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Estudo das DISCIPLINA: Psicologia do desenvolvimento I Módulo 01: Estudo das principais abordagens do desenvolvimento humano e suas contribuições principais Nome do Professor: Sílvia Cristina da Silva Nome da Disciplina: Psicologia do desenvolvimento – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2018. Guia de Estudos – Módulo 01: Estudo das principais abordagens do desenvolvimento humano e suas contribuições principais Faculdade Campos Elíseos SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 ERIKSON E O PROBLEMA DA IDENTIDADE NO SER HUMANO 3 SIGMUND FREUD E SUA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE 4 JEAN PIAGET E AS ESTRUTURAS COGNITIVAS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO 4.1 Período sensório-motor CONSIRAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA MÓDULO 01 – Estudo das principais abordagens do desenvolvimento humano e suas contribuições principais Conversa Inicial Este primeiro módulo é voltado para o estudo da das principais abordagens do desenvolvimento humano e suas contribuições principais. Nosso objetivo é que você conheça ainda mais conhecimentos através deste conteúdo. Desse modo, percorreremos através do estudo a respeito de Erikson e o problema da identidade no ser humano, de Sigmund Freud e sua teoria do desenvolvimento da personalidade. Além disso, trataremos a respeito do Jean Piaget e as estruturas cognitivas no desenvolvimento humano, além do período sensório-motor Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1 INTRODUÇÃO Cada ser humano é capaz de desenvolver e cumprir múltiplas funções, evidenciando um comportamento; isso depende de uma série de fatores internos ou externos ou exógenos e endógenos que influenciam o seu modo de vida. Entre os fatores internos ou endógenos são chamados herança e maturação. MALLOY-DINIZ (2013) A primeira é a transmissão de características físicas de pais para filhos, dos netos mais distantes, os avós de geração em geração; através de alguns corpúsculos chamadas cromossomos consistem em milhares de genes chamados nódulos e sendo estudada pela ciência chamada genética. MALLOY-DINIZ (2013) O segundo processo (amadurecimento) é um equilíbrio entre o crescimento físico e mental mudanças estruturais e funcionais experimentados pelo assunto, servir como indicadores de progresso está recebendo e a capacidade de executar certos comportamentos. Entre os fatores exógenos ou externas, precisamos considerar a aprendizagem e socialização. A aprendizagem é um fator que aparece em todas as criaturas, desde o menor até o topo criatura que é o homem. MALLOY-DINIZ (2013) Para MALLOY-DINIZ (2013) consiste na aquisição ou assimilação de qualquer experiência, evento ou situação; moldagem, predispõe regula ou dirige a condução eficaz de um sujeito. A aprendizagem é alcançada através da experiência é aperfeiçoado com a prática e aprendi coisas deixar traços que se relacionam entre si. O ser humano desenvolve fisicamente, psicologicamente e socialmente, dentro de um ambiente. O ambiente é tudo o que envolve o assunto. Há um ambiente natural, determinado pelo ambiente geográfico, forças da natureza, o clima, a fauna, a flora; um ambiente social, constituído pela família, a escola e a própria sociedade; um ambiente cultural, composto de todas as manifestações inventadas pelo homem. Agora a ser desde o nascimento do ser humano assimila costumes, normas, tradições, modos de vida; que permitem a aprendizagem das influências da família e da sociedade, isso é chamado de socialização. Estas influências, estes aspectos físicos, psicológicos e sociais do desenvolvimento humano têm sido estudados por eminentes estudiosos e cientistas que ajudaram a esclarecer várias dúvidas, que através de suas teorias têm apoiado a base para compreender os vários problemas em seres humanos eles posam. MALLOY-DINIZ (2013) Poderíamos