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Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de: Pinçamento de vasos Ligadura de vasos Eletrocoagulação Compressão Conjunto de medidas adotadas pelo cirurgião para prevenir, deter ou coibir o extravasamento sanguíneo no período intraoperatório, consequente ou não à secção tecidual ou visceral, de modo a manter limpo o campo operatório e evitar a formação de coleções sanguíneas e de coágulos que favoreçam a infecção. A hemostasia pode ser natural ou espontânea, temporária ou definitiva. CLASSIFICAÇÃO Hemostasia natural ou espontânea É o fechamento espontâneo de dezenas de pequenos vasos seccionados em uma incisão cirúrgica. Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch) Hemostasia temporária Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos); Pode ser cruenta = executada no campo operatório, ou incruenta = se for distante dele. TIPOS Garroteamento Ligadura elástica Compressão digital Tamponamento Ligadura falsa Oclusão endovascular Parada circulatória com hipotermia Vasoconstrição local Hipotensão controlada Pinçamento Adesivo de fibrina Garroteamento -> incruento o Método incruento que utiliza faixa de Smarch, manguito pneumático e outros materiais e equipamentos para o garroteamento de membros. o É efetuado antes da secção dos tecidos, hemostasia preventiva, como acontece na maioria das cirurgias realizadas nas extremidades corpóreas, para diminuir o fluxo sanguíneo. o Garrote de borracha o Manguito pneumático o Sistema de Esmarch Compressão digital dos vasos -> cruenta e incruenta o Carótida comum o Subclávia o Braquial o Femoral Tamponamento o O tamponamento compressivo é realizado mediante colocação de gazes cirúrgicas ou compressas posicionadas no sitio do sangramento de forma manual ou instrumental. o O procedimento realizado por cerca de cinco minutos pode melhorar as condições locais facilitando a hemostasia definitiva, quando necessária. o Em sangramentos de difícil controle, como epistaxe ou sangramento hepático, o tratamento compressivo por cerca de 24h, em geral, é a solução de momento, permite garantir a hemostasia ou melhorar as condições para tratamento definitivo o Gaze ou Compressa o Sangramentos de superfície o Compressão (5 a 10 min.) o Formação do coágulo Ligadura falsa o Dupla laçada o Tração contínua Oclusão endovascular o Obtida pela introdução de um balão na luz da artéria para interromper o fluxo sanguíneo nas cirurgias vasculares. o Sonda o Balão insuflável o Aplicação: Cirurgias cardíacas Vasculares Parada circulatória o Intervenções sobre fístulas arteriovenosas de difícil acesso e grande débito, pode ser utilizada a parada circulatória após a instalação de circulação extracorpórea, a fim de se evitar sangramento. o Geralmente, esse procedimento é associado à hipotermia, para que essa manobra seja sustentada por mais tempo, sem danos ao paciente. o Circulação extracorpórea o Hipotermia o Aplicação: Cirurgias cardíacas Vasoconstrição local o Aplicação local de adrenalina o Nível capilar o Áreas mucosas Hipotensão controlada o Exemplo de hemostasia por ação farmacológica sistêmica. o Anestésicos o Nitroprussiato de sódio o Queda da PA Pinçamento o Método cruento que utiliza pinças traumáticas (Kelly, Halsted e Rochester) e que se transforma posteriormente em hemostasia definitiva por ligadura, cauterização ou angiotripsia. o Na cirurgia endovascular restauradora, realiza-se a hemostasia preventiva temporária pela utilização de pinças hemostáticas atraumáticas (Potts, Bulldog, Satinsky, Cooley e DeBakey), que ocluem a luz do vaso sem lesar suas paredes. o Pinças hemostáticas o Atramáuticas o Backey ou cooley Adesivo selante de fibrina o Componentes fisiológicos humanos o Fibrinogênio +Trombina + Cloreto de cálcio = coágulo