Buscar

Salmonella spp

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Bacteriologia 
Salmonella spp. 
INTRODUÇÃO 
• Família das Enterobactérias 
• Crescem em MacConkey – toleram sais 
biliares. 
• Não fermentam lactose. 
• Mais de 2500 sorotipos. 
• Zoonose de grande impacto em Saúde 
Pública. 
• Transmissão: água ou alimentos 
contaminados, carne, leite e utensílios em 
geral. Rações animais. 
• Amplamente distribuídos Habitat primário: 
TGI humanos, TGI, ovários, linfonodos 
mamíferos, aves. 
• Excreção nas fezes por portadores ou 
infectados. 
 
 
 
 
 
→ S. Typhi e S. Paratyphi A, B e C (febre 
entérica): altamente adaptadas aos 
homens. Não é transmitidas pelos animais 
e não causa quadros em animais 
também. 
→ S. Dublin (bovinos), S. Gallinarum e S. 
Pullorum (aves domésticas): altamente 
adaptadas aos animais. Podem causar 
quadro clínico em outros animais mas é 
raro. 
→ Sorovares não adaptados = salmonelas 
zoonóticas (enterites). Alimentos são o 
principal veículo de transmissão. 
 
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES 
• Salmonelose entérica: 
→ Maioria espécies animais 
→ Independente idade 
→ Aguda, febre, diarreia profusa, 
com sangue e fétida e perda peso. 
• Salmonelose septicêmica 
→ Qualquer idade 
→ Mais comum em bezerros, potros e 
leitões 
→ Início repentino 
→ Febre, prostração, depressão, 
morte em 48h se não tratar. 
• Salmonelose em aves domésticas 
→ Ovários: infectam ovos 
 
 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Bacteriologia 
→ Pulorose: diarreia branca bacilar 
em pintos e perus jovens. 
→ Alta mortalidade. 
→ Tifo aviária: semelhante a pulorose, 
causa septicemia e morte. 
 
 
PATOGÊNESE 
• 3 fases: colonização intestinal, invasão 
intestinal e produção de diarreia. 
• Primeira barreira 
→ Estômago: vencer o pH ácido 
• Células alvo 
→ são as células M do epitélio que 
reveste o tecido linfático associado 
ao intestino . 
➢ Porção distal do delgado e 
porção superior do grosso 
• Adesão nas células M (primeira fase – de 
colonização). Se a Salmonella tiver 
capacidade, irá iniciar um processo de 
internalização. 
• Internalização (segunda fase – invasão) 
→ Dano irreversível / reversível 
• Salmonellas estarão: células M, linfonodos 
e submucosa. 
• Resposta inflamatória (terceira fase – 
diarreica) 
→ Influxo de PMN – neutropenia – 
PMN são mais eficientes em matar 
Salmonelas = FIM da infecção 
→ Diarreia = síntese de 
prostaglandinas pelos PMN 
→ Diarreia pode ser sanguinolenta ou 
não. Se a bactéria invadir, causa 
sangue. 
→ Animal pode se tornar portador 
sem nunca mais ter sinais clínicos. 
 
 
 
 
GENES DE SPI-1 
 
Salmonella se adere, faz modulação do sistema 
imune injetando fatores de virulência que 
modificam célula M a fim de permitir sua 
invasão. Estimula a endocitose para internalizar. 
Dentro da célula M a antibioticoterapia se torna 
menos eficiente e ela pode ficar ali dentro do 
animal pra sempre. Toda vez que o epitélio 
descamar/romper (processo natural) essas 
bactérias serão eliminadas, podendo sair nas 
fezes e entrarem na célula novamente. 
Saída do PMN para fora da célula acaba 
desencadeando a diarreia – ajuda a curar o 
quadro clínico. 
 
SPI-2 
 
 
• O quadro pode evoluir de subclínico à 
septicemia fatal. Isso depende do estado 
imune do hospedeiro, espécie e sorovares 
invasora, resistência do hospedeiro, dose 
infectante,.. 
 
 
 
 
 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Bacteriologia 
FATORES ATIVADORES DA SALMONELOSE 
LATENTE E SUBCLÍNICA 
• Baixa sanidade 
• Condições climáticas 
• Transporte 
• Superlotação 
• Hospitalização 
• Esforço 
• Parto 
• Parasitismo 
• Infecções virais 
• Tratamento antimicrobianos 
• Quimioterapia – imunossupressão 
• O animal pode ficar latente pro resto da 
vida. 
• O transporte e superlotação é um perigo 
em relação aos animais de produção, 
pois ele pode excretar Salmonella nas 
fezes por conta desse estresse porém não 
apresentar quadro clínico. Isso pode 
contaminar o produto final. 
 
