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Nathália Gomes Bernardo Patologias da Pele Patologias Animal Especial O histórico clínico do animal é muito importante para chegar ao diagnóstico de patologias da pele. FUNÇÕES DA PELE • Invólucro; • Proteção; • Flexibilidade, elasticidade e rigidez; • Regulação da TºC através de glândulas sudoríparas etc; • Imunorregulação: 85% queratinócitos, 3-5 % Langerhans e linfócitos; • Ação antimicrobiana (suor e secreções sebácea); • Pigmentação: melanócitos-> proteção; • Camuflagem; • Proteção de anexos epidérmicos; • Indicador de saúde; • Promove estímulo visual, olfatório e tátil; • Etc. Epiderme Derme Hipoderme (subcutâneo) EPIDERME • Epitélio estratificado escamoso; • Composta principalmente por queratinócitos; • Camada basal, camada espinhosa, camada granular, camada clara e camada córnea; • Hirsuta (delgada): c/ pelo – Glabra (espessa): sem pelo. • Camada córnea ou basal: separa a epiderme da derme. Composta por ceratinócitos em constante mitose e melanócitos; DERME • (tecido conjuntivo); • Fibras, anexos epidérmicos, músculo eretor do pelo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos; • Colágeno I, III e IV; • Vitamina C, somatomedina C e fator de crescimento semelhante a insulina 2: estimula produção de colágeno; • Glicocorticóides, retinóides, vitamina D3, paratormônio e interferon γ: inibem a produção de colágeno; • Folículo piloso, músculo eretor do pelo, glândulas sebáceas e sudoríparas. HIPODERME (TECIDO SUBCUTÂNEO) • Mais profunda e espessa camada; • Regiões que não possuem hipoderme: região labial e mentoniana, ouvido externo e ânus; • Reserva de energia, coxim de proteção, termogênese, reserva e metabolismo de esteroides. LESÕES PRIMÁRIAS DA PELE • Lesões fundamentais para identificar a origem, natureza e etiologia da lesão; • Descrição macroscópica. MÁCULA • Mancha descorada, plana circunscrita medindo até 1cm; • Causas: amento ou diminuição de melanina, eritema, hemorragia. • Não palpável (plano). PÁPULA • Elevação sólida, circunscrita medindo até 1cm; • Hepidermal: geralmente acompanha processor hiperplásicos ou edema; • Dermal: geralmente acompanha processos inflamatórios ou edema; • Acúmulo de pápulas: placa > 1cm; • Folicular: comum • Interfolicular. NÓDULO • (uma pápula maior); • Elevação sólida, circunscrita, > 1cm; • Estende-se até a derme/ hipoderme; • Relacionado a inflamação ou neoplasias; • Pode ser ulcerado, alopécico e descorado. TUMOR • É um aumento de volume; • Frequentemente usado para referir-se a neoplasia; • Nem sempre é neoplásico; • Pele ou subcutâneo; • Pode ser ulcerado, alopécico e descorado. CISTO • Estrutura de consistência flutuante; • Pode ou não conter líquido; • Encapsulamento epitelial; • Epidermóide/ dermóide: na epiderme possui queratina, mas na derme não. Então no cisto epidermóide encontra-se lâminas de queratina. VESÍCULA • Estrutura elevada, circunscrita, intra-epidermal ou sub-epidermal; • Contém líquido obrigatoriamente; • Friável, rompe facilmente, degeneração/necrose de ceratinócitos; • Viral, autoimune, irritante; • Diferenças de cisto e vesícula: vesícula possui células inflamatórias, células degeneradas, restos celulares. PÚSTULA • Estrutura elevada, circunscrita, intra-epidermal ou sub-epidermal, preenchida por exsudato; • Até 1 cm e rompe facilmente; • Inflamação supurativa; • Folicular ou interfolicular; • Infecciosa, autoimune. LESÕES SECUNDÁRIAS DA PELE • Lesões que surgem a partir das lesões primárias ou por fatores externos como trauma, medicamentos, etc. URTICÁRIA • Estrutura elevada, circunscrita, achatada na superfície; • Transitória, aparece-desaparece em minutos ou horas; • Distribuição multifocal; • Relacionadas a processos alérgicos. DESCAMAÇÃO • Acúmulos de fragmentos de ceratinócitos soltos; • Alteração na maturação ou proliferação epidermal; • Hiperqueratose: espessamento da epiderme; • Aspecto farináceo, seco ou gorduroso; • Seborreia, dermatoses crônicas. CROSTA • Cascão- produto de ressecamento de exsudato, sangue, ceratinócitos, etc; • Aderido a pele, frequentemente recobrindo feridas; • Aspecto ressecado, áspero e às vezes escuro. CICATRIZ • Área de tecido conjuntivo fibroso substituindo a derme lesada; • Resposta reparativa a uma agressão; • Aspecto despigmentado, alopécico, irregular, deprimido (depressivo). EROSÃO • Perda da epiderme, mantendo a membrana basal; • Evolução de vesículas ou pústulas; • Resolução por reepitelização; • Aspecto deprimido, hiperêmico. ÚLCERA • Perda de epiderme e da membrana basal; • Evolução da erosão; • Resolução por reepitelização ou cicatrização; • Aspecto deprimido, hiperêmico, exsudação e crosta. Diagnóstico diferencial: úlcera no coxin: Leishmania-> ulcera de bauru COLARETE EPIDÉRMICO • Descamação epidermal em forma de anel; • Associado a pústulas, vesículas ou bolhas rompidas; • Podem coalescer formando múltiplos anéis interligados; • Associada a necrose epidermal. LIQUENIFICAÇÃO • Espessamento da epiderme acompanhado de hiperpigmentação; • Resposta ao trauma crônico; • Aspecto de pele ressecada e espessa; • Exagero de pregas e fissuras-> ex: pug, shar pei, etc HIPERPIGMENTAÇÃO • = hipermelanosa; • ≠ melanose; • Áreas de aumento da pigmentação da pele; • Focal a extensa; • Acompanha outras lesões; • Frequentemente bem delimitado ao local da lesão. HIPOPIGMENTAÇÃO • = Hipomelanose; • Áreas de diminuição da pigmentação da pele; • Focal e extensa; • Tendem a coalescer; • Vitiligo e albinismo; • Leucodermia- Leucotriquia. ALBINISMOS • Deficiência de tirosinase-> tirosinase enzima que degrada tirosina que participa do metabolismo do pigmento melanina; • O albino possui melanócitos. ALOPECIA • Ausência do pêlo em áreas de cobertura pilosa; • Múltiplas causas: genética, endócrina, metabólica, parasitária, etc; • Apresentação: o Focal; o Regional; o Simétrica; o Difusa. HIPERQUERATOSE • Aumento da espessura do estrato córneo da epiderme; • Ortoqueratótica (anuclear); • Paraqueratótica (nuclear); • Alergias, micoses, seborreias, endocrinopatias, dermatose nutricional e parasitária, etc. HIPERPLASIA • Acantose e hiperplasia muitas vezes são usadas como sinônimo, mas hiperplasia se refere apenas a porção não queratinizada da epiderme enquanto acantose se refere a todas as camas da epiderme; • Aumento da espessura da epiderme – aumento do número de células; • Porção não queratinizada da epiderme; • Mitoses; EDEMA INTRACELULAR • Degeneração hidrópica, vacuolar ou balonosa; • Doenças infecciosas, autoimunes ou metabólicas (lúpus, infecções virais, etc) ESPONGIOSE • Edema intercelular (entre queratinócitos); • Aspecto de esponja; • Processos inflamatórios agudos e subagudos; • Plana eosinofílica felina, malassezíase, dermatite de contato, dermatites seborreicas. ACANTÓLISE • Perde de coesão entre os queratinócitos; • Doenças autoimunes, vesiculopostulares – complexo penfingo e algumas neoplasias; • Queratinócitos acantolíticos (dentro da pústula ou crosta). FIBROPLASIA • Proliferação fibroblástica; • Formação e desenvolvimento excessivo de tecido fibroso; • Encontrado principalmente em reações crônicas; • Desmoplasias: fibroplasia envolvida por neoplasia; • Fibrose (último estágio). DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES DERMATITES: • Perivascular; • Intersticial; • Interface; • Vasculite; • Vesicular/pustular intra-epidérmica; • Vesicular/pustular sub-epidérmica; • Perifoliculite; • Foliculite; • Furonculose; • Nodulares e difusas; • Panculite; • Fibrosante; • Atrofica (dermatose). DERMATITE PERIVASCULAR • Padrão histológico mais frequente; • Dermatitecrônica hiperplásica perivascular superficial; • Disposição angiocêntrica-> começa no vaso e pode se distribuir pelo tecido; • Células inflamatórias ficam ao redor dos vasos sanguíneos; • Progressão do padrão histológico-> as células inflamatórias chegam por vasos sanguíneos, então quando está no início do processo inflamatório as outras dermatites