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Bruna Siqueira de Arruda - Medicina ME����LI��� D� ��UT��� E �� G��A�T��� Obs.: Outros monossacarídeos, além da glicose, também são transportados por GLUTs. Pri���p�i� ��r��i�r���� da ����a Pol����ca�íde�� � �is����ríde�� Amido: ○ Principal polissacarídeo da dieta. ○ O amido é quebrado em dextrinas, seguido de maltoses e, por fim, em glicose. ○ A hidrólise é catalisada por enzimas amilase (salivar e pancreática) e maltase (dissacaridase presente no intestino). Lactose: ○ Dissacarídeo formado por monômeros de galactose e glicose. ○ A hidrólise acontece por intermédio da enzima lactase Sacarose: ○ Dissacarídeo constituído por monômeros de frutose e glicose. ○ Principal fonte de obtenção de frutose. Mon����ca�íde�� ○ A glicose é metabolizada pela via glicolítica (glicólise), pela qual dá origem ao piruvato. É o principal monossacarídeo da dieta. ○ A frutose e a galactose necessitam ser incorporadas à via glicolítica, então, são convertidos a intermediários do metabolismo da glicose e seus destinos são paralelos aos da glicose. 1 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina 4 Fru���� Fru���� no� ���me���s A frutose é um monossacarídeo encontrado na sua forma livre em diversas frutas, mel, vegetais (menor quantidade) e xarope de milho com alta concentração de frutose (adoçante de refrigerantes e outros alimentos). A principal fonte é o dissacarídeo sacarose (dissacarídeo constituído dos monossacarídeos glicose e frutose). Met����is�� �� Fru���� É importante destacar que o transporte de frutose não depende de insulina. Antes de entrar nas vias do metabolismo intermediário, a frutose deve sofrer fosforilação. Tecido extra-hepático (exemplo: músculo ou adiposo): ○ A frutose é fosforilada, catalisada pela enzima hexoquinase, através da seguinte reação: Frutose + ATP → Frutose 6-P + ADP + H+ 2 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina ○ A afinidade da hexoquinase com a frutose é muito baixa (segundo a constante de Michaelis Km). Sendo assim, a hexoquinase, na grande maioria das vezes, catalisará as reações da glicose (pela qual possui alta afinidade). A hexoquinase somente terá a frutose como preferência se a concentração intracelular desse monossacarídeo for extraordinariamente alta, o que é difícil acontecer. Obs.: o Km da hexoquinase quando o substrato é a frutose é 10 vezes maior do que quando o substrato é a glicose (o Km é inversamente proporcional à afinidade). Tecido hepático (fígado): ○ A frutose fosforilada, em presença da enzima frutoquinase, sendo convertida em dihidroxiacetona fosfato e gliceraldeído-3-fosfato pelas seguintes reações: 3 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina Obs.: A enzima frutose-1-fosfato aldolase também é denominada de aldolase B. ○ A frutose absorvida da digestão vai direto para o tecido hepático pela veia porta, onde o GLUT 2 está presente e transporta o monossacarídeo no meio intracelular. ○ No fim dessas reações, o gliceraldeído 3-fosfato e a dihidroxiacetona-P formados são incorporados à glicólise. A ingestão de sacarose faz com que o tecido hepático receba glicose e frutose. Em riqueza energética (ou seja, quando há bastante ATP), a fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) é inibida, fazendo com que a via glicolítica não aconteça. Porém, a dihidroxiacetona-P e o gliceraldeído-3-P (originados a partir da frutose) 4 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina continuam abastecendo a glicólise, já que esses compostos não são inibidos pela riqueza energética, pois desviam da reação da PFK-1 (enzima marca-passo; mais importante para a regulação da glicólise). Todo esse cenário faz com que possa haver acúmulo de ácidos graxos (estocados em forma de triacilgliceróis), resultando na esteatose hepática não alcoólica. A FRUTOSE É METABOLIZADA, PRINCIPALMENTE, NO TECIDO HEPÁTICO. SÍNTESE DE SORBITOL A enzima aldose-redutase é responsável por converter a glicose em sorbitol (Km alto). Essa enzima é encontrada em determinados tecidos como vesículas seminais, ovários, retina, cristalino, entre outros, O sorbitol, por sua vez, pode ser convertido em frutose em presença da enzima sorbitol desidrogenase. Obs.: Nas vesículas seminais, essas duas reações responsáveis por converter glicose em frutose beneficia os espermatozóides, que possuem a frutose como principal fonte energética. 