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* * * Bacilos Gram-negativos Profª: Jane M. Costa Infectologia Medicina 5º Semestre * * * * * * * * * Bactérias Gram Negativas Adquirem coloração rosada quando adequadamente preparadas pelo método de Gram. Suas paredes apresentam lipopolissacarídeos que são potentes indutores de febre e mediadores associados ao choque séptico. Frequentemente são causadoras de ITUs. Associadas a Germes Aneróbicos são causa freqüente de Peritonites. Espécies pertencentes ao Gênero Haemophilus são freqüentemente associados com infecções respiratórias. Estão freqüentemente associadas com infecções Hospitalares em pacientes debilitados * * * Baterias Gram negativas: Haemophilos ssp. Escherichia ssp. Klebsiella ssp. Citrobacter ssp. Enterobacter ssp. Serratia ssp. m Providencia ssp. Pseudomonas ssp. Acinetobacter ssp. Burkholderia cepacia Stenotrophomonas maltophilia * * * Bacilos Gram Negativos Família Enterobacteriaceae Shigella Salmonella Patógenos intracelulares facultativos * * * * * * 1. Características Gerais Bastonetes gram negativos. Habitat natural : trato intestinal de seres humanos e animais. ENTEROBACTÉRIAS * * * 1. Características Gerais Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas. Fermentam grande quantidade de carboidratos. Produzem várias toxinas e fatores de virulência. ENTEROBACTÉRIAS * * * 1. Características Gerais Possuem estrutura antigênica complexa. Reduzem nitratos a nitritos. Fermentam glicose com produção de ácido ou ácido e gás. São oxidase negativas. ENTEROBACTÉRIAS * * * 2. Cultura e Características de Crescimento Fermentação rápida da lactose Escherichia coli: Brilho metálico; são movéis; colônias achatadas e não viscosas. ENTEROBACTÉRIAS * * * 2. Cultura e Características de Crescimento Enterobacter aerogenes : Colônias elevadas, sem brilho metálico; frequentemente movéis; crescimento mais viscoso. Klebsiella pneumoniae : Crescimento mucóide muito viscoso; imovéis. ENTEROBACTÉRIAS * * * ENTEROBACTÉRIAS 2. Cultura e Características de Crescimento Fermentação lenta da lactose Serratia, Citrobacter, Providência, Arizona. * * * ENTEROBACTÉRIAS Não fermentadores da lactose Espécies de Shigella : Imovéis ; nenhuma formação de gás a partir da dextrose. Espécies de Salmonella : Movéis ; formação de ácido e , em geral , de gás a partir da dextrose. Espécies de Proteus : “Deslocamento em ágar”; rápida hidrólise da uréia ( odor de amônia). * * * * * * * * * Cápsula(K) Flagelo (H) Cadeias laterais de lipopolissacarídeos O (O) Envoltório da célula ENTEROBACTÉRIAS 3.Estrutura Antigênica * * * Echerichia coli: Bacilos Gram negativos. Freqüentemente associados a infecções comunitárias. Principal causa infecções urinárias. Freqüentemente associadas às infecções intra-abdominais. Frequentemente associadas e Gastroenterites bacterianas. * * * * * * * * * * * * * * * * * * ENTEROBACTÉRIAS 5. Epidemiologia, Prevenção e Controle As bactérias entéricas estabelecem-se no trato intestinal normal dentro de poucos dias após o nascimento, passando a constituir parte da microbiota normal. Em hospitais essas bactérias são transmitidas pela equipe, pelos instrumentos ou pela medicação parenteral. O controle depende da lavagem das mãos , de assepsia vigorosa , da esterilização do equipamento, de desinfecção, da restrição da terapia intravenosa e de precauções estritas para manter as vias urinárias estéreis. * * * 6. Shigella 6.1.Morfologia e identificação Bastonetes gram negativos. Em culturas, apresentam-se em formas cocobacilares. Anaeróbios facultativos. Formam colônias convexas, circulares e transparentes, com bordas regulares. Fermentam glicose. Formam ácidos a partir de carboidratos, sem gás. ENTEROBACTÉRIAS * * * 6. Shigella 6.3.Espécies Patogênicas S. sonnei. S. dysenteriae. S. flexneri. S. boydii. ENTEROBACTÉRIAS Imóveis - sorotipagem AgO * * * Epidemiologia Reservatório: homem 50% infecções assintomáticas ou sub-clínicas Alta resistência Aumento de linhagens multirresistentes 1 milhão de mortes anuais 1984 - seqüenciamento do genoma de S. flexneri 4700 genes com 64 possíveis PAIs * * * ENTEROBACTÉRIAS 6. Shigella 6.5.Toxinas Endotoxina: Autólise com liberação de lipopolissacarídeo tóxico que provoca irritação da parede intestinal. Exotoxina de Shigella dysenteriae Afeta sistema nervoso central e intestino. Proteína antigênica que estimula a produção de antitoxina. Inibe a absorção de açúcar e de aminoácidos no intestino delgado. * * * 6. Shigella 6.6.Epidemiologia, Prevenção e Controle São transmitidas por alimentos, dedos, fezes e moscas de pessoa para pessoa. A infecção ocorre em crianças com menos de 10 anos de idade. Eliminação do microorganismo do reservatório (ser humano): Através do controle sanitário da água, alimentos e leite. ENTEROBACTÉRIAS * * * 6. Shigella 6.6.Epidemiologia, Prevenção e Controle Eliminação do microrganismo do reservatório (ser humano): Disponibilidade de esgotos e controle das moscas. Isolamento dos pacientes e desinfecção das fezes. Detecção de casos subclínicos e portadores (manipuladores de alimentos). ENTEROBACTÉRIAS * * * Salmonella Classificação????? S. enterica - 6 sub-espécies (I a VI) S. bongori Gastroenterite Febre tifóide Portadores assintomáticos * * * * * * Epidemiologia Microrganismos ubiquitários (125 espécies animais) Resistência ambiental (congelamento) Legislação = ausência em 25 g ou mL Portadores assintomáticos Maria tifóide (Mary Mallon) 1901 - cozinheira - febre tifóide - 2 pessoas doentes 1902 - 2 semanas após contratação - 9 pessoas 1904 - 4 pessoas 1906 - 6 pessoas SUSPEITA!!!! =>mudou-se mais doentes * * * 1907 - mais doentes 1907 - hospitalizada (“aprisionada”) Eliminação de Salmonella por 3 anos Escapou 1914 - cozinheira em um HOSPITAL!!! Surto com 25 pessoas doentes Fugiu! Identificada, com outro nome! Estudos retrospectivos de sua história: 1903 - Surto com 1300 pessoas, pela água From M J Rosenau. Preventive Medicine and Hygiene, 6th ed New York: Appleton, 1935 * * * 7. Salmonella 7.1.Morfologia e identificação São móveis. Possuem flagelos peritríquios. Não fermentam a lactose. Formam ácido , algumas vezes gás, a partir da glicose. Produzem H2S. ENTEROBACTÉRIAS * * * 7. Salmonella 7.2.Estrutura antigênica Antígenos O Antígenos H Antígenos K ( capsulares - Vi ): Capacidade de invasão. ENTEROBACTÉRIAS * * * 7. Salmonella 7.3.Classificação Existem três espécies principais: Salmonella typhi (um sorotipo) Salmonella choleraesius (um sorotipo) Salmonella enteritidis (mais de 1500 sorotipos) ENTEROBACTÉRIAS * * * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.4.Patogenia Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas Penetração da mucosa intestinal Disseminação via linfáticos e corrente sanguínea Multiplicação local Febre Entérica Septicemia Enterocolite * * * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.4.Patogenia * * * 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Portadores : Após infecção manisfesta ou subclínica 3% dos pacientes continuam a abrigar Salmonellas em seus tecidos ( vesícula biliar, trato biliar ou, raramente, intestino ou vias urinárias). Fontes de infecção: Consistem em bebidas e alimentos contaminados. Água: Contaminação por fezes. ENTEROBACTÉRIAS * * * 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Leite e derivados: Contaminação com fezes e pasteurização inadequada ou manipulação imprópria. Frutos do mar : Devido à água contaminada. Ovos desidratatos ou congelados : Aves infectadas ou contaminadas durante o processo. Carne e seus produtos: Aminais infectados , ou contaminação por fezes de roedores ou humanos. ENTEROBACTÉRIAS * * * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonela 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Drogas: Maconha. Corante de origem animal : Utilizados em fármacos, alimentos e cosméticos ( carmim). Animais domésticos. Devem ser tomadas medidas sanitárias para evitar a contaminação da água e dos alimentos por roedores e outros animais que excretam salmonelas. * * * ENTEROBACTÉRIAS 7. Salmonella 7.5.Epidemiologia, Prevenção e Controle Cozimento total das aves domésticas carnes e ovos infectados. Portadores não devem trabalhar em manipulação de