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Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
➢ Administração de medicamentos: preparo e introdução de substância no organismo 
humano, visando a obtenção de efeito terapêutico. 
➢ Medicamento: produto farmacêutico com finalidade profilática, curativa, paliativa ou 
diagnóstica (geralmente um produto químico). 
➢ Remédio: utilizado para combater sinais e sintomas, podendo ou não ser um produto 
terapêutico. 
➢ Vias de administração de medicamentos: caminhos ou meios pelos quais o 
medicamento entra em contato com o organismo. Dependem da rapidez desejada, 
natureza e quantidade da droga e das condições do paciente. 
 
• VIA ENTERAL: vem do grego enteron, que significa intestino, sendo a via mais 
utilizada. 
Vantagens: praticidade, economia, indolor. 
Desvantagens: variação da concentração da medicação, dificuldade em pacientes com 
náuseas, vômitos e distúrbios gástricos. 
✓ Oral: deve ser usada com cautela em pacientes com distúrbios gástricos. 
 Vantagens: segura, não requer técnica estéril na sua aplicação, os medicamentos são 
utilizados em forma de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos, possibilidade de remoção. 
 Desvantagens: não deve ser utilizada em pacientes com náuseas, vômitos e dificuldade de 
deglutição, lesões de mucosa ,além de apresentarem o metabolismo de primeira passagem. 
✓ Sublingual: medicamento colocado sob a língua; o paciente deve ser orientado para não 
conversar nem ingerir líquido até a completa absorção. Utilizada em urgências: IAM, 
anginas. 
 Vantagens: rápido início de ação, cerca de 3 a 5 minutos, absorvidos diretamente pelos vasos 
sanguíneos situados debaixo da língua, drenagem direto para a veia cava superior, não 
apresenta metabolismo de primeira passagem no fígado nem passa através da parede intestinal. 
 Desvantagens: uso limitado, possibilidade de deglutição, gosto ruim, incômodo e absorção 
incompleta e errática. 
✓ Retal: disponível em forma de supositórios adulto e infantil (supositório retal, vaginal e 
uretral) e é utilizada em pacientes inconscientes, com dificuldade de deglutição, com 
vômitos e em crianças. 
 Vantagens: previne os efeitos do TGI, menor incidência de metabolismo de primeira viagem, 
cerca de 50% de ação sistêmica. 
 Desvantagem: absorção errática. 
✓ Gastrintestinal: utilizada em pacientes inconscientes ou com dificuldade de deglutição. 
A medicação é administrada por sonda nasogástrica, gastrostomia ou jejunostomia. 
SONDA NASOGÁSTRICA: colocada através do nariz, passando pelo esôfago e vai até o 
estomago, quando não há obstruções nessa passagem nem problemas no estomago. 
GASREOSTOMIA: a sonda é implantada cirurgicamente ou via endoscópica e permanece em 
um orifício diretamente no estômago. 
JEJUNOSTOMIA: a sonda é implantada cirurgicamente ou via endoscópica e permanece em 
um orifício diretamente no intestino delgado (jejuno). 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
• VIA PARENTERAL: qualquer via que não seja a enteral. É recomendável utilizar a 
técnica asséptica quando for mais invasiva. Serve como alternativa quando 
necessária uma ação imediata do medicamento ou quando outras vias estão 
indisponíveis. 
Vantagens: ação mais rápida, melhor absorção, menor lesão gástrica. 
Desvantagens: dor, complicações locais, efeitos colaterais severos. 
✓ Intramuscular: Administração de suspenções e soluções oleosas diretamente no 
músculo, sendo as regiões mais utilizadas: músculo glúteo, deltoide e face lateral do 
vasto lateral. O ângulo de inserção da agulha é de 90º e essa via é ideal para 
administração de até 5ml de medicamento. Em crianças, idosos e pacientes muito 
magros, deve-se aplicar até 2ml e em crianças muito novas e lactentes até 1ml, com 
aplicação no vasto lateral da coxa. 
