento, Descartes pretende demonstra que
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· (X)
não é possível duvidar da nossa própria existência enquanto ser pensante.
· a dúvida faz com que nos enganemos constantemente, por isso é preciso suspendê-la e buscar o conhecimento seguro.
· a realidade do mundo exterior depende do mundo interior (racional).
· o conhecimento é algo que nos engana.
· apenas o ser humano é real.
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Questão 07
Se há, de um lado, um sujeito e, de outro, um objeto, então a relação entre ambos está pressuposta, no que diz respeito ao conhecimento, como sendo a de uma “distância”. O sujeito do conhecimento está essencialmente separado do objeto a ser conhecido. Com base nessa afirmação, marque a opção verdadeira.
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· O conhecimento depende de um olhar neutro do sujeito que conhece.
· O compartilhamento de crenças depende da distância entre os sujeitos.
· O conhecimento verdadeiro é impossível.
· O conhecimento objetivo reside no domínio suprassensível.
· (X)
A ideia de uma separação entre sujeito e objeto está “analiticamente” contida no conceito de “conhecimento”.
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Questão 08
Um dos tipos de conhecimento é o conhecimento por habilidades. Sobre o conhecimento por habilidades é correto afirmar:
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· Apresenta conteúdo proposicional.
· (X)
Diz respeito a uma capacidade, isto é, um “saber fazer”.
· Não expressa uma relação entre Sujeito e Objeto.
· Tem por principal característica o aspecto discursivo.
· Não se difere, em essência, do conhecimento proposicional.
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Questão 09
Para a Teoria do Conhecimento, é muito importante diferenciar os casos de “sorte epistêmica” daqueles em que são candidatos reais a serem considerados como conhecimento. A seguir, marque a opção que apresenta um caso de “sorte epistêmica”:
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· Um historiador que encontra um documento, por acaso, um documento importante do passado.
· Uma pessoa a quem é revelada uma verdade divina.
· Um cientista descobre, por acaso, uma nova partícula atômica.
· Um estudante que resolve uma equação de matemática.
· (X)
Uma pessoa comum que acerta a sequência dos números de uma loteria.
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Questão 10
A Teoria do Conhecimento de Descartes pode ser classificada como “Fundacionalista”. Nesse sentido, é correto afirmar que ela defende que
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· (X)
o conhecimento tem caráter de “fundação”, isto é, ele é a base para o desenvolvimento da pessoa humana em seu máximo grau.
· o conhecimento seguro é algo acessível apenas ao intelecto divino, aquele que fundou a realidade enquanto tal.
· as crenças verdadeiras não podem ser explicadas, ainda que seja possível diferenciá-las das crenças falsas.
· o conhecimento constitui uma rede de crenças que dão mútuo suporte umas às outras, sem que uma delas ocupe posição mais básica ou central.
· as crenças verdadeiras devem estar fundamentadas em “ideias inatas” capazes de produzir uma “convicção inabalável” e sustentar o edifício do conhecimento.
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