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Rebeca Woset ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO A infecção por Herpe víris tipo 1 (FHV-1) é a causa da Rinotraqueite Viral Felina, que acomete o S.R e é comum entre felinos domésticos e selvagens, principalmente os jovens podendo levar a óbito. O vírus pode estar isolado ou em conjunto com bactérias, sendo muito frequente a infecção bacteriana secundaria em animais com FHV1. Replica-se nas células epiteliais, conchas nasais, traqueia e conjuntiva. Durante a infecção aguda o vírus atinge o gânglio trigeminal podendo ficar em latência nesse sítio mas sem replicação. 80% dos animais são portadores por toda a vida e tem papel na perpetuação da infecção por reativação viral, que pode ser induxida por estresse, prenhez, lactação, uso de corticoide ou qualquer situação que deixe o portador imunodeprimido. Nesse período o vírus é liberador por 1 a 3 semanas. FHV1 e Calicivírus felino são os vírus que mais acometem felinos domésticos e selvagens com aspectos semelhantes, mas não idênticos. FHV1, Chamydophila felix (bactéria) e Calicivirus formam o Complexo Respiratório Felino, forma como a Ronotraqueite Viral Felina como tbm é chamada. Transmissão mais comum é pelo contato direto com animal doente ou com portador, por secreções nasais, orais e oculares. Diagnóstico pode ser realizado preventivamente analisando sinais clínicos e exames como raspado de tecido e métodos de identificação viral através do swab nasal e ocular, isolamente em cultivo celular, imunoflorescencia direta e indireta. O PCR se destaca por ser mais especifico pois detecta o vírus na fase aguda e crônica. Tratamento com fármacos, imunoestimulantes, fluidoterapia, anti-inflamatório não esteroidal, quando necessários para aliviar sintomas febris. Vacinação pro tipo 1 deve ser feita aos 2 e 3 meses de idade com reforço anual. TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA A traqueobronquite infecciosa canina é uma doença de caráter aguda, altamente contagiosa, que acomete, mais comumente as vias aéreas superiores de cães (laringe, traquéia e brônquios). Vários agentes bacterianos e virais, isoladamente ou de forma combinada, estão envolvidos na sua etiopatogenia. Conhecida como “Tosse dos cães”. Aprece de forma súbita e pode acometer qualquer faixa etária, tendo como característica a ocorrência de episódios de tosse associados à dificuldade respiratória, de intensidade variável. Os agentes causadores desta doença são a Parainfluenza, Adenovírus canino tipo-1, Adenovírus canino tipo-2, Bordetella bronchiseptica e o Mycoplasma sp. A transmissão se dá por aerossóis, tornando-se freqüente em locais onde se abrigam grandes quantidades de cães. Os agentes também podem ser transmitidos por fômites (gaiolas, comedouros, bebedouros, funcionários, etc.). O período de incubação é de geralmente 5 a 7 dias, variando entre 3 e 10 dias. Sinais clínicos variam, a forma mais comum caracteriza-se por tosse seca e repetida, de início agudo. Este sintoma, geralmente é acompanhado por movimentos de esforço de vômito, geralmente confundidos com engasgo pelo proprietário. A tosse pode ser alta, devido ao inchaço das cordas vocais e pode ser mais evidente em momentos de exercício ou excitação. Tipicamente o animal permanece alerta, se alimentando e sem sinais de febre. O curso clínico geralmente varia entre 7 e 14 dias. Na forma mais severa e menos frequente se observa broncopneumonia bacteriana em cães não vacinados. Neste caso, pode-se encontrar tosse produtiva devido à traqueobronquite acrescida de broncopneumonia, podendo existir anorexia, depressão, febre e secreção nasocular. A forma severa deve ser diferenciada da cinomose e pode ser fatal em cães jovens. O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e histórico do animal, e exames complementares Rebeca Woset ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS como hemogramas, radiografias e citologias das vias aéreas e geralmente não são dignos de nota, ou revelam achados inespecíficos. O tratamento inclui tratamento aplicado para bronquites e pneumonias bacterianas. Como medida de segurança é importante o isolamento de outros cães para evitar o contágio. Prevenção dessa doença é feita por vacinas intranasais e injetáveis. As injetáveis protegem os animais contra a doença, mas não contra a infecção, permitindo que permaneçam portadores assintomáticos. As vacinas intranasais apresentam proteção muito mais consistente, protegendo contra a infecção e contra a doença clínica. Isto se deve à produção de anticorpos locais (IgA), que ocorre após a aplicação da vacina intranasal. HERPESVÍRUS BOVINO TIPO 1 O Herpesvírus Bovino tipo 1 (HVB-1) é o patógeno causador da Rinotraqueite Infecciosa Bovina (IBR), doença que se mantem latente por longo período e manifesta-se em casos de estresse, é transmitida por secreções respiratórias e genitais, direta ou indiretamente, tendo como principais sintomas alterações respiratórias de curso agudo. Tem desenvolvimento agudo, sendo caracterizado por febre, aumento da frequência respiratória, dispneia, anorexia, tosse, conjuntivite, inapetência corrimento nasal, hiperemia e lesões erosivas da mucosa nasal e oral, evidencia de pneumonia na auscultação pulmonar, lesões na vulva, vagina, prepúcio, pênis e nos ovários. Na necropsia encontra-se hiperemia, úlceras ou áreas esbranquiçadas, exsudado nas seguintes mucosas: narina, faringe, laringe, traqueia e brônquios, broncopneumonia purulenta ou fibrinosa, congestão generalizada no tecido pulmonar. Na histopatológica pode-se achar inclusão intranucleares no trato respiratório, assim como infiltrado de células mononucleares. O diagnóstico clinico torna-se ineficiente, já que os sintomas clínicos são comuns de outras doenças, dessa forma o diagnostico laboratorial é indispensável, podendo ser feito por isolamento viral, histopatológica com imuno-histoquímica. Em caso de surtos os animais sintomáticos devem ser isolados e tratados com antibióticos de largo espectro para evitar as infecções bacterianas secundárias.
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