CHECKLIST DA VIA IM: 
o Lavar as mãos; 
o Posicionar o paciente; 
o Fazer antissepsia com álcool a 70%; 
o Evitar movimentos de vai e vem na antissepsia; 
o Com indicador e polegar esquerdos esticar a pele para afastar tecido subcutâneo 
e a própria pele; 
o Introduzir de uma só vez a agulha em um ângulo de 90º; 
o Aspirar para verificar possível lesão vascular; 
o Injetar lentamente o medicamento; 
o Aguardar alguns segundos para acomodar a solução; 
o Retirar a agulha e não reencapá-la; 
o Antissepsia e oclusão do orifício na pele. 
PRINCIPAIS COMPLICACÕES DA VIA IM: 
o Lesão de vaso sanguíneo pela não aspiração do êmbolo; 
o Falha na assepsia e antissepsia, causando contaminação; 
o Lesão tecidual provocada pelo trauma da agulha; 
o Propriedades irritantes das drogas; 
o Lesão de nervo causando paresia, parestesia e hipotrofia muscular. 
 Na região glútea, deve-se tomar cuidado com o nervo ciático. Lesões no nervo ciático podem 
causar dor em formigamento, dormência ou choque na coluna, glúteo ou perna, sensação de 
queimação ou fisgada, fraqueza em uma ou ambas as pernas, dor que piora ao ficar muito tempo 
parado e dificuldade para caminhar. O glúteo deve ser dividido em 4 partes e a medicação deve 
ser aplicada no quadrante superior externo. O paciente deve estra deitado de barriga para baixo 
ou de lado. 
 Na região deltoidea, deve-se tomar cuidado com o nervo axilar, que pode apresentar 
variações anatômicas e por isso deve-se evitar, sempre que possível injeções IM no músculo 
deltoide. Lesões no nervo axilar podem causar perda ou diminuição da sensibilidade cutânea, 
dificuldade em abduzir o MS e déficit na rotação lateral do MS. A aplicação deve ser na face 
lateral do braço, aproximadamente 4 dedos abaixo do ombro, no centro do músculo deltoide. 
O paciente deve estar preferencialmente sentado, com antebraço flexionado, expondo 
completamente o braço e o ombro. Volume máximo de 2ml. 
✓ Endovenosa ou Intravenosa: a medicação é introduzida diretamente na circulação do 
paciente, com efeitos terapêuticos imediatos. É utilizada nos casos de drogas contra 
indicadas pelas vias VO, SC e IM, por sofrerem ação do TGI ou provocarem irritação 
tecidual ou em casos de necessidade de administração de grandes volumes de soluções, 
como nos pacientes com desidratação, choque, hemorragias ou cirurgias. Pode ser 
aplicada em qualquer veia acessível, com preferência para veias superficiais de grande 
calibre, como a cefálica e basílica e tem como desvantagens efeitos colaterais 
imediatos, complicações locais, necessitando de pessoal treinado e material estéril. 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
CHECKLIST DA VIA EV: 
o Lavar as mãos; 
o Usar luva de procedimento; 
o Fazer garroteamento; 
o Realizar antissepsia; 
o Puncionar a veia a 25º com o bisel para cima; 
o Soltar o garrote; 
o Administrar a medicação; 
o Retirar a agulha; 
o Hemostasia com gaze seca; 
o Curativo; 
o Nunca encapar a agulha. 
TIPOS DE CATETERES VENOSOS: 
o Cateter agulhado ou com asas (scalp, butterfly). O tempo de permanência é de 24 
horas e é usado para infusões rápidas, necessitando imobilização do paciente. Pode 
causar dor, flebite, incomodo local, sangramento e coágulos. 
o Cateter flexível sem asas (abocath ou jelco). O tempo de permanência é de 72-96 
horas e é usado para infusões prolongadas, não necessitando imobilização do 
paciente. Diminui as inserções venosas, sendo um método mais seguro e com 
menor contaminação, reduzindo também o risco de coágulos. 
