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Ginecologia Anamnese e exame físico

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1 
 
 
Ginecologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcia Bernardon 
 
2 
 
 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
Semiologia Ginecológica 
• Cidade de nascimento/de onde vem: 
importante saber se naquele local tem 
acesso a serviço de saúde, rural ou não, 
doenças endêmicas (toxoplasmose, por 
exemplo) 
• Data, número do prontuário nome da 
paciente 
• Profissão: Frigorífico – profissional muito 
tempo em baixas temperaturas (outras 
infecções), muito tempo em pé, sem 
fazer xixi. 
• Profissional do sexo – DSTs 
• Idade –patologias de acordo com a faixa etária 
• Escolaridade - nível de instrução da paciente, gravidez não planejada 
• Estado civil – quantos parceiros sexuais no último ano,“solteiras em união estável” 
• Raça: Negra – hipertensão crônica (triagem intensa da PA no pré-natal), fibrose maior dos tecidos conjuntivos 
(leiomiomas/útero), anemias e outras patologias sanguíneas 
• Índias da região de Laranjeiras e Cascavel - preferência por parir de cócoras 
 
➢ QUEIXA PRINCIPAL E HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL 
 
o Tempo, duração, intensidade, evolução dos sintomas, fatores de melhora ou piora e outros sinais associados 
o Queixas de corrimento, infecções urinárias, cistite, sintomas Decorrentes do período menstrual 
 
➢ REVISÃO DE SISTEMAS 
 
o Doença cardiovascular 
o Gastrointestinal (dor pélvica crônica relacionada ao período menstrual – endometriose, dismenorreia; dor acíclica 
pélvica, pensar em diverticulite, nefrolitíase e outras doenças não relacionadas ao órgão pélvico) 
o Frequência miccional (quantas vezes levanta a noite), hematúria, incontinência urinária (perde urina ao fazer esforço) 
o Queixa respiratória (asma, DPOC, tossidora crônica – prolapso de órgão pélvico) 
o Medicação e infecções 
o Alterações de tireoide 
o Diabetes (candidíase e ITU de repetição) 
o Câncer (mama, colo de útero e outros tumores relacionados a parte ginecológica) 
o Antecedentes patológicos prévios (transfusão/1991  hepatite C, cirurgias pélvicas e ginecológicas  
colpoperineoplastia – queixa de secura vaginal, dificuldade na penetração) 
o Tabagismo causa infertilidade por alteração da motilidade ciliar da tuba uterina, assim como pulmonar, maior chance 
de câncer de mama também (tabaco nas células mamárias), câncer de colo de útero 
o Etilismo e outros vícios  álcool junto com Metronidazol muito usado na GO, gera EFEITO ANTABUSE OBS: Não ingerir 
bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham álcool em sua formulação durante e no mínimo 1 dia após o 
tratamento com metronidazol, devido à possibilidade de efeito antabuse, com aparecimento de rubor (vermelhidão), 
vômito e taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco). 
 
 
3 
 
 
ANAMNESE DIRECIONADA 
 
o Saber a IDADE DA PRIMEIRA MESNTRUAÇÃO 
o Idade normal = 9 e 16 anos 
o Se paciente com 9 anos que menstruou, mesmo que seja normal, deve pensar no desenvolvimento dos caracteres 
sexuais secundários = se não atingiu estatura = fazer protocolo de menopausa precoce (hormônio) para interromper 
o ciclo menstrual, ela crescer e depois menstruar espontaneamente (risco de abuso na infância  meninas pequenas 
e com caracteres muito desenvolvidos). 
o O contrário, paciente desenvolvida, porém não menstrua, deve-se pensar em malformações, pacientes com distúrbio 
alimentar (anorexia, magreza, – desenvolve pouco as mamas – menstruação retardatária) e principalmente ausência 
de útero e hímen imperfurável (CAUSAS DE AMENORRÉRIA PRIMÁRIA) 
o Além disso, é importante saber a DUM pensando no cálculo da IG e saber se está cíclica ou não (investigar causas de 
anovulação) 
• Telarca: desenvolvimento da mama (primeiro caráter sexual secundário) 
• Pubarca: pelos pubianos 
• Estirão de crescimento 
• Menstruação 
3-PERGUNTAS SOBRE O CICLO DA MULHER 
 
1. Ciclidiade (a cada quantos dias desce); normal: a cada 21-35 dias – ovula todo mês = fertilidade 
2. Duração (quantos dias duram); normal: 3-8 dias 
3. Fluxo do sangramento (aumentado ou normal); quantificar pela quantidade de absorventes por dia são usados, 
pelo coletor = 80ml/dia (questionar se usa absorvente noturno durante o dia, se sai coágulos...) 
 
