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Gastro- Tumores Esofágicos Gastro- Tumores Esofágicos O câncer de esôfago tá entre as dez neoplasias malignas mais incidentes no Brasil. É um câncer que predomina sexo masculino, em uma proporção de 3:1, SE FOR UM TUMOR MALIGNO com idade média de >50 anos e tem taxa de mortalidade alta entre 60-70 anos. Temos tumores: Maryanne Adriano Leiomiomas: Correspondem a 60% dos tumores benignos encontrados e são tumores dos músculos esofágicos Papiloma- lesão benigna provocada pelo Vírus HPV. Pólipos inflamatórios (especialmente em pacientes com DRGE) Cistos congênitos ou reduplicações Os tumores benignos são mais raros, em relação malignos. São mais encontrados em jovens do sexo femininos. Há vários tipos e tumores benignos esofágicos, sendo eles: Benignos Malignos Tumores Benignos Quadro Clínico Na maioria das vezes o paciente é assintomático. Todavia, ao sentir algo, o sintoma mais frequente é disfagia (dificuldade de deglutição) lenta, sensação de pressão retroesternal Formas Diagnósticas O diagnóstico de tumores benignos são realizados por meio do EDA=>esofagogastroduodenoscopia ou, por meio do esofagograma O EDA é uma endoscopia digestiva alta, que consiste na visualização do esôfago, estômago e duodeno por meio de uma microcâmera digital, permitindo um diagnóstico preciso e detalhado das eventuais alterações ou lesões. Outrossim, temos o esofagograma, que pode ser realizado para avaliar o tamanho e a forma do órgão, ou para pesquisa de distúrbios digestivos (como refluxo gastroesofágico). Tratamento Se o paciente for assintomático: fazer um acompanhamento por meio de endoscopia semestralmente Se o paciente for sintomático: haverá duas possibilidades de tratamento, dependendo da sintomatologia -> Sintomáticos pequenos ou pediculados: Ressecação endoscópica ->Sintomáticos grandes: toracotomia (incisão no tórax) + enucleação (retirada integral, sem ruptura, de um tumor) OU toracoscopia+ enucleação Tumores Malignos Há incidência de 6% dos tumores do aparelho digestório. É mais frequente em homens, em uma proporção de 3:1, com idade média de >50 anos. Espinocelular Adenocarcinoma do esôfago GIST-tumores mesenquimais Existem três tipos de tumores malignos, sendo eles: 1. 2. 3. Sobre o ESPINOCELULAR: temos que: são os mais frequentes, também chamado de CEC, carcinoma escamoso, possui uma incidência de 70%, sendo localizado 50% no terço médio do esófago, 35% no terço inferior e 15% no terço superior, sendo notório então, que é possível ter um CC em qualquer parte do esófago. Já os demais 30% dos tumores são encontrados como adenocarcinoma do esôfago, todavia, é importante lembrar que o adenocarcinoma é derivado do epitélio de Barrett – metaplasia intestinal que complica alguns pacientes com DRGE erosiva; encontrado normalmente no 1/3 distal do esôfago; encontramos também o GIST(estromal gastrointestinal), Gastro- Tumores Esofágicos Gastro- Tumores Esofágicos Maryanne Adriano que são tumores mesenquimais caracterizados pela mutação no proto-oncogene, que leva a expressão do marcado c-kit na superfície célular. E os linfomas (raro) e melanomas (raríssimo). O tumor de colisão são dois tipos histológicos em uma mesma peça. Raramente o esôfago também pode ser sede de metástases de outros cânceres, em particular mama, pulmão e melanoma primário da pele. ATENÇÃO Fatores de risco A) CARCINOMA ESPINOCELULAR: B) ADENOCARCINOMA ESOFÁGICO DRGE à esófago de Barret, obesidade, tabagismo, i dade avançada, alendronato. etilismo e o tabagismo (bebidas destiladas como cachaça); bebidas muito quentes (em torno de 65o C); síndrome de Plummer-Vinson; estenose cáustica. Hábitos de Vida: Fatores Dietéticos: -alimentos ricos em compostos N-nitrosos, como os nitratos e as nitrosaminas (ex.: produtos defumados); -contaminação com fungos produtores de toxina; -deficiência