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Causas específicas da hipertensão: Constricção da artéria renal, coarctação da aorta, aldosteronismo primário, feocromocitona (tumor secretor de catecolaminas nas adrenais). Causas inespecíficas: Raça, SNA, dieta, herança genética, estresse, resistência vascular periférica. Fatores de risco: Sedentarismo, sobrepeso/obesidade, hiper- insulinemia, etc. Fatores que influenciam: A pressão arterial é o produto do débito cardíaco (frequência cardíaca, contratilidade, pressão de enchimento) e da resistência vascular periférica. Mecanismo de regulação da pressão arterial: Se ocorrer diminuição da pressão arterial existem 2 respostas: 1-Resposta mediada pelo sistema nervoso simpático- mais rápido e pouco duradouro, noradrenalina que ativa B1 no coração (aumenta débito cardíaco) e A1 nos músculos (aumenta resistência periferia com contração dos vasos) para aumentar a pressão arterial 2- Resposta mais demorada mediada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona- redução do fluxo sanguíneo e da filtração glomerular, aumenta retenção de sódio e água, aumenta o volume sanguíneo e aumenta débito cardíaco. Além disso pelo aumento da renina, angiotensina II (aumenta vasoconstricção e aumento da resistência periférica), aldosterona que também aumenta a retenção de água. Os fármacos reduzem a pressão arterial ao agir na resistência periférica, no débito cardíaco ou em ambos. Regulação da PA. Regulação do débito cardíaco e a resistência vascular periférica exercida em 3 locais anatômicos: As arteríolas, as vênulas pós- capilares (vasos de capacitância) e o coração. Um quarto loca anatômico de controle, o rim, contribui para a manutenção da pressão arterial ou regulação do volume do líquido intravascular. Os barorreflexos mediados por nervos autônomos atuam em combinação com mecanismos humorais, inclusive com o sistema renina-angiotensina-aldosterona, coordenando a função nesses quatro locais de controle e mantendo a pressão arterial normal. A liberação de substância vasoativas do endotélio vascular também pode estar envolvida na regulação da resistência vascular. A endotelina causa constricção ANTI-HIPERTENSIVOS Introdução dos vasos sanguíneos enquanto o ácido nítrico os dilata. 1. Barorreflexos – coordenam as funções Barorreflexo Postural: Ajustes rápidos e momentâneos, como na transição da postura em decúbito para a ereta. Os neurônios simpáticos centrais que surgem da área vasomotora do bulbo são tonicamente ativos. Os barorreceptores carotídeos são estimulados pelo estiramento das paredes vasculares produzido pela pressão interna (pressão arterial). A ativação dos barorreceptores inibe a descarga simpática central e a redução do estiramento determina a redução da atividade dos barorreceptores. No caso de transição para a postura ereta, os barorreceptores percebem a redução da pressão arterial, que resulta do acúmulo de sangue nas veias abaixo do nível do coração, como uma redução do estiramento das paredes, liberando a inibição da descarga simpática. 2. Resposta renal a baixa PA. Controle a longo prazo. Tanto a diminuição da pressão nas arteríolas renais quanto a redução da atividade neural simpática (por meio dos receptores Beta-adrenérgicos) estimulam a produção de renina. Menor pressão de perfusão renal- >Descarga simpática – Renina/AII Angiotensina Vasoconstrição – aumenta resistência -> Síntese de aldosterona – Na+ e H20. Terapêutica -Fármacos de ação central: Redução da resistência vascular periférica. Betabloqueadores, alfa bloqueadores. -Vasodilatadores diretos- Relaxam o músculo liso vascular. -Bloqueiam a produção ou ação da angiotensina: Reduzem resistência vascular periférica. IECA, antag. AII -Diuréticos- depleção de sódio e diminuição do volume sanguíneo Hipertensão: 1) Essencial ou idiopática: Causas multifatoriais – desencadeamento e manutenção da doença. 