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Sífilis Congênita

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SÍFILIS CONGÊNITA
∎ C A D E I A D O P R O C E S S O I N F E C C I O S O ∎ D I S T R I B U I Ç Ã O D A D O E N Ç A
∎ N O T I F I C A Ç Ã O ∎ T R A T A M E N T O
SÃO PAULO
2021
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Brasil
SÍFILIS CONGÊNITA
▪Como é a cadeia do processo infeccioso (ciclo epidemiológico)?
▪Como se dá a distribuição desta doença no Brasil e no mundo?
▪Como se dá a notificação?
▪Qual a profilaxia e tratamento no Brasil?
SCAPS 3SCAPS 3
Notificação ----------------------------------------------------------------
Tratamento ---------------------------------------------------------------
Profilaxia ------------------------------------------------------------------
Tratamento Medicamentoso ----------------------------------------
Recém-nascidos expostos ao Sífilis ------------------------------
Tratamento em Crianças com Cristalina e Benzilpenicilina--
Introdução ---------------------------------------------------------------------
A persistência da Sífilis Congênita no Brasil -------------------------
Cadeia do Processo Infeccioso ------------------------------------------
Distribuição da doença no Brasil ---------------------------------------
Vigilância Epidemiológica -------------------------------------------------
Bibliografia ---------------------------------------------------------------------
Conclusão -----------------------------------------------------------------------
1.1. Cadeia do processo infeccioso ---------------------------------------
2.1. Tríade Epidemiológica ---------------------------------------------------
3.1. Estudos de 23.894 mulheres infectadas ---------------------------- 
4.1 Tratamento medicamentoso --------------------------------------------
Í N D Í C E 
F I G U R A S
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
página 5
página 6
página 7
página 7
página 5
página 6
página 7
página 8
página 9
página 9
página 9
página 9
página 10
página 11
página 11
página 13
página 13
Obs.: as mini figurinhas inseridas em títulos ou subtítulos são de acervo pessoal.
T A B E L A S
4.1.Tabela (Protocolo de Profilaxia) -------------------------- página 12
G R Á F I C O S
2.1.Contágio da doença (Sífilis) -------------------------------------------
3.1.Estudos de 23.894 mulheres infectadas ---------------------------
 
página 7
página 8
Incidência da
doença,
tratamento,
profilaxia,
letalidade,
persistência da
doença.
La sífilis es una ITS (infección de transmisión sexual) de nivel
sistémico, puede considerarse curable y funciona en humanos. Su
agente causal es Treponema pallidum, una bacteria gramnegativa
del grupo de las espiroquetas, que fue descubierta a principios del
siglo XX. Esta enfermedad es el resultado de la transmisión de la
espiroqueta de Treponema pallidum desde el torrente sanguíneo
de la gestante infectada al feto por vía transplacentaria y que,
ocasionalmente, por contacto directo con la lesión en el momento
del parto (transmisión vertical) también conduce a la infección del
bebé. La transmisión vertical puede ocurrir en cualquier etapa del
embarazo o de la enfermedad materna y puede ocurrir aborto,
muerte fetal, prematuridad o una amplia gama de manifestaciones
clínicas; sólo los casos muy graves son clínicamente evidentes al
nacer, las lesiones pueden aparecer algún tiempo después. Tras la
1ª prueba del reactivo y la confirmación con la 2ª prueba, el inicio
inmediato del tratamiento es fundamental y se incluye para los
bebés infectados en los que la madre ha probado el reactivo.
A sífilis é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) de nível
sistêmico, pode se considerar curável e atua em humanos. Seu
agente causador é pelo Treponema pallidum, uma bactéria Gram-
negativa do grupo das espiroquetas, que fora descoberta no início
do século XX. Esta doença é fruto do resultado da transmissão da
espiroqueta do Treponema pallidum da corrente sanguínea da
gestante infectada para o concepto por via transplacentária e que,
ocasionalmente, por contato direto com a lesão no momento do
parto (transmissão vertical) também leva a infecção do bebê. A
transmissão vertical é passível de ocorrer em qualquer fase
gestacional ou estágio da doença materna e pode ocorrer aborto,
natimorto, prematuridade ou um amplo espectro de
manifestações clínicas; apenas os casos muito graves são
clinicamente aparentes ao nascimento, podem aparecer as lesões
algum tempo depois. Depois do 1º teste reagente e a confirmação
com o 2º teste, se faz imprescindível o início imediato do
tratamento e, inclui-se para bebês infectados em que a mãe testou
reagente. 