podem parecer (no início) essa. • Pura, espongiótica, hiperplásica. DERMATITE INTERSTICIAL • Infiltrado de células entre os feixes das fibras colágenas da derme; • Mal delimitado, intensidade leve a moderada e sem alterações das características morfológicas da pele; • Felinos e equinos – superficial e profunda; • Cães- superficial (mais frequente). DERMATITE DE INTERFACE • Ocorre na junção dermoepidérmica e o foco do processo; • Dermatite de interface hidrópica: (balonosa) acúmulo de líquido intracelular- as células da junção irão apresentar edema não expansivo; há áreas de vacúolos. • Dermatite de interface liquenóide: as células inflamatórias na junção dermoepidérmica se distruibuiem pelo tecido conjuntivo inclusive ao redor do folículos. • Encontra-se células necróticas (pictose, cariorrexe, cariólise), satelitose linfocítica (linfócitos que ao redor de células que estão degenerando) e incontinência pigmentar. VASCULITE • Processos inflamatórios direcionados aos vasos sanguíneos; • Difícil diagnóstico; • Classificada de acordo com os vasos (grandes e pequenos) e infiltrado (neutrofílico, eosinofílico, linfocitário, histiocitário). • A diferença da vasculite para a perivascular é que na perivascular as células inflamatórias se encontram ao redor do vaso, enquanto na vasculite as células inflamatórias encontram-se tanto ao redor quanto no vaso (atacando a parede do vaso) em si; • Há áreas de hemorragia e áreas de necrose. VESICULAR E PUSTULAR INTRAEPIDÉRMICA • Formação de vesículas e pústulas dentro da epiderme; • Subcorneal, intraespinhosa (intragranular), pan-epidérmica ou suprabasal; • Doenças que causam esse tipo de dermatite: Impetigo, dermofitose, pênfigo superficial; • Doenças que causam essa dermatite: Ectoparitoses e processos alérgicos; • Penfigo pustular panepidérmico; • Penfigo vulgar. VESICULAR E PUSTULAR SUBEPIDÉRMICO • Separação da epiderme e da derme subjacente; • Ataque enzimático (processo inflamatório) ou imunomediado à membrana basal; lesões físicas (queimaduras, traumas); • Pobre em células, neutrofílicas e eosinofílicas; • Pode confundir essa dermatite com problemas de clivagem (como é um processo pós mortem não há presença de células inflamatórias). FOLICULITE, PERIFOLICULITE E FURUNCULOSE • Segundo padrão inflamatório mais visto em cães (o primeiro é perivascular); • Na maioria das vezes vão estar presentes na mesma amostra; • Foliculite mural, luminal e bulbite folicular; • Achado macro e micro; • Complicação secundária (dermatoses alérgicas, parasitárias, seborreicas e hormonais); • Foliculite luminal: células inflamatórias no lúmen; • Furunculose: há destruição do folículo piloso e presença do agente infeccioso DERMATITES NODULARES E DIFUSAS • Padrão inflamatório da derme (aglomerado de células inflamatórias); • Infiltrado nodular e difuso na mesma lâmina-> as células inflamatórias arranjadas em formulas de nódulos; • Processos granulomatosos-> granuloma: nódulos de caráter inflamatório (associado a inflamação crônica) formados por células inflamatórias, principalmente macrófagos, que isolam um agente. PANCULITE • Inflamação do panículo adiposo (panículo adiposo: camada de gordura na hipoderme); • Lobular, septal e difusa. • Paniculite lobular: células inflamatórias ficam dentro dos lóbulos gordurosos; • Paniculite septal: células inflamatórias ficam ao redor dos lóbulos gordurosos. • Paniculite difusa: células inflamatórias tanto no interior quanto ao redor de lóbulos gordurosos. DERMATITE FIBROSANTE • Fibroplasia associada ao processo inflamatório; • Processos crônicos- tecido de granulação; • Não tem células inflamatórias porque já se encontra em estágio de resolução do processo inflamatório, mas se sabe que é um processo inflamatório (dermatite) porque tem neovascularização; • Aspecto mascrocópico: menos sinais cardiais da inflamação, menor dor, coloração mais clara esbranquiçada. DERMATOSE ATRÓFICA • Atrofia= diminuição do tamanho celular; • Este padrão não