2) Secundária: Causas vasculares, neurológicas e endócrinas. Anti-hipertensivos: Agentes simpaticolítico, vasodilatadores, inibidores da enzima conversora, antagonista do receptor da ang. II, diuréticos, bloqueadores de canais de cálcio. Ação central, alfa 1 bloqueadores, Betabloqueadores. Inibidores do sistema nervoso simpático Ação central: Agonistas seletivos alfa 2, receptor alfa 2 ao serem ativados promovem inibição da liberação de noradrenalina. Efeitos adversos: Depressão do SNC -sonolência, sedação, boca seca, hipotensão postural e disfunção sexual. Alfa metildopa: Extenso metabolismo de 1ª passagem X biodisponilidade, chega ao cérebro por transporte ativo, efeito depende da alfa- metilnoradrenalina. Hepatotóxico -Galactorréia, anemia hemolítica, lesão hepática. Clonidina: Lipossolúvel chega á circulação e passa ao cérebro, meia-vida 8 a 12h- adm. 2x ao dia (efeito depende da concentração) Hipertensão rebote (ao ser retirada, noradrenalina em excesso é liberado na fenda sináptica), boca seca. Ações Diminui estímulo adrenérgico central – diminui frequência cardíaca, relaxamento de vasos de capacitância, diminui resistência vascular periférica principalmente na posição ereta, fluxo sanguíneo renal é mantido (usado em pacientes com insuficiência renal), produz retenção de sódio e água (associar com um diurético) De 2ª geração Monoxidina, rilmenidina, modificações estruturais da clonidina, menos efeitos sedativos, baixa afinidade por alfa 2. Alfa- 1 bloqueadores Ação periférica. Alfa – 1 está nos vasos sanguíneos, noradrenalina promove vasoconstricção, antagonistas se ligam aos alfas 1 impedindo que noradrenalina se ligue. Bloqueio não seletivo- alfa 2: Taquicardia, retenção de água e Na. Ex: Prazosina, terazosina e doxazosina. Prazosina Hipertensão, auxiliar na IC refratária, hiperplasia prostática benigna, obstrução urinária, relaxamento do músculo liso da bexiga/capsula prostática/uretra, melhora do fluxo urinário. Reações adversas: Perda da consciência pós 1ª dose, hipotensão postural, tonturas, cefaleias, náuseas e vômitos Efeito de 1ª dose: Hipotensão postural que leva a taquicardia reflexa na tentativa de aumentar a pressão, retenção de líquido e aumento da volemia, impotência sexual, obstrução nasal, diarreia (efeito direto ou liberação de ACTH). Drogas de ação intermediária: -Bloqueadores ganglionares: Redução drástica da PA, uso limitado (efeitos adversos), indicação: IV (cansilato de trimetagan). Emegências hipertensivas, hipotensão desejada. -Bloqueadores pós-ganglionares neuronais: Guanetidina: Inibe a liberação de NA, induzida potencial de ação, é captada pela terminação nervosa e ocupa as vesículas, pode ocorrer hipertensão na primeira administração por liberação excessiva de NA já estocada, acima de 50mg/dia (hipotensão, choque). Reserpina: Bloqueio da captação e armazenamento de aminas, diminui DC e RVP, sedação, pesadelos, tremores, distúrbios mentais, leve diarreia. Beta Bloqueadores B1 encontrado no coração e B2 na árvore brônquica. Propanolol e timolol: Hipertensão, glaucoma (reduzem pressão intra-ocular), prevenção de enxaqueca, angina e infarto. Efeitos adversos: Broncoconstrição, arrtmias, dificuldades sexuais. Interações: Cimetidina, furosemida- potencialização dos efeitos anti- hipertensivos/ barbitúricos e fenitóína- redução das ações em HPA. Atenol e metoprolol: Redução do DC, inotropismo e cronotropismo reduzidos. Usos clínicos – hipertensão e glaucoma (reduzem pressão intra-ocular), prevenção de enxaqueca, angina e infarto. Efeitos adversos: Menor risco de broncoconstrição e fadiga. Uso terapêutico: hipertensos com função pulmonar comprometida. Acebutolol e esmolol: Atividades: Bloqueio de receptores B1, presença de atividade simpatomimética intrínseca. Usos clínico: Hipertensão, insuficiência cardíaca. Efeitos adversos:Broncoconstrição e fadiga. Mecanismo de ação: Diminui ativação de B1 no coração leva diminuição do débito