✓ Subcutânea: a medicação é introduzida no tecido subcutâneo ou hipoderme. Tem 
absorção lenta, através de capilares, de forma contínua e segura. Essa via é usada para 
administração de vacinas, anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina). O 
volume aplicado não deve exceder 2 ml. 
CHECKLIST DA VIA SUBCUTÂNEA: 
o Lavar as mãos; 
o Antissepsia; 
o Pinçar 4 a 5 cm de pele para facilitar aplicação da medicação apenas na gordura; 
o Inserir a agulha a 45º; 
o Aspirar o êmbolo da seringa para evitar vasos; 
o Injetar rapidamente a solução; 
o Retirar a ampola e fazer compressão. 
✓ Intradérmica: via restrita, usada para pequenos volumes, de 0,1 a 0,5 ml, útil para 
reações de hipersensibilidade como provasde PPD na tuberculose e sensibilidade no 
diagnóstico de alergias. Também utilizada para aplicação da BCG, vacina da tuberculose, 
sendo de uso mundial, no músculo deltoide. 
CHECKLIST DA VIA ID: 
o Antissepsia: não indicada para evitar interação entre o líquido injetado e o 
antisséptico; 
o Aspiração: não indicada, pois o tecido é praticamente avascular; 
o Compressão: não indicada, pois raramente ocorrerá sangramento; 
o Inserir a agulha com angulação entre 10 a 15º; 
o Injetar rapidamente a solução. 
✓ Intrarticular: técnica rotineira para os ortopedistas, que consiste na administração de 
fármacos dentro das articulações. Corticosteroides e ácido hialurônico são utilizados no 
tratamento da artrose (viscossuplementação). É realizada com técnica asséptica, por ser 
um procedimento invasivo. Cada articulação tem o local ideal e a quantidade de fármaco 
injetável que deve ser utilizada. 
✓ Intrarterial 
✓ Intravesical 
✓ Intraraquídea: bloqueio anestésico realizado no espaço subaracnóideo, sendo uma via 
utilizada em procedimentos cirúrgicos dos membros inferiores e alguns abdominais. 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
✓ Intracardíaca 
✓ Intraóssea 
✓ Intratecal 
✓ Intrapleural 
✓ Intraperitoneal 
✓ Via mucosa: nasal, ocular, vaginal, uretral, auricular e pulmonar. 
✓ Via tópica: cutânea e transdérmica. 
 
AGULHA: 
✓ Bisel: ponta da agulha, que possui uma pequena abertura (sempre para cima); 
✓ Haste: parte maior e mais fina; 
✓ Canhão: parte mais larga, que se encaixa na seringa. 
• 40x12: aspiração e preparo de medicações. 
• 30x7: aplicação EV em paciente adulto. 
• 25x7: aplicação EV em paciente adulto. 
• 30x8: aplicação IM em paciente adulto. 
• 25x8: aplicação IM em paciente adulto. 
• 20x5,5: aplicação IM em crianças. 
• 13x4: aplicação ID e SC. 
• 13x4,5: aplicação ID e SC. 
 
SERINGA: 
✓ Bico: parte distal, onde encaixamos a agulha; 
✓ Cilindro/corpo: parte externa, onde a medicação é introduzida; 
✓ Êmbolo: parte interna, usada para puxar e empurrar o medicamento. 
• 20ml: via EV e alimentação enteral. 
• 10ml: via EV. 
• 5ml: via IM e EV. 
• 3ml: via IM e EV. 
• 1ml: via ID e SC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
 
➢ LABORATÓRIO: 70% das decisões médicas são baseadas em resultados laboratoriais. 
OBJETIVO DO LABORATÓRIO: 
1. detectar doenças ou predisposição a doenças; 
2. confirmar ou rejeitar diagnósticos; 
3. estabelecer prognósticos; 
4. orientar a supervisão do paciente; 
5. monitorar a eficácia da terapia. 
LABORATÓRIO DEVE DISPOR DE: 
1. conhecimentos médicos, científicos e técnicos; 
2. recursos: pessoal, equipamentos laboratoriais e de processamento de dados, 
suprimentos e instalações; 
3. capacidade de organização, administração e comunicação. 
