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ATLS 2 VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO

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ATLS 2 – VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO 
A oferta inadequada de sangue oxigenado ao 
cérebro e a outros órgãos vitais é o fator que ais 
rapidamente leva o doente traumatizado à morte. 
A prevenção da hipoxemia depende da via aérea 
protegida e desobstruída e da ventilação adequada, 
e tem prioridade absoluta sobre o controle ,. de 
todas as outras condições. E obrigatório assegurar 
que a via aérea esteja permeável, recebendo 
oxigênio e com adequado suporte ventilatório. 
Todos os doentes traumatizados devem 
receber oxigênio suplementar. 
As mortes evitáveis por comprometimento da 
via aérea no trauma são decorrentes de: • Falha em 
reconhecer a necessidade de intervenção sobre a 
via aérea • Incapacidade de restabelecer a 
permeabilidade da via aérea • Incapacidade de 
reconhecer a necessidade de um plano de via aérea 
alternativo no caso de insucesso em tentativas 
repetidas de intubação • Falha em reconhecer o 
posicionamento incorreto de dispositivos de 
permeabilização da via aérea • Deslocamento de 
dispositivos de permeabilização da via aérea • 
Falha em reconhecer a necessidade de ventilação • 
Aspiração de conteúdo gástrico 
A via áerea e a ventilação são as principais 
prioridades. 
 
 
VIA AÉREA 
 
 Como eu posso saber se a via aérea 
está adequada? 
Os primeiros passos para identificar e 
controlar o comprometimento potencialmente fatal 
da via aérea são reconhecer os problemas 
envolvendo trauma maxilofacial, cervical e 
laríngeo e identificar os sinais objetivos de 
obstrução. 
 
 Identificação do problema: 
A obstrução da via aérea pode ser súbita e 
total, insidiosa e parcial e/ou progressiva e 
recorrente. Embora seja frequentemente 
relacionada à dor e ansiedade, ou ambas, a 
taquipneia pode ser um sinal sutil, porém precoce 
de comprometimento da via aérea ou da 
ventilação. Assim, a avaliação e frequente 
reavaliação da permeabilidade da via aérea e da 
efetividade da ventilação são fundamentais. 
Durante a AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DA 
VIA AÉREA, diante de um "doente que 
conversa", pode-se concluir (ao menos 
momentaneamente) que a via aérea está permeável 
e que não apresenta comprometimento algum. 
Portanto, a MEDIDA INICIAL MAIS 
IMPORTANTE é falar com o doente e 
estimular sua responsividade verbal. A 
presença de resposta verbal clara e apropriada 
indica que a via aérea está permeável, que a 
ventilação está intacta e que a perfusão cerebral 
está adequada. Uma resposta inapropriada ou a 
ausência de resposta sugerem alteração do nível 
de consciência, comprometimento da via áerea e 
ventilatório, ou ambos. 
 
Doentes com alteração do nível de 
consciência são particularmente suscetíveis ao 
comprometimento da via aérea e 
frequentemente necessitam de uma via aérea 
definitiva. 
Via aérea definitiva é definida: como um 
tubo colocado na traquéia com o balonete 
(balão) insuflado abaixo das cordas vocais, 
conectado a uma fonte de oxigênio, sob 
ventilação assistida e com o tubo fixado. 
Doentes inconscientes com lesão cerebral 
traumática, doentes torporosos por abuso de álcool 
e/ ou outras drogas e portadores de traumatismo 
torácico podem apresentar dificuldade 
ventilatória. Nesses doentes, a finalidade da 
intubação endotraqueal é proporcionar uma via 
aérea permeável, ofertar oxigênio suplementar, 
permitir suporte ventilatório e prevenir o risco de 
aspiração. 
A manutenção da oxigenação e da 
prevenção da hipercapnia é fundamental para 
o controle do doente trau matizado, 
especialmente naqueles que apresentam lesão 
cerebral traumática. 
 
Em qualquer doente traumatizado é 
importante antecipar a possibilidade de 
vômitos e saber como agir caso isso ocorra. A 
simples presença de conteúdo gástrico na 
orofaringe representa risco significativo de 
aspiração, que pode ocorrer na próxima inspiração 
do doente. Dessa forma, são indicadas a 
aspiração imediata da orofaringe e a rotação 
em bloco do doente para o decúbito lateral. 
 
!!ATENÇÃO!! A aspiração é um risco ao 
doente traumatizado. O equipamento de 
aspiração deve estar operante, em fácil 
acesso e pronto para o uso do médico, a fim 
de auxiliá-lo a manter a via aérea permeável 
em todos os doentes traumatizados. 
 
 Trauma Maxilofacial: 
O trauma de face exige uma abordagem 
agressiva, porém cuidadosa da via aérea. Esse 
mecanismo de lesão é exemplificado na figura por 
um passageiro sem cinto de segurança que foi 
arremessado contra o para-brisas e painel de um 
automóvel. 
Traumas do terço médio facial podem 
ocasionar fraturas-luxações que comprometem a 
nasofaringe e a orofaringe. Fraturas faciais 
podem ser associadas a hemorragias, aumento de 
secreções orofaríngeas e avulsões dentárias que 
dificultam a manutenção da permeabilidade da via 
aérea. Fraturas da mandíbula principalmente 
fraturas bilaterais do corpo, podem levar à perda 
do suporte estrutural da via aérea. Nesse caso, a 
via aérea será obstruída com o doente em posição 
supina. 
Um doente que se recuse a permanecer em 
decúbito dorsal pode indicar a dificuldade para a 
manutenção da via aérea ou para a eliminação de 
secreções. 
Além disso, a anestesia geral, a sedação e o 
relaxamento muscular podem levar à obstrução da 
via aérea por diminuição ou ausência de tônus 
muscular. 
 
 Trauma Cervical: 
Os ferimentos penetrantes do pescoço podem 
causar lesões vasculares que levam a hematomas 
cervicais expansivos, os quais podem resultar em 
obstrução da via aérea. Se a compressão 
extrínseca e a obstrução da via aérea tornarem a 
intubação endotraqueal impossível, torna-se 
obrigatória a abordagem cirúrgica da via áerea. 
A hemorragia produzida por lesões vasculares 
adjacentes pode ser maciça, exigindo tratamento 
cirúrgico. 
O trauma cervical contuso ou penetrante pode 
causar ruptura da laringe ou da traquéia, 
seguido de obstrução da via aérea e/ou hemorragia 
maciça na árvore traqueobrônquica. Nessas 
condições, torna-se imperativo assegurar uma via 
aérea definitiva. 
Lesões cervicais envolvendo ruptura da 
laringe e traqueia ou compressão da via aérea 
por hemorragia em partes moles do pescoço 
podem causar obstrução parcial da via aérea. 
Inicialmente, um doente com essa grave lesão 
de via aérea pode conseguir manter a sua 
permeabilidade e a ventilação. Entretanto, se 
houver suspeita de comprometimento iminente 
da via aérea, deve-se garantir uma via aérea 
definitiva. 
Para evitar que se amplie uma lesão 
preexistente da via aérea, o tubo endotraqueal 
deve ser inserido cuidadosamente e, 
preferencialmente, sob visão direta. A via aérea do 
doente pode se obstruir subitamente, tornando 
necessária a indicação precoce de uma via aérea 
cirúrgica. 
 