cardíaco, diminui renina e leva diminuição da resistência periférica. Eficácia e usos: Angina de peito, arritmias, cardiomiopatia hipertrófica, prevenção da enxaqueca. Redução da morbidade e mortalidade cardiovascular, 1ª opção em HAS com arritmias, cefaleias de origem vascular, hipertireoidismo, tremores. Efeitos adversos: Depressão, insônia, astenia, disfunção sexual, bradicardia (<50 bpm) - bloqueio A- V, vasconstricção periférica, broncoespasmo, intolerância á glicose, hipertrigliceridemia, diminuição de HDL, suspensão brusca pode levar a hiperatividade simpática e isquemia miocárdica. Retirada da droga: Com o uso crônico há aumento dos receptores Beta, por isso suspensão abrupta pode determinar piora da angina, crise hipertensiva. Intoxicação por B- bloqueadores: Glucagon: Inotrópico positivo e redutor da resistência vascular renal. Ipratrópio: Em casos de broncoespasmo por ação B2. Poderão ser vasodilatadores diretos e bloqueadores dos canais de cálcio. Relaxamento da musculatura vascular que promove a vasodilatação, mas também vai se dilatar no aparelho justaglomerular que promove aumento de renina (retenção hídrica e taquicardia reflexa) por isso são associados com diuréticos (para diminuir a retenção hídrica) e vasodilatadores (para diminuir a taquicardia reflexa). Minoxidil causa hipertricose- crescimento capilar. Vasodilatadores diretos Hidralazina Oral – boa absorção e metabolismo hepático. Efeitos adversos: Cefaléia, náusea, taquicardia, hipotensão postural (mais frequentes). Podem ser encontrados diarreia e ansiedade, angina em pacientes com insuficiência coronária (diminuição da perfusão coronariana) e taquicardia reflexa compensadora. Muito usada nos EUA para HPA grave toxêmica gravídica- edema, hipertensão, proteinúria, convulsões, risco de óbito (pré- eclâmpsia, eclampsia) - (parenteral). Ação seletiva para artérias, uso oral para controle de HPA crônica durante a gravidez, uso em combinações com diuréticos e Beta- bloqueadores em casos graves ou muito resistentes de HPA. Minoxidil Taquicardia, angina e edema em doses inadequadas de Beta-bloqueador e diurético. Cefaleia, sudorese e hipertricose podem ocorrer de forma independente. Ativo por via oral, dilata arteríolas, mas não dilata veias, usado em esquemas triplos em HPA grave e na vigência de insuficiência renal. Mecanismo de ação: Relaxamento da musculatura vascular com abertura e manutenção dos canais de potássio aberto, hiperpolarização da célula muscular vascular e torna resistente a despolarização, mesmo que a noradrenalina aja nos receptores alfa 1 dos vasos sanguíneos, eles se tornarão resistentes a essa despolarização. Canais de cálcio: Fibra cardíaca e vasos sanguíneos. Na fibra impede entrada de cálcio e impede contração muscular. No vaso sanguíneo impede dilatação. Verapamil, diltiazen , nifedipina, anlodipino, lercanidipino. Nifedipina: Bloqueia canais de cálcio vascular (vasodilatador puro) Verapamil: Bloqueia canais de cálcio dos vasos sanguíneo e do coração, inibe contração musculatura cardíaca e frequência cardíaca. Efeitos colaterais: Mais comuns: cefaleia, tontura, rubor facial, edema periférico. Mais raros: Hipertrofia gengival, diidropirimidícos de curta duração podem como o Nifedipino podem causar estimulação simpática reflexa e pode ser deletério para o sistema cardiovascular devido ao ciclo vicioso de aumento da frequência cardíaca e consequentemente aumento da vasodilatação. Verapamil e diltiazem: Depressão miocárdica e bloqueio átrio ventricular. Bloqueadores dos canais de cálcio Inibidores da ECA Diminuir os níveis de angiotensina II-> menor estimulação do sistema nervoso simpático-> vasodilatação do músculo liso vascular -> menor retenção de sódio e água -> menor volemia. Por aumentar os níveis de bradicinina promove vasodilatação-> diminuição pressão arterial. Reações adversas: Tosse seca, alteração de paladar, reações de hipersensibilidade cutânea