5 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina HIPERGLICEMIA E SORBITOL Como a insulina não é necessária para o transporte de glicose nas células de tecidos como retina, cristalino, rins e nervos periféricos (GLUTs com baixa afinidade pela glicose; não dependentes de insulina), grandes quantidades de glicose podem entrar para o meio intracelular em situação de hiperglicemia. Diante da alta concentração de glicose intracelular, a aldose-redutase pode catalisar uma quantidade elevada de sorbitol. Em deficiência ou ausência de sorbitol-desidrogenase, o sorbitol se acumula (já que não consegue sair pelo GLUT que a glicose entrou), modificando a pressão osmótica dentro da célula. Algumas das alterações patológicas relacionadas ao diabetes podem ser atribuídas, parcialmente, ao estresse osmótico referido acima. Exemplos: glaucoma, catarata, neuropatia periférica. Er�o� �n��o� Intolerância Hereditária à Frutose (IHF) ○ Ausência ou deficiência da enzima aldolase-B, levando ao acúmulo intracelular de frutose 1-fosfato no tecido hepático. ○ O acúmulo de frutose-1-P, que resulta na inibição da glicogenólise e da gliconeogênese (pela redução de ATP). ○ Os sintomas são: hipoglicemia grave, vômitos, icterícia, hemorragia, hepatomegalia, disfunção renal. Frutosemia essencial ○ Condição benigna caracterizada pela ausência ou deficiência da enzima frutoquinase, resultando no acúmulo de frutose. ○ Não causa dano hepático, já que a frutose pode entrar e sair da célula sem maiores impedimentos.Os pacientes são assintomáticos. 6 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina 7 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina Gal����se Gal����se �� ��et� A lactose é a principal fonte de galactose na alimentação, principalmente encontrada no leite e derivados. Met����is�� �� ga���t��e Assim como a frutose, o transporte de galactose não é dependente de insulina. A galactose deve sofrer fosforilação antes de ser metabolizada. Para que essa fosforilação aconteça, faz-se necessária a enzima galactoquinase, que converte galactose em galactose-1-P, com gasto de ATP. → 1º REAÇÃO A galactose-1-P não pode entrar na via glicolítica, devendo antes ser convertida em UDP-galactose (galactose ativada), reação catalisada pela enzima galactose-1-fosfato-uritiltransferase (GALT); a glicose doa o UDP → 2º REAÇÃO Para que a UDP-galactose entre na principal via metabólica da glicose, ela deve ser convertida em UDP-glicose, em presença da enzima UDP-galactose-epimerase → 3º REAÇÃO A glicose-1-P, produto da 2º reação, é convertida em glicose-6-P em uma reação catalisada pela enzima fosfoglicomutase. 8 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina Er�o� �n��o� Galactosemia clássica ○ A deficiência da enzima galactose-1-P-uridiltransferase (GALT) caracteriza a galactosemia clássica, provocando o acúmulo de galactose-1-P. ○ Doença de caráter autossômico recessivo ○ As consequências fisiológicas são semelhantes às da IHF (hipoglicemia grave, vômitos, icterícia, hemorragia, hepatomegalia, disfunção renal), porém, afetam um espectro mais amplo de tecidos***. Isso porque a galactose. *** Isso porque a galactose está presente em muitos mais tecidos do que a frutose (basicamente, restrita ao tecido hepático). ○ O acúmulo de galactose-1-P pode gerar a produção de galactitol → resulta no acúmulo em cristalino, retina, nervos (semelhante ao sorbitol). ○ A avaliação de deficiência de GALT deve ser realizada na triagem dos neonatos (Teste do Pezinho). ○ O tratamento está relacionado com a restrição de galactose na dieta. Galactosemia não clássica ○ A galactosemia não clássica é caracterizada pela deficiência da enzima galactoquinase, não permitindo a conversão de galactose em galactose-1-P. ○ A galactose pode sair de dentro da célula, por isso não há acúmulo.○ Observa-se galactosemia (aumento de galactose no sangue) e galactosuria (aumento de galactose na urina). ○ O tratamento está relacionado com a restrição de galactose na dieta. 9 Bruna Siqueira de Arruda - Medicina 10
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