 Trauma de Laringe 
Embora a fratura de laringe seja uma lesão 
rara, ela pode se manifestar como obstrução aguda 
da via aérea. 
Ela é sugerida pela seguinte tríade de sinais 
clínicos: 1. Rouquidão 2. Enfisema subcutâneo 
3. Fratura palpável 
Obstrução total da via aérea e/ou insuficiência 
respiratória grave justificam uma tentativa de 
intubação. A intubação guiada por fibroscópio 
flexível só poderá auxiliar nessa situação se puder 
ser realizada como procedimento de emergência. 
Se houver insucesso na tentativa de intubação, a 
traquestomia de emergência é indicada, 
seguida de reparo cirúrgico da lesão. 
Entretanto, a traqueostomia é um 
procedimento de difícil execução em situações de 
emergência, demanda um tempo maior e pode 
resultar em hemorragia profusa. A 
cricotireoidostomia cirúrgica, embora não seja 
o procedimento de escolha nessa situação, pode 
constituir uma manobra salvadora da vida. 
O trauma penetrante da laringe ou da 
traquéia é evidente e exige tratamento 
imediato. Transecção completa da traqueia ou 
oclusão da via aérea por sangue ou partes 
moles pode causar comprometimento da via 
aérea que necessite de correção imediata. Essas 
lesões são frequentemente associadasa trauma do 
esôfago, da artéria carótida, da veia jugular, bem 
como extensa lesão tecidual. 
RESPIRAÇÃO RUIDOSA indica obstrução 
parcial da via aérea que pode subitamente 
converter-se em obstrução total. A AUSÊNCIA 
DE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS sugere 
que o doente já apresenta obstrução total da via 
aérea. 
Quando o nível de consciência está rebaixado, 
o diagnóstico de obstrução da via aérea torna-se 
mais difícil. O esforço respiratório pode ser a 
única evidência de obstrução de via aérea ou lesão 
traqueobrônquica. 
Se houver suspeita de fratura de laringe, seja 
pelo mecanismo de trauma ou por achados sutis 
no exame físico do doente, a tomografia 
computadorizada pode auxiliar na confirmação 
diagnóstica. 
 
 Sinais objetivos de 
obstrução da Via Aérea: 
Vários sinais objetivos de obstrução da via 
aérea podem ser identificados seguindo esses 
passos: 
1. Observe o doente e avalie se ele está agitado 
ou torporoso. A presença de agitação sugere 
hipóxia e o torpor sugere hipercapnia. A 
cianose indica hipoxemia por oxigenação 
inadequada e é identificada na inspeção de leitos 
ungueais e região perioral. A cianose, entretanto, 
é um sinal tardio de hipóxia. 
A OXIMETRIA DE PULSO deve ser usada 
precocemente na avaliação da via aérea para 
identificar hipoxemia antes da instalação da 
cianose. 
Verifique se há tiragem intercostal e uso de 
musculatura acessória na ventilação; eles indicam 
o comprometimento da via aérea/ ventilação. 
2. OUÇA A VIA AÉREA 
ATENTAMENTE À PROCURA DE RUÍDOS 
ANORMAIS. Respiração ruidosa indica 
obstrução. Roncos, gorgolejos e estridores podem 
ser manifestação de obstrução parcial da faringe 
ou da laringe. Rouquidão (disfonia) implica 
obstrução funcional da laringe. 
3. Palpe a traquéia e determine, rapidamente, 
se ela está em posição central no pescoço. 
4. Preste atenção no comportamento do seu 
doente. 
Diante de um doente agitado e/ou agressivo, 
deve-se pensar que a primeira causa desse 
comportamento é a hipóxia e não a intoxicação 
exógena, 
 
!!!ATENÇÃO!!! A respiração do doente 
torna-se mais ruidosa, o esforço respiratório 
aumenta e ele permanece irresponsivo. 
Enquanto mantém o alinhamento da coluna 
cervical, você realiza a manobra de elevação 
do menta e ventilação com pressão positiva 
com dispositivo de máscara com válvula e 
balão. Essa conduta aumenta a saturação de 
oxigênio de 85% para 92%. 
 
 
VENTILAÇÃO 
Garantir a permeabilidade da via aérea é um 
passo importante para a oxigenação do doente, 
mas é apenas o primeiro passo. Uma via aérea 
permeável não será benéfica ao doente a menos 
que a ventilação esteja, também, adequada. O 
médico deve procurar no exame físico do doente 
por sinais objetivos de ventilação inadequada. 
 
 Identificação do problema: 
A ventilação do doente pode estar 
comprometida por obstrução de via aérea, por 
alteração na mecânica ventilatória e/ou por 
depressão do sistema nervoso central. Se a 
ventilação do doente não melhorar após a 
desobstrução da via aérea, deve-se procurar por 
outras causas de comprometimento ventilatório. 
O trauma direto sobre o tórax, principalmente 
na presença de fratura de arcos costais, provoca 
dor durante a mecânica ventilatória, com 
consequente ventilação rápida e superficial e 
hipoxemia. 
O grupo de doentes representados por idosos e 
portadores de disfunções pulmonares preexistentes 
apresenta risco aumentado de falência respiratória 
nessas situações. 
A lesão cerebral traumática pode causar 
padrões anormais respiratórios e comprometer a 
mecânica ventilatória. Lesão medular na coluna 
cervical pode resultar em respiração 
diafragmática, interferindo na capacidade de 
atender à demanda aumentada de oxigênio. A 
transecção medular completa, que poupa os 
nervos frênicos (C3 e C4), resulta em respiração 
abdominal e paralisia dos músculos intercostais. 
Nesse caso, pode ser necessária a ventilação 
assistida. 
 
 Sinais objetivos de 
ventilação inadequada: 
 Como eu posso saber se a ventilação 
está adequada? 
Vários sinais objetivos de ventilação 
inadequada podem ser identificados seguindo 
esses passos: 
1. Observe no tórax do doente se os 
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS são 
simétricos e adequados. A assimetria sugere 
fraturas de arcos costais ou tórax instável 
(retalho costal móvel). Esforço respiratório 
indica uma ameaça iminente à ventilação do 
doente. 
2. AUSCULTE O TÓRAX 
BILATERALMENTE. Diminuição ou ausência 
de murmúrio vesicular em um ou em ambos os 
lados do tórax deve alertar o médico quanto à 
presença de lesão torácica. Preste atenção na 
frequência respiratória do doente - a taquipneia 
pode indicar insuficiência respiratória. 
3. USE O OXÍMETRO DE PULSO. Esse 
dispositivo apresenta informações quanto à 
saturação de oxigênio no sangue e perfusão 
periférica, mas NÃO garante que a ventilação 
esteja adequada. 
 