citar Alfred Adler, que argumentou que a primeira infância é importante e que a criança nasce, principalmente com um poder criativo livre; Albert Bandura, que argumentou que a aprendizagem pode ser alcançado a partir de modelos humanos e que qualquer processo psicológico serve como um meio para criar e reforçar as expectativas de eficácia pessoal; Erik Erikson, que alegou que o indivíduo passa por fases sucessivas antes de adquirir a sua própria identidade; MALLOY-DINIZ (2013) Sigmund Freud, que estudou o inconsciente e suas diversas manifestações e em estágios de desenvolvimento humanos de natureza sexual psico ocorrer, o que vai determinar a personalidade das pessoas; Arnold Gesell considerado o pai da psicologia infantil e argumentou que o desenvolvimento psicológico é paralelo ao desenvolvimento do sistema nervoso central; Stanley Hall e seus estudos de psicologia evolutiva para entender várias idades, incluindo idade avançada. MALLOY-DINIZ (2013) Harry Harlow, cujas áreas de interesse e estudo foram da psicologia infantil e argumentou que o comportamento normal dependia da ligação dentro da família; Lawrence Kohlberg, cujos estudos representam abordagens sobre o parceiro de desenvolvimento moral e cognitivo e que há fases superior e inferior do desenvolvimento moral; Jean Piaget, que dizem a seus alunos que o seu trabalho mudou a educação, a ciência do desenvolvimento humano e que era conhecido como inteligência. MALLOY-DINIZ (2013) O ambiente é tudo o que envolve o assunto. Há um ambiente natural, determinado pelo ambiente geográfico, forças da natureza, o clima, a fauna, a flora; um ambiente social, constituído pela família, a escola e a própria sociedade; um ambiente cultural, composto de todas as manifestações inventadas pelo homem. Certamente podemos citar outros que suas contribuições tornaram possível compreender este complexo problema do desenvolvimento humano; No entanto, acreditamos que com o anterior nós começamos uma tentativa de chegar mais perto de elucidar aspectos que vamos propor. Neste trabalho, propomos uma abordagem para o problema da psicofísica, psicossocial e cognoscitivo desenvolvimento humano baseado principalmente em abordagens que, sobre a questão desenvolveram Erikson, Freud e Piaget, que em nossa opinião marcaram a evolução do teorias do desenvolvimento humano. MALLOY-DINIZ (2013) 2 ERIKSON E O PROBLEMA DA IDENTIDADE NO SER HUMANO Esse cientista alemão, que se aventurou em diferentes campos como a psicologia, a filosofia, a antropologia, entre outros, estabeleceu uma construção de identidade a partir de oito estágios, onde o eu desempenha um papel transcendental. MCGURK (1996) Os oito estágios, ao nosso conhecimento, oferecem uma caracterização que mostra que a identidade é um processo contínuo que está aumentando progressivamente e que ao atingir a adolescência há uma crise em que o sujeito, utilizando suas experiências, busca resolvê-lo. MCGURK (1996) Estas fases são as seguintes, de acordo com MCGURK (1996): 1) a confiança em relação desconfiança, 2) autonomia contra vergonha e dúvida, 3) iniciativa contra culpa, 4) contra a indústria inferioridade 5) identidade contra a difusão de papéis, 6) intimidade contra retirada, 7) contra a criatividade estagnação e 8) integridade versus desespero. Na primeira etapa é apresentada a relação entre mãe e filho gerando um clima de insegurança ou segurança, dependendo se essa relação é satisfatória ou insatisfatória. Na segunda etapa, vemos uma criança que quer agir com autonomia e liberdade, alcançando o autocontrole de suas ações; mas se ele foi impedido pela atitude coercitiva dos pais, ele sente vergonha e dúvida. O terceiro estágio caracterizado pela fantasia, no qual o bebêdá vida aos objetos com os quais ele joga e procura realizar todos os tipos de atividades, será uma função do que os pais respondem a essas atividades, desenvolvendo no assunto sua iniciativa