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Diabetes Melito Paola Magalhães Diabetes Melito Glicose Para que serve? · Gerar energia / ATP para as células musculares; · Funções metabólicas amplas; Exemplo: formação do colágeno, integridade vascular, saúde ocular, imunidade. Quais as fontes nutricionais? · Dos carboidratos ingeridos; · Das reservas orgânicas no fígado e músculo (glicogênio); · Produção endógena a partir das proteínas (gliconeogênese). Quem utiliza? · Todo o organismo; · Destaque para os tecidos periféricos: · músculo estriado · musculo cardíaco · tecido adiposo. Quem controla? Insulina · Produzida pelas células β saudáveis do pâncreas, pois muitas vezes o indivíduo tem células β com deficiência na sua função, o que é comum, sendo um dos principais motivos da diabetes melito se instalar. Um hormônio anabólico que vai regular a captação da glicose pelos tecidos, para que eles possam fazer seu metabolismo. A insulina permite que a glicose que está circulando no sangue, seja transferida para as células teciduais. Quando isso ocorre, se o nível de glicose no sangue estiver alto, sob efeito da insulina, ele vai diminuindo a sua concentração no sangue, porque essa glicose está sendo transportada para os tecidos.O que é “resistência” à insulina? O que é “intolerância” à glicose? Resistência: é quando os tecidos respondem pouco (ou não respondem) ao hormônio insulina, por defeitos no sistema de sinalização. Intolerância: é quando os tecidos tem aproveitamento diminuído / inadequado da glicose (consequência da resistência à insulina). A intolerância é consequência da resistência. Quem inibe sua ação? · Adrenalina e noradrenalina (catecolaminas), hormônios do estresse. Faz com que o indivíduo num momento de estresse tenha temporariamente uma hiperglicemia. · Cortisol, hormônio ligado a resposta inflamatória. Quando um organismo está numa enfermidade, como infecção, queimadura, traumatismos... o cortisol está sendo liberado para o controle inflamatório, o indivíduo podendo assim, apresentar hiperglicemia, pois a insulina está sendo temporiamente inibida na sua secreção. Como funciona a regulação? · Atua por receptores e sistemas de sinalização presentes nas células dos tecidos periféricos. Esses sistemas e receptores estão afetados em seu papel quando o indivíduo está em situações de morbidez, destacando particularmente a obesidade e o sedentarismo. · No músculo estriado: Aumento da captação da glicose; Aumento da síntese de glicogênio; Aumento da síntese de proteínas. · Fígado: Diminuição da gliconeogênese (produção de glicose através das proteínas); Aumento da síntese de glicogênio; Aumento da lipogênese. · Tecido adiposo: Aumento da captação de glicose; Aumento da lipogênese (conversão da glicose em gordura); Diminuição da lipólise (liberação de gordura). Tipo 1 Tipo 2 Patogênese Destruição lenta e progressiva das células β por células imunológicas Disfunção das células β + resistência a insulina Etiologia Autoimunidade por predisposição genética Multifatorial (genética e ambiental) Auto-anticorpos Sim Não Insulite Sim Não Idade Infância Adultos jovens Geralmente adultos (acima dos 40 anos) Obesidade Não Sim Glucagon Possui efeito contrário ao da insulina, quando existe um nível baixo de glicose no sangue, estimula então as células do pâncreas a produzirem o glucagon, e estes vão estimular as células que armazenam a glicose, que tem o glicogênio em seu interior, estimularem a glicogenólise, a quebra desse glicogênio e assim, a glicose ser liberada para o sangue. · Ambos produzidos no pâncreas. · Quem estimula a produção de insulina e glucagon, vai ser o nível de concentração sanguínea na glicose no sangue, chamado de GLICEMIA. Hiperglicemia: concentração maior de glicose sanguínea. Insulina Hipoglicemia: concentração menor de glicose sanguínea. Glucagon Diabetes Melito ” Doença caracterizada pela intolerância ou tolerância limitada do organismo à glicose devido a defeitos na ação e/ou secreção da