alimentos. * * * * * * * * * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.2.Enterobacter aerogenes Pode ser encontrado em vida livre ou no trato intestinal. Provoca infecção das vias urinárias e sepse. * * * Enterobacter sp, particularmente Enterobacter cloacae e Enterobacter aerogenes, são importantes patógenos de IH, responsáveis por uma grande variedade de infecções, incluindo: Bacteremia, infecção trato respiratório inferior, infecções de pele e partes moles, ITUs, endocardite, infecções intra-abdominais, artrite séptica, osteomielite, e infecções oftálmicas * * * IH por Enterobacter sp – Fatores de risco: hospitalização superior a 2 semanas, procedimentos invasivos nas últimas 72 hs, uso de antibióticos nos últimos 30 dias, presença de CVC. Específicos para cepas MR: uso recente de cefalosporinas de amplo espectro ou aminoglicosídios em CTI. * * * Fisiopatologia: Enterobacter sp raramente causam doença em indivíduos saudáveis. Patógeno oportunista, similar a outros membros da família Enterobacteriaceae, possui endotoxina com papel importante na fisiopatologia da sepse e suas complicações. * * * Infecções por Enterobacter são observadas mais frequentemente em neonatos e idosos, refletindo a elevada prevalência de doenças subjacentes severas nos extremos etários. Em UTI pediátricas idade inferior a 2.5 é um fator de risco para a colonização. * * * Em surtos de IH por Enterobacter sp, devem ser implementadas medidas de barreira, de forma similar às situações de IH por Multi-R. Higienização das mãos pelos profissionais da saúde antes e após a manipulação dos pacientes, previne a transmissão das bactérias nosocomiais, especialmente em CTI. Administração prévia de antimicrobianos é o principal fator para a colonização e infecções secundárias por microorganismos multi-R. * * * Administração prolongada e desnecessária de antimicrobianos devem ser evitadas. A profilaxia cirúrgica não deve ultrapassar 24 hs. Programas de Educação para médicos e outros profissionais devem ser implementadas pela CCIH em cada instituição visando reduzir o risco da transmissão de Enterobacter sp e outros patógenos hospitalares. * * * * * * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.3. Klebsiella pneumoniae É encontrada nas vias respiratórias e nas fezes de cerca de 5% dos indivíduos normais. Pode provocar extensa consolidação necrosante hemorrágica dos pulmões. Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia com lesões focais em pacientes debilitados. * * * * * * Klebsiella ssp. Freqüentemente associada às ITUs. Freqüentemente associada às infecções do trato biliar e feridas operatórias. Freqüentemente associada às peritonites. Freqüentemente associada às PNMs aspirativa. Freqëntemente associada às infecções em unidades neonatais. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * 4. Patogenia 4.4. Proteus As espécies provocam infecções em humanos apenas quando deixam o trato intestinal. Provocam ITU, bacteremia, pneumonia e lesões focais em pacientes debilitados ou que recebem infusões intravenosas. ENTEROBACTÉRIAS * * * 4. Patogenia 4.4. Proteus As espécies produtoras de urease quando provocam ITU favorecem a formação de cálculos. As cepas movéis de proteus contêm antígenos H ENTEROBACTÉRIAS * * * 4. Patogenia 4.5. Providencia São membros da microbiota intestinal normal. Causam infecções das vias urinárias. 4.7.Citrobacter Podem causar infecções urinárias e sepse. ENTEROBACTÉRIAS * * * ENTEROBACTÉRIAS 4. Patogenia 4.6. Serratia marcescens Patógeno oportunista em pacientes hospitalizados. Causa pneumonia, bacteremia e endocardite em viciados em narcóticos. * * * * * * ESBL * * * CESP * * * Resistência no grupo CESP * * * BGN não Fermentadores * * * BACILOS GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES Características microbiológicas: Bacilos Gram negativos Não fermentadores de glicose Não fastidiosos Características epidemiológicas: Ampla distribuição no ambiente Patógenos oportunistas * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 1. Características gerais São aeróbios, não esporulados. Não utilizam carboidratos como fonte de energia