ou culpa. MCGURK (1996) A quarta etapa do estudo de Erikson corresponde à infância, onde a criança aprende a fazer e compartilhar e a buscar o reconhecimento pelo que faz, desenvolvendo seu desejo de trabalhar; mas a contraparte que é própria da criança é apresentada, o medo do que ele tem que fazer, causando um sentimento de inferioridade. MCGURK (1996) A quinta etapa coincide com o início da puberdade e, portanto, com o amadurecimento da sexualidade e com a preocupação do que William Schonfeld (1973) chamaria de "imagem corporal", além do que eles sentem sobre si mesmos. MCGURK (1996) Os oito estágios, ao nosso conhecimento, oferecem uma caracterização que mostra que a identidade é um processo contínuo que está aumentando progressivamente e que ao atingir a adolescência há uma crise em que o sujeito, utilizando suas experiências, busca resolvê-lo. MCGURK (1996) O problema surge quando o sujeito, no reconhecimento de si mesmo, se reconhece em outros personagens a quem admira e na orientação que deve seguir no meio social em que vive. MCGURK (1996) A sexta etapa coincide com a adolescência com essa busca de encontrar-se através de suas satisfações sexuais pessoais e a solidão que o sujeito vivencia, provocando seu isolamento voluntário. O sétimo estágio, que Erikson chama de criatividade ou generatividade, em face da estagnação ou paralisia; Nos apresenta a possibilidade de orientar o sujeito para desenvolver seu espírito criativo e agir responsavelmente diante do ambiente; Por outro lado, se isso não ocorrer, a estagnação ou a paralisia ocorrerão. MCGURK (1996) A última e oitava etapa podem ser analisadas na busca pelo sujeito de uma defesa do que ele construiu e realizou em sua vida e de que tudo o que ele realizou e realizou foi útil para sua vida futura; contrariamente, se não fosse assim, o sujeito emergiria em desespero e desconforto, porque não sabia aproveitar seu tempo. MCGURK (1996) 3 SIGMUND FREUD E SUA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE Cada membro de uma comunidade está sujeito às mesmas influências ambientais, tanto naturais quanto sociais; No entanto, são todos iguais? Todos têm exatamente o mesmo modo de ser? A resposta é não. Cada um de nós tem uma maneira diferente de responder aos estímulos do meio ambiente, de uma maneira única e inconfundível, que dá às nossas ações um selo característico, um modo de sermos nossos e é o que constitui nossa personalidade. Sigmund Freud, psiquiatra austríaco e neurologista, fundador da psicanálise, formulou a primeira teoria sistemática do desenvolvimento da personalidade. SEIDL-DE-MOURA (2009) Essa teoria ainda exerce uma influência decisiva nas atuais concepções de formação da personalidade. Esse eminente cientista, como SEIDL-DE-MOURA (2009) aponta, que com suas teorias, descobertas e deduções inicialmente provocaram uma enorme oposição e foram rotulados como ridículos; Consideramos que foi junto com Copérnico, Darwin, Newton, Marx, um dos grandes revolucionários da ciência moderna. Sua influência não foi apenas em psiquiatria, psicologia, medicina, mas também em literatura, arte, antropologia, sociologia; e propus muitas categorias como libido, hipnose, eu, superego, impulso, catexia, complexo de Édipo, censura, mecanismos de defesa, etc. O libido é uma força motivacional inata que Freud conceituou como um impulso instintivo. Surge com o nascimento, mas suas formas de expressão variam durante o curso do desenvolvimento em função da maturação e da experiência. As sucessivas mudanças na expressão libidinal constituem os estágios do desenvolvimento psicossexual. Em cada estágio, a energia da libido é invertida em diferentes órgãos do corpo, que constituem fontes primárias de prazer durante esse estágio. SEIDL-DE-MOURA (2009) Acompanhando cada mudança surge uma crise de desenvolvimento que deve ser resolvida para que o sujeito possa entrar sem problemas no estágio