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Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda CA����D�A��S: DI���TÃO � �B�O�ÇÃO Dig���ão d� ���bo����to� DIGESTÃO: ● Processo pelo qual os alimentos sofrem decomposição em componentes mais simples para que possam ser absorvidos no intestino. ● A digestão é iniciada na boca, passando pelo estômago, duodeno, intestino delgado, jejuno, íleo e intestino grosso, até chegar ao reto. ● Composta por um significativo componente mecânico e enzimático ● A lubrificação e a homogeneização começam na boca, onde o alimento já sofre ação enzimática, para que haja quebra de ligações entre as macromoléculas ingeridas. ● Há secreções específicas para cada região do sistema digestório, sendo uma determinada faixa de pH necessária para que essas secreções atuem sobre o alimento. ● As moléculas necessitam ser quebradas para que possam ser absorvidos, majoritariamente, pelo intestino. DIGESTÃO DE CARBOIDRATO : ● O carboidrato (polissacarídeo) precisa ser quebrado em moléculas menores para que possa ser absorvido. Então, é quebrado em dissacarídeos e, sequencialmente, em monossacarídeos. BAYNES, J.W. DOMINICZAK, M.H. Bioquímica Médica. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 636p. Capítulo 10 Digestão e Absorção de nutrientes ● Os carboidratos da dieta são, principalmente, amido (polissacarídeo), celulose (polissacarídeo), lactose e sacarose (dissacarídeos). 1 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda ● Na boca, o amido sofre ação da amilase salivar (ou ptialina), sendo quebrado em moléculas de maltose e, posteriormente, em glicose. ● No estômago, o pH ácido inibe a ação da amilase salivar e não há digestão de carboidratos. ● No intestino delgado, há amilase pancreática e dissacaridases. É nessa região, então, que os dissacarídeos (lactose, sacarose e maltose) são transformados em monossacarídeos. Lactose → glicose + galactose, sob ação da enzima lactase Sacarose → glicose + frutose, sob ação da enzima sacarase Maltose → glicose + glicose, sob ação da enzima maltase BAYNES, J.W. DOMINICZAK, M.H. Bioquímica Médica. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 636p. Capítulo 10 Digestão e Absorção de nutrientes 2 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda O intestino possui vilosidades e microvilosidades (células com borda de escova), que tem como objetivo a maior absorção das moléculas menores. A amilase pancreática também está presente no intestino para quebrar amido residual que não foi digerido na boca. Ab�o�ção d� ���bo����to� ● ABSORÇÃO: captação dos produtos da digestão pelos enterócitos e a sua distribuição pelos líquidos do sistema circulatório (sangue e linfa). ● As moléculas pequenas/mais simples são absorvidas pelas células intestinais e os nutrientes passam para os capilares para serem metabolizadas. Es�a�� �li���t��o �� �ós-p�a�d��� Após a ingestão de alimentos, a concentração de glicose no sangue é alta, caracterizando um quadro de hiperglicemia. No pâncreas, as células beta pancreáticas funcionam como um “sensor de glicose” (já que possuem sensibilidade às altas taxas de glicose) e, diante à sensibilização, inicia a síntese de insulina, que é liberada na corrente sanguínea e possui ação hipoglicemiante. Quando a concentração de glicose no sangue diminui, a concentração de insulina também diminui, configurando um processo de retroalimentação negativa. Resumindo: Hiperglicemia → estimulação das células beta pancreáticas → produção e liberação de insulina → redução da [glicose] extracelular. 3 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda Sinalização celular para a entrada de glicose na célula A insulina chega na membrana celular, liga-se em receptores de insulina (proteínas) e desencadeia uma cascata de sinalização, para que a célula abra canais para entrada de glicose. As proteínas promovem a ativação de transportadores proteicos de glicose, os GLUTs (alguns vão do citoplasma da célula para a membrana, como o GLUT 4, e outros já estão na membrana. Os GLUTs abrem canais para que a glicose consiga atravessar a membrana por difusão facilitada. No caso do GLUT 4 → quando não há insulina ligada ao receptor, o GLUT sai da membrana e retorna ao citoplasma celular. 