➢ FASES: 
✓ Pré Analítica: assegura a geração de resultados dos exames, determinações 
confiáveis e clinicamente significativas. Cerca de 70% do total de erros concentram-
se nessa fase. 
Compreende todas as etapas antes da análise de uma amostra: 
- indicação do exame, 
- redação da solicitação, 
- leitura e interpretação da solicitação, 
- transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente, 
- avaliação do atendimento às instruções previamente transmitidas, 
- procedimentos de coleta, acondicionamento, transporte e preservação da amostra 
biológica até o momento da efetiva realização do exame. 
VARIÁVEIS PRÉ COLETA RELACIONADOS AO PACIENTE: o paciente não é agente neutro nesse 
processo. Dieta, idade, sexo, uso de medicamentos, atividades físicas, variação diurna, estresse, 
jejum, consumo de álcool/drogas, tabagismo e postura. 
 
COLETA DE AMOSTRAS: 
1. solicitação do exame: meio computadorizado ou manual, questões médico-legais 
(consentimento, confidencialidade, custódia); 
2. horário de coleta: o mais breve possível, imediatamente, horário programado; 
3. variáveis associadas à coleta: dificuldade de encontrar veia, agulha muito pequena, 
êmbolo da seringa puxado rapidamente, transferência vigorosa para o tubo de ensaio, 
agitação vigorosa do tubo, coleta de sangue antes do secamento do álcool = hemólise, 
aplicação prolongada do garrote: hemoconcentração; 
4. rejeição da amostra: coletada, rotulada, transportada e processada de acordo com os 
procedimentos estabelecidos, que incluem o volume da amostra, a necessidade de 
manipulações especiais e o tipo de recipiente; 
5. anticoagulantes e aditivos: erro na mistura de um tubo com um anticoagulante 
implicará a não coagulação de toda a amostra de sangue e pequenos coágulos podem 
se formar; 
6. dispositivos de coleta de sangue: sistema à vácuo, agulhas butterfly, sangue coletado 
em seringa, garrotes; 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
7. armazenamento e preservação do sangue: adsorção aos tubos de vidro ou plástico, 
desnaturação proteica, evaporação de compostos voláteis = hemoconcentração, 
atividade metabólica contínua de leucócitos e eritrócitos. Depende da temperatura 
ambiente, refrigeração ou congelamento; 
8. técnicas de coleta de sangue: punção venosa, arterial, cutânea (líquido cerebrospinal: 
vértebras, sinovial: articulações, pleural: ultrafiltrado do plasma sanguíneo, pericárdico 
e peritoneal) 
9. coleta de urina: testes laboratoriais de urina em geral possuem três categorias: exame 
bioquímico, bacteriológico e microscópico; 
10. coleta de amostras de urina: aleatório, jato médio, tempo marcado, 24 horas e por meio 
de sondagem. Amostras aleatórias podem ser coletadas em qualquer momento, mas 
uma amostra da primeira urina da manhã é ideal para a concentração de constituintes, 
porque ela em geral é mais concentrada e apresenta um pH mais baixo por causa da 
diminuição da respiração durante o sono; 
11. a preservação de uma amostra de urina é essencial para a manutenção da sua 
integridade. Amostras de urina não preservadas estão sujeitas à decomposição 
microbiológica e às alterações químicas inerentes; 
12. para prevenir o crescimento de microrganismos, a amostra deve ser refrigerada 
imediatamente após a coleta e, quando necessário, deve conter o preservativo químico 
indicado. Idealmente, amostras devem ser enviadas ao laboratório e analisadas em 1 
hora após a coleta. 
ERROS NA COLETA DE AMOSTRA: 
- identificação errônea do paciente; 
- identificação errônea da amostra; 
- coleta de pequena quantidade de amostra; 
- problemas de mistura/coágulos; 
- tubos/anticoagulantes errados; 
- hemólise/lipemia; 
- exposição à luz/temperatura extremas; 
- amostras coletadas em horários inadequados; 
- atraso no envio ao laboratório; 
- erros de processamento. 