o Dismenorreia/dor no período mesntrual (incapacitante, se ocorre antes da menstruação, durante ou depois), 
associação com quais fatores, medicamentos que aliviam 
o TPM: Tensão pré menstrual = incapacitante ou não (tabela para quantificar o quanto a TPM atrapalha); uso de 
antidepressivos e ACOs para ajudar nessa TPM 
o Menopausa – se foi natural (parou espontaneamente), sintomas do climatério (fogachos, insônia, irritabilidade, secura 
vaginal), ou se foi uma menopausa induzida, cirúrgica (retirada do útero por mioma, câncer de colo de útero e etc) 
o Questionar atividade sexual: com que idade começou a ter relação sexual, quantidade de parceiros sexuais no último 
ano, desejo sexual/libido (ciclo de resposta sexual feminino é diferente do masculino  desejo  lubrificação  
penetração  estímulo do prazer, para atingir ou não o orgasmo), assuntos tabus – prazer, relações sem vontade, 
qualidade de vida OBS: a mulher pode não ter orgasmo, mas necessariamente precisa sair da relação satisfeita (se não 
satisfeita há queda de libido e ciclo vicioso dessa resposta sexual prejudicada) 
 
ANTICONCEPÇÃO 
Na Unidade de Saúde/Medicina da Família 
 
Métodos disponíveis: 
o DIU de Cobre (duração de 10 anos, um dos únicos métodos sem hormônio) 
o Injeção trimestral (progesterona), orientar sobre efeitos adversos (ganho de peso, queda de cabelo, acne) 
indicada por período pequeno, pré-menopausa por ciclo irregular 
o Injeção mensal (progesterona e estrogênio), comprimido de Ciclo de 21, opção de Noretisterona para pacientes 
puérperas (apenas progesterona). 
o No SUS: DIU de cobre e prata (5 anos e sem hormônio), DIU Mirena e Kyleena (também com duração de 5 anos e 
hormonais, 50mg e 19,5mg), 6 tipos de progesterona (diurético, que diminui pilificação...) e 2 de estrogênio 
usados nos orais combinados (adequar à paciente), anel vaginal chamado de Nuvaring, Implante no antebraço 
com progesterona apenas e adesivo com estrogênio e progesterona chamado de Evra 
o Sempre perguntar quanto está usando de anticoncepção, se está feliz com o método? Esquece 
facilmente/consegue usar? Quer engravidar logo? 
4 
 
3 PRINCIPAIS TIPOS DE CORRIMENTO ENCONTRADOS 
 
1. Candidíase 
2. Tricomonas 
3. Vaginose bacteriana (Gardinerella) 
 
▪ Gonorreia em mulheres é raramente sintomática; nos homens é mais sintomática 
▪ Cirurgias pélvicas 
▪ Cauterização (pacientes que tinham ectopia antigamente) 
▪ Ectocérvice 
▪ Endocérvice – epitélio glandular sob estímulos hormonais pode exteriorizar 
▪ Hoje em dia quando exterioriza - não se faz a retirada a fim de preservar a junção escamocolunar que é onde pode morar 
o câncer de colo de útero 
▪ CAF – cirurgia de alta frequência (lesão que pode virar câncer de colo de útero) 
 
AO - ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS 
o G → todas as gestações 
o P → todos os partos 
o A → todos os abortos 
o PNL → parto normal/parto transvaginal/parto transpélvico 
o PC → parto cesárea 
o PF → gravidez ectópica – acontece fora do útero/sempre é considerada um aborto 
✓ Remoção de trompa 
✓ Perda de um ovário 
✓ Tratamento conservador – cicatriz (aumentando a probabilidade de gestação ectópica) 
 
o Saber o primeiro e último parto e qual foi o bebê que pesou mais. Questionar se teve alguma intercorrência, se o parto 
foi manipulado ou não (p. ex., uso de fórceps). 
o Se foi domiciliar ou hospitalar 
o Questionar sobre a amamentação, se amamentou, quanto tempo amamentou. Desenvolvimento dos ductos mamários 
por completo – fator protetor do câncer de mama 
o Se teve mastite, abcesso, drenar a mama – importante quantificar. 
o No puerpério – se a paciente teve depressão, se teve alguma intercorrência (cicatrização dos pontos cirúrgicos). 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
o Paciente despida, direito de ter acompanhante no momento do exame (menores de idade exige-se acompanhante)o Testemunha do sexo feminino 
o PESO 
o ALTURA (IMC) 
o PA 
o Ausculta cardíaca e Pulmonar 
o Palpação de abdômen de todas as pacientes 
o Membros inferiores 
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO (Mamas, genitália externa, genitália interna) 
 
❑ EXAME DAS MAMAS 
Inspeção estática 
- Tamanho das mamas = pequeno, médio ou de grande volume 
- Pendulares ou não 
- Lesões cutâneas, cicatrizes, mamilo retraído ou protuso 
- Abaulamento ou retração 
 
