Buscar

Otite externa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Otite externa 
- EM CÃES E GATOS – 
Otite externa é uma doença inflamatória 
aguda ou crônica, que acomete o 
revestimento epitelial do conduto auditivo 
externo. 
CARACTERÍSTICAS: 
Um dos problemas mais comuns na clínica de 
pequenos animais, atinge 5 a 20% da população 
canina e 2 a 6% da população felina. É sempre 
bom avaliar o conduto auditivo de gatos, 
independentemente de queixas. 
ANATOMIA: 
 
Ouvido externo: 
 Pavilhão auricular 
 Condutos vertical e horizontal 
 Membrana timpânica 
Ouvido médio: 
 Membrana timpânica 
 Bulha óssea e ossículos auditivos (estribo, 
martelo e bigorna) 
OUVIDO INTERNO: 
 Labirinto ósseo 
 Labirinto membranoso (cóclea, vestíbulo e 
canais semicirculares) 
A energia do som chega até a bulha timpânica 
e vira energia mecânica acionando o martelo, 
estribo e bigorna que levam até a cóclea, que 
possui cílios e liquido, fazendo com que o 
impulso mecânico vire nervoso, levando a 
informação até o cérebro. Os cílios, 
juntamente ao liquido, ajudam a manter o 
equilíbrio do corpo. A tuba auditiva sai do 
ouvido médio e vai até faringe, por isso que 
conseguimos movimentar o ar por dentro do 
ouvido movendo a boca. 
ETIOLOGIA: 
Fatores predisponentes: 
 Conformação 
 Hirsutísmo 
 Maceração (umidade excessiva) como 
praia 
 Irritação iatrogênica (cotonetes/irritação 
química) sensibilidade a glicerina ou 
neomicina também se enquadram. 
FATORES CAUSADORES PRIMÁRIOS: 
 Ectoparasitas 
 Hipersensibilidade 
 Distúrbios da queratinização 
 Corpos estranhos 
 Endócrino 
 Condições autoimunes / imunomediadas 
 Doenças virais 
 Neoplasia / pólipo inflamatório 
Pústula dentro da orelha indica doença 
autoimune e é raro. 
FATORES SECUNDÁRIOS OU PERPETUANTES: 
 Infecção bacteriana 
 Infecção por levedura 
 Otite media 
 Alterações patológicas progressivas, 
hipertrofia do canal, inflamação e 
hiperplasia de glândula ceruminosa, fibrose 
e calcificação da cartilagem 
 Tratamento inadequado (dose, frequência 
e duração) 
SINAIS CLÍNICOS DA OTITE EXTERNA AGUDA: 
 Prurido auricular 
 Dor 
 Ato de balançar a cabeça 
 Esfregação da cabeça e orelha 
 Inclinação da cabeça ou orelha abaixada 
 Secreção auricular (as vezes fétidas) 
 Eritema e edema no conduto auditivo 
 Alopecia, escoriação e crostas no pavilhão 
auricular 
 Andar em círculos 
EROSÃO X ULCERA: 
Erosão atinge só a epiderme, mas não chega 
na derme, não causando cicatriz. A ulcera 
atinge a derme, deixando despigmentando e 
sem pelos. 
Escoriações por trás da orelha já se pensa em 
ácaro devido ao ato mecânico de coçar com 
as unhas. 
OTITE EXTERNA CRÔNICA: 
 Hiperqueratose, hiperpigmentação e 
liquenificação do pavilhão 
 Estreitamento do conduto auditivo devido 
a fibrose e ou ossificação 
 Em cães 50% das otites externas crônicas 
resultam em otite media 
SINAIS VESTIBULARES (OTITE MEDIA OU 
INTERNA): 
 Inclinação da cabeça 
 Nistagmo 
 Anorexia 
 Ataxia 
 Raramente, vômitos 
CLASSIFICAÇÃO DAS OTITES EXTERNAS: 
 Otite ceruminosa 
 Otite eczematosa 
 Otite bacteriana 
 Otite hiperplásica 
 Otite estenosante 
OTITE CERUMINOSA: 
É uma presença acentuada de cerúmen, 
seguida de inflamação, eritema e edema. 
Algumas raças são mais predispostas. 
Favorece crescimento de Malassezia 
Pachydermatis. Comum na otocaríase. 
 
Primeira foto é exemplo de otite ceruminosa 
e já na segunda está ressecado. 
OTITE ECZEMATOSA: 
Eczema principalmente em pavilhão auricular. 
Comum em alergopatias. Pode decorrer 
aumento da produção de cerúmen e 
proliferação de Malassezia pchydermatis. 
Também pode decorrer de otocaríase. 
 