ou os degradam através de vias que não a fermentação. Apresentam reação positiva de citocromo oxidase. Ausência de crescimento em ágar-MacConkey. * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2. Família Pseudomonadaceae 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Morfologia e Identificação Bastonetes gram-negativos, móveis. Apresentam-se como bactérias isoladas, em pares ou em cadeias curtas. Aeróbios obrigatórios. Forma colônias redondas e lisas de coloração esverdeadas e fluorescentes. * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Morfologia e Identificação Cresce bem a 37-42ºC que ajuda a diferenciá-la de outras espécies de Pseudomonas É oxidase positiva Não fermenta carboidratos * * * 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Estrutura antigênica e Toxinas Pili (fímbrias) Lipopolissacarídeo: responsável por muitas das propriedades endotóxicas (febre, choque, oligúria, leucocitose e leucopenia, CIVD e SARA) Enzimas extracelulares: elastases, proteases, hemolisinas (fosfolipase C – Termolábil e um glicolipídio termoestável) Bacilos Gram-negativos não fermentadores * * * Pseudomonas aeruginosa Bacilo Gram negativo Aeróbico Móvel ( flagelo polar único ) Geralmente oxidase (+) Nutricionalmente versátil Mesófilos Geralmente produzem piocianina * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Patogenia P.aeruginosa só é patogênica quando introduzida em áreas desprovidas de defesas normais A bactéria adere às mucosas ou a pele colonização invasão local (infecção) disseminação (doença sistêmica) * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Diagnóstico Amostras: dependente do local da infecção Esfregaços: bastonetes gram-negativos. Não existe nenhuma característica morfológica capaz de diferenciá-la das enterobactérias Cultura: cresce facilmente nos meios utilizados para o crescimento de enterobactérias; porém, não fermenta a lactose * * * * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 2.1. Pseudomonas aeruginosa: Epidemiologia e Controle P. aeruginosa é um patógeno hospitalar As pseudomonas crescem em ambientes úmidos (pias, banheiras, chuveiros, banhos quentes e outras áreas úmidas) A vacina de tipos apropriados em pacientes de alto risco, confere alguma proteção contra a sepse por Pseudomonas * * * Pseudomonas * * * * * * * * * * * * * * * Pseudomonas * * * Fatores de Risco * * * Bacteremias por Pseudomonas * * * Endocardite por Pseudomonas * * * Meningite por Pseudomonas * * * Otite por Pseudomonas * * * ITU por Pseudomonas * * * Pseudomonas aeruginosa Epidemiologia Distribuição ampla na natureza Solo, água, plantas, animais e humanos Predileção por ambientes úmidos Ocasionalmente coloniza humanos saudáveis Pele Conduto auditivo externo Trato respiratório superior Cólon * * * Pseudomonas aeruginosa Epidemiologia Portadores humanos: Infrequente em humanos sadios Fatores predisponentes para o estado de portador: Doença de base debilitante Comprometimento do sistema imune Procedimentos invasivos Terapia antimicrobiana prévia Antecedente de hospitalização prévia Paciente de risco a colonização geralmente precede a infecção * * * Sequência de eventos na infecção por Pseudomonas aeruginosa Aderência e colonização da superfície cutânea ou mucosa Invasão local e dano a tecidos Infecção localizada Extensão da infecção a tecidos vizinhos Disseminação Invasão da corrente sanguínea Disseminação hematogênica SIRS FMO Morte * * * Base da patogenia das infecções por P. aeruginosa Patogenia é variável Diversidade de apresentações clínicas Múltiplas fontes de virulência Raramente causa infecção em hospedeiro sadio Expressão de seus fatores de virulência frente a: Ruptura de barreira cutânea e/ou mucosa Queimado Trauma Cirurgia Procedimentos invasivos de via aérea ou urinária * * * Base da patogenia das infecções por P. aeruginosa Comprometimento do sistema imune como: Neutropenia HIV Extremos etários Fibrose cística Neoplasias Alteração da flora comensal devido à antibioticoterapia Exposição a ambiente contaminado (reservatório hospitalar) * * * Infecções Hospitalares por P. aeruginosa Reservatórios