!!!ATENÇÃO!!! Doentes respirando 
concentrações elevadas de oxigênio podem 
manter saturações também elevadas, mesmo 
com ventilação inadequada. Determine o 
dióxido de carbono arterial ou no ar expirado. 
 
 
TRATAMENTO DA VIA AÉREA 
 Como eu realizo o tratamento da via 
aérea no doente traumatizado? 
A avaliação da permeabilidade da via aérea e 
da qualidade da ventilação deve ser feita de forma 
rápida e precisa. A oximetria de pulso e a 
medida do C02 expirado são fundamentais. 
Se alguma alteração for identificada ou se 
houver suspeita de comprometimento da via aérea, 
medidas devem ser tomadas imediatamente para 
melhorar a oxigenação e reduzir o risco de piora 
do comprometimento ventilatório. 
Essas medidas incluem técnicas básicas para a 
manutenção da via áerea, medidas para instalação 
de via aérea definitiva (inclusive a via aérea 
cirúrgica) e métodos para fornecer suporte 
ventilatório. 
Todas essas medidas podem ocasionar 
alguma movimentação no pescoço do doente. É 
importante que a PROTEÇÃO DA COLUNA 
CERVICAL SEJA MANTIDA EM TODOS 
OS DOENTES, principalmente naqueles com 
lesão instável da coluna cervical e naqueles com 
exame incompleto da coluna que possuam risco 
de lesão cervical. 
A medula deve ser protegida até que a 
possibilidade de lesão cervical seja excluída por 
avaliação clínica e estudos radiológicos adequados 
e/ou necessários. 
A oferta de alto fluxo de oxigênio deve ser 
realizada tanto antes como após a instituição de 
medidas para o tratamento da via aérea. 
A SONDA DE ASPIRAÇÃO COM PONTA 
RÍGIDA É FUNDAMENTAL E DEVE ESTAR 
SEMPRE DISPONÍVEL. Doentes com fraturas 
faciais podem apresentar associação de 
fraturas da placa crivosa e a introdução de 
sondas através do nariz pode resultar na 
passagem acidental da sonda para o interior da 
caixa craniana. 
Doentes que usam capacete e que necessitam 
de abordagem da via aérea precisam que sua 
cabeça e pescoço sejam mantidos em posição 
neutra até a remoção do capacete. Esse 
procedimento deve ser realizado por duas pessoas. 
Uma pessoa posicionada de frente para o doente 
faz a estabilização manual da coluna cervical, 
enquanto a outra pessoa, posicionada por trás dele, 
"abre" o capacete lateralmente e o remove. 
(FIGURA 2-2). 
 
 
Depois disso, a pessoa que está por trás do 
doente passa a ser responsável pela estabilização 
da coluna cervical, que deve ser mantida durante 
toda a abordagem da via aérea. A remoção do 
capacete com o auxílio de um cortador de metais, 
enquanto é realizado o controle da coluna cervical, 
contribui para minimizar a movimentação do 
pescoço no doente com lesão cervical previamente 
identificada. 
 
 A via aérea potencialmente 
difícil 
 Como eu posso prever que a via aérea 
será potencialmente difícil? 
E importante avaliar a via aérea do doente 
antes de realizar uma tentativa de intubação para 
prever a potencial dificuldade na realização da 
manobra. 
Os FATORES QUE PODEM INDICAR A 
DIFICULDADE NA EXECUÇÃO DEMANOBRAS PARA ABORDAGEM DA VIA 
AÉREA SÃO: lesões da co1una cervical, artrite 
avançada da coluna cervical, trauma 
mandibular ou maxilofacial significativo, 
limitação na abertura da boca, obesidade e 
variações anatômicas (micrognatismo, 
prognatismo e pescoço curto e musculoso). 
Nesses casos, o auxílio de um médico habilidoso 
no tratamento da via aérea pode ser importante se 
forem encontradas dificuldades na execução das 
manobras. 
O MÉTODO MNEUMÔNICO LEMON 
PODE AUXILIAR NA AVALIAÇÃO DE 
UMA POTENCIAL VIA AÉREA DIFÍCIL 
(Quadro 2-1). Vários componentes do LEMON 
são úteis no doente traumatizado. Procure por 
evidências de via aérea difícil (boca ou mandlnula 
pequena, prognatismo e trauma facial). Qualquer 
obstrução de via aérea representa um desafio 
imediato. Todos os doentes com mecanismo de 
trauma fechado necessitam de imobilização da 
coluna cervical com colar cervical, o que 
dificulta a obtenção de uma via aérea 
definitiva. 
O julgamento e a experiência clínica 
determinarão se o médico deve ou não realizar 
intubação com auxílio medicamentoso. 
 
!!!ATENÇÃO!!! LEMON Avaliação da Intubação 
Difícil 
- L = Look Externally (Localize externamente): 
Procure por características que levem a 
dificuldades na intubação ou na ventilação. 
- E = Evaluate (Examine as distâncias com a 
regra do 3-3-2): Para alinhar os eixos da faringe, 
da laringe e da boca para um intubação simples, as 
seguintes relações devem ser observadas. 
• A distância entre os dentes incisivos deve 
ser de pelo menos 3 dedos (3) 
• A distância entre o osso hioide e o mento 
deve ser de pelo menos 3 dedos (3) 
• A distância entre a proeminência 
tireoidea e o assoalho da boca deve ser de pelo 
menos 2 dedos (2) 
- M = Mallampati: A hipofaringe deve ser 
visualizada de forma adequada. Um método 
tradicional é o uso da Classificação de 
Mallampati. Quando possível, solicita-se ao 
doente que se sente, abra totalmente a boca e 
realize a protrusão máxima da língua. O 
examinador irá avaliar o grau de visualização da 
hipofaringe com o auxílio de uma laterna. Nos 
doentes em decúbito dorsal, o escore de 
Mallampati pode ser estimado ao solicitar que o 
doente abra a boca completamente e faça a 
protrusão da língua. A luz do laringoscópio é 
direcionada de cima para a hipofaringe. 
 
- O = Obstruction (Obstrução): Qualquer 
condição que leve à obstrução da via aérea tornará 
a laringoscopia e ventilação difíceis. Essas 
situações incluem epiglotite, abscesso peritonsilar 
e trauma. 
- N = Neck Mobility (Mobilidade Cervical- No 
peito encoste o queixo): A mobilidade do 
pescoço é importante para o sucesso da intubação. 
Ela é avaliada ao solicitar ao doente para flexionar 
o queixo no peito e, em seguida, estender como se 
fosse olhar para o teto. Os doentes com colar 
cervical, obviamente, não podem movimentar o 
pescoço e são, portanto, mais difíceis de 
intubar. 
 