TRANSPORTE: 
1. agitação excessiva de amostras de sangue deve ser evitada para minimizar a hemólise; 
2. proteção contra a exposição direta à luz: degradação de determinados analitos; 
3. amostras que exigem refrigeração devem ser mantidas em temperatura entre 2 e 10º e 
podem ser transportadas de modo adequado em um recipiente isolado; 
4. amostras de grande volume de urina devem ser coletadas em um recipiente à prova de 
vazamento de 3 a 4 L; 
5. amostras de fezes são transportadas em um recipiente e colocadas em um saco de 
polietileno; 
6. amostras congeladas podem ser embaladas em um recipiente de poliestireno com gelo 
seco e mantidas em temperaturas baixas, de até -70º. 
✓ Analítica ou de Análise 
CENTRIFUGAÇÃO: Uma centrífuga utiliza força centrífuga para separar fases de suspensões por 
densidades diferentes. É mais utilizada no processamento de sangue para produzir frações de 
plasma ou soro. Já a urina e os outros líquidos corporais podem ser centrifugados para 
concentrar matéria particulada como sedimento para ser examinado e para minimizar a 
interferência em outras determinações a partir do mesmo material. As condições de 
centrifugação devem especificar o tempo e a força centrífuga. 
1. Equipamentos: calibração - centrífugas, balanças; 
2. Reagentes específicos: uso e armazenamento; 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
3. Água purificada; 
4. Vidrarias:determinação de volume - pipetas, balões volumétricos, 
5. Controle de temperatura; 
6. Limpeza e manutenção; 
7. Controle de qualidade; 
8. Evaporação e concentração da amostra; 
9. Filtração, diálise, extração, homogeneização; 
10. Soluções aquosas, ácidos, álcalis, pH, solução tampão; 
11. Agitadores. 
✓ Pós Analítica: ocorre a detecção da resposta analítica, com cálculo dos resultados 
utilizando valores significativos, expoentes e logaritmos. Os intervalos de referência 
distinguem as populações de pacientes normais das de pacientes anormais. 
PS: Resultados falso-positivos e falso-negativos ocorrem quando há sobreposição entre essas as 
populações de pacientes normais e anormais. 
SENSIBILIDADE DO TESTE: probabilidade de obter resultado positivo de um indivíduo doente 
(taxa de resultados positivos verdadeiros); 
ESPECIFICIDADE DO TESTE: probabilidade de obter resultado negativo de um indivíduo sadio 
(taxa de resultados negativos verdadeiros). 
Os testes de triagem requerem sensibilidade elevada para que todos os casos sejam detectados, 
enquanto que os testes de confirmação precisam ser altamente específicos para confirmar os 
diagnósticos. 
PROBLEMAS DECORRENTES DO USO DE FAIXAS NORMAIS: 
- pessoas podem apresentar problemas subclínicos ou não-detectados; 
- inadvertidamente incluídas no grupo normal; 
- população; 
- idade; 
- território; 
- raça; 
- dieta; 
- condições sociais; 
- morbidades; 
- métodos de laboratório, equipamentos empregados, fornecedores, técnicos, ambiente (os 
valores de referência fornecidos pelos fabricantes de kits nem sempre correspondem aos 
valores da população local). 
PRINCÍPIOS FINDAMENTAIS DA INTERPRETACAO DE VALORES: 
✓ nunca confiar em um único valor (fora da faixa de referência) para estabelecer um 
diagnóstico. É fundamental que seja estabelecida uma tendência de valores. 
Um valor de sódio de 130 mEq/L não indica, necessariamente, hiponatremia. Esse valor 
anormal, de forma isolada, pode refletir fatores como uma técnica de flebotomia 
inadequada ou variabilidade laboratorial. Entretanto, uma série de valores baixos de sódio 
em amostras sucessivas de soro de um determinado paciente indica essa condição. 
