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TIREOIDITES, NÓDULOS TIREOIDIANOS E CÂNCER DA TIREOIDE

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TIREOIDITE INFECCIOSA
É uma entidade incomum, caracterizada por quadro álgico agudo, geralmente unilobular, associado à febre alta e calafrios e à presença de 
flogose e supuração do lobo afetado.
A porta de entrada pode ser uma fístula tireoglossa, faríngea ou disseminação hematogênica. Os germes mais comumente isolados são S. 
aureus, S. pyogenes, S. pneumoniae e H. influenza. O diagnóstico microbiológico deve ser buscado com a punção aspirativa guiada pelo 
ultrassonografia. O tratamento deve ser com a drenagem cirúrgica do abscesso e antibioticoterapia.
Tireoidite Tuberculosa e Fúngica: são mais comuns em pacientes imunodeprimidos e manifestam-se de forma subaguda ou crônica, 
cursando com aumento bilateral da glândula e um quadro infeccioso. O diagnóstico é feito pelo aspirado ou pela biópsia. A tireoidite por P. 
jiroveci é um diagnóstico diferencial em pacientes com AIDS.
TIREOIDITE DE QUERVAIN/SUBAGUDA
É caracterizada por manifestar-se com um quadro álgico na região da tireoide ou intermediações, associada ou não à tireotoxicose 
transitória. 
LARISSA RODRIGUES SANTOSDOENÇAS DA TIREOIDE 2
sexta-feira, 20 de agosto de 2021 14:06
 Página 1 de ENDOCRINOLOGIA 
É um doença reativa pós-viral, pois determinados vírus desencadeiam uma reação imunológica a antígenos tireoidianos que possuem reação 
com os próprios antígenos virais. A reação inflamatória é do tipo granulomatosa, rica em macrófagos ativados, células gigantes de Langhans 
e LTCD na periferia.
Caracteristicamente, a evolução da TGSA consiste em quatro fases: (1) fase dolorosa aguda inicial com hipertireoidismo, (2) 
eutireoidismo, (3) hipotireoidismo e (4) eutireoidismo. Entretanto, nem todos os pacientes seguem essa evolução, e alguns deles podem 
cursar apenas com um leve hipertireoidismo, seguido de recuperação funcional da glândula. Além disso, as fases de hiper ou 
hipotireoidismo podem passar despercebidas ou ter uma duração menor nos casos menos graves.
A fase dolorosa aguda inicial e o hipertireoidismo são transitórios, geralmente regredindo no período de 2 a 6 semanas, mesmo no paciente 
não tratado. Em alguns pacientes, uma tireoidite sintomática, mas não o hipertireoidismo, pode persistir por vários meses. O 
hipertireoidismo resulta do processo de destruição dos folículos, com consequente liberação de tireoglobulina, hormônios tireoidianos e 
outras aminas iodadas na circulação. Em função da destruição do parênquima tireoidiano, até 70% dos pacientes podem vir a apresentar 
hipotireoidismo, o qual é geralmente transitório (duração variável, de algumas semanas a meses) e pode ser subclínico ou manifesto. É 
precedido pela fase de eutireoidismo, que pode prolongar-se por várias semanas. A maioria dos pacientes com hipotireoidismo é 
assintomática. Em regra, a glândula é totalmente reconstituída e a função tireoidiana normaliza-se; entretanto, hipotireoidismo permanente 
pode acontecer.
 Página 2 de ENDOCRINOLOGIA 
A alteração mais marcante da TGSA é a intensa elevação da VHS, a qual geralmente excede 50 mm/h. Elevação da proteína C reativa (PCR) 
também é comum. Há uma leve anemia normocítica, normocrômica, e a contagem leucocitária é normal ou discretamente elevada. 
Alteração da função hepática pode ocorrer na fase inicial da doença
Na fase de hipertireoidismo, observa-se elevação (geralmente moderada) dos níveis séricos de tireoglobulina, T3 e T4, refletindo o 
extravasamento dessas substâncias para a circulação, em razão da ruptura dos folículos. Os níveis séricos de T4 são desproporcionalmente 
elevados em relação aos de T3 (relação T3/T4 < 20), em função das maiores concentrações intratireoidianas de T4. O TSH caracteristicamente 
está suprimido. Na fase de hipotireoidismo, observamos valores baixos de T4 livre e elevação do TSH
NÓDULOS TIREOIDIANOS
Nódulos tireoidianos (NT) são um achado clínico comum, com prevalência de 3 a 7% com base na palpação. À ultrassonografia (US), a 
prevalência de NT na população geral é estimada em 20 a 76%, percentual similar ao relatado em estudos de necropsia.Além disso, em 20 a 
48% dos pacientes com um nódulo tireoidiano palpável, são encontrados outros nódulos na investigação por US.Os NT são mais comuns em 
pessoas idosas, em mulheres, em indivíduos com deficiência de iodo e naqueles com história de exposição à radiação. A taxa de incidência 
anual estimada de 0,1% nos EUA indica que 300 mil novos NT são detectados nesse país a cada ano
A doença nodular da tireoide, que contempla nódulos solitários e bócio multinodular, é, portanto, um problema clínico corriqueiro, com 
etiologias diversas e preponderantemente benignas, mais comum em mulheres, idosos e em regiões com deficiência de iodo. As causas mais 
frequentes de NT são cistos coloides e tireoidites (80% dos casos), além de neoplasias foliculares benignas (10 a 15%) e carcinoma (5 a 10%).