posterior. Aqueles sujeitos que não resolvem a crise em um determinado estágio estão fixos a ela. Essa fixação produz efeitos específicos no desenvolvimento da personalidade. Uma fixação a um determinado estágio pode ocorrer devido aos efeitos da superproteção ou também devido à falta de gratificação das necessidades libidinais daquele momento. Vamos tentar explicar brevemente cada um dos estágios do desenvolvimento psicossexual, observando, como observamos quando estudamos Erikson, que em cada estágio há um conflito que, se o sujeito não conseguir superar, na adolescência ele se manifestará de várias formas. SEIDL-DE-MOURA (2009) O estágio oral (primeiro ano de vida) é subdividido em duas expressões libidinais; oral - passivo e oral - sádico. A energia do libido está na boca (zona erógena que permite ao bebê relacionar-se com seu primeiro objeto recompensador). A primeira gratificação é o seio (ou mamadeira) e a mãe. O conflito surge no momento do desmame. Os fixos à expressão oral - passiva, posteriormente serão traduzidos em condutas passivas, dependentes; bem como em manifestações como fumar, morder as unhas ou trazer outros objetos de uso diário para a boca. Aqueles fixados à expressão oral-sádica mais tarde serão caracterizados por seu sarcasmo, uso de palavras contundentes. SEIDL-DE-MOURA (2009) No estágio anal (em torno de dois anos), a energia da libido concentra-se na região anal. Durante esse período, o bebê consegue controlar seus esfíncteres. O conflito é um treinamento higiênico. Os assuntos fixados a esta etapa mostrarão os esquemas: Anal - retentivo, em razão do qual serão mesquinhos, desconfiados; com comportamentos compulsivos obsessivos, escrupulosos demais; anal - agressivo, que será caracterizado por atributos como desordem, roupas desgrenhadas, falta de atenção aos horários. SEIDL- DE-MOURA (2009) No estágio fálico (aparece aos três anos e dura até cinco anos), a fonte da gratificação é transferida para o pênis no caso do macho e o clitóris na menina (como substituto do pênis). SEIDL-DE-MOURA (2009) Neste estágio aparecem o complexo de Édipo e o complexo de Castração no menino e de Electra na menina. A criança desenvolve uma forte atração pela mãe e se coloca em uma situação de rivalidade com o pai; o resultado é o medo de que o pai o castigue cortando seu pênis (complexo de castração). Mas a criança também ama seu pai, de modo que mostrará um comportamento ambivalente que resultará em reprimir tanto a atração e o desejo pela mãe quanto a rivalidade com o pai. SEIDL-DE-MOURA (2009) A menina sofre um fenômeno semelhante ao experimentado pelo homem, isto é, ela é atraída e deseja seu pai (complexo Electra). Na falta de um pênis, a menina experimenta inveja do pênis e minimiza a mãe que tem a mesma deficiência e procura uma abordagem para o pai; seus sentimentos também se tornam ambivalentes: ele quer e rejeita sua mãe. SEIDL-DE-MOURA (2009) Freud estava mais preocupado com o desenvolvimento do homem e dizia muito menos sobre a dinâmica do desenvolvimento das mulheres. Se os sujeitos estiverem fixos nesse estágio, veremos na adolescência uma busca exagerada pelo sexo oposto. SEIDL- DE-MOURA (2009) A repressão dos impulsos libidinais com os quais o complexo de Édipo termina, dá origem ao estágio de latência (de seis anos até o início da puberdade). Aqui a sexualidade não desaparece, mas há um deslocamento dela; a criança dirige sua energia para o meio ambiente, para o jogo e para outras atividades. SEIDL-DE-MOURA (2009) No estágio genital (que aparece depois dos 12 anos), a atração sexual que foi direcionada para a figura parental é transferida para o par de sexos opostos. Aqui o sujeito já tem capacidade decompreensão e consideração dos sentimentos dos outros. Como sabemos, com a puberdade inicia-se uma série de mudanças corporais e o desenvolvimento de certos órgãos que denunciam que o sujeito começou a amadurecer