 
 Protocolo de decisão em via 
aérea 
A • FIGURA 2-3 apresenta um protocolo para 
tomada de decisão no tratamento da via aérea. 
Esse algoritmo aplica-se apenas a doentes 
que estão com insuficiência respiratória aguda 
ou em apneia, que necessitam de uma via aérea 
imediatamente e aqueles com suspeita de lesão 
da coluna cervical pelo mecanismo de trauma 
ou pelo exame físico. 
A principal prioridade é garantir o 
fornecimento de oxigênio enquanto se mantém 
a coluna cervical alinhada. Isso é alcançado por 
meio de manobras básicas (por exemplo, elevação 
do mento e tração da mandíbula) e de dispositivos 
básicos de via aérea (por exemplo, tubo 
orofaríngeo e tubo nasofaríngeo). Um tubo 
endotraqueal é passado enquanto uma segunda 
pessoa mantém a coluna cervical imobilizada. 
Caso não haja sucesso nesse procedimento e o 
doente esteja em insuficiência respiratória, é 
possível ventilá-lo por uma máscara laríngea ou 
outra via aérea extraglótica como uma ponte para 
a realização da via aérea definitiva. Se essa opção 
também falhar, a cricotireoidostomia deve ser 
executada. Todos esses procedimentos são 
descritos na sequencia. 
Oxigenação e ventilação devem ser 
mantidas antes, durante e logo após a inserção 
da via aérea definitiva. Períodos prolongados de 
ventilação e/ou oxigenação inadequadas ou 
ausentes devem ser evitados. 
 
 
 
 Técnicas para manuntenção 
da via aérea 
Em doentes com diminuição do nível de 
consciência, a base da língua pode cair e obstruir a 
hipofaringe. Essa forma de obstrução pode ser 
prontamente corrigida pelas manobras de elevação 
do mento e tração da mandíbula. 
A manutenção da permeabilidade da via aérea 
pode ser alcançada com um tubo orofaríngeo ou 
nasofaríngeo. 
Manobras empregadas para permeabilizar 
a via aérea podem causar ou agravar lesões 
cervicais; portanto, a imobilização da coluna é 
fundamental durante a execução desses 
procedimentos. 
 
 
 Elevação do Mento (Chin-Lift): 
Na manobra de elevação do menta (chin-lift), 
os dedos de uma mão são colocados sob a 
mandíbula que é elevada cuidadosamente para 
deslocar o mento em direção anterior. O polegar 
da mesma mão afasta levemente o lábio inferior, 
para abrir a boca. O polegar pode também ser 
colocado posteriormente aos incisivos inferiores e, 
simultaneamente, o mento é delicadamente 
elevado. 
Essa manobra não deve provocar a 
hiperextensão do pescoço. Sua execução é viável 
em vítimas de trauma porque não apresenta o 
risco de converter uma fratura cervical sem 
lesão medular em uma fratura cervical com 
lesão medular. 
 
 
 
 Tração da mandíbula (Jaw-
Thrust): 
A manobra de tração da mandíbula (jaw-
thrust) é realizada colocando uma mão em cada 
ângulo da mandíbula e deslocando-a para cima 
(FIGURA 2-5). 
Quando essa manobra é executada em doentes 
sob ventilação com dispositivo de máscara com 
válvula e balão, pode-se alcançar vedação e 
ventilação adequadas. Deve-se ter cuidado durante 
a execução da manobra para prevenir a 
hiperextensão cervical. 
 
 
 Tubo Orofaríngeo (Cânula 
Orofaríngea/Guedel) 
O tubo orofaríngeo é inserido na boca por 
trás da língua. A técnica preferida é deprimir a 
língua com um abaixador e, então, inserir o tubo 
posteriormente à língua, o que poderia bloquear-
ao invés de liberar-a via aérea. 
Esse dispositivo NÃO pode ser usado em 
doentes conscientes pois induziria o reflexo de 
vômito, vômitos e aspiração. Doentes que 
aceitam o tubo orofaríngeo muito 
provavelmente necessitarão de intubação. 
Uma técnica alternativa é a inserção do tubo 
orofaríngeo com concavidade voltada para cima 
em direção cranial até o palato mole. Após tocar o 
palato mole, roda-se o dispositivo 180° e desliza-
se o tubo por trás da língua. (FIGURA 2-6). Esse 
método alternativo não pode ser utilizado em 
crianças, pois a rotação do dispositivo pode 
lesionar a boca e a faringe. 
 
PHTLS: Contra indicações: PROVA - 
Paciente consciente ou semi-consciente; - Paciente 
com reflexo de vomito. Problema: Pode passar e 
alguém vomita. Não pode passar em pacientes 
consciente ou semiconscientes porque ele vai 
vomitar. Ele vai vomitar e o vomito cai dentro do 
pulmão. Então não adianta passar a cânula 
orofaríngea no cara que tem reflexo de vomito. 
Questão da prova: Caso: Paciente que está meio 
confuso, desoxigenado. Qual o dispositivo que vai 
usar para a via aérea? NÃO pode ser cânula 
orofaríngea porque o paciente vai vomitar e vai 
descer no pulmão. 
 
 
 
 
 
 Tubo Nasofaríngeo (Cânula 
Nasofaríngea) 
O tubo nasofaríngeo é introduzido em uma das 
narinas e empurrado com cuidado em direção à 
orofaringe posterior. Ele deve ser previamente 
bem lubrificado e, então, deve ser introduzido na 
narina que não esteja aparentemente obstruída. 
Se durante a introdução do tubo nasofaríngeo 
for encontrada alguma obstrução, interrompa o 
procedimento e tente a outra narina. 
Esse procedimento não deve ser tentado em 
doentes com suspeita oupossível lesão de placa 
cribiforme. 
 
PHTLS: Indicação: -Sempre a mesma: 
Paciente incapaz de manter as vias aéreas pérvias. 
Pode sangra o nariz, principalmente pessoas que 
tem rinite, cornetos muito grandes. MAS ela NÃO 
da reflexo de vomito como a cânula orofaríngea 
daria. 
 
 
 
 
 Dispositivos Extraglóticos ou 
Supraglóticos 
Os dispositivos extraglóticos e supraglóticos 
são úteis no controle de doentes que necessitam 
de abordagem avançada da via aérea, mas nos 
quais a tentativa de intubação foi malsucedida, 
ou naqueles em que se sabe que dificilmente a 
intubação será conseguida. 
Entre esses dispositivos pode-se citar a 
máscara laríngea, o tubo esofágico multilúmen 
e o tubo laríngeo. Outros equipamentos 
supraglóticos para o doente traumatizado são 
atualmente temas de estudo. 
 
Máscara Laríngea (ML) e ML que permite 
a lntubação (M LI) 
Há um papel estabelecido para a máscara 
laríngea (ML) e para a máscara laríngea que 
permite a intubação (MLI) no tratamento de 
doentes com via aérea difícil, particularmente 
quando a intubação orotraqueal ou a ventilação 
com dispositivo de máscara com válvula e balão 
falhar (FIGURA 2-8). 
A ML não fornece uma via aérea definitiva 
e o posicionamento adequado desse dispositivo 
é difícil sem treinamento apropriado. 
A MLE é uma evolução do dispositivo, pois 
permite a intubação por dentro da máscara 
laríngea. 
Quando um doente chegar no departamento de 
emergência com a ML ou a MLE, o médico 
atendente deve planejar sua substituição por uma 
via aérea definitiva. 
 
