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Monalisa Cirqueira - MEDUFOB FÁRMACOS COLINÉRGICOS · Colinomiméticos: atuam de forma direta ou indireta nos receptores colinérgicos (nicotínicos ou muscarínicos) · Fármaco colinérgico direto - o agonista se liga ao receptor · Fármaco colinérgico indireto – o agonista atua na enzima (acetilcolinoesterase) que degrada a acetilcolina · Intensifica todas as sinapses colinérgicas · Tem efeito indiscriminado, pois atua tanto em receptores muscarínicos quanto nicotínicos · Parassimpatomiméticos: fármacos que reproduzem as respostas produzidas pelo estimulo do SN parassimpático receptores muscarínicos (no tecido efetor do parassimpático) · Parassimpatolítico: fármacos que inibem as ações do sistema nervoso parassimpático antagonista muscarínico · Ad/NA α, β · Ach Nic, Mus PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS · Cardiovasculares (acetilcolina) · Vasodilatação – todos os leitos vasculares mediado pelo NO · Redução da frequência cardíaca – efeito cronotrópico negativo · Redução da força de contração – efeito inotrópico negativo · A acetilcolina é rapidamente metabolizada no plasma, logo, é necessário que tenha muita acetilcolina no plasma para realizar a vasodilatação · Efeitos no TGI: · Aumento da motilidade intestinal e do peristaltismo, náuseas, vômitos e diarreias · Aumento na secreção glandular · Pessoas com gastrite sentem incômodo estomacal quando fazem uso de fármacos agonistas do parassimpático · Sistema urinário: · Aumento da contração ureteral, aumento da pressão miccional e redução da capacidade vesical · Olhos · Em aplicações tópicas oculares, a pilocarpina induz miose e contração do músculo ciliar e abre a malha trabecular em volta do canal de Schlemn, causando queda imediata da pressão intra-ocular resultante da drenagem aumentada do humor aquoso, contração da pupila agonista muscarínico · Sistema respiratório: · Broncoconstrição · Aumento de secreção glandular · Glândulas sudoríparas e lacrimal · Aumento das secreções · Glândula sudorípara está sob modulação do SN simpático. Contudo, o receptor ativado é o muscarínico e o neurotransmissor é acetilcolina · Junção neuromuscular · Prolonga e intensifica o efeito da ACh · Aumento da força de contração muscular · SNC · Aumento da neurotransmissão colinérgica reposição da acetilcolina na memória · A acetilcolina melhora a memória. Mas, apenas em pessoas que já perderam alguns neurônios agonista colinérgico aumentaria o efeito da acetilcolina, melhorando a memória Estimulantes dos colinoceptores AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA · Colinérgicos diretos ou indiretos · Agonistas dos receptores colinérgicos, ativando esses receptores. Doença de Alzheimer: perda de neurônios colinérgicos. O tratamento usa-se inibidores da AChE de ação no SNC (Rivastigmina) Liberação de ACh: ocorre o potencial de ação na membrana, através da abertura dos canais de sódio voltagem dependentes abertura dos canais de cálcio voltagem-dependente aumento da concentração de cálcio intracelular fusão das vesículas contendo ACh com a membrana celular pré-sináptica Fenda sináptica: AChE degrada a ACh em acetato e colina, os quais são armazenados na célula pré-sináptica A toxina botulínica age evitando a fusão da vesícula, fazendo com que não ocorra a liberação de ACh na fenda sináptica, não havendo a contração muscular RECEPTORES COLINÉRGICOS 1. Muscarínicos – associados à proteína G · M1 – células parietais gástricas aumento da secreção · M2 – coração e músculo liso inibidores da FC e da contratilidade · M3 – bexiga (micção); músculo liso e glândulas exócrinas (+ secreção) 2. Nicotínicos – canal