se encaixa nas doenças inflamatórias de pele; • Vários graus de atrofia da epiderme, derme e anexos; • Folículos pilosos; • Cuidado em cães e gatos porque estas raças já tem fisiologicamente estrutura de folículos menores. DOENÇAS IMPETIGO ▪ Dermatite pustular superficial ▪ Cães, caprinos, ovinos e bovinos, gatos ▪ Staphylococcus sp. ▪ Cães 2 a 6 meses ▪ Cão mal nutrido, com rarefação pilosa, com ectoparasitose, com sistema imune comprometido. ▪ Pode ocorrer em animais idosos quando o sistema imune está comprometido. ▪ Abdome ventral, inguinal e axilar (cães), cervical dorsal e tronco dorsal (gatos), úbere, base do teto e sulco intramamário. ▪ Mácula eritematosa – pústula – colarete epidérmico (se tem uma área de pústula, que rompida tem aumento de volume com área necrótica no centro, fica plano se é casca tem que ter ressecamento, a pústula rompeu, virou ressecamento, o exsudato seca, forma a crosta e células necróticas) e crostas melicéricas. ▪ Macroscopicamente vai se enquadrar em dermatite pustular subcorneal. ▪ Na micro se ve neutrófilos degenerados e cocos fagocitados. DERMATOFILOSE ▪ Bovinos, equinos, caprinos e ovinos ▪ Dermatophylus congolensis ▪ Trauma e umidade (instalação e evolução) ▪ Estreptotricose mesma coisa. ▪ Com um trauma pré-existente em áreas úmidas, favorecem instalação e evolução das doenças, vai depender de cada indivíduo. ▪ Usar isso sempre com o principal diferencial de qualquer dermatose alopécica. ▪ Papulopustular evoluindo para placas crostosas e coalescentes (ficar uma próxima da outra). ▪ Exsudação purulenta (aguda) ▪ Pelos em forma de pincel (crônica). ▪ Coleta em ponta de orelha/pavilhão auricular. ▪ Zoonose, com lesão eritremato puriginosa no humano. ▪ Dermatite pustular intraepidérmica, foliculite luminal supurativa e dermatite perivascular a intersticial mista. ▪ O microorganismo aparece em trilho de trem ou pilha de moedas. ▪ Ponta de orelha e dorso são os principais lugares.] ▪ Pápulas é uma elevação de até um cm com líquido. ▪ Ele parece uma ponte de madeira na citologia. DERMATOFITOSE o É uma zoonose o Infecção fúngica superficial o Microsporum e tricophyton o Todos os animais domésticos (principalmente os felinos). o Animais jovens (mal nutridos e parasitados); o Animais imunossuprimidos em qualquer época da vida. o A transmissão é por animais infectados, por arranhadura, fômites, ambientes contaminados (principalmente HVs) o Papulas eritomatosas – placas alopécicas e eritêmato-descamativas. o Papulas são elevações circunscritas, sólidas de até 1cm. o Temperatura e umidade elevadas. o Alopecia circular focal, com pelos quebradiços no centro (fungos mortos) e com fungos ativos na periferia da lesão. o Evolução rápida. Fungos na periferia = ectotrix, fungos dentro do pelo = endotrix. o Microsporum canis é o principal causador da dermatofitose felina. o Perifoliculite – foliculite – furunculose e dermatite pustular epidérmica são as causas manifestações clínicas. o A dermatite pustular é intraepidérmica. o Lesão plana, eritematosa, circular, alopecica, com as bordas mais avermelhadas. o Os locais mais acometidos são as extremidades de membros e de face. Lampada de Wood é uma lâmpada fluorescenteque mostra o fungo. PITIOSE o Enfermidade granulomatosa subcutânea o Equinos, bovinos e cães o Pythium insidiosus (pseudofungo) o É um processo crônico o Terrenos alagadiços de agua estagnada o Lesão cutânea prévia (não está comprovado, mas na maioria dos casos tem) o Atua como fungo. o Em pequenos se utiliza muito ozônio terapia para tratar o Lesão única – grandes dimensões. o Lesão edematosa (equinos) – trajetos drenantes (são fístulas que drenam a secreção presente) – massa ulcerada de aspecto granulomatoso – secreção hemorrágica ou piosanguinolenta. o Extrusão do tecido necrótico amarelado (Kunkers), são pedaços amarelos mais duros, bem necróticos, eles tem tendência de ter o resto dos pseudofungos. o Pruriginosa o A lesão ocorre principalmente em face, membros