 
Tubo Laríngeo 
O tubo laríngeo (TL) é um dispositivo de via 
aérea extraglótico com capacidade similar à ML 
no que tange ao fornecimento de uma ventilação 
adequada ao doente (FIGURA 2-10). 
O TL NÃO é uma via aérea definitiva e, 
portanto, é necessário planejar sua substituição 
por uma via aérea definitiva. Assim como a ML, 
o TL é colocado sem visualização direta da glote e 
não demanda manipulação significativa da cabeça 
e do pescoço do doente para sua inserção. 
 
 
 
Tubo Esofágico Multilúmen 
O tubo esofágico multilúmen é utilizado por 
algumas equipes do préhospitalar para manter a 
via aérea permeável quando a via aérea definitiva 
não é viável (FIGURA 2-9). Uma das vias possui 
comunicação com o esôfago e a outra com a 
traqueia. 
O profissional que utiliza esse dispositivo é 
treinado para identificar a via que permitirá a 
oclusão do esôfago e por qual via o ar será 
conduzido para a traqueia. 
A passagem de ar para o esôfago é ocluída 
com a insuflação do balão, e a via que conduzir ar 
para a traqueia recebe ventilação mecânica. 
O detector de CO2 melhora a acurácia desse 
dispositivo. O tubo multilúmen deve ser removido 
e/ou uma via aérea definitiva deve ser 
estabelecida. 
 
 
 
 Via aérea definitiva 
Uma via aérea definitiva implica um tubo 
endotraqueal, com o balão insuflado abaixo das 
cordas vocais, devidamente fixado com fita ou 
cadarço, conectado a um sistema de ventilação 
assistida, com mistura enriquecida em 
oxigênio. 
Há TRÊS TIPOS de via aérea definitiva: 
TUBO OROTRAQUEAL, TUBO 
NASOTRAQUEAL E VIA AÉREA 
CIRÚRGICA (CRICOTIREOIDOSTOMIA 
OU TRAQUEOSTOMIA). 
 
Os critérios que indicam a instalação de uma 
via aérea definitiva são baseados em achados 
clínicos e incluem (ver Tabela 2.1): 
 
 Alterações na Via Aérea (A): 
- Impossibilidade de manter a via aérea 
permeável de outra forma, com comprometimento 
iminente ou potencial da via aérea (lesões por 
inalação, fraturas faciais ou hematomas 
retrofaríngeos) 
 
 Alterações na Ventilação (B): 
Impossibilidade de manter oxigenação 
adequada com ventilação por dispositivo de 
máscara com válvula e balão e oxigênio 
suplementar, e presença de apneia 
 
• Alterações na Função Neurológica (D): 
Presença de traumatismo fechado de crânio 
que demande ventilação assistida (escala de coma 
de Glasgow [GCS] menor ou igual a 8), 
necessidade de proteger a via aérea pelo risco de 
aspiração de sangue ou vômitos, ou convulsões 
persistente 
 
A urgência da situação e as circunstâncias 
que envolvem a necessidade de intervenção 
sobre a via aérea determinam a via e o método 
específico a serem adotados. A ventilação 
assistida por tempo prolongado é facilitada pelo 
uso de sedação suplementar, de analgésicos ou de 
relaxantes musculares, conforme indicação. 
A avaliação do quadro clínico do doente e o 
uso do oxímetro de pulso podem ser úteis para 
determinar a necessidade de uma via aérea 
definitiva, a urgência desse procedimento e, por 
inferência, a eficácia da via aérea instalada. 
A possibilidade de haver lesão concomitante 
da coluna cervical é uma das grandes 
preocupações na avaliação do doente que 
necessita de intervenção sobre a via aérea. 
 
 
LNTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL/ 
OROTRAQUEAL 
Embora seja fundamental estabelecer se existe 
ou não fratura da coluna cervical, a obtenção de 
estudos radiológicos (radiografias ou 
tomografias computadorizadas de coluna 
cervical) NÃO deve impedir ou retardar a 
adoção de uma via aérea definitiva quando ela 
estiver claramente indicada. 
O doente com escore GCS igual ou inferior 
a 8 exige intubação imediata. Se não houver 
necessidade imediata de intubação, pode-se, então, 
providenciar radiografias da coluna cervical. 
Doentes com pontuação na GCS menor ou 
igual 8 precisam de intubação imediata. Se não 
houver necessidade imediata de intubação, a 
avaliação radiológica da coluna cervical pode 
ser obtida. Entretanto, uma radiografia de perfil 
de coluna cervical normal NÃO exclui a 
possibilidade de lesão da coluna cervical. 
 
Os fatores determinantes mais importantes na 
escolha entre realizar uma intubação orotraqueal 
ou nasotraqueal são a experiência do médico e a 
presença de ventilação espontânea do doente. 
Ambas as técnicas são seguras e efetivas quando 
executadas de maneira apropriada, embora a via 
orotraqueal seja realizada com maior frequência e 
apresente menos complicações em unidades de 
terapia intensiva (por exemplo, sinusite e necrose 
por pressão). Se o doente estiver em apneia, a 
intubação orotraqueal é indicada. 
 
 
A INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL às 
cegas exige que o doente apresente ventilação 
espontânea e é CONTRAINDICADA em 
doentes em apneia. Quanto mais profundas forem 
as ventilações do doente, maior será a facilidade 
para perceber o fluxo de ar pela laringe. Fraturas 
faciais, do seio frontal, da base do crânio e da 
placa cribiforme são CONTRAINDICAÇÕES 
RELATIVAS para a intubação nasotraqueal. 
Evidência de fratura de nariz, olhos de guaxinim 
(equimose periorbitária bilateral), sinal de Battle 
(equimose retroauricular) e extravasamento de 
líquido cefalorraquidiano (rinorreia ou otorreia) 
são sinais dessas lesões. Assim como na intubação 
orotraqueal, cuidados quanto à imobilização da 
coluna cervical devem ser tomados. 
 
Quando se opta por realizar a intubação 
orotraqueal, é necessário utilizar a técnica com 
duas pessoas para imobilização da coluna cervical 
(FIGURA 2-12). 
 
 
A manipulação da laringe por meio da pressão 
sobre a cartilagem cricoide em direção posterior, 
cranial e para o lado direito pode auxiliar na 
visualização das cordas vocais. Para realizar essa 
manobra e administrar medicamentos, é 
necessário o auxílio de pelo menos mais uma 
pessoa. 
Dispositivos alternativos de intubação foram 
desenvolvidos ao longo dos anos com a integração 
de técnicas com imagens ópticas e de vídeo. O seu 
uso no doente traumatizado pode ser benéfico em 
situações clínicas específicas por profissionais 
experientes. A avaliação cuidadosa da situação 
clínica, do equipamento e da equipe disponíveis é 
fundamental e planos de resgate devem estar 
disponíveis para os casos de insucesso. 
 
Uma excelente ferramenta nos casos de via 
aérea difícil é o Introdutor de Tubo Traqueal 
Eschmann (ITTE) também conhecidocomo guia 
introdutor para intubação (bougie), (Gum Elastic 
Bougie - GEB) (FIGURA 2-11). 
 