 
5 
 
Inspeção dinâmica 
o Buscar alterações não visíveis estaticamente 
o Elevação das mãos sobre a nuca e descer lentamente – comparar as duas mamas buscando retração e abaulamento 
(ligamentos de Cooper podem desenvolver o câncer de mama) 
o Paciente com as mãos na cintura e force (cotovelos para frente e para trás) visualizar a atividade do músculo peitoral 
maior) 
o Palpação - sempre palpar os linfonodos supra, infra claviculares e cadeia axilar (linfonodo sentinela localiza-se na 
cadeia axilar) 
o OBS: prognóstico pior do câncer de mama, se linfonodo sentinela acometido 
o Palpação com a paciente sentada e depois deitada (com as mãos na nuca para expor o peitoral maior) 
o Traçar um quadrado//cruz na mama e avaliar quadrantes. 
o A maior probabilidade de encontrar lesão/ nódulo é onde há mais tecido mamário: quadrante lateral superior 
o Palpação circular ou concêntrica – em direção ao mamilo. Usando a ponta dos dedos ou palma da mão 
o Seguir a linha do relógio 
o “Nodulação de 1cm às 12h” 
o Distância da papila, aderido ou não a planos profundos, dor, móvel 
ou imóvel 
o Cistos são depressíveis (“bolas de água”), raramente são palpáveis 
nas mamas da paciente 
o Alguns adensamentos também são possíveis de serem palpáveis 
(cirurgia de mamas) 
 
Expressão papilar (apertar o mamilo no final do exame físico) em 
busca da saída de secreção (espontânea ou não), podendo ser 
uniductal ou biductal !! 
 
Descarga de líquido esverdeado – infecção na mama (p. ex., Mastite) 
- Láctea – questionar se a paciente está amamentando? 
- Prolactinomas podem fazer descarga láctea 
Descarga de múltiplos ductos, sanguinolenta principalmente – 
pensar em câncer de mama. Câncer de mama ductais – secreção em 
água de rocha (com ou sem odor) 
Descarga de um único ducto (vermelhão, uniductal) – câncer de 
mama 
 
 
6 
 
o Anal – em busca de lesões como condiloma ou herpes 
o No final da avaliação, pedir para ela fazer manobra de Valsalva ou tossir – abaulamento de parede posterior/anterior, 
abaulamento do útero que se exterioriza pelo orifício cervical 
o Analisar incontinência urinaria 
o Escolher o melhor espéculo possível para o exame da paciente (que é o menor!) 
o US: Usa-se o M - 1 dedo e meio 
 
Bordas himenais 
 
o Hímen anular – nunca pode dizer se teve ou não relação 
sexual (apenas peritos) 
o Septado – pode romper durante a relação 
o Cribiforme - cirurgia, como no imperfurado 
o Imperfurado - Levar para cirurgia as pacientes amenorreicas 
com 16 anos – hímen completamente fechado 
o Introito de paciente que já pariu (carúnculas himenais 
irregulares) 
 
Éspeculo transparente - Sempre abrir os pequenos lábios. introduzir o especulo obliquamente (borboleta na posição inferior 
à direita da paciente). Assim consegue visualizar o colo do útero. Fecha e retira obliquamente para não pinçar o pequeno 
lábio e machucar a paciente 
 
7 
 
 
Primeira imagem: Ectopia – junção escamo-colunar da paciente está mais exteriorizada. Explicar o que ela tem antes de falar de lesão. 
 
Descrever paredes vaginais 
o Rosas 
o Rugosas 
o Se tem secreção (fisiológica ou patológica) 
o Se patológica 
▪ Pus na candidíase 
▪ Leucorreia esverdeada na vaginose 
▪ Colpite na tricomoníase por infecção no colo do útero 
Orifício puntiforme ou em fenda (normalmente nas pacientes que já tiveram partos vaginais/dilatação do parto – não volta 
a ser puntiforme) 
 
 
8 
 
 
❑ Exame do toque 
 
Foto da esquerda: fundo de Saco de Douglas Foto da direita: não chegou no fundo de Saco de Douglas 
 
• Bascula do colo do útero para avaliar se tem dor ou não 
• Igual para introduzir o espéculo. Afastamento dos pequenos lábios – introduzir apenas um dedo e já pode sentir o colo 
do útero = TOQUE SIMPLES, e já se pode sentir o colo do útero 
• Prosseguir ao toque bimanual do colo do útero – em cima da sínfise púbica, “afundar” a mão e tentar palpar o útero 
• Inserção do segundo dedo, se a vagina permitir 
• Geralmente não se palpa anexos no exame físico habitual sem alterações (só se encontrar um anexo maior que 20cm3 
/normalmente tem até 9cm3 ). Vai no fundo de saco de douglas para tentar trazer para frente esses materiais. 
• Toque normal do colo do útero: 
o Móvel 
o Indolor ao toque 
o Consistência fibroelastica (ponta do nariz), colo não deve estar aderido a nada. 
• No final, vai até o fundo de Saco de Douglas para a báscula 
• O exame físico ginecológico, principalmente nesse estágio, deve ser rápido. 
• O toque ginecológico é diferente do obstétrico (no toque obstétrico procura-
se o orifício cervical, posição do colo e dilatação). 
 
9

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