sexualmente. SEIDL-DE-MOURA (2009) 4 JEAN PIAGET E AS ESTRUTURAS COGNITIVAS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO A qualidade de um conhecimento está em relação direta com o que é elaborado ou estruturado com o conhecimento prévio do assunto. Conhecimento, o que permite uma adaptação ao sujeito com o seu ambiente, ou com os problemas colocados pela vida pode ser social, físico e cognitivo. PIAGET (1993) Saber que você deve cumprimentar os idosos é um conhecimento social; Saber que a exposição ao sol por muito tempo é prejudicial é um conhecimento físico; Saber determinar a diferença na quantidade de um grupo de objetos com outro, estabelecendo uma relação mental ou racional, é um conhecimento cognitivo. PIAGET (1993) As operações realizadas pela criança com os objetos, em torno dele, determinarão concepções em termos mentais que são alcançados não a partir dos objetos, mas do conhecimento das ações que ele realiza. Do que foi dito, surge uma questão: como as estruturas operativas mentais são construídas? Estruturas intelectuais são desenvolvidas por atividade, comparação, ordenação e classificação com objetos físicos e ações corporais. Por exemplo, uma criança que está amarrando contas está desenvolvendo estruturas abstratas usando esquemas de serialização e classificação. Esta construção das estruturas é realizada de forma complexa e imprevista. Também sabemos que três tipos de conhecimento elementar podem ser estabelecidos na criança: o social, o físico e o cognitivo; o último poderia incluí-los dentro do que chamamos conhecimento sensorial e conhecimento racional. PIAGET (1993) Esse conhecimento, por sua vez, é construído com a contribuição e combinação de quatro fatores: maturação, transmissão sexual, experiência com objetos e equilíbrio. PIAGET (1993) A maturação produz crescimento e desenvolvimento orgânico, o que permite ao sujeito, em condições de aprendizagem, alcançar maiores conquistas; sentar, engatinhar, ficar em pé e andar, são comportamentos que requerem maturação biológica. A experiência física, também, refere-se à relação com os objetos do meio ambiente (brinquedos, chocalhos, mamadeira, etc.). (PIAGET, 1993, p. 76 ) Equilíbrio refere-se à passagem de um estágio inferior para um superior como consequência dos estágios anteriores. À medida que a criança se desenvolve, ele alcança um nível mais alto de equilíbrio, alertando que o equilíbrio exige abstração, seja simples ou reflexivo. PIAGET (1993) Para Piaget, o desenvolvimento da inteligência passa por quatro estágios que poderíamos chamá-los, estágios ou períodos que ocorrem em uma ordem de nível de equilíbrio superior a um em relação ao anterior. Considere antes de destacar os quatro estágios algumas considerações gerais que encontramos em seu trabalho Psicologia da Inteligência: Primeiro, Piaget argumenta que toda explicação psicológica acaba mais cedo ou mais tarde a depender da biologia ou da lógica. O desenvolvimento psíquico é uma construção contínua que começa no momento do nascimento e termina na idade adulta, caracterizada por uma marcha contínua rumo ao equilíbrio. PIAGET (1993) A ação é a característica mais importante da inteligência, que é a forma de equilíbrio à qual todas as estruturas tendem. Percepção, memória, pensamento, linguagem; eles confiam na inteligência; constituindo-se na mais avançada adaptação mental, uma forma superior de organização das estruturas cognitivas (conhecimento) e cujo desenvolvimento necessita da contínua estimulação do ambiente. Portanto, tem um sustento biológico e as características do funcionamento intelectual baseiam-se em um processo de adaptação, que também depende de duas funções que permitem essa adaptação: assimilação e acomodação. (PIAGET, 1993, p. 78) Em resumo, podemos destacar que, o desenvolvimento da inteligência é uma função das seguintes variáveis: ação, equilíbrio, adaptação, assimilação, acomodação, construção