iônico · Presentes no SNC, nas JNM, suprarrenal e gânglios autonômicos AGONISTAS COLINÉRGICOS DIRETOS · Ligam-se diretamente ao receptor da ACh · São poucos específicos · Pilocarpina e betanecol são preferencialmente muscarínicos ACh: age nos receptores colinérgicos causando a diminuição da FC e do débito cardíaco. Além disso ocorre a diminuição da PA age nos receptores M3 situados nas células endoteliais, estimulando a produção de NO, causando vasodilatação. A atropina bloqueia esses receptores e evita a vasodilatação. · Betanecol: é o único que pode ser empregado terapeuticamente, devido ao tempo que leva para ser metabolizado ser maior agonista muscarínico · Não é degradado pela AChE · Estimula o musculo detrusor da bexiga e relaxa o trígono e o esfíncter provoca expulsão da urina · Utilizado para estimular e bexiga atônica – pós-parto, retenção urinária não obstrutiva pós-operatória · Atonia neurogênica · Estimula o musculo liso intestinal · Tratamento de atonia ou paralisia do estômago ou intestino subsequente a cirurgia, megacólon · Para aumentar o tônus do esfíncter esofágico inferior em pacientes com esofagite por refluxo · É uma amina quaternária não vai para o SNC · Efeitos adversos: · Queda da pressão arterial – vasodilatação · Sudorese, salivação · Náusea · Dor abdominal · Diarreia broncoespasmo · Contra indicações: · Ulcera péptica, DPOC, asma, hipotensão · Carbacol · Mau substrato para AChE · É potente e inespecífico por receptor e tem duração longa · Raramente utilizado na clínica · Ações: no sistema cardiovascular e GI pode estimular e depois deprimir · Ação nicotínica – atua na suprarrenal causando a liberação de epinefrina · Usado no tratamento de Glaucoma: contrai a pupila (miose) e diminui a pressão intraocular · Início de duração de 10-20 min e duração de 4-8 hrs · Possui poucos efeitos adversos baixa penetrabilidade sistêmica · Pilocarpina · Colinérgico muscarínico menos potente que a acetilcolina · Não é hidrolisado pela acetilcolinesterase · Ação muscarínica · Uso oftalmológico: diminuição da pressão ocular · Glaucoma e indução de miose · A redução máxima da pressão intra-ocular ocorre em 2 a 4 horas/ pode durar até 14 horas · Aumenta as secreções · Aumenta a salivação em casos de xerostomia · Síndrome de Sjogren · Quando ela ultrapassa a barreira hematoencefálica pode causar convulsões – são pesquisas ainda · É uma amina terciária – alta penetração no SNC · Cevimelina – Agonista M3 · Aumenta secreção salivar e lacrimal AGONISTAS COLINÉRGICOS INDIRETOS – REVERSÍVEIS COLINESTARES · Acetilcolinesterase (AChE) · Sinapses · Degrada rapidamente a ACh e fármacos com estrutura semelhante Agonistas colinérgicos de ação indireta: inibidores da acetilcolinesterase · Reversíveis · Irreversíveis: · Ecotiofato · Paration · Soman · Malation · Fisiostigmina · Neostigmina · Piridostigmina · Edrofônio · Rivastigmina · Edrofônio · Inibidor da AChE de ação curta 10-20min · Diagnóstico de Miastenia Grave ( quando Ac para os receptores nicotínicos são produzidos nas junções NM, ocorrendo a destruição de alguns desses receptores) · Rápido aumento da força muscular · O excesso do fármaco pode causar uma crise colinérgica · Fisiostigmina (ESERINE) · Potencializa a atividade colinérgica em todo o organismo · Ações em receptores muscarínicos e nicotínicos · Pode entrar no SNC · Uso terapêutico · Aumenta a motilidade intestinal e da bexiga · No olho causa miose, acomodação visual e diminui a pressão intraocular (a pilocarpina é mais eficiente) · Tratamento do glaucoma miose e contração do músculo ciliar aumenta a drenagem do humor aquoso, diminui a pressão · Efeitos adversos: no SNC bradicardia, convulsões e