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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Física Teórico e Experimental Física Experimental II Prof. José Humberto de Araújo Márcio André Pantoja Gaspar 20180148095 – T01 (6M456) Relatório Nº 10 Campo magnético: Bobinas de Helmholtz. Objetivo Verificar o comportamento do campo magnético presente no arranjo do par de bobinas de Helmholtz através de medidas de densidade de fluxo magnético, assim como mensurar as suas diferentes componentes. Introdução teórica Frequentemente é necessário produzir um campo magnético uniforme de baixa intensidade sobre um volume relativamente grande. Para cumprir tal tarefa é, em geral, utilizada a bobina idealizada por Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894), conhecida atualmente como bobina de Helmholtz, a qual consiste de duas bobinas circulares, planas, cada uma contendo N espiras com correntes fluindo no mesmo sentido conforme esquematizados na figura 1. A separação entre estas bobinas é igual ao raio R comum a ambas. A corrente elétrica de alimentação das bobinas pode ser continua (CC) ou alternada (CA). As aplicações da bobina de Helmholtz são várias; http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172003000100005#fig01 por exemplo: determinação das componentes vertical e horizontal do campo magnético terrestre; anulação em determinado volume do campo magnético terrestre; calibração de medidores de campo magnético de baixa frequência; estudo dos efeitos de campos magnéticos em componentes ou equipamentos eletrônicos; calibração de equipamentos de navegação; estudo de efeitos biomagnéticos; ajuste de tubos de raios catódicos; desmagnetização de pequenas peças de materiais ferromagnéticos usados na ciência de naves espaciais, entre outros. Na área de ensino de física ela é usada principalmente em experimentos para a determinação da carga específica do elétron. Se as correntes nas bobinas tiverem sentidos opostos, os campos magnéticos gerados por elas terão sentidos opostos. Esta configuração gera um gradiente de campo que é utilizado para o cálculo da força sobre uma amostra material, fato este normalmente usado em balanças de susceptibilidade. O campo magnético produzido por uma espira circular percorrida por uma corrente I pode ser calculado a partir da Lei de Bio-Savart: 𝑑𝐵 → = µ0 𝐼 4𝜋 dl → x ρ → 𝜌³ (1) onde μ0 é a permeabilidade do vácuo, 𝜌 → é o vector a partir de elemento condutor dl → ao ponto de medida do campo 𝐵 → , e 𝑑𝐵 → é perpendicular a ambos os vectores ρ → e dl →. Material utilizado Foram utilizados os seguintes materiais: 01(uma) Bancada de Laboratório com tomadas ligadas à rede elétrica local; 01(um) Aparelho Multímetro marca MINIPA, modelo ET- 2075B (Foto 01); Fonte DC com Voltagem regulável de 0 a 12V e amperagem regulável de 0 a 2A, marca PHYWE (Foto 02); 01(um) Aparelho Gaussímetro Digital da marca PHYWE com sonda sensor (Foto 03); Cabo coaxial de interligação; 02 (duas) Bobinas de Helmholtz (Foto 04); 01(uma) Chave simples liga/desliga; Fios condutores; Foto 01: Multímetro marca MINIPA, modelo ET- 2075B. Foto 02: Fonte DC com Voltagem regulável de 0 a 12V. Foto 03: Gaussímetro Digital da marca PHYWE. Procedimento Experimental Foram colocados o multímetro, na função amperímetro, e o circuito acima montados sobre a bancada e ligados à fonte DC regulável, assim como o Gaussímetro, ambos ligados à rede elétrica. Foto 04: Circuito do experimento montado. Inicialmente foi montado o seguinte circuito sobre a placa de ensaio com o cuidado especial para que a chave K (liga/desliga simples) estivesse na posição desligada (aberta): Figura 01: Esboço esquemático do circuito do experimento montado Antes de energizar o circuito, foi calibrado o Gaussímetro em zero. Para isso, mudou-se a chave para a posição DIRECT FIELD, e com a faixa mais sensível (20mT) e ajustou-se o botão grosso para o valor zero ou próximo disto. Este