hospitalares associados à infecção: Equipamentos respiratórios Soluções de limpeza ambiental Desinfetantes Pias Vegetais, flores Endoscópios Equipamentos de fisioterapia * * * Infecções Hospitalares por P. aeruginosa A maioria dos reservatórios são úmidos A transmissão ocorre pelas mãos do pessoal ou por fômites Apresentação endêmica, ocasionalmente surtos Estudo epidemiológico Sorotipificação Sequenciamento de ácidos nucléicos * * * * * * * * * * * * * * * Mecanismos de Resistência * * * Mecanismos de Resistência Recentemente foi descrita uma enzima chamada de Imepenemase veiculada por plasmídios que determina resistência aos inclusive aos carbapenêmicos. Nos próximos 5 anos não há perspectiva de novas drogas antipseudomonas. * * * Fatores que determinam o comportamento de um microorganismo como patógeno oportunista Distribuição ubíqua Necessidades nutricionais e metabólicas modificáveis Capacidade de adaptação a diferentes ambientes Relativa resistência a antimicrobianos * * * Fatores de risco de infecção por Bacilos Gram-negativos não fermentadores em ambientes hospitalares Terapia antimicrobiana prévia Quinolonas Cefalosporinas Carbapenêmicos Aminoglicosídios Instalação de CVC * * * Fatores de risco de infecção por Bacilos Gram-negativos não fermentadores em ambientes hospitalares Terapia imunossupressora Neutropenia Estada em UTI Ventilação mecânica ou TOT Doenças de base, neoplasias, esteróide Contato com pacientes com infecção * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 3. Acinetobacter São bactérias gram-negativas aeróbias Distribuição ampla no solo e na água; em certas ocasiões, na pele, mucosa e secreções Em geral, apresentam-se na forma de cocobacilos ou cocos (semelhante a Neisseria) e bastonetes São oxidase negativo São freqüentemente comensais, porém podem provocar infecção hospitalar * * * Acinetobater ssp. Acinetobacter baumannii. Acinetobater calcoaceticus. Bacilos Gram negativos que podem apresentarem-se como cocobacilos Gram negativos. Tem sido isolados em locais diversos tais como leite, alimentos congelados, vaporizadores, torneiras, respiradores, endoscópios etc. * * * Bacilos Gram-negativos não fermentadores 3. Acinetobacter O A .baumannii é a espécie mais importante na clínica Infecção associada a dispositivos (cateteres intravenosos, tubo orotraqueal...) As cepas de Acinetobacter são freqüentemente resistentes a agentes microbianos * * * Acinetobacter baumannii Bacilo Gram negativo não fermentador Ampla distribuição na natureza Flora comensal da pele Comportamento oportunista Agente de infecção hospitalar Adquire com facilidade resistência a antimicrobianos * * * Acinetobacter baumannii * * * Acinetobacter ssp. Coloniza pele de pacientes sadios bem como equipe médica. Acomete principalmente pacientes imunodeprimidos ou portadores de co-morbidades após a 1º semana de hospitalização. As principais drogas para seu tratamento são: Ampicilina/Sulbactam, Imipenem ou meropenem e polimixina B. * * * Acinetobacter baumanii http://www.sanitizercorp.com/images/acinetobacter_baumanii.jpg * * * Acinetobacter spp - Caracterização BGN curtos ou cocóides (conforme fase de crescimento e meio de cultura) GN* Não-fermentador, estritamente aeróbio, imóveis, catalase positivo, oxidase negativo, crescem em MacConkey *GP!? em Gram de frascos de hemocultura Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * * * Acinetobacter spp Taxonomia Estudos de homologia DNA-DNA 25 grupos de homologia DNA (genomoespécies) - somente 11 sp foram estabelecidas Maioria das genomoespécies não pode ser diferenciada por testes bioquímicos: 1, 2, 3 e 13 = complexo A.calcoaceticus-A.baumanni Dificuldade de diferenciar = proposta de apenas dois grupos = assacarolíticos e sacarolíticos Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * * * Acinetobacter spp Taxonomia – “resumo da ópera” Schreckenberger et al. Acinetobacter... In Murray et al. MCM. 2007 * * * Adultos podem se colonizar transitoriamente na pele, cavidade oral , nasofaringe , trato respiratório, gastrointestinal e vaginal com espécies de Acinetobacter. * * * E o