e presença de subestações. PIAGET (1993) 4.1 Período sensório-motor O período sensório-motor (de 0 a dois anos) é dividido em seis subestações O primeiro é caracterizado pela presença de reflexos e ações espontâneas que resultam dos estímulos do ambiente ou das necessidades internas vivenciadas pelo bebê. PIAGET (1993) O segundo é caracterizado pela presença dos primeiros hábitos repetitivos, que por sua vez favorecem a formação das noções de espaço e tempo. Na terceira subestação, os movimentos satisfatórios continuam, mas eles têm um novo ingrediente, a intencionalidade. No quarto estágio aparece o acaso que permite diferenciar entre meios e objetivos (esforço para alcançar algo). A quinta subestação caracteriza-se pelo fato de a criança demonstrar maior curiosidade sobre os objetos que a cercam, bem como uma maior compreensão do que faz. Na última subestação, o pensamento representacional aparece e constitui o limite entre a inteligência sensório-motora e o pensamento pré-operacional. PIAGET (1993) O período pré-operacional começa em aproximadamente dois anos e dura até sete anos. Abrange dois subestados; o primeiro, denominado Pensamento Simbólico (2 - 4 anos), caracteriza-se pelo fato de o bebê fazer um objeto ou som servir de representação de outra coisa, por exemplo, pegar um copo e cantar que o copo é um microfone. PIAGET (1993) O segundo sub-estágio corresponde ao Pensamento Intuitivo (4-7 anos), onde a criança age não pela razão, mas pela intuição, pela percepção instantânea e clara, mas ainda pré-lógica. A criança está interessada na ideia geral, está interessada no todo, está inclinada para o global, isso é chamado "sincretismo" Piaget, que significa reunião ou fusão de vários elementos. PIAGET (1993) O período de operações específicas (7 a 12 anos) é destacado pelo fato de que a inteligência operacional surge graças à reversibilidade (investindo ações próprias para conhecer o estado inicial). A criança internaliza os objetos que percebe ou percebeu no mundo real ou concreto; classifica-os, ou seja, agrupa-os em uma classe e ordena-os relacionando-os em série, como, por exemplo, é uma soma, que pode ser cancelada com subtração. PIAGET (1993) Nesse período, seu pensamento é interno, já que os agrupamentos ocorrem em sua mente; seu pensamento é concreto, já que ele manipula os objetos do mundo real; seu pensamento é descentralizado porque a criança pode se concentrar nesses dois aspectos e é capaz de se coordenar com eles; Finalmente, a criança deste período percebe que embora a forma mude a quantidade é conservada (recipientes de diferentes formas com a mesma quantidade de líquidos) e finalmente, seu raciocínio é indutivo. PIAGET (1993) No período de operações formais (12 anos e mais), o tipo de pensamento é caracterizado por ser hipotético - dedutivo, abstrato e formal. O assunto deste período usa a verificação porque ele precisa demonstrar e fornecer uma prova do que ele diz; leva em conta o sistema combinatorial, pois pode considerar todas as combinações possíveis do objeto; também pode isolar e controlar variáveis com base em que todas as outras permanecem constantes; também liga relacionamentos através de uma combinação proporcional. PIAGET (1993) CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos perceber, em relação a Erikson, sua teoria parece interessante quando ele enfatiza a importância da concessão ou reconhecimento de parte do meio de que o sujeito faz parte para alcançar uma identidade normal. Essa teoria de recompensa ou reconhecimento também é encontrada nos trabalhos de B. F. Skinner e nos permitiu superar essa crença doentiade que "a carta com sangue entra". Também é verdade característica relevante que, em cada uma das etapas de resultados de desenvolvimento são apresentados em um conflito, que nos lembra da visão freudiana de que em cada um dos estágios do desenvolvimento psicossexual do assunto surge