 
O GEB é utilizado quando as cordas vocais 
não são visualizadas através da laringoscopia 
direta. Com o laringoscópio posicionado, o GEB é 
introduzido às cegas além da epiglote, com a 
ponta angulada posicionada anteriormente 
(FIGURA 2-12 e FIGURA 2-13). 
 
 
 
 
A posição traqueal é confirmada com 
sensação de "cliques" durante o atrito entre a 
ponta do introdutor e os anéis cartilaginosos da 
traqueia (presente em 65 a 90% das vezes 
(FIGURA 2-14), com rotação do guia para a 
direita ou esquerda quando o introdutor alcança os 
brônquios; ou com a parada do introdutor ao 
atingir os ramos mais finos da árvore brônquica 
(em 10 a 13% das vezes), o que ocorre 
normalmente na marca de 50 em. Nenhuma dessas 
situações ocorre se o GEB entrar no esôfago. 
• 
 
 
 Como saber se o tubo endotraqueal 
está corretamente posicionado? 
Após a realização da laringoscopia direta e da 
introdução do tubo orotraqueal, deve-se insuflar o 
balão e iniciar a ventilação assistida. 
O POSICIONAMENTO ADEQUADO DO 
TUBO NA TRAQUEIA É SUGERIDO, porém 
não confirmado, PELA AUSCULTA DE 
MURMÚRIO VESICULAR EM AMBOS OS 
CAMPOS PULMONARES E PELA 
AUSÊNCIA DE AUSCULTA DE 
BORBORIGMOS NO EPIGÁSTRIO. A 
presença de borborigmos no epigástrio durante a 
inspiração do doente sugere intubação esofágica e 
obriga que o tubo seja trocado e posicionado de 
forma adequada. 
 
O DETECTOR DE DIÓXIDO DE 
CARBONO (IDEALMENTE UM 
CAPNÓGRAFO, porém, se este não estiver 
disponível, pode-se usar um detector colorimétrico 
de C02) É INDICADO PARA AUXILIAR NA 
CONFIRMAÇÃO DA INTUBAÇÃO 
CORRETA DA VIA AÉREA. A PRESENÇA 
DE C02 NO AR EXPIRADO INDICA QUE A 
INTUBAÇÃO FOI BEM-SUCEDIDA, mas 
NÃO garante que o tubo endotraqueal esteja 
em posição correta. 
Quando a presença de CO2 NÃO for 
detectada, ocorreu intubação esofágica. 
 
O POSICIONAMENTO ADEQUADO DO 
TUBO DENTRO DA TRAQUEIA É 
CONFIRMADO DE FORMA MAIS 
ADEQUADA POR MEIO DA 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX, uma vez que a 
possibilidade de intubação esofágica esteja 
excluída. 
O detector colorimétrico de CO2 não é 
adequado para a monitoração fisiológica ou para a 
avaliação da qualidade da ventilação. Essa última 
exige a análise da gasometria arterial ou a análise 
contínua do valor de CO2 (capnografia). 
 
Quando o posicionamento adequado do tubo 
estiver confirmado, ele deve ser fixado no local. 
Se o doente for mobilizado, o posicionamento do 
tubo deve ser reavaliado por meio da ausculta da 
presença simétrica de murmúrio vesicular em 
ambos os campos pulmonares e pela reavaliação 
do CO2 expirado. 
Se a intubação orotraqueal não for bem-
sucedida na primeira tentativa, ou se as cordas 
vocais forem de difícil visualização, um guia 
introdutor para intubação pode ser utilizado e 
demais medidas para o tratamento da via aérea 
difícil devem ser tomadas. 
 
 
 Guia lntrodutor para lntubação 
("Gum Elastic Bougie" - GEB) 
Uma vez que o guia esteja posicionado dentro 
da traqueia, a extremidade proximal é lubrificada 
e introduz-se um tubo endotraqueal número 6 (0,6 
em de diâmetro interno) ou maior sobre o GEB, 
além das cordas vocais. 
Caso o tubo endotraqueal fique preso na altura 
das aritenoides ou das dobras ariepiglóticas, ele 
deve ser levemente tracionado e rodado 90 graus 
para facilitar a progressão do tubo além do ponto 
de obstrução. Em seguida, o GEB é removido e 
confirma se a posição do tubo endotraqueal por 
meio da ausculta dos murmúrios vesiculares e do 
uso da capnografia. 
O uso desse dispositivo permitiu a intubação 
rápida de cerca de 80% dos doentes atendidos em 
ambiente pré-hospitalar em que era difícil realizar 
a laringoscopia direta. 
 
 
 lntubação em Sequência Rápida 
(ISR) 
O uso de medicamentos, como anestésicos, 
sedativos e bloqueadores neuromusculares, para 
facilitar a intubação endotraqueal do doente 
traumatizado, é potencialmente perigoso. Em 
alguns casos, a necessidade de estabelecer a 
permeabilidade da via aérea justifica o risco do 
uso desses medicamentos. 
É importante que o médico compreenda a 
farmacologia desses medicamentos, seja treinado 
nas técnicas para intubação endotraqueal e esteja 
apto para abordar cirurgicamente a via aérea, caso 
seja necessário. 
Em muitos casos em que se deve estabelecer 
de imediato uma via aérea definitiva durante o 
exame primário, a utilização de medicamentos 
paralisantes ou sedativos não e necessária. 
 
A técnica para a ISR inclui os seguintes 
passos: 
1. Ter um plano para o insucesso na tentativa 
de intubação que inclua a possibilidade de abordar 
a via aérea cirurgicamente. Saber onde está o 
material necessário para essas situações. 
2. Certificar-se de que o aspirador e os 
dispositivos para fornecer ventilação com pressão 
positiva estão disponíveis e funcionantes. 
3. Preoxigenar o doente com oxigênio a 100%. 
4. Comprimir a cartilagem cricoide. 
5. Administrar um sedativo (por exemplo, 
etomidato, 0,3 mg/kg) ou sedar segundo as 
práticas do serviço em que trabalha. 
6. Administrar 1 a 2 mg/kg de succinilcolina 
por via endovenosa (a dose habitual é 100 mg). 
7. Obtido o relaxamento do doente, intubá-lo 
por via orotraqueal 
8. Insuflar o balão e confirmar o 
posicionamento do tubo por meio da ausculta 
torácica do doente e da determinação quanto a 
presença de CO2 no ar expirado. 
9. Interromper a compressão da cricoide. 
10. Ventilar o doente. 
 