e cavidade. o Pode ter junto com habronema. o Nos casos não tratados 99% podem se disseminar, virar uma doença sistêmica e o animal vem a óbito. o Dermatite nodular a difusa piogranulomatosa a granulomatosa e numerosos eosinófilos. o As estruturas fúngicas podem ser vistas como estruturas lineares, ramificadas, emaranhadas e não coradas. A cada 10, uma a gente consegue identificar, nas outras não se consegue, e precisa de histórico clínico, as colorações especiais que se usa para estruturas fúngicas, são PAS. o As áreas avermelhadas são difusas, multifocais e focais. o Na microscopia se veem áreas mais coradas arroxeadas ESPOROTRICOSE o Micose subcutânea o Sporothrix schenckii o Homem, cavalos, cães, gatos, muares, camelos, golfinhos, passáros, suínos e bovinos. o Gatos tem maiores quantidades de elementos fúngicos em suas feridas, elas são traumáticas e contaminadas. o Maior importância nos gatos. o Cutanea, cutânea linfática e disseminada o Cutanea linfática é a mais comum em gatos o Nódulos em região cefálica, pinas, membros, patas, cauda e períneo. o Autoinoculação em gatos pela lambedura, dermatite nodular a difusa piogranulomatosa (neutrófilos degenerados) o Elementos fúngicos são mais númerosos nas lesões felinas o PAS e GROCOTT (corantes especiais) CRIPTOCOCOSE o Enfermidade fúngica sistêmica (mais comum em felinos) o Homem e várias espécies animais o Cryptococcus neoformans o Se não tiver fonte de calor, e de dessecação, ele fica 2 anos nas fezes. o As lesões aparecem principalmente na região nasal o Acometem principalmente animais imunossuprimidos o O pombo é imune. o Encontrado em habitat de aves (pombos) o Viáveis nas fezes por até 2 anos o Inalação de organismos em suspensão no ar o Espirros, corrimento nasal serossanguinolento a mucopurulento, lesões papulares ou nodulares na ponte nasal ou em outra região, linfadenomegalia. o Em gatos e cães, tem sintomatologia nervosa ou ocular. o Dermatite nodular ou difusa granulomatosa, macrófagos vacuolizados e microorganismos que se coram fracamente em HE, PAS, GROCOTT ou GOMORI, e específico pra ele se usa a MUCICARMINA (cora a capsula em magenta). o Se tem lesões principalmente em plano nasal, ulcerados ou não, em formas de nódulos. DERMODICOSE o Sarna demodécica, sarna negra. o Demodex spp. (Demodex canis e Demodex cati) o Acomete principalmente cães (+acomete), gatos, bovinos, equinos. o O diagnóstico de demodex se faz por raspado profundo, porque ela fica no folículo piloso ou na glândula sebácea. o Proliferação supranumérica dentro de folículos pilosos o Saprófitos (imunossupressão/geneticamente predispostos) o Localizada (em animais jovens, com tendência de auto cura, menos grave) ou generalizada (Diabettes, quimioterapia, tratamento com corticoides) ▪ Até 5 placas alopécicas, eritematosas, descamativas – membros torácicos e face ▪ Várias placas alopécicas e eritemato-descamativas coalescem o Linfadenomegalia, foliculite e furunculose bacteriana secundária o Transmissão mãe-filhote. o Perifoliculite, foliculite, furunculose parasitária o Ácaros dentro do folículos pilosos, glândulas e ductos sebáceos ou soltos na derme – reação piogranulomatosa; o Dermatite nodular e a dermatite fibrosante são também padrões comuns. o Neutrófilos vão estar presentes no processo inflamatório inicial, pra fazer a quimiotaxia. o Máculas, coalescentes, com lesões crostosas, lique... ESCABIOSE o Dermatite pruriginosa o Caninos, suínos, bovinos, caprinos e, raramente equinos. o Eritêmato-descamativas e exsudativas o As regiões mais acometidas são a face, pavilhão auricular, região de articulação umerorradioulnar e tarsometarsiana. o Dermatite hiperplásica espongiótica perivascular a intersticial, superficial e média o Crostas paraqueratóticas (com núcleo, ortoqueratóticas seria sem núcleo) e pústula intraepidérmica com predominância de eosinófilos o Nos suínos é a ectoparasitose mais importante em todo o mundo o Prurido intenso nas pinas (triangulo