epidemiologia do
sífilis congênito,
doença
sexualmente
transmissível,
etiologia, contexto
histórico da doença
e tratamentos
medicamentosos.
sifilis,
transmision, ITS,
espiroqueta
R E S U M O :
PALAVRAS CHAVE:
A B S T R A C T O :
INDEXAÇÃO:
PALABRAS CLAVE:
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 A sífilis é uma IST de nível sistêmico, pode se considerar curável e exclusivamente
uma doença que aparece no ser humano. Seu agente causador é pelo Treponema
pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas, que fora descoberta
no início do século XX, em 1905. A sífilis Congênita (SC) é resultante da transmissão da 
 espiroqueta do Treponema pallidum da corrente sanguínea da gestante infectada para o
concepto por via transplacentária e que, ocasionalmente, por contato direto com a lesão
no momento do parto (transmissão vertical) também leva a infecção do bebê. A 
 transmissão vertical é passível de ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da
doença materna e pode ocorrer aborto, natimorto, prematuridade ou um amplo 
 espectro de manifestações clínicas; apenas os casos muito graves são clinicamente
aparentes ao nascimento, podem aparecer as lesões algum tempo depois.
 A OMS estima que a ocorrência de sífilis atinja um milhão de gestações por 
 ano em todo o mundo, acarretando a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e 
 colocando em risco de mor te pré-matura mais de 200 mil crianças. No Brasil, nos 
 últimos cinco anos, foi observado um aumento constante no número de casos de 
 sífilis em gestantes, sífilis congênita e sífilis adquirida. A atribuição pode ser pela 
 elevação nos números de testagem, decorrente da disseminação dos testes rápidos, 
 mas também à diminuição do uso de preservativos, à redução na administração da 
 penicilina na Atenção Básica e ao desabastecimento mundial de penicilina, entre
outros. 
 Entre mulheres com sífilis precoce não tratada, 40% das gestações resultam em 
 aborto espontâneo. A infecção congênita tem sido diagnosticada em apenas 1% a 2% das 
mulheres tratadas adequadamente durante a gestação, em comparação com 70% a 100%
das gestantes não tratadas. Estima -se que, na ausência de tratamento eficaz, 11% das 
gestações resultarão em morte fetal a termo e 13%, em partos prematuros ou baixo 
 peso ao nascer, além de pelo menos 20% d e recém-nascidos que apresentarão sinais
sugestivos de SC. Os profissionais de saúde devem estar aptos a identificar as
manifestações clínicas e classificar os estágios da sífilis, assim como a interpretar os
resultados dos testes que desempenham função importante no controle do agravo, 
 permitindo a definição do diagnóstico e o monitoramento da resposta terapêutica. A
prevenção, o diagnóstico e o tratamento de gestantes e parcerias sexuais com sífilis 
 deve m ser priorizados, principalmente, n a Atenção Básica. 
 Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária,
secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a
possibilidade de transmissão é maior. Se a doença não for tratada, a mesma pode evoluir
para fases que comprometem a pele e órgãos internos como o coração, fígado e sistemanervoso central. A sífilis congênita é dividida em dois períodos: a precoce (até o segundo ano
de vida) e a tardia (surge após o segundo ano de vida). 