O ETOMIDATO (AMIDATO) não 
apresenta efeito significativo sobre a pressão 
arterial e sobre a pressão intracraniana, mas pode 
levar à insuficiência adrenal e não é um fármaco 
disponível universalmente. Esse medicamento 
promove sedação adequada, o que é vantajoso 
nesses doentes. 
O etomidato e outras drogas sedativas devem 
ser utilizados com muita cautela para que não se 
perca o controle da via aérea ao longo da sedação 
do doente. Nesse momento, deve-se administrar a 
succinilcolina, que é uma droga de curta duração. 
A paralisia que ela determina ocorre em menos de 
um minuto após sua administração e dura 5 
minutos ou menos. 
A complicação mais perigosa do uso de 
medicamentos sedativos e agentes 
bloqueadores neuromusculares é a inabilidade 
para estabelecer a via aérea. Nessas condições, 
o doente deve ser ventilado com dispositivo de 
máscara com válvula e balão, até que a paralisia se 
resolva; por esse motivo, não se deve usar drogas 
de longa duração durante a ISR. 
Pelo risco potencial de desencadear 
hiperpotassemia grave, a succinilcolina deve ser 
utilizada com cuidado em doentes portadores de 
grandes esmagamentos, queimaduras extensas e 
queimaduras elétricas. Deve-se dedicar atenção 
especial aos casos em que houver situações 
clínicas preexistentes como insuficiência renal 
crônica, paralisias crônicas e doenças crônicas 
neuromusculares. 
 
Agentes de indução anestésica, tais como 
tiopental e sedativos, são perigosos no doente 
traumatizado hipovolêmico. Pequenas dosagens 
de DIAZEPAM ou MIDAZOLAM são 
apropriadas para reduzir a ansiedade do doente 
paralisado. FLUMAZENIL deve estar disponível 
para reverter os efeitos sedativos dos 
benzodiazepínicos após sua administração, caso 
seja necessário. 
Os protocolos e algoritmos, as drogas de 
preferência e os procedimentos específicos para 
permeabilização da via aérea variam entre as 
diversas instituições. 
 
O princípio fundamental no tratamento da via 
aérea é que o profissional que utiliza qualquer 
uma dessas técnicas deve estar treinado para o seu 
uso, conhecer as armadilhas associadas à ISR e 
estar habilitado para solucionar as possíveis 
complicações. 
 
 
VIA AÉREA CIRÚRGICA 
A impossibilidade de intubação da traquéia é 
uma indicação clara para o uso do plano 
alternativo de abordagem à via aérea que inclui a 
máscara laríngea, a máscara laríngea que permite 
aintubação ou uma via aérea cirúrgica. 
Quando a VIA AÉREA ESTIVER 
OBSTRUÍDA POR EDEMA DE GLOTE, 
FRATURA DE LARINGE OU 
HEMORRAGIA OROFARÍNGEA GRAVE 
OU QUANDO O TUBO ENDOTRAQUEAL 
NÃO PUDER SER POSICIONADO ENTRE 
AS CORDAS VOCAIS, DEVE-SE 
PROCEDER À ABORDAGEM CIRÚRGICA 
DA VIA AÉREA 
(CRICOTIREOIDOSTOMIA OU 
TRAQUEOSTOMIA). 
A cricotireoidostomia cirúrgica é preferível 
à traqueostomia para a maioria dos doentes que 
necessitam de uma via aérea cirúrgica porque ela é 
mais fácil de ser realizada, apresenta menor 
hemorragia associada e requer menos tempo para 
sua execução do que uma traqueostomia de 
emergência. 
 
 
 Cricotireoidostomia por Punção 
Cricotireoidostomia por punção envolve a 
inserção de um cateter sobre agulha pela 
membrana cricotireoidea em situações 
emergenciais para fornecer oxigênio ao doente 
em um curto espaço de tempo, até que a via 
aérea definitiva possa ser realizada. 
Com a cricotireoidostomia por punção oferta-
se oxigênio suplementar de forma temporária e a 
intubação endotraqueal passa a ser necessária de 
forma urgente e não mais emergente. 
A insuflação em jato é obtida com a inserção 
de um cateter sobre agulha de grosso calibre de 
diâmetro (#12 a #14 em adultos e #16 a #18 em 
crianças) através da membrana cricotireoidea e em 
direção à traqueia abaixo do nível da obstrução 
(FIGURA 2-15). O cateter é, então, conectado a 
uma fonte de oxigênio a 15 L/min (40 a 50 psi) 
por meio de uma conexão em Y ou por meio de 
um tubo que apresente um orifício cortado na 
lateral. A insuflação intermitente, um segundo sim 
e quatro segundos não, é realizada com o 
posicionamento do polegar sobre a extremidade 
aberta do conectar em Y ou sobre o orifício 
lateral. 
 
 
O DOENTE TRAUMATIZADO PODE 
SER OXIGENADO ADEQUADAMENTE 
POR 30 A 45 MINUTOS COM ESSA 
TÉCNICA, mas somente doentes que possuam 
função pulmonar normal e que não apresentem 
lesões torácicas significativas podem ser 
oxigenados dessa forma. 
Durante os quatro segundos em que o oxigênio 
não é ofertado sob pressão, ocorre alguma 
expiração. Como essa expiração não é adequada, 
existe um acúmulo lento e gradativo de co2, o que 
limita o uso dessa técnica, especialmente em 
doentes com traumatismo craniencefálico. 
Quando há suspeita de obstrução completa da 
região glótica por corpo estranho, a insuflação em 
jato deve ser utilizada com cautela. Embora a alta 
pressão do jato possa expelir o material impactado 
para a hipofaringe, de onde ele poderia ser 
retirado com facilidade, pode ocorrer barotrauma 
significativo, incluindo ruptura pulmonar com 
pneumotórax hipertensivo. Dessa forma, deve-se 
tomar cuidado especial quanto ao fluxo de ar 
efetivo e ofertar oxigênio suplementar em baixo 
fluxo (5 a 7 L/ min) quando houver obstrução 
glótica presente. 
 
 Cricotireoidostomia Cirúrgica 
A cricotireoidostomia cirúrgica é realizada 
com uma incisão na pele que se estende pela 
membrana cricotireoidea. Uma pinça 
hemostática curva pode ser utilizada para 
dilatar a abertura, e um tubo endotraqueal ou 
um tubo de traqueostomia de pequeno calibre 
(de preferência de 5 a 7 mm de diâmetro) pode 
ser inserido. 
Quando é utilizado um tubo endotraqueal, o 
colar cervical pode ser recolocado. E possível que 
o posicionamento do tubo endotraqueal seja 
modificado e que ele, facilmente, avance em 
direção a um brônquio. Deve-se tomar cuidado, 
especialmente em crianças, para evitar a lesão da 
cartilagem cricoide, que é o único suporte 
circunferencial para a parte superior da traqueia. 
Portanto, a cricotireoidostomia cirúrgica não é 
recomendada para crianças com idade inferior 
a 12 anos. 
 
 
Nos últimos anos, a traqueostomia percutânea 
tem sido proposta como uma alternativa à 
traqueostomia aberta. Esse procedimento não é 
seguro durante o atendimento inicial ao 
traumatizado, pois o pescoço do doente deve ser 
hiperestendido para posicionar adequadamente a 
cabeça para a execução do procedimento com 
segurança. A traqueostomia percutânea exige o 
uso de um fio guia calibroso e de um dilatador 
afiado ou de um fio guia e de múltiplos 
dilatadores ou um único dilatador calibroso. Esse 
procedimento pode ser perigoso e demorado, 
dependendo do tipo de equipamento utilizado. 
 
