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ANTIPSICÓTICOS Esquizofrenia é onde os antipsicóticos são mais usados. A esquizofrenia afeta jovens e é frequentemente crônica, e altamente incapacitante. Fator hereditário e biológico. As principais características clínicas da doença são: Sintomas positivos: o Delírios o Alucinações o Transtorno de pensamento o Comportamento anormal e desorganizado o Catatonia Sintomas negativos: o Afastamento de contato social o Aplanamento de respostas emocionais o Anedonia o Relutância em executar tarefas diárias Cognição: o Déficits de função cognitiva Com frequência, sintomas como ansiedade, culpabilidade, depressão e autopenalização estão presentes. Os mais idosos apresentam mais sintomas negativo, como humor aplanado e isolamento social. É característico da esquizofrenia, a deficiência na atenção seletiva. A maioria dos fármacos é antagonista dos receptores da dopamina, muitos também atuam em outros alvos, como receptores de 5-HT. Neuroanatomia química da esquizofrenia: Anomalias nos circuitos neuronais. Alterações na via mesolimbica, sintomas positivos. Alterações no córtex pré- frontal: sintomas negativos. Os principais neurotransmissores envolvidos na patogenia são a dopamina e o glutamato. DOPAMINA: Uso de anfetamina para liberar dopamina no cérebro e produzir no ser humano uma síndrome comportamental igual à esquizofrenia. Agonistas potentes de D3, bromocriptina, além de anfetamina aumentam os sintomas em pacientes esquizofrênicos. Antagonistas dopaminérgicos e fármacos que bloqueiam o armazenamento de dopamina neuronal, reserpina, são efetivos no controle dos sintomas positivos da esquizofrenia e na prevenção de alterações comportamentais induzidas por anfetaminas. *acredita-se que os sintomas positivos resultem de hiperatividade na via dopaminérgica mesolímbica ativando receptores D2. Os sintomas negativos podem resultar de uma atividade diminuída na via dopaminérgica mesocortical onde predominam D1. * GLUTAMATO: No ser humano, antagonistas de NMDA, como feniclidina, cetamina, dizocilpina podem produzir sintomas positivos, negativos ou déficit cognitivo. Já a anfetamina produz apenas sintomas positivos. Esquizofrenia pode resultar de perturbação de neurotransmissão glutamatérgica → redução de funções dos receptores NMDA. *vias corticoestriatal, talamocortical e corticotrunfal encefálica podem estar envolvidas na esquizofrenia. * Fármacos antipsicóticos: São divididos em: o Primeira geração/típicos: clorpromazina, haloperidol o Segunda geração/atípicos: clozapina, risperidona. Os fármacos de primeira geração são inibidores competitivos dos receptores D2 de Dopamina. Costumam causar transtornos de movimento extrapiramidais (SEPs). Os fármacos de segunda geração têm menor risco de SEPs, mas maior risco de efeitos adversos metabólicos como diabetes, hipercolesterolemia e aumento de massa corporal. Mecanismo de ação: bloqueio de receptores de serotonina e dopamina. Os fármacos de segunda geração, são de primeira escolha para esquizofrenia, para minimizar o risco de SEP, associados com os de primeira geração. Mecanismo de ação dos antipsicóticos: Antagonismo de dopamina: bloqueio de receptores D2 da Dopamina no cérebro e periferia. Atividade bloqueadora do receptor de serotonina: muitos fármacos de segunda geração podem exercer parte de sua ação na inibição de receptores de serotonina, particularmente 5-HT. Ex: Clozapina e Risperidona. Ações: Os efeitos dos antipsicóticos refletem o bloqueio dos receptores de dopamina ou serotonina. Além disso, vários fármacos também bloqueiam receptores colinérgicos, adrenérgicos e histamínicos. Suas ações envolvem: ➢ Efeitos antipsicóticos: podem diminuir alucinações e ilusões associadas a Esquizofrenia, bloqueando D2 no sistema mesolímbico do cérebro. ➢ Efeitos extrapiramidais: Distonias (contrações sustentadas dos músculos → postura distorcida), sintomas de Parkinson, acatisia e discinesia tardia. Antipsicóticos de segunda geração produzem menor incidência de SEP. ➢ Efeito antiemético: exceto aripiprazol, a maioria dos antipsicóticos possuem, a partir do bloqueio de D2. ➢ Efeitos anticolinérgicos: tioridazina, clorpromazina, clozapina e olanzapina. Produzem visão turva, boca seca (exceto clozapina), confusão e inibição dos Mm. Lisos do TGI e urinário. ➢ Hipotensão ortostática e cefaleia leve. Usos terapêuticos: o Tratamento de esquizofrenia; o Prevenção de náusea e êmese, ex.: proclorperazina; o Tranquilizantes. o Clopromazina usada em soluço intratável com outros meios. o Pimozida tratamento de tiques fônicos e motores da doença de Tourette. Absorção e biotransformação: Administração oral; Absorção variável não afetada pelo alimento; (exceto: ziprasidona e paliperidona, absorção aumenta com alimentação). Passam para o cérebro e tem grande volume de distribuição; Biotransformados por CYP450 no fígado. Efeitos adversos: ➢ Efeitos extrapiramidais ➢ Discinesia tardia → a longo prazo, o tratamento pode causar disfunção motora, movimentos involuntários. ➢ Síndrome do antipsicótico maligno → rigidez muscular, febre, alteração de estado mental, pressão arterial instável e mioglobinemia. ➢ Sonolência, confusão raramente. ➢ Usados com cautela em pacientes com convulsões.
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