Introdução
5
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
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Em tempo:
Referido: Joshua M. Cooper, Ian C. Michelow, Phillip S. Wozniak, Pablo J. Sánchez
 pesar de décadas e décadas em que
há experiência epidemiológica e clínica com
sífilis materna e congênita, é sabido muito
sobre a doença, porém, qualquer estágio/
fase da doença é importante para que
problemas de saúde pública no Brasil e no
resto das Américas podem enfim serem
melhor controladas. Em meados de 2010,
através da Organização Mundial de Saúde
(OMS), aprovou-se uma "Estratégia e Plano de
Ação para a Eliminação da Transmissão
Materno-infantil do HIV e da Sífilis Congênita",
objetivando a redução da incidência de sífilis
congênita para ≤0,5 casos para 1.000
nascidos vivos (meta até 2015). Quatro anos
após o início da estratégia visualizada (2014),
17.400 casos (1,3/1.000 nascidos vivos) de
sífilis congênita foram de fato notificados em
todas as Américas e em 17 países e com a
persistência do trabalho, houve redução da
transmissão materno-infantil da sífilis. No
Brasil o processo e o decorrer da estratégia
não se cumpriu, acarretando ao não
cumprimento da eliminação ou erradicação
da sífilis congênita, mas, ao contrário, a
epidemia continua e resulta em mortalidade
neonatal e fetal significativa. A sífilis
congênita é uma doença evitável e não se
pode abrir precedentes para sua ocorrência,
mesmo que seja um caso apenas, já
representa uma falha do sistema público de
saúde. Os profissionais de saúde em
educação continuada, podem auxiliar a
população para que seja feito a prevenção
necessária. Orientar sobre as complicações, o
que incluem natimorto , prematuridade,
hidropisia fetal não imune e mortalidade 
A
neonatal . Além disso, menos assistência
pré-natal foi associada a maior risco de
morte e, mais importante, 59% das mortes
ocorreram por volta de 31 semanas de
gestação. Obviamente que, gestantes
precisam ter acesso a cuidados pré-natais
durante toda a idade gestacional e serem
testadas sorologicamente para sífilis na
primeira consulta pré-natal e, em áreas de
alto risco, novamente com 28-32 semanas de
gestação e parto. A OPAS esclarece que, 94%
das mulheres grávidas em todas as Américas
compareceram pelo menos uma consulta
pré-natal durante a gravidez e quase 80%
fizeram o teste de sífilis em algum momento
durante a gravidez. 
No Brasil, foram entrevistadas 23.894
mulheres no pós-parto e relataram que
98,7% fizeram pelo menos uma consulta pré-
natal, 89% tinham documentação de pelo
menos um teste de sífilis nas fichas de pré-
natal, mas apenas 41% adicionais fizeram
um segundo teste. Portanto, entre 2011 a
2014, a OPAS demonstrou um aumento de
81% para 86% em mulheres infectadas com
sífilis que tinham documentação de
tratamento adequado, embora ainda
estivesse abaixo de sua meta de 95%. 
 Conclui-se que, não é de se espantar que
a sífilis congênita continue sendo um grande
problema no Brasil e no restante das
Américas.
6
A persistência da sífilis congênita 
no Brasil
Ref: https://doi.org/10.1016/j.rppede.2016.06.004
Figura 1.1 
acervo pessoal - Romera, Natalia (2021),
Desenvolvimento Fetal.
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
Capitulo 1
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https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/congenital-syphilis
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/stillbirth
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/hydrops-fetalis
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/newborn-mortality
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/newborn-mortality
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/newborn-mortality
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/syphilis
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/congenital-syphilis
https://doi.org/10.1016/j.rppede.2016.06.004
GORDIS, L. Epidemiology. W . B. Saunders Company, Philadelphia , 1996. 
Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Manual. Organização 
 PanAmericana da Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde, 2010.
É através de transmissão placentária. O
agente infeccioso se determina por ser a
bactéria Treponema pallidum e o
hospedeiro reservatório é a mãe
infectada. O modo de transmissão da
doença é vertical transplacentária. A
porta de saída é indicada por meio do
sangue materno e a porta de entrada é
através do sangue fetal. E o seu
hospedeiro definitivo é apontado pelo
feto. 
A cadeia do processo infeccioso incide em
hospedeiro, infectividade, patogenicidade e
virulência e estão conceituadas
respectivamente em:
 Hospedeiro: é uma pessoa ou animal
vivo, incluindo as aves e os artrópodes que,
em
circunstâncias naturais, permite a
subsistência e o alojamento de uma gente
infeccioso.
 Infectividade: é a capacidade do agente
infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-
se dentro de um hospedeiro, ocasionando a
infecção.
 Patogenicidade: é a capacidade de um
agente infeccioso de produzir doença em
pessoas infectadas em maior ou menor
proporção.
 Virulência: à medida da virulência é o
número de casos graves e fatais em
proporção ao número total de casos
aparentes.
 
Cadeia do processo infeccioso (ciclo epidemiológico) - geral
Como é a cadeia do processo
infeccioso (ciclo epidemiológico na
SÍFILIS )?
 É o modelo tradicional de causalidade
das doenças transmissíveis. A doença é o
resulta do da interação, veja a figura:
7
Capitulo 2
Figura 2.1 
Romera, Natalia (2021) - Tríade
Epidemiológica
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
Tríade Epidemiológica
Hospedeiro
Vetor
agente
ambiente
70%
 Gráfico 2.1 
Romera, Natalia (2021) - Contágio
da Doença
Contágio da Sífilis nas fases primárias e
secundárias
Nas fases primárias e secundárias (via
transplacentária e canal de parto há de 70% a 100%
de contágio, trazendo a ressalva que em 30 % dos
casos pode ocorrer contágio na fase tardia da sífilis 
 (terciária) a exemplo: a amamentação nestes casos.