Orelha com aspecto onde os sulcos ficam 
prevalecidos e pode se observar a textura de 
célula. 
OTITE BACTERIANA: 
Frequentemente com exsudato de origem 
bacteriana. Tanto a otite ceruminosa quanto 
a eczematosa podem proporcionar um 
microclima favorável a proliferação 
bacteriana. 
 
Costuma a ser secundária e possui odor 
pútrido 
OTITE HIPERPLÁSICA: 
Presença de edema com inicio de estenose da 
luz do conduto auditivo. Considerada fase 
crônica das demais otites. 
 
Formação de pele dura em toda orelha 
OTITE ESTENOSANTE: 
Completa estenose do meato acústico 
externo. Considerada um quadro final de 
todas as otites citadas. 
OTOCARÍASE: 
Muito comum em felinos. Formação de 
cerúmen. Sempre procurar por ácaros. 
Carcinoma de células escamosas: 
Normalmente se apresenta por lesão em 
borda de orelha. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Citologia (Swab): cocos, bastonetes, 
leveduras, leucócitos (infecção), 
fagocitose (bactéria), célula neoplásicas. 
 Microscopia (Swab): ácaros, larvas e ovos. 
 Cultura bacteriana com antibiograma 
 Cultura fúngica 
 Radiografia ou tomografia 
 Biópsia: histopatologia 
TRATAMENTO: 
 Identificar os fatores primários 
 Limpeza dos canais auditivos 
 Terapia tópica e/ou sistêmica 
 Colaboração do proprietário 
LIMPEZA: 
Pode remover toxinas bacterianas, debris 
celulares, ácidos graxos livres, exsudatos 
(interferem no exame e terapia). 
Na clínica (sedação) – lavagem ótica: 
 Material: otoscópio, seringa e sonda 
uretral e Auri Flush. 
 Cuidado com a membrana timpânica 
 Solução salina morna 
 Ácido acético (vinagre diluído 1:3 em água) 
 Solução de iodopovidona 0,2 a 1% 
 Solução de clorexidine 0,05 a 0,2% 
Em casa: agente ceruminolítico, evitando 
acúmulo de cera e restos teciduais). 
FÁRMACOS UTILIZADOS NA TERAPIA TÓPICA: 
Corticosteroides: o,1 a 1% / dexametasona 0,1% 
/ hidrocortisona 1% / betametasona 0,1 a 1% 
Antibacterianos: gentamicina 0,3% / amicacina 
/ tobramicina 0,3% / cloranfenicol 0,5% / 
sulfadiazina prata / ciprofloxacina 0,35% / 
neomicina 0,25% / enfofloxacina / florfenicol 
ou orbifloxacino. 
Antifúgincos: Miconazol 1% / thiabendazol 5% / 
nistatina (100UI/ml) 
Parasiticidas: thiabendazol 5% / diazinon / 
tetratiltiuran / selemectina (top spot) / 
Selamectina / Moxidectina / Fipronil / 
ivermectina 
Ao prescrever medicamentos manipulados 
com as drogas citadas acima, acrescentar 
“solução otológica q.s.p.”. 
DROGAS IMPORTANTES EM RELAÇÃO A ÁCAROS DE 
OUVIDO: 
Eles podem ser combatidos com ivermectina, 
mas se tiver otite é preciso utilizar produtos 
tópicos. Thiabenazol age contra ácaros e 
fungos. O natalene serve apenas para ácaros 
e tem corticoide e antifúngico. 
TERAPIA SISTÊMICA: 
Antibacterianos: alguns empregados, após 
cultura): sulfa+trimetropin / clidamicina / 
cefalexina / enrofloxacina / amoxicilina com 
clavulanato. 
Antifúngicos: cetoconazol (10mg/kg SID) 
Itraconazol (10mg/ SID) -> Malassezia spp 
Ectoparasiticidas: ivermectina oral / 
Moxidectina oral / Selamectina. 
Corticosteroides (VO) – curto período. 
TRATAMENTO DE OTOHEMATOMA: 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES: 
 Ter o máximo de cuidado ao limpar os 
canais auditivos, e nunca com cotonete 
 Medicações tópicas podem induzir reações 
alérgicas ou irritação 
 A otite externa não controlada pode levar 
a otite media, surdez, doença vestibular, 
paralisia do nervo facial, otite interna e 
raramente meningoencefalite. 
 A otite externa geralmente se resolve em 
3 a 4 semanas de tratamento 
 A não correção das causas primárias e 
perpetuantes induzira a recorrência 
 Na otite media pode ser necessário mais 6 
semanas de antibiótico sistêmico

Continue navegando