✓ Regra de Osler: especialmente quando o paciente tem menos de 60 anos, deve-se tentar 
atribuir todos os achados laboratoriais anormais a uma única causa. Somente quando 
não for possível correlacionar todos os achados anormais, a possibilidade de múltiplos 
diagnósticos deve ser cogitada. 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
 
➢ SANGUE: suspensão de células em um líquido complexo, o plasma. Compõe cerca de 7-
8% do peso corporal, sendo composto por: 
✓ PLASMA: parte líquida, composta majoritariamente por água, podendo conter 
pequenas quantidades de proteínas (albumina, globulinas, fibrinogênio) e outros 
solutos (eletrólitos, nutrientes, gases, vitaminas, substâncias reguladoras). 
✓ GLÓBULOS VERMELHOS OU ERITRÓCITOS 
✓ GLÓBULOS BRANCOS OU LEUCÓCITOS 
✓ PLAQUETAS 
 Fora do organismo, o sangue coagula e libera uma fase chamada de soro (não contém 
fibrinogênio, proteína de coagulação sanguínea). Como o soro é normalmente utilizado nos 
ensaios bioquímicos, é necessário o uso de anticoagulantes para dosagens de fibrinogênio. 
 As principais proteínas plasmáticas são identificadas na eletroforese, pois são separadas 
conforme suas cargas elétricas entre o ânodo e o cátodo. 
 O sangue arterial é rico em oxigênio e com baixo teor de CO2; circula pelas veias pulmonares 
e pelas artérias sistêmicas. É utilizado para medir gasometria. 
 O sangue venoso é rico em CO2 e com baixo teor de oxigênio; circula pelas veias sistêmicas e 
pela árvore arterial pulmonar. É utilizado para realização de hemogramas e exames de 
bioquímica. 
➢ EXAME DE SANGUE EM JEJUM 
 A necessidade de realizar o exame em jejum deve-se aos valores de referência dos testes 
terem sido estabelecidos em indivíduos nessa condição. A refeição pode alterar a composição 
sanguínea momentaneamente e, sem o pré requisito do jejum, cada exame teria de ser 
analisado conforme o que o paciente ingeriu previamente. 
 - exigência formal para coleta do perfil lipídico: 12 horas; 
 - exigência formal para exame de glicose para diagnóstico de diabetes: 8 horas; 
 - período de jejum habitual para coleta de sangue de rotina: 8 horas (pode ser reduzido a 4 
horas para a maioria dos exames). 
 A análise do perfil lipídico para avaliação de risco cardiovascular necessita do jejum devido às 
variações dos níveis de triglicérides após as refeições, uma vez que os valores de referência 
utilizados para as avaliações de risco de doenças cardiovasculares foram obtidos por meio de 
estudos realizados nestas condições. 
 No entanto, estudos recentes para avaliação da influência do jejum na dosagem do perfil 
lipídico na avaliação do risco cardíaco demonstraram que é possível fazer esta avaliação em 
amostras de pacientes sem jejum, o que traz a vantagem de refletir melhor as condições 
fisiológicas do dia a dia. 
 Esses estudos mostram que as variações entre as dosagens com e sem jejum apresentaram 
poucas diferenças, que podem ser corrigidas por meio da definição de novos valores 
referenciais. A dosagem com jejum prolongado seria necessária somente quando o nível de 
triglicérides, fora do estado de jejum, estiver acima de 440 mg/dl. 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
 
➢ CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA: 
 Após ser fertilizado, o óvulo vai se desenvolvendo em um blastocisto multicelular no momento 
que atinge o útero. No momento de implantação e antes do corpo lúteo começar a regredir, 
quantidades crescentes de gonadotrofina coriônica humana (HCG) podem ser detectadas no 
sangue materno. 
 A HCG é sintetizada e secretada pelas células trofoblásticas da placenta em desenvolvimento 
e consegue interagir com os receptores de LH existentes nas células lúteas, o que previne a 
regressão do corpo lúteo e garante a manutenção da síntese e secreção de estradiol e 
progesterona, necessários para a manutenção apropriada do endométrio uterino no decorrer 
da gravidez. 