4 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda O processo de deslocamento do GLUT até a membrana e/ou de entrada da glicose na célula necessita de energia (ATP). OBS.: Todas as células possuem receptores para insulina, porém algumas mais e outras menos. Exemplo - tecido adiposo e músculo esquelético em repouso: SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. Es�a�� �n��e �s ���e�ções (je���) o� p�é-p�a�d��� Em situação de jejum, a concentração de glicose no sangue é baixa, caracterizando um quadro de hipoglicemia. Diante da hipoglicemia, as células alfa pancreáticas são estimuladas, promovendo a síntese e liberação do hormônio glucagon na corrente sanguínea. O glucagon promove a quebra de reserva energética (glicogenólise, gliconeogênese, cetonas), resultando no 5 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda aumento da concentração de glicose circulante. Portanto, o glucagon possui ação hiperglicemiante. Resumindo: Hipoglicemia → estimulação das células alfa pancreática → síntese e liberação de glucagon → quebra de reserva energética → aumento da [glicose] extracelular. Os tecidos hepático e muscular são os que mais armazenam glicogênio (polissacarídeo de reserva animal formado pelo excesso de ingestão de carboidrato). O glucagon dentro das células desencadeia a quebra do glicogênio, que aumenta a concentração de glicose dentro da célula. A partir disso, os GLUTs são responsáveis por liberar glicose para o meio extracelular. 6 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda Pân��e�s ● Glândula mista ENDÓCRINA: produz 3 hormônios (somatostatina, insulina e glucagon). Obs.: hormônios são liberados na corrente sanguínea. EXÓCRINA: produz enzimas digestivas/secreções liberadas nos ductos. ● A insulina e o glucagon são hormônios pancreáticos normoglicemiadores, ou seja, mantém os níveis de glicose em concentrações adequada. INSULINA ○ Células beta pancreáticas ○ Efeito hipoglicemiante (redução da glicemia) ○ Promove a entrada de glicose nas células GLUCAGON ○ Células alfa pancreáticas ○ Efeito hiperglicemiante (aumento da glicemia) ○ Promove a saída das reservas de glicose das células 7 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda Pri���p�i� ��c��o� � s��e� �b���va��� Tec��� �us����r e ����do ����os� ● Transportador de glicose: GLUT 4 SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. Tec��� �epáti�� ● Transportador de glicose: GLUT 2 SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 8 Universidade Nove de Julho - Medicina - Bruna Siqueira de Arruda G�U�s (t�a�s���t��o��s ���te���� de ���c��e) GLUT 1: alta afinidade por glicose. Está presente nos enterócitos e em todos os outros tecidos. GLUT 2: baixa afinidade por glicose, ou seja, só transporta glicose em situação hiperglicêmica. Está presente no fígado (nas células beta pancreáticas), nos rins e no intestino. GLUT 3: alta afinidade por glicose. Está presente nas células nervosas. GLUT 4: DEPENDENTE DE INSULINA (sensíveis). Está presente nos músculos e nos adipócitos. GLUT 5: transportador de frutose. Está presente no jejuno e no fígado. Somente o GLUT 4 está no líquido intracelular (LIC), apresentando-se à membrana em situação de hiperglicemia. Os outros GLUTs já estão na membrana celular (não precisam da insulina para ir do LIC para a membrana). Di�b��e� m����tu� O diabetes é caracterizado pela hiperglicemia resultante da secreção inadequada de insulina ou da resposta anormal das células-alvo. Nos pacientes diabéticos, mesmo em situações de jejum, a glicemia é elevada. Di�b��e� m����o t��� 1 ● Deficiência de insulina resultante da destruição das células beta pancreáticas.● Doença autoimune na qual o corpo não reconhece as células como “próprias” e as destrói. Di�b��e� m����o t��� 2 ● Os níveis de insulina no sangue são normais, porém o paciente possui uma resistência ao hormônio. Por isso também é chamada, muitas vezes, de diabetes resistente à insulina. ● O diabetes tipo 2 é a denominação para um grupo de doenças determinadas por diversas causas. 9
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