ambiente??? * * * Reservatórios no hospital Pseudomonas e Acinetobacter Materiais úmidos equipamentos de suporte ventilatório cateteres de aspiração soros água alimentos como vegetais crus * * * Acinetobacter sp Sobrevive em superfícies e materiais secos até 13 dias Em roupas = até 69 dias Tem capacidade de aderir a plásticos ( superfícies cateteres, TET, etc ) Também sobrevive em fontes úmidas (válvulas e circuitos de VM, umidificadores e leite humano) A média de sobrevivência desses microrganismos no ambiente é de 27 dias * * * Acinetobacter baumannii Epidemiologia hospitalar Hospedeiro suscetível Doença de base Procedimentos invasivos de via aérea, urinária ou cirurgia Hospitalização prolongada Terapia antimicrobiana * * * Acinetobacter baumannii Epidemiologia hospitalar Reservatório animado Paciente infectado ou colonizado Pessoal portador (pele, intestino) Reservatório inanimado: ambiente úmido ou alimentos Via de transmissão: contato direto ou indireto * * * Acinetobacter baumannii Apresentação clínica Pneumonia associada a ventilação mecânica Bacteremia secundária a foco pulmonar Infecção de sítio cirúrgico ITU associada a procedimentos invasivos Terapia de acordo com estudo de sensibilidade * * * * * * Acinetobacter baumannii Medidas de prevenção Precauções padrão para manejo de todo o paciente hospitalizado Normatizar indicação e manutenção de procedimentos invasivos Racionalizar o uso de antimicrobianos Em condições de surto de cepa multi-R: Isolamento de contato Coorte Estudo de reservatório ambiental ou de portadores no pessoal da saúde * * * Acinetobacter spp: Principal problema Resistência aos antibióticos * * * Stenotrophomonas maltophilia Apresentação clínica: Bacteremia Infecção do trato Urinário Infecção do Trato Respiratório * * * Reservatórios hospitalares de Stenotrophomonas maltophilia Material de coleta Monitores de pressão central ou arterial Lentes de contato Destiladores de água Máquinas de diálise * * * Reservatórios hospitalares de Stenotrophomonas maltophilia Soluções desinfetantes Mãos do pessoal da saúde Equipamentos de fisioterapia Equipamentos de terapia respiratória Umidificadores de oxigênio Circuitos de ventiladores * * * Burkholderia cepacia Epidemiologia Reservatório Solo Água servida Plantas Via de transmissão: contato direto ou indireto * * * Burkholderia cepacia Epidemiologia Fatores de risco: Fibrose cística Doença pulmonar crônica Apresentação clínica: Infecção pulmonar em pacientes com fibrose cística (prognóstico) * * * Diagnóstico Laboratorial de Bacilos Gram Negativos não Fermentadores Sistemas de identificação Convencional Miniaturizados Automatizados Estudo da sensibilidade Métodos recomendados Seleção de drogas a avaliar * * * Emergência de resistência em microorganismos hospitalares Introdução de um organismo resistente a uma população suscetível Aquisição de resistência por cepa sensível Mutação espontânea Transferência genética Expressão de resistência regulada previamente presente na população Seleção de subpopulações resistentes Disseminação de organismos resistentes * * * Mecanismos de resistência em bactérias gram negativas Alteração de sítio de ação Aminoglicosídios Beta lactâmicos Quinolonas Prevenção do acesso da droga ao sítio de ação Diminuição da permeabilidade: beta-lactâmicos, carbapenêmicos Aquisição de mecanismo de efluxo: quinolonas * * * Mecanismos de resistência em bactérias gram negativas Inativação da droga Beta-lactamases (cromossômica, plasmidial) Enzimas inativadoras de aminoglicosídios Alteração de via metabólica * * * Pseudomonas aeruginosa Resistência intrínseca Resistência adquirida: Resistência a β lactâmicos: β lactamases cromossômicas induzíveis Associados a alteração da permeabilidade, alteração de PBP Resistência a carbapenêmicos: Aquisição de imipenase mediada por plasmídio Alteração de proteína da membrana externa * * * Pseudomonas aeruginosa Quinolonas Mutação da DNA girase Mecanismo de efluxo Aminoglicosídios Produção de enzimas modificadores mediada por plasmídios Mecanismo de efluxo ou alteração das porinas * * * Acinetobacter baumannii Resistência múltipla