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Educação e Trabalho¨6

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Educação e Trabalho
 Nesta aula, será abordado as questões referentes ao mundo do trabalho na contemporaneidade. Será citado sobre como o processo produtivo e de gestão do trabalho se reorganizam com a finalidade de manter o modo de produção capitalista. Vamos conhecer sobre os modelos de produção taylorismo-fordismo e toyotismo e buscar estabelecer relações destes com os processos educativos. Também tratará em linhas gerais, sobre as políticas educacionais na atualidade.
 Que tipo de trabalhador o Capitalismo demanda atualmente? Como a escola contribui ou influencia esse processo?
 Essas questões nos fazem refletir sobre o papel da escola na atualidade e as relações desta com o mundo do trabalho. Por exemplo, até meados de 1970, o modelo de produção vigente “taylorismo-fordismo” priorizava nas fábricas o trabalhador altamente especializado, que cumprisse com eficiência e eficácia as tarefas que lhe eram submetidas. Na atualidade, sob a vigência do modelo de produção “toyotista”, a demanda é por um trabalhador flexível, adaptável e que saiba se colocar frente aos inúmeros desafios que a realidade da fábrica lhe estabelece.
 No início do século XX, houve a concentração da produção em grandes fabricas, havendo então uma maior necessidade da educação dos trabalhadores, para terem experiência e conhecimento no que irá praticar, mesmo a utilização de maquinas grande sendo maior, e até mesmo excluindo algumas funções que antes eram manuais. Expande-se então uma educação direcionado a um número de pessoas maior, que foi determinado como Educação Básica, e então promovida pelo Estado. Ainda se mantem uma dualidade na educação, onde se diferencia o método de ensino através da sua cultura/classe, para quem vai ser trabalhador e para quem vai ser da classe dominadora.
Toyotismo-fordismo
 Na busca de ampliar o controle sobre os processos de trabalho e ampliar a produtividade, se origina então um modelo produtivo que cria a gerência cientifica. 
 Frederick Taylor criou o método de administração cientifica, Henry Ford então aplicou esta teoria, colocando em pratica a teoria de taylor na sua fábrica Ford nos EUA, para que houvesse uma linha de produção, uma escala, uma padronização com uma maior produção. Este método estabelecia o tempo que o trabalhador levaria a cumprir determinada função, estudando as pessoas, muitas das vezes com tratamentos desumanizados, como se fossem maquinas.
 O Toyotismo, principalmente na década de 1990, revigora completamente a organização da produção na indústria moderna, insere na fábrica os Círculos de Controle da Qualidade, a produção Just in time, a lógica de produzir apenas sob a demanda e a produção diversificada, entre outras inovações.
 O Toyotismo então, traz uma grande diversificação, simplificação, fragmentação e mecanização do processo do trabalho, há separação das atividades de planejamento e execução. A divisão do trabalho na esteira acaba por intensificar a produção.
 A professora usa o filme “tempos modernos” de Charlie Chaplin como exemplo dessa desumanização da pessoa, o tratamento que era dado aos trabalhadores, como se fossem maquinas, esta rotina dos funcionários, da supervisão severa dos chefes e gerentes, levando muitos a desenvolverem problemas de saúde por esses movimentos que muitas das vezes tinham de ser rápido e se tornava muito repetitivo.
 Educação Escolarizada
 Neste período, a educação se torna mais disciplinadora, houve então uma fragmentação do tempo que dedicavam a escola, se dando mais ênfase na pedagogia tecnicista. Na escola então passou a haver mais e diferentes especialistas direcionados a determinadas áreas e funções, dentro do ambiente escolar, havia diretor, supervisor, orientador, inspetor e o professor.
 “ Na pedagogia tecnicista, o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundaria, relegados que são à sua condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam à cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos e imparciais. ” (SAVIANI, 1995)
Crise do Capital na Década 1970
 Neste período, houve aumento do preço do petróleo, diminuição do consumo que resultou na queda das taxas de lucro. Esta crise gerou um movimento da capital, muita das vezes a mercadoria era produzida, mas ficava estocada, para esta situação mudar, seria necessária uma readaptação, uma nova forma de organização.
 Para o capital sair da crise foi necessária uma Reestruturação Produtiva, que teve como princípio a fragmentação de algumas bases como a mecânica e eletrônica, que com a readaptação, agora havia microeletrônica, eletromecânica, robótica, informática e etc... Já a produção em série passou a ser uma produção sob demanda e de forma diversificada. 
 O aumento do número de trabalhadores trouxe para o capital a necessidade de ampliar o controle sobre o processo de trabalho, havendo então horas regulares para a realização das funções. Sendo assim houve uma maior carência de uma administração de tempo e dos movimentos, então para auxiliar nesta supervisão e controle, se origina a Gerência do Trabalho.
 Já o novo Modelo Toyotista, vem contrário o que se foi proposto antes, pois busca-se aumentar a produtividade e o lucro com um novo modelo produtivo, onde os trabalhadores são flexíveis e adaptáveis aos novos tempos, disponíveis e dispostos para várias funções.
Mudanças capitalistas
 Na sociedade capitalista contemporânea é marcada pelo desemprego, trabalhos informais, terceirização e privatização de serviços públicos, desarticulação sindical e muito individualismo e competições.
 A partir da década de 1990, houve a globalização da economia e uma ampla mudança da base tecnológica. Assim obteve uma intensa circulação financeira e o mercado passou a ser um grande “gestor” das relações econômicas, políticas e sociais. Essas transformações não se limitam ao âmbito econômico e tecnológico, acabam trazendo uma série de consequências para a formação humana, bem como para a educação escolar e para a formação de professores.
A Escola na Contemporaneidade
 As mudanças no mundo do trabalho exigem um novo tipo de trabalhador, educado e sob uma nova pedagogia, cujo objetivo é fornecer-lhe as competências necessárias para as incertezas que se apresentam diante das mudanças frequentes nos processos de produção. Havendo então mais política de escolaridade, como uma ampliação da educação superior e uma diversificação do Ensino Superior, permitindo então um crescimento na disponibilidade das aulas a distância. Há uma valorização no “aprender a aprender”, uma valorização que deveria ser a lógica de que “eu posso aprender sozinho sem auxilio algum”, deixa de valorizar o trabalho e os ensinos do professor.
 Se busca então escolas com ensino de qualidade, por mais que a escola seja reprodutora de desigualdades sociais, pode contribuir também para uma transformação da sociedade.

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