 A HCG é estruturada pela combinação de 2 subunidades: α e β, sintetizadas separadamente 
pelo tecido trofoblástico normal, células hipofisárias, tecidos tumorais de diversos tipos 
histológicos e outras regiões. A síntese da cadeia peptídica das subunidades e a presença de 
processos bioquímicos na célula secretora dependem da complexa ação de várias enzimas, 
resultando na secreção de moléculas heterogêneas. 
 As diferentes formas moleculares secretadas podem ser encontradas no soro, urina e líquido 
amniótico de gestantes: subunidade βHCG, subunidade α livre e HCG intacta (α+β). A elevação 
dos níveis de HCG no sangue e na urina são indicadores confiáveis de gravidez, sendo que, 
atualmente, a maioria dos ensaios séricos quantifica o conteúdo da subunidade β livre e de HCG 
intacta. 
 Os níveis séricos de HCG aumentam e ultrapassam o limite máximo do intervalo de referência 
no momento da implantação, 6 a 12 dias após a ovulação. 
✓ A concentração sérica de HCG aumenta muito durante o primeiro trimestre, atingindo 
o pico em cerca de 10 semanas de gestação; 
✓ Ao longo de toga gestação, a forma intacta desse hormônio é a predominante; 
✓ Pequenas quantidades de subunidade β livre são detectadas no primeiro trimestre; 
✓ A subunidade α livre aparece no segundo trimestre e seus níveis sobem de modo 
estável até o último trimestre; 
✓ Após 10 semanas, se os níveis de HCG continuarem a subir, há a possibilidade de existir 
um tumor trofoblástico. 
✓ Anormalidades trofoblásticas, com produção aumentada de HCG podem indicar a 
fisiopatologia da pré eclampsia. 
Durante o primeiro trimestre de gravidez, a concentração de GCH sobe de 5 mUI/mL de soro 
para 1 x 105 mUI/mL de soro. Esse crescimento é responsável pelos aumentos marcantes e 
semelhantesdos níveis de estradiol e progesterona. Ao fim do primeiro trimestre, os níveis de 
HCG declinam significativamente e os níveis de estradiol e progesterona continuam a aumentar, 
pois a placenta passa a ser a fonte mais significativa de estrona e estriol. 
 
CONCENTRACAO DE HCG NA URINA: 
Os kits de testes de imunoensaio conseguem detectar 
níveis elevados de GCH na urina 2 a 3 dias mais tarde 
que os métodos séricos, enquanto testes de uso 
domiciliar conseguem detectar níveis urinários 
elevados vários dias mais tarde ou logo após a primeira 
falta de menstruação. 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
 
➢ DEFINIÇÃO E OBJETIVOS: 
 A Epidemiologia é definida como o estudo da distribuição e dos determinantes das doenças 
ou condições relacionadas à saúde em populações especificadas. Além disso, há a aplicação 
desses estudos para controlar problemas de saúde. 
✓ Estudo: inclui vigilância, observação, pesquisa analítica e experimento. 
✓ Distribuição: análise por tempo, local e características dos indivíduos. 
✓ Determinantes: todos os fatores físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais 
que influenciam a saúde. 
✓ Condições relacionadas à saúde: incluem doenças, causas de mortalidade, hábitos de 
vida (tabagismo, dietas, atividades físicas), provisão e uso de serviços de saúde e 
medicamentos. 
✓ Populações especificadas: aquelas com características identificadas (determinada faixa 
etária da população). 
➢ USOS DA EPIDEMIOLOGIA: 
 Por algum tempo prevaleceu a ideia de que a epidemiologia restringia-se ao estudo de 
epidemias de doenças transmissíveis. Hoje, é reconhecido que a epidemiologia trata de 
qualquer evento relacionado à saúde (ou doença) da população e contribui para o melhor 
entendimento da saúde da população, partindo do conhecimento dos fatores que a determinam 
e provendo, consequentemente, subsídios para a prevenção das doenças. 