de fibrina o É usado como tratamento de suporte em cirurgias, quando técnicas cirúrgicas-padrão não são suficientes para a melhora da hemostasia Hemostasia definitiva Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos) Quase sempre cruenta Objetivo Vaso arterial Zona de isquemia Destruição e desintegração TIPOS Clipagem Ligadura definitiva Sutura Obturação Cauterização Fotocoagulação Clipagem o Grampos metálicos o Aço inoxidável ou titânico o Material absorvível o Videocirurgias e neurocirurgias Ligadura definitiva o Amarração dos vasos o Sem Pinçamento -> Vasos de grosso calibre o Com Pinçamento -> Vasos pequenos o Utilizam-se fios cirúrgicos para amarrar os vasos. o Outra alternativa técnica consiste do pinçamento seguido da secção e ligadura. o A oclusão de vasos de grosso e médio calibre é obtida de forma mais segura com emprego de fios e grampos. Sutura o Síntese e hemostasia o Na parede do vaso o Pontos separados ou contínuos o Suturas em massa ou totais -> Pontos em U, X, Donati; o Algumas suturas englobam vasos com finalidade hemostática, como as suturas totais de anastomoses gastrintestinais e as suturas de lesões de grandes vasos. o No grampeamento, utilizam-se grampos metálicos, de aço inoxidável, titânio ou outro material absorvível, para fazer hemostasia definitiva. o Esse tipo de hemostasia é muito utilizado em cirurgias videoscópicas. Obturação o Substâncias exógenas o Ocluir a luz dos vasos o Sangramentos ósseos No tamponamento faz-se uma compressão da área sangrante com compressa ou gaze. É utilizado em hemorragias venosas ou capilares de superfície, quando outros recursos foram inúteis. A compressão, se cruenta, é efetuada no campo operatório pelo pinçamento digital com polegar e indicador do vaso ou, se incruenta, é realizada por pressão do trajeto vascular contra uma superfície óssea sem prévia diérese. o Cera de Horsley o Na obturação aplicam-se substâncias para ocluir a luz do vaso. o Nos sangramentos ósseos, como os vasos não podem se contrair, pela inelasticidade do tecido, utilizam-se ceras nos espaços de tecido ósseo esponjoso para estancar o sangramento. o Tais ceras são compostas por uma mistura estéril de cera de abelha semi-sintética e de palmitato isopropílico. o As esponjas de gelatina, colágeno, celulose oxidada, hidrogeis de polietileno-glicol, também podem ser utilizadas para combater a hemorragia difusa, e agem aderindo-se firmemente ao local, provocando obturação mecânica. o Podem ser embebidas em substâncias hemostáticas que serão absorvidas Cauterização o Consiste na parada do sangramento de um vaso, provocada pela formação de um coágulo na extremidade sangrante, consequente à aplicação de agentes físicos como calor, eletricidade ou substâncias químicas. o O equipamento elétrico de alta frequência efetua a hemostasia por coagulação das proteínas, sendo empregado apenas para vasos pequenos. o O ultrassom e o microondas, pelo uso de canetas, produzem a coagulação dos tecidos e são utilizados para hemostasia de vísceras parenquimatosas o Agentes físicos Calor Frio Eletricidade o Agentes químicos o Eletrocautério Vasos com diâmetro menor que 1mm -> Contra - indicado Intensidade da corrente Tempo de aplicaçãono tecido Fotocoagulação o Recente o Monocromática (seletividade) o Laser de Argônio o Laser Nd: YAG o Equipamentos a laser também podem ser utilizados para realizar a coagulação intraoperatória. o Essa função é obtida por comprimentos específicos de onda de luz laser, densidade de energia e velocidade de transferência de exposição. o O efeito de coagulação causa aglutinação e consolidação do colágeno na superfície dos tecidos. Ligasure o Corrente de alta frequência + pressão mecânica o Sela vasos até 7 mm o Difusão de calor <2 mm
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