insulina, causando hiperglicemia e distúrbios metabólicos.” Ação da insulina prejudicada = estado catabólico · Células não captam glicose; · Células não armazenam glicose; · Reservas de glicogênio são depletadas, consumidas. Sorologia no diabetes melito Normal (euglicemia) Pré-diabetes Diabetes (hiperglicemia) Glicemia em jejum < 100 mg/dL 100 – 125 mg/Dl >126 mg/dL Glicemia aleatória < 140 mg/dL 140 – 199 mg/dL >200 mg/Dl Nível de hemoglobina glicolisada (Hb A1C) < 5,7% 5,7 – 6,4% >6,5% Tipos de Diabete Melito É mais comum a Diabetes Melito tipo 2. Diabetes Melito tipo 2 Resistência à insulina. · Na obesidade: Resistência aumentada por vias que envolvem citocinas inflamatórias e a ação de ácidos graxos. Manifestações clínicas do diabetes Iniciais · Inexistentes; · Fadiga; · Tontura; · Visão turva. Tríade clássica – PPP · Poliúra (pela glicosúria) Excesso de urina (perca de eletrólitos e água) · Polidipsia Sede intensa (resultado excesso de urina) · Polifagia Apetite aumentado (devido ao catabolismo que está acontecendo em seu organismo) Quadro agudo · Cetoacidose Corpos cetônicos em excesso no sangue e urina · Desidratação grave Devido à poliúria + pouca ingestão de água (o paciente inclusive desenvolve hálito cetônico – semelhante ao odor da acetona removedor de unha) Quadro crônico (após 15 a 20 anos) Ocorre principalmente no tipo II. · Disfunção endotelial generalizada (“microangiopatia diabética”) Síntese excessiva de membrana basal Adesão endotelial diminuída (retém menos o liquido podendo desenvolver edema perivascular com facilidade) Atividade pró-coagulante (trombose) Retenção de LDL (microcirculação danificada) · Dislipidemia/Aterosclerose/infarto do miocárdio O infarto do miocárdio é a principal causa de morte do diabético Melito. · Nefropatia com falência renal As artérias renais estarão com lesões – ateromas – A micro vascularização e os túbulos renais também estarão com a circulação danificada Os túbulos renais com espessamento de membrana basal (O órgão começa a desenvolver uma hipofunção e infecções, chamadas de pielonefrites que acaba levando a falência dos rins, trazendo o paciente a óbito.) · Complicações oculares Catarata Glaucoma (aumento da pressão interocular) Retinopatia Cegueira · Neuropatia diabética Função motora e autônoma afetados (devido a doença circulatória, o sistema nevoso periférico começa a sofrer lesão, resultando na perda da bainha de mielina das fibras nervosas e o impulso nervoso, o paciente começa a ter dormência nos pés, o que leva ele a não sentir dor no local. Assim o paciente tem lesões, ulceras no local por não sentir dor) · Infecções Gangrena Pneumonia Bacteremia Pielonefrite · Cicatrizações debilitadas (alteração no metabolismo dos mucopolidessacárides ácidos)Formação do colágeno Fibroblastos secretam pró-colágeno, ocorre uma ação enzimática, é formado no meio extracelular o trópocolágeno, ocorre agregação dos MPA, então as fibrilas, fibras e feixes de fibras colágenas. A partir do momento que há a deficiência de mucopolidessacárides ácidos, não tem como essas fibras colágenas se agregarem, atrasando o processo cicatricial. Manifestações bucais · Dentes Cárie de colo Cálculos Sensibilidade · Gengiva Gengivite crônica · Mucosa Candidose Queilite angular · Língua Macroglossia Língua saburrosa · Mucosa Mucosite · Outros Hálito cetônico Secura na boca Sialoadenose Imagem apresentada nos postos de saúde. Tratamento · Tipo 1: Medicação (insulina) Transplante de células β · Tipo 2:Curiosidades · Significado da palavra “diabetes” Do grego: sifão Por conta polidipsia e poliuria, onde ele perde muita água. · Significado da palavra “melito” Do grego: doce A urina fica com uma concentração alta de glicose, ficando doce, por isso a importância de observar o vaso sanitário, pois a doçura na urina, atrai as formigas ao vaso sanitário.Medicação (insulina) Dieta saudável Exercícios Perda de peso OBS: cuidado com a hipoglicemia no tratamento.
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