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ALMEIDA FILHO, N. e M. Z. Rouquayrol. Introdução à Epidemiologia Moderna. Salvador, Apce Produtos do 
Conhecimento e ABRASCO, 1990.
Diretrizes do OPAS
 A sífilis congênita no mundo, em 2010
através da "Estratégia e Plano de Ação para a
Eliminação da Transmissão Materno-infantil
do HIV e da Sífilis Congênita", visualizou
através da OMS (Organização Mundial da
Saúde) que, até o ano de 2015, seria viável
uma redução significativa que erradicasse
ou eliminasse a doença e a estratégia
viabilizava que deveriam ser 0,5 casos para
cada 1000 nascidos vivos e em 2014, os
dados foram de 1,3 para 1000 nascidos
vivos, isto é, que foram notificados em
todas as Américas e mais 17 países. No
Brasil foi diferente, a meta não atingida e a
menor assistência pré-natal foi associada a
maior risco de morte e, mais importante,
59% das mortes ocorreram por volta de 31
semanas de gestação. Obviamente que,
gestantes precisam ter acesso a cuidados
pré-natais durante toda a idade gestacional
e serem testadas sorologicamente para
sífilis na primeira consulta pré-natal e, em
áreas de alto risco, novamente com 28-32
semanas de gestação e parto. A OPAS
esclarece que, 94% das mulheres grávidas
em todas as Américas compareceram pelo
menos uma consulta pré-natal durante a
gravidez e quase 80% fizeram o teste de
sífilis em algum momento durante a
gravidez. A dificuldade foi incentivar essas
mulheres a fazerem o segundo teste, sendo
mais de 40% delas resistentes. A eliminação
está longe de se findar, mas todas as
orientações feitas pelos profissionais da
saúde são bem-vindas e podem de alguma
maneira suprimir os resultados futuros.
Distribuição da doença no Brasil e no mundo
8
Figura 3.1 
acervo pessoal - Romera, Natalia (2021).Foram
23.894 mulheres infectadas por sífilis que parte
delas não fizeram o segundo exame.
 
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
Capitulo 3
 3.2 - A OPAS demonstrou um aumento de
81% para 86% em mulheres infectadas com
sífilis que tinham documentação de
tratamento adequado, embora ainda
estivesse abaixo de sua meta de 95%. 
 A sífilis congênita é a segunda principal
causa de morte fetal evitável em todo o
mundo, antes somente da malária. No
dia 28 de fevereiro de 2019 novas
estimativas publicadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) mostraram que,
em 2016, havia mais de meio milhão
(cerca de 661 mil) de casos de sífilis
congênita no mundo, resultando em
mais de 200 mil natimortos e mortes
neonatais. É visto que cerca de 86% dos
registros de sífilis congênita na América
Latina acontecem no Brasil. No Brasil a
doença se agrava mais no Sudeste com
42,5% dos casos, em seguida se
determina por ser o Nordeste com 30,0%
casos, o Sul com 13,5% dos casos, Norte
com 8,4% dos casos e por último Centro
Oeste com 5,6% dos casos. 
Como é a cadeia do processo
infeccioso (ciclo epidemiológico na
SÍFILIS )?
Figura 3.1 
acervo pessoal - Romera, Natalia (2021). Segundo
teste de Sífilis e teste rápido para sífilis.
 
Estudo que demonstrou a evolução da
doença no Brasil
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https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/syphilis
Tayra, A. P Sistema de Vigilância Epidemiológica da Sífilis Congênita no Estado de São Paulo [Dissertação de
Mestrado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2001.
http://www2.ebserh.gov.br/documents/219273/1426440/sifilis_adquirida.pdf/3f5a68d8-3439-4a89-ae5b-
35c3ca48de63
Vigilância Epidemiológica
Como se dá a notificação da SÍFILIS?
 A notificação compulsória e a vigilância epidemiológica devem ser consolidadas e
expandidas, visando a conhecer a magnitude e medir a tendência dos agravos para o
planejamento das ações de controle. O sistema de saúde precisa estar preparado para
implementar estratégias de prevenção e de intervenção terapêutica imediata, garantindo
também a disponibilização de insumos, a confidencialidade e a não discriminação.