um litígio que o impacto mais tarde na vida de uma pessoa. Em relação a Freud, é preciso ressaltar que seu trabalho é claramente identificado com o macho, que é notoriamente evidente quando o nome atribuído para a terceira fase do desenvolvimento psicossexual na teorização levantada por ele. Essas etapas coincidem com as indicadas pela evolução do desenvolvimento humano. No entanto, o que não concordamos com Freud é quando ele argumenta que a libido é instintiva; para nós, o instinto é uma forma de comportamento animal, portanto, os seres humanos não têm instintos. A contribuição mais importante para o desenvolvimento e compreensão da psicologia humana é dada pelas obras de Piaget, uma vez que elas não se referem apenas ao estudo do desenvolvimento da inteligência, mas têm um conteúdo epistemológico. Nesta abordagem, as operações que determinam o conhecimento não são apenas o resultado da relação com os objetos (sejam elas físicas ou sociais), mas são estruturadas e desenvolvidas pela ação ou atividade, comparação, ordenação e classificação dos mesmos objetos. Para Piaget, a opinião clássica (que ele chama de simplista) é que nosso conhecimento tem uma origem sensorial, baseada em sensações e percepções e que não podemos desconsiderar a importância da dedução. Nesse sentido, o ser humano possui estruturas biológicas, psicológicas, sociais e espirituais e, destas, as que se baseiam na inteligência, que se desenvolveu através de certas etapas, é uma busca permanente pelo equilíbrio. do processo de adaptação e seus componentes que são assimilação e acomodação. Sem pretender, Piaget segue a concepção epistemológica fenomenológica de Husserl, de que o conhecimento é construído a partir da relação entre o objeto (que oferece dados) e o que o sujeito coloca (de sua interioridade). Na verdade, o pensamento de Piaget é extremamente complexo e de alto rigor epistemológico, no entanto, os esforços feitos neste trabalho e o fim dos quais acreditamos que tenha sido alcançado, entrou com uma leitura mais suave para todos, independentemente da disciplina eles cobrem, para que não encontrem dificuldades em entender as ideias que foram desenvolvidas. Desse modo, ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante por conhecimento e informação! BIBLIOGRAFIA CARTER, B., & McGoldrick, M. (1995). As mudanças no ciclo de vida familiar – Uma estrutura para a terapia familiar. Em B. Carter & M. McGoldrick (orgs.), As mudanças no ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a terapia familiar (pp. 7-29). Porto Alegre: Artes Médicas. MALLOY-DINIZ, L.F.; Fuentes, D.; Cosenza, R.M. (2013). Neuropsicologia do envelhecimento: uma abordagem multidimensional. Porto Alegre: Artmed. MCGURK, H. (1976). Crescimento e mudança. Curso Básico de Psicologia. Vol. C1, Tradução: Eduardo D'Almeida. Rio de Janeiro, Zahar Editores, Moll, L.C. (Org.). (1996). Vygotsky e a educação: Implicações pedagógicas da psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. PIAGET, J. (1993). Seis estudos de psicologia. 19ª ed. Tradução: Maria Alice Magalhães D'Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 76-78. PULASKI, M. A .S. (1983). Compreendendo Piaget: uma introdução ao desenvolvimento cognitivo da criança. Rio de Janeiro: Zahar. SEIDL-DE-MOURA, M.L.; Mendes, D.M.L.F.; Pessôa, L.F. (Orgs.) (2009). Interação social e desenvolvimento. Curitiba: Editora CRV. VYGOTSKY, L.S. (1989). A formação social da mente. 3ed. São Paulo: Martins Fontes. LEITURA COMPLEMENTAR: 2 LEITURAS COMPLEMENTARES: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000100013 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700096 SUGESTÃO DE VÍDEO: Vídeo para complementar os conhecimentos: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000100013 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700096 https://www.youtube.com/watch?v=5WA1pmu-pQ8 https://www.youtube.com/watch?v=5WA1pmu-pQ8