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FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS P1 06/10 a 12/10 - P2 25/11 a 30/11 - Lei 11.101/2005 – Lei de Falência e Recuperação - Lei 14.112/2020 – Lei que altera a Lei de Recuperação e Falências Contextualização – Parâmetro Histórico da Falência e Recuperação Judicial - Ubi societas, ibi jus – as regras do direito existem para ordenar as relações sociais - A função do direito é estabelecer o equilíbrio entre as partes, mesmo no que se trata a cobrança de dívidas - Lex Poetelia Papilia – marco em que se separa o corpo patrimonial e o corpo físico do devedor, antes dela o devedor poderia pagar com seu corpo (escravidão, cortar o devedor em x pedaços e distribuí-lo entre os credores, os credores ficavam com o cadáver do devedor até que seus parentes adimplissem a dívida, etc.) - Durante o sistema feudal na Europa, surgiram as feiras medievais onde feudos trocavam entre si excedentes de seu patrimônio e, a partir deste ponto, passam a existir as cidades comerciais que trazem à tona um novo sistema de direito, que se batizou de Lex Mercatoria; - A partir da Lex Mercatoria, surgem os institutos de direito comercial, incluindo a falência; Falência – Patamares de pensamento - 1º Patamar de pensamento: aquele mercador que não pagou seus credores e que, de repente, chega à conclusão de que não tem condições de pagar é considerado falido, porém na época o falido era considerado um criminoso (o falido era um fraudador) por ter se aproveitado da confiança depositada nele para se erguer e, depois, não pagar; - 2º Patamar de pensamento: após algum tempo passou a considerar a falência como parte do risco que todo comerciante enfrenta ao ingressar na vida comercial – pode haver crime com aquele que faliu (crimes falimentares), mas não necessariamente o falido é um criminoso 1. O 2º patamar de pensamento é o que norteava o decreto lei7661/1945. - 3º Patamar de pensamento (Lei 11.101/2005): crash da bolsa de NY em 1929 e se percebeu que se não houvesse uma alteração do pensamento que propiciasse a possibilidade de continuação das atividades empresariais, o Estados Unidos iam desaparecer como potência econômica e, a partir daí percebeu-se que a manutenção da atividade empresária era a única coisa que poderia tirar os EUA da crise. 1. A crise é superável ou insuperável? Se fosse superável, dariam a ela um mecanismo para que ela se preservasse e mantivesse a sociedade empresária funcionando para que a sociedade empresária se reerguesse, pagasse seus credores e continuasse produzindo (recuperação judicial). Se a crise fosse insuperável, seria decretada a falência. 2. A atividade econômica é mais importante para o país do que para o próprio empresário e, havia a possibilidade de afastar o empresário e colocar outro em seu lugar. 3. Os EUA se recuperaram de seu crash através da implantação desse sistema. - O primeiro sistema que adotou a recuperação judicial das empresas após os EUA foi a França, seguido pela Suíça e depois se espalhou pelo mundo inteiro, chegando no Brasil em 2005. - A Lei 11.101/2005 colocou a RJ como uma meta a ser atingida e trouxe um sistema que propiciasse a possibilidade de recuperação para empresas que estivessem em uma crise econômico-financeira superável. A Lei trouxe uma série de privilégios para o capital financeiro e uma série de privilégios para o fisco, o que trouxe uma série de impedimentos para o bom funcionamento da lei. - A doutrina e a jurisprudência adaptaram a Lei para a realidade, com jurisprudências pacificadas que por diversas vezes iam contra a letra da lei. - Em 2005, a concordata desaparece e surgem os institutos da Recuperação Judicial e da Recuperação Extrajudicial. - A Lei 14.112/2020 trouxe diversas mudanças à Lei 11.101/2005, que aumentou em 60 artigos (tem 261 artigos). - No terceiro patamar de pensamento a falência não é considerada crime, mas pode haver crime falimentar se o empresário que entra em recuperação judicial desvia bens da sociedade empresária para que eles não sejam considerados caso haja uma falência posterior – há um crime específico que trata de crime falimentar. - A Lei 11.101/2005 trata tanto de falências quanto de recuperações (judiciais e extrajudiciais) - Quando um empresário está em recuperação judicial e percebe-se que ele não tem capacidade de se recuperar, o processo de recuperação é convolado e falência (a convolação é a mudança de classe do processo – tratada no capítulo 4º da Lei 11.101/2005)
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