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“Ao cuidar de você no momento final da vida, quero que você sinta que me importo pelo fato de você ser você, que me importo até o último momento de sua vida e, faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte.” - Cicely Saunders É fundamental ver o paciente como um todo e não apenas a doença Cuidados paliativos não é apenas na fase terminal do paciente Também devemos nos preocupar com familiares, cuidadores, todos que estão ao redor do paciente Envelhecimento progressivo da população Avanço tecnológico e desenvolvimento de terapêutica – doenças crônicas / longevidade MORTE → Certeza e ameaça ao ideal de cura e preservação da vida Precisamos conversar sobre a morte! PALIATIVO → Aliviar, mitigar, suavizar → latim pallium → Proteger a pessoa em processo de adoecimento durante o seu último período de vida, não sendo literalmente “curto”. Desde o diagnóstico que é muito ameaçadora à vida, é necessário conversar cobre cuidados paliativos HOSPICE → Abrigos, hospedarias (séc. V) → Movimento Hospice Moderno – Dame Cicely Saunderes (inglesa) (formação humanística e médica) → 1967 – St. Christopher`s Hospice- assistência, Ensino e pesquisa. → Iniciou ao que se chama hoje de movimento Hospice Moderno CICELY SAUNDERS Enfermeira, assistente social e médica 1970- Encontro de Cicely com a norte- americana Elizabeth- Ross,nos EUA (crescimento do movimento Hospice) 1975- Cirurgião canadense Balfour Mount – primeira unidade de Cuidados Paliativos no interior do Royal Victoria Hospital de Montreal. 1982- Os cuidados paliativos começaram a ser oferecidos na Argentina. No ano de 2000, o Ministério da Saúde argentino reconhece e normaliza essa especialidade Desde a década de 1970, os Cuidados Paliativos/ Hospices foram se multiplicando na Europa, América, Austrália, África do Sul, Ásia, Japão, Tawan, China e Coréia do Sul Contexto histórico de cuidados paliativos no Brasil 1983- Rio Grande do Sul → Criada unidade de Cuidados Paliativos 1986 – São Paulo → Criação da Unidade Paliativos 1986- Rio de Janeiro → Programa de Atendimento aos clientes Fora de Possibilidades Terapêuticas Atuais (Pro- FTPA), Hospital do Câncer II/ INCA 1989- Santa Catarina → Unidade Hospitalar de Cuidados Paliativos 1989 → Serviço de Suporte Terapêutico Oncológico (STO)/ grupo Especial de Suporte Terapêutico Oncológico (GESTO)- entidade filantrópica com finalidade de apoiar o STO 1991 Rio de Janeiro → Criado o serviço de Cuidados Paliativos no HCI/ INCA Questionamento : “Preservar a vida” Até onde é mais importante do que a qualidade de vida? 1996 → Centro de Suporte Terapêutico Oncológico – CSTO 1997 → Fundada a Associação Brasileira e Cuidados Paliativos (ABCP) 1998 → Centro de Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO), desde então, essa unidade tornou-se referência nacional em Cuidados Paliativos, tanto no ensino e treinamento de profissionais, como no atendimento aos doentes e familiares 2004 → O CSTO passa a ser denominado de Hospital do Câncer IV 2008 → Selo de Acreditação Hospitalar pela Joint Commission 2002 – OMS Definição de CUIDADOS PALIATIVOS (reformulado) “Cuidados Paliativos é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares no contexto de uma doença grave e ameaçadora da vida por meio da prevenção, do alivio do sofrimento, da identificação precoce e do tratamento impecável da dor e de outros sintomas e problemas físicos, psíquicos, sociais e espirituais O ser humano é dividido em 4 dimensões: É muito importante trazer as 4 dimensões para o plano terapêutico MINISTÉRIO DA SAÚDE Diário oficial – Resolução 41, de31 de outubro de 2018 Cuidados paliativos como assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio de prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, a avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintoma físicos, sociais, psicológicos e espirituais Obs: muito importante, já caiu em prova 1. Promover alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis 2. Afirmar a via e considerar a morte um processo normal da vida 3. Não acelerar e nem adiar a morte 4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado 5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até a sua morte 6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto 7. Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto 8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 9. Iniciar o mais precocemente possível, juntamente com outraS medidas prolongamento da vida como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhorar compreender e controlar as situações clinicas estressantes No conceito original de cuidados paliativos, era definido com o tratamento e morte, ponto. Na fase final entrava os cuidados paliativos Agora, podemos ver a diferença para atualmente como realmente deve ser feito Quando avança a doença, entra questão do controle de sintomas para o paciente ter qualidade de vida e, através do vínculo que o médico já estabeleceu, conversar sobre o que o paciente quer, o que ele aceita para esse novo “rumo” do tratamento. Ex: o paciente não aceitar ser entubado Ou seja, o vínculo é essencial para poder tratar essas questões e respeitar as vontades dele Possibilita que o paciente se despeça com dignidade e elegância Nesse momento entra também a equipe multidisciplinar Uma abordagem mais especialista SEMPRE FOCAR NAS NECESSIDADES FÍSICAS, SOCIAIS, PSÍQUICAS E ESPIRITUAIS Primeiro, não tem conexão direta com religiosidade em si, são coisas distintas Envolver-se em um sistema de culto e doutrina que é compartilhada por um grupo e, portanto, tem características comportamentais, sociais, doutrinárias e valorais especificas Envolve praticas, rituais/mais coletivo/ mais palpáveis Espiritualidade Relação entre uma pessoa e o que ela considera como transcendente personalizado ou não com Deus Relacionada com o significado e o proposito que cada um possui em relação a vida Ampla e ao mesmo tempo singular a cada ser humano Mais individual/ interior – não envolve ritual ou pratica/ imaterial-não palpável ESPIRITUALIDADE → MÚSICA, TRABALHO, MEDITAÇÃO, ESPORTE, PRÁTICA DO BEM, ARTE, RELIGIOSIDADE Aqueles que não frequentam serviços religiosos tem quase o dobro do risco de morrer em comparação com aqueles que o fazem Foi demostrado que a frequência religiosa amortece a necessidade e a duração da hospitalização Foi demostrado que religiosidade e espiritualidade estão relacionadas a menor O luto da paciente é muito maior do que dos familiares, levando em consideração que a família está perdendo aquela pessoa, enquanto o paciente está perdendo a vida, ou seja, tudo, familiares, emprego, amigos, etc. Uma pessoa pode ser muito evoluída espiritualmente e não ser religiosa, e o contrário também é verdadeiro Tanto a religiosidade quanto a espiritualidade têm relação diretamente com a saúde do indivíduo. Para cada religião a morte tem um significado incidência de depressão e ansiosidade, particularmente entre pessoas mais velha RELIGIOSIDADE Conjunto de cresças, explicações, rituais e orações, sua pratica pode se individual ou coletiva SAÚDE ESPIRITUAL Habilidade de uma pessoa em manter o bem estar espiritual e paz por meio de valores e cresças, que podem incluir religião BEM ESTAR ESPIRITUAL Domínio da qualidade de vida relacionado ao estado atual de espiritualidade e ao estresse espiritual de um individuo NECESSIDADEESPIRITUAL Expressão de uma pessoa pela busca por significado em suas experiencias de vida; relação dinâmica com os outros, consigo mesmo e com os seus valores; pode ser contemplada por meio de relacionamentos, práticas e rituais ENFRENTAMENTO RELIGIOSO E SUPORTE ESPIRITUAL Resposta de um indivíduo a situações de estresse utilizando-se dos valores que lhe dão significado e/ou por meio de atitudes e praticas religiosas. O coping (traduzido como sofrimento) pode ser positivo, ao ajudar, ou negativo, ao acarretar sofrimento DOR ESPIRITUAL Sentimento de perda de conexão com o que promove transcendência, relacionada a desesperança, ao abandono a ao medo; Deus esqueceu de mim, pois não consigo mais conversar com ele DOR RELIGIOSA Sentimento motivado por violação a códigos e valores dentro de determinado dogma, relacionado a culpa, a autocrítica, ao julgamento e a punição; Deus está me punindo, pois eu sou pecador e não merecerei salvação É muito importante saber a abordagem Nem sempre o paciente já irá se abrir sobre o assunto Faith (Fé) Você se considera espiritualizado ou religioso? Você tem crenças que o ajudam a lidar com o estresse? O que dá significado a sua vida? (caso o paciente responda negativamente as duas principais perguntas) Importance (importância) Qual a importância disso em sua vida? Essas crenças influenciam na forma como enfrenta a doença? Qual a importância destas crenças em relação a sua saúde? Community (comunidade) Você faz parte de alguma comunidade religiosa? Recebe alguma ajuda? Qual? Existe algum grupo importante para você? Adress (abordagem) Como você gostaria que eu incluísse essas questões em seu cuidado a saúde? Cada núcleo familiar tem seus valores É O SAGRADO DELA INDIVIDUAL A religiosidade/espiritualidade interferem na saúde Devem se recursos adicionados as nossas técnicas, para potencializar nossos resultados Frente a pacientes com doenças graves, assumem importância ainda maior, devido ao despertar da espiritualidade frente a ameaça da finitude “A borboleta não vive muito. Mas nesse pouco tempo, ela transforma muitas vidas. No pouco tempo de vida, ela poliniza as plantas, embeleza a natureza e deixa as pessoas mais felizes. Ela é um exemplo de que a vida não se mede só em tempo. A vida também se mede em intensidade”
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