 
CONTROLE DA OXIGENAÇÃO 
 Como eu faço para saber que a 
oxigenação está adequada? 
A melhor oferta de ar oxigenado inspirado 
é obtida com fluxo de oxigênio superior a 11 
litros/minuto, por meio de uma máscara facial 
dotada de reservatório de oxigênio e devidamente 
ajustada. Outros métodos como cateter nasal, tubo 
nasal e máscara sem mecanismo valvular também 
podem melhorar a concentração de oxigênio 
inspirado. 
Como as alterações da oxigenação ocorrem 
rapidamente e não podem ser detectadas 
clinicamente, deve-se utilizar sempre a 
oximetria de pulso. Essas alterações podem 
ocorrer em qualquer momento durante a intubação 
e ventilação e incluem o transporte do doente 
gravemente traumatizado. 
A oxietria de pulso é um método não 
invasivo de medida contínua da saturação de 
oxigênio do sangue arterial. Não se trata de 
medida da pressão parcial de oxigênio (PaO2) e, 
dependendo da posição da curva de dissociação da 
oxi-hemoglobina, a PO2 pode variar amplamente 
(ver Tabela 2.2). Entretanto, uma SATURAÇÃO 
MAIOR OU IGUAL A 95%, medida pela 
oximetria de pulso, é forte evidência que 
corrobora para uma oxigenação arterial 
periférica adequada (Pa02 >70 mm Hg, ou 9.3 
kPa). 
 
A oximetria de pulso requer perfusão 
periférica intacta e não permite fazer a distinção 
entre oxi-hemoglobina, carboxi-hemoglobina ou 
meta-hemoglobina, o que limita sua aplicabilidade 
no doente com vasoconstrição intensa e no doente 
com intoxicação por monóxido de carbono. A 
anemia profunda (hemoglobina < 5 g/dL) e a 
hipotermia (<30°C, ou <86°F) reduzem a 
confiabilidade do método. 
Entretanto, na maioria dos doentes 
traumatizados, a oximetria de pulso é útil como 
uma monitoração contínua da saturação de 
oxigênio e oferece uma avaliação imediata das 
intervenções terapêuticas. 
 
 
CONTROLE DA VENTILAÇÃO 
 Como saber que a ventilação está 
adequada? 
Pode-se conseguir ventilação eficiente por 
meio da ventilação com dispositivo de máscara 
com válvula e balão. Entretanto, a ventilação 
executada por uma única pessoa com esse 
dispositivo é menos eficiente do que técnicas de 
ventilação executadas por duas pessoas, quando as 
duas mãos podem ser empregadas para assegurar 
bom ajuste da máscara à face. 
Por isso, a ventilação com dispositivo de 
máscara com válvula e balão deve ser executada 
por duas pessoas, sempre que possível. 
A intubação do doente com hipoventilação 
e/ou em apneia pode não ser bem-sucedida 
inicialmente e demandar múltiplas tentativas. 
O doente deve ser ventilado periodicamente 
durante tentativas prolongadas de intubação. O 
médico deve realizar uma inspiração profunda e 
segurá-la na primeira tentativa de intubação. 
Quando esse médico precisar expirar, deve-se 
interromper a tentativa de intubação e ventilar o 
doente. 
Realizada a intubação traqueal, inicia-se a 
ventilação assistida com pressão positiva. 
Dependendo da disponibilidade de equipamento, 
pode ser empregado um respirador a volume ou a 
pressão. O médico deve permanecer alerta para 
possíveis complicações secundárias a alterações 
da pressão intratorácica, que podem transformar 
um pneumotórax simples em um pneumotórax 
hipertensivo ou, ainda, causar um pneumotórax 
secundário ao barotrauma. 
 
!!! ATENÇÃO!!!Pode ocorrer distensão gástrica 
durante a ventilação com dispositivo de máscara 
com válvula e balão, que pode levar o doente a 
vomitar e ao risco de broncoaspiração. Isso 
também pode fazer com que a distensão gástrica 
exerça compressão sobre a veia cava levando a 
hipotensão e bradicardia. 
 
Você intubou o doente utilizando um GEB, 
confirmou o posicionamentodo tubo por meio do 
uso de um detector colori métrico de C02 e da 
ausculta de murmúrio vesicular bilateral e 
solicitou uma radiografia de tórax. 
 
RESUMO: 
1. Situações clínicas em que há risco de 
comprometimento da via aérea incluem trauma 
maxilofacial, trauma cervical, trauma de 
laringe e obstrução de via aérea. 
2. Deve-se suspeitar de presença ou iminência de 
obstrução da via aérea em todos os doentes 
traumatizados. Sinais objetivos de obstrução de 
via aérea são agitação, obnubilação, cianose, 
respiração ruidosa e deslocamento da traqueia. 
3. E fundamental reconhecer o comprometimento 
ventilatório e garantir que as ventilações sejam 
adequadas. 
4. Técnicas para estabelecer e manter a 
permeabilidade da via aérea incluem as seguintes 
manobras: elevação do mento, tração da 
mandíbula, uso de tubos orofaríngeos e 
nasofaríngeos, máscara laríngea, tubo 
esofágico multilúmen e tubo laríngeo. A escolha 
entre a via orotraqueal ou nasotraqueal é baseada 
na experiência e habilidade do médico. A via 
aérea cirúrgica deve ser realizada sempre que 
uma via aérea definitiva for necessária e a 
intubação não puder ser realizada. 
5. Durante todas as manobras para manutenção da 
permeabilidade da via aérea, a coluna cervical 
deve ser protegida por meio de imobilização. 
6. A avaliação da permeabilidade da via aérea e da 
qualidade da ventilação devem ser feitas de forma 
rápida e acurada. A oximetria de pulso e a 
medida de CO2 expirado são essenciais. 
7. Via aérea definitiva é definida como um tubo 
colocado na tráqueia com o balão insuflado abaixo 
das cordas vocais, conectado a uma fonte de 
oxigênio, sob ventilação assistida e com o tubo 
fixado. Exemplos de via aérea definitiva incluem a 
intubação endotraqueal e a via aérea cirúrgica 
(cricotireoidostomia por punção e 
cricotireoidostomia cirúrgica). A via aérea 
definitiva deve ser providenciada sempre que 
houver alguma dúvida sobre a integridade da via 
aérea do doente. A via aérea definitiva deve ser 
obtida após a ventilação do doente com ar 
enriquecido com oxigênio para evitar períodos 
prolongados de apneia. 
8. Intubação em sequência rápida ou outros 
auxílios farmacológicos podem ser necessários no 
doente com reflexo de vômito presente. 
9. Para manter a oxigenação do doente, o oxigênio 
é fornecido de forma mais adequada por meio de 
máscara facial com reservatório e com válvula uni 
direcional a um fluxo superior a 11 L/min. Outros 
métodos (cateter nasal, tubo nasal e máscara de 
oxigênio) podem melhorar a concentração de 
oxigênio inspirado.

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