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Resumão TDAH

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PROBLEMA 1 FECHAMENTO 1 
ACADÊMICA : EMLY TIBÃES 
Referências: 
 Livro: 
 Livro: 
 Livro: 
 
 
TDAH 
Conceito: 
Desatenção Dificuldade de iniciar uma tarefa, organização, escutar o que é dito, planejamento , 
procrastinação 
Hiperatividade Inquietude que impossibilita a inativação no momento esperado/desejado 
impulsividade Dificuldade de adiar uma ação ou resposta sem levar em conta os aspectos negativos. Atravessar 
a rua sem olhar, não aguardar a vez pra falar 
** sintomas isolados ou não 
Epidemiologia 
 
-8x maior. 
 
e desenvolver este e outros transtornos psiquiátricos (comportamento 
disruptivo, de ansiedade e depressivos). 
 
ves, o diagnóstico não é feito até que a criança esteja no 
jardim de infância ou na escola elementar, quando as informações dos professores poderão ser comparadas aos dados dos pares 
com a mesma idade. 
Entretanto, estimativas bastante discordantes também são encontradas em um mesmo país, como no Brasil, com taxas de 0,9% 
,%35e 26,8% no Rio de Janeiro,1,8% em São Paulo, %39 em Porto Alegre. 
Em análises retrospectivas do NCS-R, a taxa de persistência do TDAH da infância à idade adulta foi estimada em 36,3%. 
Etiologia 
 Multifatorial 
 Hereditário 76% dos casos 
 genes DATl, DRD4, DRDS,SHTT, HTRlB e SNAP25 com o transtorno 
 Exposição intra-útero à tabaco é o fator de risco ambiental mais frequentemente avaliado e variantes 
nos genes DATl e DRD4 são os fatores de risco genético mais frequentemente avaliados 
 Há evidências inconclusivas ou insuficientes álcool,relacionadas à exposição intra-útero, drogas,condições psicológicas 
maternas durante a gestação, complicações no período pré e perinatal,prematuridade,Traumatismo craniano,duração do 
aleitamento materno,e fatores familiares psicossociais 
 TDAH afeta entre 5 a 8% das crianças em idade escolar;60 a 85% dos indivíduos diagnosticados quando crianças 
continuam a atender aos critérios para o transtorno na adolescência, e até 60% permanecem sintomáticos na vida adulta. 
 Postulou-se a associação entre diversos neurotransmissores e sintomas de TDAH. Entretanto, a dopamina é o foco 
principal das investigações clínicas, e o córtex pré-frontal foi envolvido com base no papel que desempenha na atenção e 
na regulação do controle de impulsos. 
Influenciadores 
Ambiente: 
A maior parte das crianças com TDAH não apresenta evidências de danos estruturais graves no sistema nervoso central (SNC). Em 
alguns casos, os fatores que contribuem para o transtorno incluem exposições tóxicas pré-natais, prematuridade e insulto 
mecânico pré-natal ao sistema nervoso fetal. 
O uso de substâncias como aditivos alimentares, corantes, preservativos e açúcar pode ser uma das causas dos comportamentos 
hiperativos, embora nenhum estudo tenha confirmado essas teorias. Nem os corantes artificiais de alimentos ou o açúcar foram 
confirmados como causas de TDAH. Não há evidências claras de que os ácidos graxos ricos em ômega 3 sejam benéficos no 
tratamento de TDAH. 
 
Positivo Tarefas divertidas, regras estabelecidas, dinâmicas 
Negativo A não estimulação, A persistência do transtorno está associada a diversos desfechos negativos ao 
longo do desenvolvimento, como menor aquisição educacional, maior insatisfação com o casamento 
e problemas conjugais, maiores taxas de divórcioe de dificuldades na criação dos filhos,baixo 
rendimento laboral, desemprego, colocação em posições aquém de suas 
potencialidades,envolvimento em acidentes de trânsito,além do risco aumentado para uma série de 
comorbidades. 
 
Marcos do desenvolvimento: 
desenvolvimento Alterações percepção 
RN ativos no berço, dormem pouco e choram bastante. Difícil percepção 
 
Pré escolar 
Hiperatividade motora Familiares percebem a alteração 
Escolar Desatenção, distração,não consegue ficar sentado, 
tarefas incompletas,não segue regras 
Professores percebem a alteração 
Adolescente Inquietude subjetiva, reduz a hiperatividade motora 
,dificuldade de atenção, autopercepção de incapacidade, 
situações de perigo mais evidentes 
Procura o atendimento médico por comorbidades que 
afetam sua vida: depressão,drogas,dificuldade 
De mater as relações interpessoais 
 