DOENÇAS CLÍNICAS DE IMPORTÂNCIA 
VETERINÁRIA 
TIFO AVIÁRIO (S. GALLINARUM BV 
GALLINARUM) 
• Afeta aves adultas e ocasionalmente 
jovens. 
• Mortalidade influenciada pela idade, 
nutrição, manejo das aves e cepa 
bacteriana. 
• Não apresenta risco para humanos. 
• Causam grandes perdas econômicas na 
produção avícola. No Brasil é indicado a 
erradicação de lotes de frango de corte 
com S. Gallinarum. 
• Redução da produção. 
• Son 
 
PULOROSE (S. GALLINARUM BV 
PULLORUM) 
• Aves jovens 
• Diarreia branca 
• Perda de apetite, sonolência, asas caídas, 
penas arrepiadas, febre alta, diarreia e 
alta mortalidade. 
• Se sobreviverem, tornam-se portadoras 
assintomáticas. 
• Tratamento não recomendado 
• Erradicação 
• Perdas econômicas muito significativas. 
 
 
 
PARATIFO AVIÁRIO 
• Invasivas: Salmonella Enteritidis e 
Typhimurium. 
• Poucos sinais clínicos em aves. 
• Severos problemas entéricos em humanos 
• Erradicação das aves 
• Controle de matérias primas e rações 
• Evitar contato com aves silvestres, 
roedores, insetos e implementar rigorosas 
medidas de biosseguridade. 
• S. Enteritidis: principal sorovar em ovos 
(infecção transovariana). 
 
SALMONELLA EM BOVINOS 
• Febre, diarreia, desidratação e fraqueza. 
• Perdas reprodutivas (abortos no final da 
gestação) e septicemia em bezerros 
recém nascidos. 
• Variável conforme estado de saúde e 
nível de produção do bezerro. 
• Bezerros entre 15 e 90 dias. 
• 3 formas de apresentação do quadro: 
doença clínica, sem sinais mas eliminando 
a bactéria e sem sinais se sem eliminar. 
• S. Typhimurium e Dublin – mais 
relacionada a infecções sistêmicas 
geralmente não associadas à diarreia e, 
ocasionalmente, causa aborto em vacas 
prenhes - são os sorovares mais comuns. 
• Pode ocorrer pneumonia em recém 
nascidos que leva à sepse e morte – entre 
6 e 12h. 
 
SALMONELLA EM SUÍNOS 
• Infecção por vários sorovares que não 
causam doença clínica mas podem ser 
fontes de contaminação de produtos 
finais. 
• Contaminação fecal – oral. 
• Diarreia ou assintomáticos. 
 
SALMONELLA EM EQUINOS 
• S. abortus-equi: causa aborto no terço 
médio da gestação. 
• Causa mais comum de diarreia aguda 
em potros (S. Typhimurium). 
• Quadro: infecções inaparentes com 
estado de portador latente; enterocolite 
fulminante ou superaguda com diarreia; 
septicimeia; portador ativo – depressão, 
febre, anorexia, neutropenia, sem 
diarreia/cólica. 
 
 
 
 
Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS 
Microbiologia Clínica - Bacteriologia 
SALMONELLA EM PEQUENOS ANIMAIS 
• Associadas a alta [animais] e baixa 
higiene. 
• Transmissão ocorre por alimentos, águ, 
fômites e fezes contaminadas. 
• S. Typhimurium 
→ Vômitos, diarreia, febre e dor 
abdominal. 
→ Homem pode contrair!!! 
→ Mesmo sem sintomas o animal 
pode continuar eliminando a 
bactéria. 
 
DIAGNÓSTICO 
• Histórico, quadro clínico, idade. 
• Confirmação laboratorial é requerida. 
• Meios seletivos = grande quantidade de 
salmonelas isoladas. 
• Ter Salmonella e outro agente nas fezes 
nem sempre significa que ela é a 
causadora do quadro clínico. Mas se tiver 
somente Salmonella, sim. 
 
ESPÉCIES CLÍNICAS 
• Aborto: líquido do abomaso e placenta 
(Diagnóstico seletivo). 
• Amostra de fezes. 
• Sangue – caso septicemia (Diagnóstico 
seletivo). 
• Amostras de alimentos e água – controle – 
saúde pública (Diagnóstico seletivo). 
 
 
Lactose - : e.colli 
Lactose + : Salmonella

Continue navegando