de selênio, zinco, molibdênio e vitaminas (principalmente vitamina A). Doenças Esofágicas: -acalásia; Obs: ingerir cáusticos aumenta sua incidência; Genética: -tilose palmar e plantar , um raro distúrbio genético autossômico dominante, caracterizado por hiperceratose na palma das mãos e planta dos pés. O risco de Ca de esôfago nesses pacientes se aproxima a 95%, apresentando-se, geralmente, após os 65 anos de idade. Quadro Clínico disfagia progressiva, odinofagia, perda ponderal, anemia, sialorreia. dor ao deglutir. dificuldade de deglutir produção excessiva de saliva Sinais e sintomas quadro avançado afagia, linfonodo torácicos ou no mediastino, rouquidão, hematêmese, icterícia, ascite, tosse durante a deglutição. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Formas diagnóstica O diagnóstico de tumores malignos, da mesma forma que os tumores benignos, são realizados por meio do EDA=>esofagogastroduodenoscopia ou, por meio do esofagograma ->EDA: propicia a visão direta do tumor, possibilita a coleta de material para biópsias/citologia, diagnostica lesões pré-malignas (esôfago de Barret). ->Esofagograma: utilização de contrasate. Tratamento -Esofagografia Baritada (preferencialmente com técnicas de duplo contraste) e endoscopia digestiva alta (esofagoscopia) com biópsia. ->“aspecto de degrau” na baritada. Ca de esôfago pode ser classificado em três tipos na endoscopia: (1) polipoide exofítico (60% dos casos); (2) escavado ou ulcerado (25% dos casos); (3) plano ou infiltrativo (15% dos casos); O melhor e mais efetivo meio de tratamento é o CIRÚRGICO Cuidados pré-op: cuidados nutricionais, sonda nasográstrica, nutrição parenteral total. Tumores do 1/3 inferior: esofagogastrectomia (esofagectomia parcial + gastrectomia total) com a reconstrução à Y de Roux (anastomose do jejuno com o esôfago) por via trans-hiatal com incisão abdominal – nesta cirurgia é necessária a reposição de vitamina B12. Gastro- Tumores Esofágicos Gastro- Tumores Esofágicos A Esofagectomia total: É a cirurgia indicada para câncer localizado nos 2/3 proximais do esôfago; Em que consiste na retirada de todo o esôfago. Para reconstruir o trânsito, transforma o estômago em um tubo perdendo então a sua função. Maryanne Adriano Tumores dos 2/3 proximais: esofagectomia total - com interposição de “tubo” gástrico/ com interposição de cólon. Complicações: mortalidade de 5-20%. As complicações precoces variam de atelectasia, derrame pleural, arritmia cardíaca, IAM, infecção da ferida, mediastinite, fístula de anastomose, necrose do tubo gástrico, lesão do N. laríngeo recorrente. As complicações tardias variam de estenose da anastomose e recidiva. Cirurgia no tumor irresecável: objetivo paliativo de alimentação. -->Indicações: tumor com tamanho >10cm, invasão da aorta, traquéia ou laríngeo recorrente, fístula esôfago- traquéia-brônquica, metástase. -->Há interposição de “tubo” gástrico retrosesternal sem retirar o esôfago, ou submissão de gastrostomia ou jejunostomia. Nos casos mais difíceis ou refratários, uma gastrostomia ou jejunostomia pode ser necessária. Tratamento não cirúrgico paliativo: colocação de stent, endoprótese em lesão esofágica. Sonda de Dobbhoff, sonda de Levine, braquiaterapia, queimar tumor com laser, queimar tumor com fotodinâmica, alcoolização do tumor, dilatação pneumática. Radioquimioterapia: neoadjuvante (indicação estágios IIA, IIB e III – dose 4.500 a 6.000 cGy – pré-op). ->Utilidade: tratar micrometástases, reduzir tamanho. ->Paliativa: em tumores irresecáveis, pacientes sem condições cirúrgicas (dose – 6000 a 6400 cGy). Atelectasia, derrame pleural Arritmia cardíaca, IAM Infecção da ferida Mediastinite Necrose do tubo gástrico Lesão do nervo laríngeo (rouquidão) Possíveis complicações cirúrgicas: Esofagogastrectomia com reconstrução à Y de Roux
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