Adulto 
 
Procrastinação, dificuldade de cumprir prazos, acidentes 
de carro. 
Procura o atendimento médico por comorbidades que 
afetam sua vida: depressão,drogas ou insistência do 
cônjuge já que pode achar que é algo inerente a sua 
personalidade. 
** Hiperatividade/impulsividade tendem a diminuir com a idade/ determinar o prejuízo funcional/ aumento da autopercepção 
Comorbidades 
Transtornos disruptivos: transtorno de oposição e desafio (TOD) ou transtorno de conduta (TC) 
Transtornos de ansiedade, como fobias simples, fobia social e transtorno de ansiedade generalizada 
Depressão acomete cerca de 10 a 20% das crianças com TDAH, e transtorno do humor bipolar é identificado em uma menor 
proporção. Presença de alterações significativas de humor não faz par te do quadro clínico do TDAH1 
tique motor e síndrome de Tourette 
Enurese 
Transtornos de aprendizagem, incluindo dislexia, A suspeita desta condição deve ser feita quando há dificuldades específicas em 
leitura, escrita ou matemática ou quando o desempenho escolar encontra-se bastante prejudicado, principalmente em crianças 
com alta capacidade cognitiva e/ ou que, apesar da redução dos sintomas nucleares do TDAH com o tratamento, não obtiveram 
melhora do desempenho escolar. 
Processo diagnóstico 
Diagnóstico CLÍNICO 
O diagnóstico de TDAH exige a presença de sintomas persistentes e prejudiciais de impulsividade e hiperatividade ou desatenção 
em pelo menos dois 
ambientes diferentes. 
DSM-IV propõe a necessidade de pelo menos 6 sintomas de desatenção e/ou 6 sinto mas de hiperatividade-impulsividade para o 
diagnóstico de TDAH. 
Influência dos pais e professores: pais (longitudinal),mas de aceitar as limitações, minimizando os sintomas e professores 
(parâmetros objetivos): rendimento acadêmico, consegue comparar com outros alunos. 
 
 
Exame do Estado Mental 
O exame do estado mental de uma determinada criança com TDAH que tenha consciência de sua deficiência pode refletir a 
presença de um tipo de humor deprimido ou desmoralizante, embora não seja necessário fazer testes de transtorno do raciocínio 
ou de problemas com a realidade. Uma criança com TDAH pode apresentar distração 
e perseverança, além de sinais de percepção visual, de percepção auditiva ou transtornos da aprendizagem com base linguística. O 
exa me neurológico possivelmente revele a presença de deficiências ou de imaturidade discriminatória visual, motora, perceptiva 
ou auditiva, sem sinais manifestos de distúrbios visuais ou auditivos. Crianças com TDAH costumam enfrentar problemas de 
coordenação motora e têm dificuldades para encaixar cópias das figuras apropriadas, problemas de alternação rápida de 
movimentos, de discriminação do lado direito e esquerdo, ambidestria, de assimetrias reflexas e de uma grande variedade de 
sinais neurológicos não focais sutis (sinais suaves). 
Escalas entre pais e professores: The Child Behavior Checklist e a SNAP Rating Scale. 
TRATAMENTO 
1º Psicoeducação: primeira abordagem, individual e durante todo o tratamento. Envolve família e escola 
a) garantir que o paciente e a família entenda o que é o TDAH 
b) envolver o paciente e a família no planejamento terapêutico e facilitar a sua adesão identificar as potenciais barreiras para a 
implementação do tratamento 
Terapia comportamental 
Exames : História,inclusive durante o pré natal, exame cardíaco completo – 
 Avaliação: história médica (informações pré-natais, perinatais e da 1º infância e sobre eventuais complicações maternas durante 
a gestação) e psiquiátrica detalhadas. 
Problemas médicos que podem produzir sintomas que se sobrepõem ao TDAH: epilepsia de petit mal, deficiências 
auditivas e visuais, anormalidades tireoidianas e hipoglicemia. 
História cardíaca completa: investigaçãosobre a incidência de síncope ao longo da vida, história familiar de morte súbita e 
exame cardíaco da criança. Embora seja razoável obter um ECG antes do tratamento, é extremamente importante fazer uma 
consulta e um exame cardiológico na eventual presença de fatores de risco cardíaco. 
 