da ponta da orelha) – crostas e escoriações. o Ácaros encontrados na minoria dos casos. o Se observa tuneis na queratina. o Não tem linfadenomegalia. o Raspado superficial o O epitélio vai estar hiperplásico, com aumento de queratinócitos, tem mais eosinófilos do que na demodecica. HABRONEMOSE o Feridas de verão o Larvas de habronema, que se apresentam como massas nodulares únicas ou múltiplas, proliferativas marrons a avermelhadas ulceradas. o Dermatite nodular com eosinófilos, macrófagos e células gigantes (lesões com granuloma). o Se encontra mais em membros, região prepucial, e no canto medial do olho, no canto da boca. o Não tem crostas amareladas, não está drenando, não tem Kankers, então não é pitiose. DOENÇAS VÍRICAS POXVIROSES: o Ectima contagiosa afeta ovinos e caprinos, causando lesões pustulares e crostosas nos lábios e narinas, após prévio traumatismo. Evolção das lesões. o Máculas -> Pápulas -> Vesículas -> Pústulas -> Crostas. o Ocorre mais em animais lactentes. DOENÇAS VÍRICAS HERPESVIRUS o Mamilite herpética bovina é causada pelo herpesvírus bovino tipo 2 (HVB-2), que causa lesões nos tetos que iniciam por vesículas, passam a ulceras e evoluem para crostas. Os bezerros que mamam em vacas infectadas desenvolvem lesões semelhantes na boca, focinho e lábios. EPITELIOGENESE IMPERFEITA o Cutis aplasica (é o mesmo problema). o Crescimento e diferenciação da epiderme comprometidos o Hereditário (não vai haver formação das seguintes estruturas) ▪ Extrato escamoso ▪ Anexos o Septicemia o Desidratação o Não tem pele, fica com a musculatura exposta, o animal fica desidratado e entra em contato com bactérias. HIPERELASTOSE o Displasia do colágeno o RARA o Pele se rasga facilmente (cicatrizes) o Hiperextensível o Enzimas – Síntese de colágeno tipo I. o O animal fica com a pele muito facilmente despreendida, as fibras ficam curtas e bagunçadas. DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGA- DAPP o Dermatite alérgica mais frequente na medicina de pequenos animais o Ctenocephalides felis o É uma doença sazonal fora do país, mas no brasil é o tempo todo. o Acomete animais entre 3 a 6 anos de idade (antes dos 6 meses) o Patogênese (a pulga pica, dá uma dermatite) o Deratose pruriginosa papulocrostosa, não folicular (inicialmente) e eritematosa o Cães ▪ Região caudal lombossacra, membros pélvicos, base da cauda e abdome ventral ▪ Alopecia, hiperpigmentação e liquenificação (crônico) o Gatos ▪ Dermatite miliar (é uma dermatite pequena, com várias pápulas e pústulas que parecem um monte de pérolas) nas regiões cervical e drosolombar ou de forma generalizada ▪ Alopecia simétrica (mínima inflamação). o Histopatologia das lesões papulocrostosas revela: Dermatite hiperplásica, ulcerada ou não, perivascular a intersticial superficial a profunda. Epiderme exibe focos espongióticos, necróticos. Infiltrado celular misto (evolução da doença). DERMATITE ATÓPICA o História familiar, associação com exposição a alergênicos ambientais, envolvimentoda IgE na patogênese e outras doenças alérgicas. o Terriers, Dálmata, Pug, Lhasa apso, Poodle, Golden, Boxer, Setter e Pastor Alemão; o Diminuição da barreira epidérmica, células dendríticas apresentadoras de Ag, queratinócitos (citocinas), resposta da fase tardia da desgranulação de mastócitos, influencia genética, determinantes ambientais. o Dermatite pruriginosa sem lesão associada; o Alopecia, pápulas, pústulas, erosões, hiperpigmentação, liquenificação; o Poder ser considerados atópicos (3 critérios maiores). ▪ Prurido ▪ Envolvimento facial ou podal ▪ Liquenificação da superfície flexora do tarso ou extensora do carpo. ▪ Eritema facial e queilite (inflamação do lábio) ▪ Otite externa bilateral e recorrente. ▪ Infecção recorrente por Malassezia sp.; Se tem 3 de cada. DERMATITE DE CONTATO ▪ Dermatite atópica canina ocorre por hipersensibilidade tipo I, com aumento de IgE. ▪ Lesões pruriginosas.
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