Mecanismos de resistência adquirida: Cefalosporinases cromossômicas Novas beta lactamases plasmidiais Enzimas modificadoras de aminoglicosídios Resistência a quinolonas Resistência a carbapenêmicos Plasmídios Alteração de permeabilidade Alteração de PBP * * * Stenotrophomonas maltophilia Resistência inata Cefalosporinases cromossômicas: carbapenêmicos Resistência adquirida: Cefalosporinas Aminoglicosídios Sulfa-trimetoprim * * * Antimicrobianos * * * Medidas para controle das BM Controle do Uso dos Antimicrobianos. Vigilância dos Exames Microbiológicos. Precauções Universais/Lavação das Mãos. Controle do Ambiente. Uso de Barreiras (luvas, Capotes, Máscaras). Alocação de Pacientes Colonizados/Infectados Quarto Privativo – Coorte de pacientes. Descolonização. Culturas de vigilância em Profissionais de Saúde. * * * Importância do Ambiente * * * AMBIENTE INANIMADO COMO FONTE DE INFECÇÃO Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+) Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL. X culturas positivas para VRE * * * * * * Agência Nacional de Vigilância Sanitária Emergência de microorganismos MR Ambiente ideal Flaherty JP, Weinstein RA. (Infect. Control. Hosp. Epidemiol., 17: 236-248, 1996) A. baumannii P. aeruginosa S. aureus Enterococcus spp. Uso de antimicrobianos de amplo espectro Equipe multidisciplinar DEVIDO AO GRANDE uso de antimicrobianos de amplo espectro e uma equipe multidisciplinar na grande maioria das vezes atarefada e tendo que atuar rapidamente, podendo ocorrer a quebra em técnica de assepsia. Criam um ambiente ideal para o: aparecimento e transmissão dos patógenos MR tais como: os Bacilos Gram-negativos Multirresistentes S.aureus resistente a meticilina No que se refere aos enterococos resistentes a vancomicina * * * VIAS DE TRANSMISSÃO: por contato direto indireto Direto : pele a pele Indireto: objeto intermediário contaminado , usualmente inanimado, do ambiente do paciente Transmissão * * * Transmissão VEÍCULO PRINCIPAL: MÃOS * * * Cocos Gram negativos Neisseria N. gonorrhoeae N. meningitidis * * * Gênero Neisseria * * * Gonorréia: Alta prevalência e baixa mortalidade Gonococo: ausente na microbiota normal Meningite: Baixa prevalência e alta mortalidade Meningococo: portadores nasofaríngeos sadios * * * Características gerais Cocos Gram negativos com 0,6 - 1,5 m Imóveis Não esporulantes Aeróbios Muito exigentes - sangue hemolisado Crescimento de 35 - 37ºC Catalase e oxidase positivos Fímbrias: N. gonorrhoeae Cápsula: N. meningitidis * * * Neisseria gonorrhoeae Coloração de Gram: A) cultura pura e B) exsudato purulento A B * * * Gonorréia => fluxo de sêmen (Galeno séc. II) Albert Neisser (1879) - primeira descrição - exsudato purulento 1885: primeira cultura pura Transmissão direta por contato sexual parto * * * Fatores de virulência e dinâmica da infecção pelo gonococo N. gonorrhoeae => Não produz exotoxinas Adesão => Invasão =>Resposta inflamatória Adesão: Fímbrias adesão inicial - fímbria tipo IV (PilE e PilC) receptor CD46 sofrem modificações: alterações de fase e antigênica * * * Fímbrias tipo IV * * * * * * Manifestações clínicas Uretrite e cervicite gonocóccicas * * * Outras manifestações Doença inflamatória pélvica: peritônio Proctite Faringite Endocardite Meningite Artrite * * * Oftalmia neonatal * * * Infecções assintomáticas Mulheres: 50% Homens: 10% * * * Epidemiologia Hospedeiro natural: Ser humano Doença erradicada: Escandinávia EUA: 700.000 casos/ano Transmissão: mulheres p/ homens: 35% homens p/ mulheres: 50-60% * * * Neisseria meningitidis 1887 - Weichselbaum: isolamento Presença de cápsula polissacarídica 13 sorogrupos: A, B, C, D, E29, H, I, K, L, W135, X, Y e Z * * * Fatores de virulência e dinâmica da infecção pelo meningococo Adesão e invasão do epitélio da nasofaringe fímbria tipo IV e proteínas de ME Disseminação na corrente circulatória Fatores de virulência: semelhantes * * * * * * Manifestações clínicas Meningite Meningococcemia * * * Outras manifestações Bacteremia branda Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * *
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