➢ APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA: 
✓ Descrição das condições de saúde da população; 
✓ Investigação dos fatores determinantes de doenças; 
✓ Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde; 
✓ Avaliação da utilização dos serviços de saúde, incluindo custos de assistência. 
➢ TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS: 
Os estudos epidemiológicos constituem um ótimo método para colher informações adicionais 
não-disponíveis a partir dos sistemas rotineiros de informação de saúde ou de vigilância. 
Critérios para a classificação dos métodos: 
✓ propósito geral - estudos descritivos e analíticos (comparativos); 
✓ modo de exposição das pessoas ao fator em foco - estudos de observação e de 
intervenção (experimentais); 
✓ direção temporal das observações - estudos prospectivos, retrospectivos e transversais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leandra Bitencourt - MED UESB - Turma XVI 
❖ ESTUDOS OBSERVACIONAIS: 
 Permitem que a natureza determine o seu curso: o investigador mede, mas não intervém. 
Esses estudos podem ser descritivos e analíticos: 
• um estudo descritivo limita-se a descrever a ocorrência de uma doença em uma população, 
sendo, frequentemente, o primeiro passo de uma investigação epidemiológica; 
• um estudo analítico aborda, com mais profundidade, as relações entre o estado de saúde e as 
outras variáveis. 
 Os estudos epidemiológicos são, na sua quase totalidade, analíticos. Estudos descritivos puros 
são raros, sendo mais comuns em estatísticas vitais. Por essa razão, constituem uma fonte 
importante para novos estudos epidemiológicos. Informações puramente descritivas 
frequentemente estimulam o início de um estudo epidemiológico mais detalhado. 
❖ ESTUDOS EXPERIMENTAIS: 
 Envolvem a tentativa de mudar os determinantes de uma doença, tais como uma exposição 
ou comportamento, ou cessar o progresso de uma doença através de tratamento. Entretanto, 
estão sujeitos a uma série de restrições uma vez que envolvem intervenções a saúde das 
pessoas. Os principais delineamentos experimentais são os seguintes: 
• ensaios clínicos randomizados, cujos participantes são os pacientes; 
• ensaios de campo em que os participantes são pessoas saudáveis; 
• ensaios comunitários, onde os participantes são os próprios membros da comunidade. 
 Em todos os estudos epidemiológicos é essencial ter uma clara definição do que venha a ser 
um caso da doença sob investigação, isto é, quais são os sinais, sintomas e outras características 
que permitem classificar a pessoa como doente. É também necessário definir o que vem a ser 
um indivíduo exposto, isto é, as características que identificam uma pessoa como sendo exposta 
para um determinado fator em estudo. A ausência de uma definição clara de doença ou 
exposição torna muito difícil interpretar os dados de um estudo epidemiológico. 
❖ ESTUDOS DESCRITIVOS: 
Objetivo: determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas, segundo o tempo, o 
lugar e/ou as características dos indivíduos. 
Responder a pergunta: quando, onde e quem adoece? 
 O observador descreve as características de uma determinada amostra, não sendo de grande 
utilidade para estudar etiologia de doenças ou eficácia de um tratamento, porque não há um 
grupo-controle para permitir inferências causais. É possível que alguns desses achados 
aconteçam simplesmente por chance e, portanto, também aconteceriam no grupo-controle. 
 Têm a vantagem de ser rápidos e de baixo custo, sendo muitas vezes o ponto de partida para 
um outro tipo de estudo epidemiológico. Pode fazer uso de dados secundários (pré-existentes) 
e primários (coletados para o desenvolvimento do estudo). 
 Examina como a incidência (casos novos) ou a prevalência (casos existentes) de uma doença 
ou condição relacionada à saúde varia de acordo com determinadas características, como sexo, 
idade, escolaridade e renda. 
 Quando a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde difere segundo tempo, lugar ou 
pessoa, o epidemiologista é capaz de: 
- Identificar grupos de alto risco para fins de prevenção; 
- Gerar hipóteses etiológicas para investigações futuras. 
 Importantes bancos de dados secundários com abrangência nacional no país que podem ser 
usados em estudos epidemiológicos.

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