procedimento foi repetido antes de cada medição. Foi montado circuito conforme a foto 04 e figura 01. Usou-se os espaçadores para definir a separação entre as bobinas como L=R. Foram realizadas as medições com a ponta da sonda posicionada no centro da circunferência e a meia distância entre as duas bobinas. Foram pontuados 7 pontos `a frente e 7 pontos atrás variando-se a posição z da sonda Hall a cada 20 milímetros, nos dois primeiros procedimentos e a cada 40 milímetros no terceiro procedimento. Este procedimento foi realizado para separação entre as bobinas como L=R/2 e L=2R. Obtenção e análise dos resultados Foram anotadas as seguintes tabelas, conforme as separações entre as bobinas de Helmholtz anteriormente pontuadas. O valor do raio das bobinas é de 200 mm (R=200mm) e a corrente para o primeiro procedimento foi de 2,01A. Z(mm) -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 B (mT) 1,15 1,22 1,28 1,32 1,34 1,35 1,36 1,36 1,36 1,35 1,34 1,32 1,27 1,2 1,11 Tabela 01: Distância entre as bobinas L=R. A separação entre as bobinas a seguir foi de L=R/2 e a corrente para o segundo procedimento foi de 2,003A. Z(mm) -140 -120 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 B (mT) 1,07 1,21 1,35 1,49 1,59 1,67 1,71 1,73 1,73 1,68 1,59 1,48 1,35 1,22 1,08 Tabela 02: Distância entre as bobinas L=R/2. A separação entre as bobinas a seguir foi de L=2R e a corrente para o terceiro procedimento foi de 2,010A. Z(mm) -280 -240 -200 -160 -120 -80 -40 0 40 80 120 160 200 240 280 B (mT) 0,82 0,97 1,05 1,01 0,91 0,8 0,7 0,67 0,7 0,78 0,9 1,01 1,05 0,99 0,84 Tabela 02: Distância entre as bobinas L=2R. Após a análise das tabelas 01,02 e 03 pode-se confeccionar um gráfico (Gráfico 01) compilando todos os dados do experimento. Gráfico 01: Gráfico do campo magnético (B em mT) em função da distância (Z em mm). 1,15 1,22 1,28 1,32 1,34 1,35 1,36 1,36 1,36 1,35 1,34 1,32 1,27 1,2 1,111,07 1,21 1,35 1,49 1,59 1,67 1,71 1,73 1,73 1,68 1,59 1,48 1,35 1,22 1,08 0,82 0,97 1,05 1,01 0,91 0,8 0,7 0,67 0,7 0,78 0,9 1,01 1,05 0,99 0,84 y = -0,0047x2 + 0,1109x + 0,7205 R² = 0,9701 y = -0,0137x2 + 0,3287x - 0,2565 R² = 0,9939 y = -1E-07x5 - 6E-05x4 + 0,0034x3 - 0,0518x2 + 0,2555x + 0,6299 R² = 0,9776 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 -2 8 0 -2 4 0 -2 0 0 -1 6 0 -1 4 0 -1 2 0 -1 0 0 -8 0 -6 0 -4 0 -2 0 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 6 0 2 0 0 2 4 0 2 8 0 B E M M LI LI TE SL A Z EM MILÍMETROS CAMPO MAGNÉTICO (B) EM FUNÇÃO DA DISTÂNCIA (Z) L=R L=R/2 L=2R Polinômio (L=R) Polinômio (L=R/2) Polinômio (L=2R) Conclusões Concluiu-se, após a análise dos dados deste experimento, que com uma simples estrutura como as bobinas de Helmholtz pode-se realizar várias atividades como desmagnetização de pequenas peças metálicas, entre outros e também a determinação da carga específica do elétron, mais no campo experimental da Física. Verificou-se, analisando o gráfico que compilou todos os dados do experimento, que há uma uniformização do campo magnético na região compreendida entre as bobinas, para todas as três distâncias selecionadas. Ainda, também, pode-se concluir que as curvas geradas pelo campo magnético em função da distância medida são curvas polinomiais do quinto grau, no caso de L=2R, ou do segundo grau, nos casos de L=R e L=R/2. Bibliografia [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; e WALKER, Jearl, Fundamentos de Física - Volume 3 - Eletromagnetismo, 9a edição, LTC Editora, Rio de Janeiro, 2012. [2] ARAÚJO, José Humberto. Prática 12: Campo magnético gerado por um par de bobinas de Helmholtz. SLIDE AULA 10. Disponível em <sigaa.ufrn.br>. Acesso em 23 de outubro de 2019. [3] ROBERT, Renê. Bobinade Helmholtz. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172003000100005>. Acesso em 26 de outubro de 2019. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172003000100005
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