O mecanismo de formação de NT é pobremente entendido. Embora o TSH seja o principal estimulador da função celular tireoidiana normal, 
seu papel como fator de crescimento na doença nodular é controverso. Outros fatores de crescimento atuam diretamente nas células 
foliculares, porém a relação entre esses fatores e o TSH é complexa e ainda pouco compreendida. Parece que tais fatores estão também 
envolvidos em mutações que, em muitos casos, determinariam o surgimento da doença nodular tireoidiana
 Página 3 de ENDOCRINOLOGIA 
NT mostram-se, em geral, de evolução insidiosa e assintomática, sendo frequentemente descobertos em exame clínico de rotina, ou 
acidentalmente, em avaliações por imagens da região cervical anterior, caracterizando os chamados incidentalomas tireoidianos. Estes 
últimos são, geralmente, não palpáveis e têm diâmetro < 1 cm. Estudos com US mostram NT em 13 a 50% dos pacientes sem anormalidades 
à palpação cervical
Quando se detecta um nódulo na tireoide, qualquer que seja o modo de identificação inicial, é fundamental descartar a possibilidade de 
neoplasia maligna e caracterizar o status funcional e anatômico da glândula. Essa investigação inclui uma história clínica completa e um 
exame clínico cuidadoso, além dos testes de função tireoidiana, exames de imagem e, se necessário, punção aspirativa com agulha fina 
(PAAF).
A US da tireoide é o melhor exame de imagem para a detecção de nódulos, com sensibilidade de aproximadamente 95%, superior a outros 
métodos mais sofisticados, como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM).10,24 Além disso, não raramente, ela 
modifica a conduta clínica baseada apenas no exame da palpação tireoidiana. A US torna possível a visualização de nódulos não palpáveis, 
avalia com precisão as características desses nódulos (volume, número) e diferencia cistos simples, que têm baixo risco de malignidade, de 
nódulos sólidos ou mistos. Além disso, a US pode também servir como guia para procedimentos diagnósticos (p. ex., PAAF) e terapêuticos (p. 
ex., aspiração de cistos, injeção de etanol e terapia com laser), assim como o monitoramento de crescimento do nódulo.
Na tireoidite de Hashimoto, embora a presença de contornos irregulares com padrão ecotextural difusamente grosseiro e noduliforme 
(pseudonódulos) seja o achado mais característico, formações nodulares verdadeiras, sólidas, hipo e/ou hiperecoicas, também podem ser 
encontradas.
 Página 4 de ENDOCRINOLOGIA 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728928/epub/OEBPS/Text/chapter23.html#bib10
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728928/epub/OEBPS/Text/chapter23.html#bib24
De acordo com a ecogenicidade, os nódulos sólidos podem ser classificados como isoecoicos (com amplitude de ecos igual à do parênquima 
tireoidiano normal), hipoecoicos (com amplitude de ecos menor do que o parênquima tireoidiano normal) ou hiperecoicos (amplitude de 
ecos maior do que o parênquima tireoidiano normal). A baixa ecogenicidade isolada é uma característica ultrassonográfica importante, com 
valor preditivo positivo para malignidade de 50 a 63%. Os nódulos sólidos isoecoicos,que representam 3 a 25% dos nódulos, são malignos 
em 7 a 25% dos casos. Já os nódulos sólidos hiperecoicos, que representam 20% das lesões nodulares, são malignos em 1,3 a 4% dos casos. 
Os carcinomas bem diferenciados totalmente sólidos são hipoecoicos em 55 a 95% dos casos.
A classificação proposta por Chammas et al. separa os nódulos em cinco padrões, de acordo com os achados do Doppler colorido:
Ausência de vascularização (padrão I)-
Apenas vascularização periférica (padrão II)-
Vascularização periférica maior ou igual à central (padrão III)-
Vascularização central maior do que a periférica (padrão IV)-
Apenas vascularização central (padrão V).-
 Página 5 de ENDOCRINOLOGIA 
Os padrões I e II são característicos das lesões benignas, enquanto os padrões IV e V têm maior probabilidade de malignidade.