e edema angioneurótico, em pacientes com insuficiência renal crônica observa-se hiperpotassemia, contraindicado em gravidez. Vantagens: Sem interferência na atividade sexual, sem interferência metabólica, reduz nefropatia diabética e hipertensiva, podem ser usados em ICC porque não agem no coração e sim na volemia e dilatação vascular, podem ser associados com facilidade. Exemplos: Captopril e enalopril promove aumento de bradicinina que é vasodilatadora e contribui para os efeitos adversos da tosse seca. Losartana, Candesartana, Telmisartrana, valsartrana. Mecanismo de ação: Receptor AT1 é responsável pela vasoconstricção e ações tróficas da angiotensina II, sendo que os níveis de angiotensina II não são alterados e pode agir em receptores AT2 promovendo a produção de óxido nítrico e prostanglandina PGE2 que tem ações vasodilatadoras e antiproliferativas. Losartana Antagonista total, competitivo e especifico, metabolizada a ác. Carboxílico. Uso: HPA leve e moderada, não aumenta FC, protege os rins. Bloqueia vasoconstricção e bloqueia aldosterona causando hiperpotassemia (sem reabsorção de sódio e potássio). Indicações clínicas: Nefropatia diabética (tipo 2), ICC, tosse por IECA. Contraindicações: Gravidez, estenose bilateral das artérias renais e hiperpotassemia. Vantagens: Não aumentam a bradicinina (não causam tosse seca e broncoespasmo), tomada única diária (tempo de meia vida maior). Inibidores diretos da renina Diminuição da angiotensina II por inibição direta da renina. Efeitos adversos: “Rash” Antagonista receptor AT1 da angiotensina II cutâneo, tosse e diarreia. Alisquireno (oral e parenteral). Inibidores da Endotelina Endotélio secreta peptídios vasoativos (adrenomedulina, peptídio-C natriurético e endotelina- potente vasoconstrictor de longa ação). Omapatrilato (ativo por via oral): Inibição da endopeptidase neutra- eleva peptídio natriurético C, promove vasodilatação, diurese, natriurese e reduções na pré-carga ventricular. Problemas de segurança associados a surgimento de angiodedema. Reduzem complicações cardiovasculares: Infarto, ICC e AVC. Mecanismo de ação: Local de ação – néfron, depleção de Na+ (diminuição do fluido celular e débito cardíaco). Ação a longo prazo: Depleção de Na+ pela inibição do transporte de eletrólitos nos túbulos renais. Efeitos adversos: Dislipidemia, intolerância à glicose, hipopotassemia, impotência. Prevenção: Diminuição da dose, acompanhamento individual. Qualquer diurético: idosos = hipot. Ortostática (diarreia, diminuição da ingestão hídrica). Intermediário (hidroclorotiazida)-Age no túbulo contorcido distal. Fortes- (furosemida)-Age na alça ascendente grossa. Fracos (espironolactona)-Age no túbulo coletor, agonista competitivo da aldosterona, poupador de potássio. Fisiologia dos cardiomiócitos Célula polarizada K dentro da célula e Na fora. A bomba de sódio e potássio mantém essa polarização. Ao receber estímulo ocorre despolarização e inversão das concentrações de sódio e potássio que produzirá alterações em azul tudo que contribui para a contração dos cardiomiócitos. Contração dos cardiomiócitos: Cálcio dentro da célula (NCX – trocador de sódio por sódio- grandes concentrações de sódio impulsiona-o para fora), Cálcio também estimula liberação do cálcio de dentro do retículo sarcoplasmático para o citoplasma pelo transportador RiR2, além disso há os canais de cálcio do tipo L do sarcolema. Relaxamento muscular – Em vermelho, cálcio retorna para o retículo sarcoplasmático pelo SERCA2, há um trocador de saída de cálcio e entrada de Diuréticossódio (NCX), cálcio ATP-ase pela queda de ATP joga o cálcio para fora. Regulação da contratilidade cardíaca: Sistema nervoso autônomo simpático. No cardiomiócito tem receptores Beta 1 (metabotrópico ligado a proteína G) que quando se liga a um agonista Beta 1 ativa a cascata da proteína G , adenilato ciclase , quebra ATP em AMPc, que ativa proteína quinase A