Terapia farmacológica: redução dos sintomas, uma duração de efeito consistente ao longo do dia 
Estimulantes ( 1 escolha) 
Os estimulantes são contraindicados para uso em crianças,adolescentes e adultos com anormalidades e riscos cardíacos 
conhecidos. Recomenda-se verificar trimestralmente estatura, peso, pressão arterial e pulso e fazer um exame 
físico anual em crianças e adolescentes que estejam em tratamento com estimulantes. O monitoramento começa 
com o início da administração da medicação 
 
 Metilfenidato: 
Ação: destaca-se a inibição de transportadores de dopamina no neurônio pré-sináptico, com consequente aumento da 
concentração de dopamina na fenda sináptica, que estaria relacionada a sua ação terapêutica. A sua formulação oral de liberação 
imediata é rapidamente absorvida, com pico de concentração máxima ocorrendo em 1 a 3 horas. O metilfenidato alcança 
rapidamente o SNC e tem duração de efeito de aproximadamente 4 horas. Há, no entanto, considerável variabilidade entre os 
indivíduos em relação aos parâmetros farmacocinéticos. Portanto, são necessárias múltiplas ingestões durante o dia. 
Posologia: 
Os efeitos adversos mais comuns do metilfenidato são insônia, cefaleia, nervosimo, ativação, irritabilidade 
tremor, redução do apetite, náuseas, perda de peso. Estes efeitos adversos tendem a ser leves, dose-dependentes e transitórios. O 
metilfenidato pode exacerbar tiques, precipitar sintomas psicóticos, maníacos e convulsões em indivíduos em risco para estas 
condições. Na presença destas condições, estas devem ser controladas para a posterior introdução do metilfenidato. três 
controvérsias na literatura intensamente discutidas: efeitos adversos cardiovasculares, interferência sobre o crescimento e 
potencial de abuso. O metilfenidato tem efeitos adversos cardiovasculares, como aumento leve da pressão arterial e frequência 
cardíaca. metilfenidato possa causar desaceleração no crescimento e reduções pequenas na altura final. 
Uma variedade de estratégias foi sugerida para crianças e/ou adolescentes com TDAH que respondem favoravelmente ao metilfenidato, para os quais 
a insônia se tornou um problema significativo. As estratégias clínicas para o tratamento de insônia incluem o uso de difenidramina (25 a 75 
mg), baixas doses de trazodona (25 a 50 mg) ou adição de um agente adrenérgico como a guanfacina. Em alguns casos, a insônia pode 
atenuar de maneira espontânea depois de alguns meses de tratamento. 
 
 Venvanse: (dimesilato de lisdexanfetamina) é um pró-medicamento da dextroanfetamina que depende do metabolismo 
intestinal para atingir a forma ativa. 
Trata-se de um componente inativo (pró-droga), que torna-se farmacologicamente ativo por meio da ação de peptidases 
na circulação sistêmica que a convertem em 1-lisina, um aminoácido, e na forma ativa d-anfetamina. A absorção de 
lisdexamfetamina ocorre em aproximadamente 1 hora e sua conversão para danfetamina não é afetada pelo pH gástrico. 
O seu efeito terapêutico é prolongado, com evidências de eficácia de até 13 horas, e menor variabilidade farmacocinética. 
Há evidências iniciais de que as anfetaminas teriam um tamanho de efeito maior do que o metilfenidato sobre sintomas 
de TDAH. 
 
 
 
NÃO ESTIMULANTES 
 
 A atomoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina potente, com ação agonista leve indireta sobre o 
sistema dopaminérgico. Eventos adversos associados ao uso de atomoxetina incluem sintomas gastrintestinais 
transitórios, perda de apetite, alteração de sono e aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial. Entre os eventos 
graves, muito raramente foram relatados ocorrência de hepatotoxicidade, com aumento de enzimas hepáticas, bilirrubinas 
e icterícia; também há descrição de comportamento suicida (tentativas e ideação) associado ao uso de atomoxetina 
Ao contrário dos estimulantes, a embalagem de atomoxetina tem uma tarja preta alertando sobre aumentos potenciais em pensamentos ou 
comportamentos suicidas, sendo importantemonitorar esses sintomas em crianças com TDAH, da mesma forma que em crianças usando 
antidepressivos. 
 antidepressivos tricíclicos/bulpropiona: indicados nos casos em que não há resposta ao tratamento com estimulantes ou 
com a atomoxetina. Apresentam menor tamanho de efeito em relação aos estimulantes e efeito potencial sobre a 
condução cardíaca (tricíclicos) e risco de convulsões (bupropiona). 
 
 Clonidina e guanfacina são agonistas de receptores adrenérgicos alfa-2, sendo o segundo mais 
seletivo que o primeiro, atuando predominantemente no córtex pré-frontal odem ter um papel 
importante no tratamento de pacientes com TDAH em comorbidade com tiques ou transtorno de 
Tourette, para os quais as evidências de sua eficácia são superiores 
 
 
Uma vez iniciado o tratamento, recomenda-se que seja feito monitoramento periódico da evolução dos 
sintomas e dos efeitos adversos. Pausas no tratamento medicamentoso com estimulantes nos finais de 
semana podem ser realizadas, conforme indicação clínica, sem evidências de perda de eficácia com a 
reintrodução da medicação. A indicação de pausas pode ocorrer se a sintomatologia é predominante na 
escola ou associada a menos prejuízo funcional em casa, ou se os efeitos adversos, como redução de 
apetite, são importantes.

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