Resumindo... 
 Página 6 de ENDOCRINOLOGIA 
Resumindo... 
CÂNCER DE TIREOIDE
CARCINOMA PAPILÍFERO: É o tumor maligno mais comum da tireoide, especialmente em crianças (onde constitui até 80% dos casos. 
Predomina no sexo feminino, com idade média de apresentação entre 20-40 anos.
 Página 7 de ENDOCRINOLOGIA 
As principais características citológicas são: núcleos aumentados que podem ter aspecto fissurado lembrando "grãos de café", cromatina 
hipodensa, semelhante a "vidro fosco", corpúsculos que são grupamentos de células calcificadas. Tais alterações permitem que o carcinoma 
papilífero seja diagnosticado através da PAAF. 
Presença de linfonodo palpável-
Em casos avançados surgem sintomas compressivos locais como disfagia e rouquidão (pelo comprometimento do nervo laríngeo 
recorrente).
-
CARCINOMA FOLICULAR: Responde por cerca de 10-15% dos cânceres de tireoide (2º mais comum), também predominando no sexo 
feminino, especialmente em áreas deficientes de iodo. 
Ele não pode ter o diagnóstico confirmado através da PAAF. As alterações citológicas do carcinoma folicular (maligno) são virtualmente 
idênticas ao adenoma folicular (benigno), por isso o laudo da PAAF se refere apenas a um tumor folicular (inconclusivo). Apenas uma análise 
histopatológica é capaz de definir se existem ou não indícios de malignidade como invasão vascular e/ou cápsula tumoral.
CARCINOMA MEDULAR: Apresenta origem a partir de células parafoliculares ou células C, produtoras de calcitonina, que está envolvida no 
metabolismo do cálcio (diminui a reabsorção tubular de cálcio e inibe a reabsorção óssea pelos osteoclastos, além de apresentar um 
importante papel na regulação do cálcio em outros animais).
 Página 8 de ENDOCRINOLOGIA 
Aproximadamente 20% dos casos são familiares, sendo encontrado nas síndromes de neoplasia endócrina múltipla (NEM) tipos 2A e 2B e, 
menos comumente, em uma forma familiar isolada de CMT. O câncer associado à NEM geralmente é bilateral, multicêntrico, e em algumas 
peças histológicas, pode apresentar material amiloide. As células do CMT possuem uma atividade exagerada, podendo produzir serotonina, 
prostaglandinas e ACTH. Entretanto, seu principal produto é a calcitonina, que se encontra elevada no plasma, funcionando como triagem 
pré-operatória e para avaliar recidiva no pós-operatório.
Massa palpável-
Pode haver rouquidão, disfagia e sinais de comprometimento respiratório-
Diarreia se encontra em cerca de 30% dos casos, sendo ocasionada por uma maior secreção jejunal de água e eletrólitos induzida pela 
calcitonina
-
Hipertensão é encontrada em pacientes com NEM, devido à presença de feocromocitoma (tumor produtor das catecolaminas 
norepinefrina, epinefrina e dopamina)
-
- Hipercalcemia e cálculos renais são decorrentes do hiperparatireoidismo que pode estar presente (NEM 2A)
CARCINOMA INDIFERENCIADO OU ANAPLÁSICO: É o tumor de maior agressividade, com poucos pacientes sobrevivendo além de seis 
meses. Apresenta incidência aumentada em áreas deficientes de iodo.
A doença é extremamente invasiva, acometendo em poucos meses toda a tireoide e estruturas vizinhas, sempre fatal independente da 
terapia empregada. O crescimento tumoral é extremamente rápido, com invasão de linfonodos e estruturas contíguas. A disseminação 
ocorre por via linfática e hematogênica, acometendo linfonodos cervicais, cérebro, pulmões e ossos. Alguns casos de carcinoma anaplásico 
se origina a partir de focos de desdiferenciação de tumores mais bem diferenciados, como os carcinomas papilífero e folicular, mas existem 
controvérsias a esse respeito.
- PAAF é recomendada
- Normalmente há história de nódulo tireoidiano presente por algum período, que aumenta de volume e/ou torna-se doloroso
- Disfagia, disfonia e dispneia podem estar presentes
- À palpação, o tumor se encontra aderido à estruturas vizinhas e pode estar ulcerado
- Áreas amolecidas representando necrose podem ser palpadas no meio da massa tumoral e simulam abscessos
 Página 9 de ENDOCRINOLOGIA 
 Página 10 de ENDOCRINOLOGIA

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