que fosforila inúmeros substratos, um deles é o transportador de cálcio no sarcolema favorecendo entrada do cálcio , aumentando a contratilidade cardíaca. (BETA AGONISTA AUMENTA CONTRATILIDADE CARDÍACA) A proteína quinase A também fosforila a fosfolamban que favorece o SERCA 2, entrando cálcio no retículo sarcoplasmático (CÁLCIO QUE FAVORECE RELAXAMENTO- BETA AGONISTA DURANTE O RELAXAMENTO INTENSIFICA O RELAXAMENTO). Fisiopatologia da ICC 1. Alteração da homeostase do cálcio: 2 mecanismos retira o cálcio do citoplasma do cardiomiócito: trocador cálcio-sódio- para citoplasma e proteína SERCA-para reticulo sarcoplasmático. Fosfolamban não é fosforilado, inibe SERCA, cálcio fica em níveis elevados dentro do cardiomiócito – permite maior contração, sístole cardíaca. O trocador NCX está mais ativa, cálcio citoplasma do cardiomiocito são eliminadas com intensidade, leva a baixos níveis de cálcio e relaxamento mais intenso. 2. Alteração dos filamentos contráteis. Troponina-I – é responsável por inibir a interação de actina e miosina no musculo em repouso. Troponina C- Ao se ligar ao cálcio, retira a inibição da troponina I. NO MIOCÁRDIO EM FALÊNCIA: Troponina- I não está fosforilada e por isso não retira inibição de actina e miosina, elas não conseguem interagir, musculo não contrai e nem relaxa. Miosina não quebra ATP com eficiência. Aumento da troponina -T: ICC congestiva está elevado. 3. Alteração da via de sinalização da adenilil ciclase. NO MIOCÁRDIO EM FALÊNCIA: Há a presença da Beta-arrestina que inibie receptor Beta, não ativa adenilato ciclase, níveis menores de AMP c, inativação da proteína quinase A. Definição de ICC Incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento. Etiologia: Cardiopatia isquêmica decorrente de aterosclerose, causa mais frequente seguida da doença cardiovascular HT, estenose aórtica e degeneração mitral, miocardiopatias 10% dos casos no Brasil. Características Sinais e sintomas de sobrecarga hídrica intravascular e intersticial: Dispnéia, estertores crepitantes, edema periférico. Manifestações de perfusão tissular inadequada- oxigênio não está chegando aos tecidos, sangue dos tecidos a grande quantidade é não oxigenado, diminuição da capacidade de exercício, disfunção renal e fadiga. Visão cardiorrenal- Coração em falência não restaura a volemia, resulta em aumento da reabsorção de Na e H20, somado a hipertensão venocapilar-congestão e durante muito tempo explicou a ICC. Visão neuro-cárdio-humoral e inflamatória- Ações de citocinas e estresse oxidativo reduzem/inativam o sistema produtor de óxido nítrico. Catecolaminas e sistema renina- AII- aldosterona (ações endócrinas) – indução de remodelação indesejada, apoptose nos cardiomiócitos e aumento de fibrócitos. Classificações: 1. ICC esquerda: Cardiopatia isquêmica, hipertensão, doença valvar e doença miocárdica. Confusão, dificuldade de concentração (não leva sangue para cérebro e outros tecidos), cefaleia, insônia e ansiedade. O retorno venoso do átrio esquerdo leva a dispneia, ortopnéia, dispneia paroxística noturna- respiração de Cheyne-Stokes, edema agudo. Cardiomegalia (tentativa do coração de ejetar mais sangue para todo o corpo), taquicardia, pulso alternante, arritmias e baixa reserva. Sangue não chega para todo o corpo levando a fadiga e astenia. Oligúria e noctúria. Ventrículo esquerdo leva sangue para aorta, na ICC sangue aumenta pressão no ventrículo, inibe passagem do átrio para ventrículo, átrio enche de sangue e retorna para os pulmões que fica com edema. 2. ICC direita: Hipertensão pulmonar, infarto do ventrículo direito e embolia pulmonar. Confusão, dificuldade de concentração, cefaleia, insônia e ansiedade. Estase jugular já que o sangue que retorna de todo o corpo vem para o átrio direito que não consegue passar para ventrículo direito, acumulo de sangue das veias que chegam ao coração – veia cava superior. Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritimias, baixa reserva. Hepatomegalia (acumulo de liquido, sangue que deveria sair do sistema porta, acaba refluindo), dor pulsátil e esplenomeglaia- refluxo hepatojugular. Fadiga e astenia já que o sangue venoso não retorna ao coração para ser oxigenado. Edema dos MMII- sangue não consegue chegar ao coração pelo átrio direito, então vai refluir, causando o edema dos membros inferiores. Ventrículo direito leva sangue para os pulmões, na ICC não tem força, aumenta pressão no ventrículo direito, impede passagem do átrio para ventrículo, ocorre retorno venoso do sangue que chegou ao coração de volta aos tecidos- edema periférico e problemas hepáticos (retorno do sistema porta para o fígado) Causas ICC aguda- infarto agudo do miocárdio extenso, miocardite aguda. ICC crônica (mais comum) - infarto do miocárdio, hipertensão arterial, cardiomiopatias dilatas, valvopatias. Mecanismos compensatórios. 1. Aumento da atividade simpática. Devido diminuição da força de contração, ocorre aumento da frequência cardíaca-> aumento da vasoconstrição-> aumenta a pré-carga cardíaca-> aumenta o débito cardíaco -> aumenta o trabalho do coração- > piora a insuficiência em longo prazo. 2. Hipertrofia miocárdica. Parede grossa- diminui a capacidade do ventrículo relaxar- ventrículo não enche adequadamente – redução do débito cardíaco. 3. Ativação do SRAA. Vasoconstrição, aumento de aldosterona e retenção de sódio. Estimula secreção de endotelina-1, facilita ativação adrenérgica e aumenta o tônus coronariano. Aumento da vasopressina: Ocorre por diminuição da supressão sobre o centro vasomotor, aumenta a secreção de ADH ou vasopressina. Aumento da endotelina: Redução da liberação de NO, baixa atividade da NO- sintetase, endotelina-1 está aumentada (vasoconstrição). Aumento das citocinas: TNF-alfa reduz NO= implicação na regulação do tônus vascular. Maior volume sanguíneo- coração não consegue bombear volume extra de sangue- edema periférico e pulmonar. Estágios: A- Alto risco, sem sintomas: Tratar hipertensão, diabetes, dislipidemias – IECA ou bloqueadores AT1 em alguns. B- Cardiopatia estrutural, sem sintomas- IECA ou bloqueadores AT1 em todos e beta bloqueadores em pacientes selecionados C- Doença estrutura, sintomas prévios ou atuais- IECA e bloqueadores em todos os pacientes. D- Sintomas refratários que exigem intervenção especial- agentes inotrópicos e possibilidade de transplante. Tratamento farmacológico Fármacos vai atuar reduzindo a pré-carga e pós-carga. Redução da pré-carga (age na volemia): diuréticos, antagonistas do receptor da aldosterona, vasodilatadores. Redução da pós-carga (age na vasoconstricção): IECA, betabloqueadores, vasodilatadores. Agentes inotrópicos (aumenta contratilidade-) digitálicos, agonistas Beta e inibidores da fosfodiesterase. Digitálicos, inotrópicos, IECA, antagonistas da AII, inibidores diretos da renina, antialdosterônicos, beta bloqueadores, diuréticos, vasodilatadores. Glicosídeos esteroides cardioativos, extraídos de plantas como Digitalis lanata. Digitálicos (inotrópicos) Mecanismo de ação: Inibe a Na-K-ATPase, impede a retirada do Na+, se o sódio não entra, o cálcio não sai , favorecendo indiretamente o acúmulo de Cálcio intracelular no miócitos. Além disso, promove redução da condução átrio ventricular (útil na fibrilação atrial). Indicações: Nos casos de ICC com disfunção sistólica sintomática. Benefícios da IC e na presença de fibrilação atrial- controle da frequência ventricular aliado a ação inotrópica. Faixa terapêutica estreita entre 0,8 e 2µg/L de plasma, cuidado com hipocalemia no uso com diuréticos. Intoxicação digitálica: Manifestações digestivas (anorexia, vômitos ou diarreia) e arritmias cardíacas (extrassistolia ventricular, taquicardia ou bradicardia(vago) e bloqueio AV). Suspensão do digitálico, correção da hipocalemia, tratamento com antiarrítmicos. Digoxina Não digitálicos utilizados