queda da PA · Paralisia dos músculos esqueléticos · Neostigmina · É similar a fisiostigmina · Tem ação intermediária · É pouco absorvida no TGI · Não vai para o SNC · Uso terapêutico · Tratamento da Miastenia Grave · Estimula a bexiga e o TGI · Piridostigmina · Tem um efeito mais duradouro do que a fisiostigmina e neostigmina · Uso terapêutico · Tratamento da Miastenia Grave · Reversão dos efeitos dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes AGONISTAS COLINÉRGICOS INDIRETOS – IRREVERSÍVEIS · Realizam uma ligação covalente com a AChE · Inseticidas organofosforado – paration: são tóxicos e causam paralisia “contranervos” · Ecotiofato · Inativa irreversivelmente a AChE · Uso: estimulaçãocolinérgica generalizada, paralisia de função motora (causa dificuldades respiratórias) e convulsões; causa miose, mas no tratamento de glaucoma pode causar catarata Contranervos: paralisia muscular, secreção brônquica abundante, miose, bradicardia e convulsões causado por organofosforados – crise colinérgica · Para reversão desse efeito: usar atropina para bloquear os receptores muscarínicos + pralidoxima para reativar a AChE antes de ocorrer seu envelhecimento (formação da ligação covalente) ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS - FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS · Atropina · Escopolamina · Tem efeitos de oposição ao sistema parassimpático – Parassimpatolítico ATROPINA · Liga-se competitivamente e impede a ACh de se ligar aos receptores muscarínicos · Tem penetração no SNC · Olho: midríase persistente; em pacientes com glaucoma a pressão intraocular pode aumentar perigosamente · Fármacos como tropicamida, fenilefrina, são preferidos para provocar midríase nos exames oftalmológicos · TGI: antiespasmódico, reduzindo a atividade do TGI. Não afeta a produção de ácido clorídrico. Porém, as doses que reduzem os espasmos também reduzem a salivação, a acomodação ocular e a micção esses efeitos diminuem a adesão ao tratamento · Sistema urinário: reduzir a hipermotilidade bexiga. É usada na enurese (emissão involuntária de urina) em crianças · Cardiovascular: em doses baixas, o efeito predominante é o da redução da frequência cardíaca. Em doses mais elevadas, bloqueia os receptores M2, e a FC aumenta modestamente. A pressão arterial não é afetada, mas níveis tóxicos causam a dilatação de vasos cutâneos · Secreções: bloqueia as glândulas salivares, causando xerostomia. As glândulas sudoríparas e lacrimais também são afetadas. · A inibição do suor pode aumentar a temperatura corporal, sendo muito perigoso em crianças e idosos · Usos terapêuticos · Oftálmico: midríase · Antiespasmódico · Antagonista de agonistas colinérgicos: é usada para o tratamento de doses excessivas de inseticidas inibidores da enzima AChE e de envenenamento por alguns tipos de cogumelos. Também bloqueia os efeitos do excesso de ACh resultantes de fármacos agonistas indiretos inibidores da AChE, como a fisostigmina · Antissecretor · Efeitos adversos · Xerostomia · Visão borrada, sensação de areia nos olhos · Taquicardia · Constipação · SNC: intranquilidade, confusão, alucinação ESCOPOLAMINA · Tem maior ação no SNC que a atropina · Ações: anticinetósico, bloqueio da memória de curta duração. Em doses baixas produz sedação, mas em doses mais elevadas pode causar excitação. Pode causar euforia e é sujeita a abuso · Usos terapêuticos: similar à atropina. Previnem a doença do movimento (cinetose) e o bloqueio da memória de curta duração IPRATRÓPIO E TIOTRÓPIO · Usados como broncodilatadores Tratamento de DPOC · Não entram na circulação sistêmica nem no SNC. São inalados
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