I.V. na fase aguda Agonistas B1 adrenérgicos-> Elevação do AMPc-> entrada do calcio no cardiomiócio. Ex: Dopamina e dobutamina. Inibidores da fosfodiesterase: Impede a degradação de AMPc. Inotrópicos potentes- pacientes com depressão aguda do miocárdio (choque, pós-operatório de cirurgia cardíaca). Ex: Milrinona e Amrinona Sensibilizadores de cálcio Levosimendan (IC refratária, aguda, classe III ou IV). Estabilização das mudanças conformacionais da tropomiosina cálcio induzidas (aumento da interação actina- miosina). DOSES: Dopamina – Doses < 2µg/Kg/min. Ações em D1 e D2 – Vasodilatação coronariana e inotropismo sem aumento da RVP – Doses de 5 a 10 µg/Kg/min. – inotropismo máximo com aumento da RVP e taquicardia. Dobutamina – Doses de 5 a 20µg/Kg/min. Milrinona – Uso em bolo de 50µg/Kg/min. Levosimendan – Doses de 0,1 mg/Kg/min. Durante 24h. Reduzem mortalidade por IC Mecanismo de ação: Diminuem os efeitos da AII. Vasoconstrição e ação trófica e fibrosante (remodelamento). Aumento da carga cardíaca e de sistemas protrombóticos e inflamatórios. Aumento da vasopressina, endotelina (menos NO) e do inibidor de plasminogênio (PAI-1). Aumento da aldosterona com efeitos em receptores de fibroblastos (proliferação). Diminuição da bradicinina – reduz efeitos benéficos no remodelamento e a produção de PGG vasodilatadoras Mecanismo de ação Antagonismo competitivo dos receptores da AII – Principal AT1 – Losartana, telmisartrana e candesartana testados no tratamento da IC – Conseguem ser mais efetivos em relação aos IECA. Bloqueio mais completo do sistema Inotrópicos não digitálicos IECA Antagonista da AII Vias alternativas de produção de AII não bloqueadas pelos IECA. Não ocorre acúmulo de bradicinina. Alisquireno – uso por via oral. Atuação direta na renina resulta em queda da produção da AII. Bem tolerados seu uso é crescente em IC. Espironolactona e esplerenona comprovadamente eficazes no tratamento da IC. Sofrem metabolismo hepático e a espironolactona é mais eficaz se usada com alimentos (↑ biodisponibilidade). Espironolactona é menos potente como antagonista da aldosterona e bloqueia receptores androgênicos – Ginecomastia em 10% dos pacientes sexo masculino. Os dois fármacos atuam pelo bloqueio dos receptores da aldosterona no ducto coletor renal. Bloqueio atinge os receptores dos fibroblastos. Efeito mais sério :Elevação potássica sérica e cuidados adicionais em pacientes com insuficiência renal. Receio no uso pelo efeito depressor miocárdico – Relatos de evolução desfavorável após as primeiras doses e piora em insuficientes instáveis. Avanço na terapêutica da IC. Carvedilol, bisoprolol, metropolol e nebivolol – Efeitos vasodilatadores. Uso em todas as classes funcionais com ou sem cardiopatia isquêmica. Uso deve ser realizado com cautela em pacientes agudamente descompensados ou com congestão não corrigida. Fatores limitantes: hipotensão, bradicardia ocasional e doenças respiratórias. Controlam sintomas da ICC. Uso rotineiro (congestão pulmonar e edema). Auxiliares no caso de retenção de Na+ – De alça, tiazídicos e poupadores de K +. Tiazídicos uso na IC leve. Furosemida Oral ou IV – Casos mais severos – Uso em associação com HCT. Edema agudo de pulmão. Uso em ICC associado a digitálicos - cuidado com hipocalemia – arritmias. Mecanismo de ação – Coração em falência beneficiado pela redução da RVP – Venosos (Nitratos – nitroglicerina, isossorbida). Ação sistema venoso. Vantagem nitroglicerina – dilata vasos colaterais – Efeito adicional na cardiopatia isquêmica. Uso limitado a pacientes resistentes aos IECA. Arteriolares (Fentolamina, hidralazina e minoxidil). Hidralazina – não dilata veias (congestão pulmonar). Taquicardia reflexa pode piorar a insuficiência coronariana. Mistos: Nitroprussiato de sódio. Inibidores diretos da Renina Antialdosterônicos Beta-bloqueadores Diuréticos Vasodilatadores
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