 A notificação é obrigatória no caso de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis
congênita em gestantes, parturientes ou puérperas e a criança exposta ao risco de
complicações, conforme a Portaria vigente. 
Essa notificação compulsória é à nível nacional desde o ano de 1986, sendo a manifestação
da sífilis em gestante, desde 2005; e a sífilis adquirida, desde 2010. 
9
Ficha de Investigação da Sífilis 
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
Capitulo 4
A notificação é dada de acordo com a Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. A
sífilis é uma doença de notificação imediata (24h) tanto por transmissão horizontal
quanto vertical.
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Berman, SM. Maternal Syphilis: Pathophysiology and Treatment. Bull World Health Organization 2004, 82(6): 433-
438.
 A testagem para sífilis está preconizada
na gestação e na 1ª consulta de pré-natal, 
que seja feito no 1º trimestre, no início do 
3º trimestre (a partir da 28ªsemana), no
momento do parto ou em caso de aborto,
exposição de risco e violência sexual. Em 
todos os casos de gestantes, o
tratamento deve ser iniciado com apenas 
um teste reagente, treponênico ou não
treponêmico, sem aguardar o resultado 
 do segundo teste. A penicilina benzatina 
 é a única opção segura e eficaz para 
 tratamento adequado das gestantes. 
 Embora outros antibióticos (como as
tetraciclinas orais e os macrolídeos) 
 tenham sido utilizados para tratamento
de sífilis em adultos, estes não são 
 recomendados no período da gestação 
 por causa da toxicidade ao feto, ou por 
 não atravessarem a barreira placentária. 
Há ainda relatos de resistência do 
 Treponema pallidum aos macrolídeos. 
 
Profilaxia e tratamento da SÍFILIS
A profilaxia inicia com a conscientização
da população sobre ISTs, uso de
preservativos, acompanhamento da
gestante no pré-natal e do seu parceiro e
diagnóstico precoce. 
O tratamento é realizado com a
administração de penicilina benzatina,
com início até 30 dias antes do parto,
respeitando os intervalos recomendado
das doses e dias, com esquema
terapêutico de acordo com o estágio
clínico da sífilis. 
Comumente conhecido como o grupo
de antibióticos que tiveram a
eritromicina como único representante
de uso clínico geral por 40 anos. O
termo “macrolídeo” está relacionado
com a estrutura – um anel de lactona,
de vários membros, ao qual se ligam
um ou mais desoxi-glicóis.
1 0
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
MacrolídeosMacrolídeos
 Não existem estudos controlados em 
gestantes que tenham determinado a 
 eficácia da ceftriaxona no tratamento do 
feto, e por isso esta não é uma
medicação recomendada para o 
 tratamento de sífilis na gravidez. 
 Segundo protocolo da OMS, para
gestante com sífilis latente recente, em 
 situações especiais como o 
 desabastecimento, pode-se utilizar
ceftriaxona 1g, via intramuscular, por dez 
a 14 dias. Mas será necessário
notificar/investigar e tratar a criança para 
sífilis congênita. Para os casos de sífilis 
 tardia ou de duração desconhecida, não 
 existem outras opções terapêuticas na
literatura. 
Qual a profilaxia e tratamento 
da SÍFILIS no Brasil?
Ceftriaxona
Figura 4.1 
acervo pessoal - Romera, Natalia (2021).
Tratamento Medicamentoso.
 
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 Para as crianças com sífilis congênita que apresentam neurossífilis, a cristalina é o
medicamento de escolha, sendo obrigatória a internação hospitalar. Na ausência de 
 neurossífilis, a criança com sífilis congênita pode ser tratada com benzilpenicilina 
 procaína fora da unidade hospitalar, por via intramuscular, ou com benzilpenicilina 
 potássica/ cristalina, por via endovenosa, internada. A benzilpenicilina benzatina é uma 
opção terapêutica, mas restrita às crianças cuja mãe não foi tratada ou foi tratada de 
forma não adequada, e que apresentem exame físico normal, exames complementares 
normais e teste não treponêmico não-reagente ao nascimento. 
A única situação em que não é necessário tratamento é a da criança exposta à sífilis
(aquela nascida assintomática, cuja mãe foi adequadamente tratada e cujo teste não
treponêmico é não-reagente ou reagente com titulação menor, igual ou até uma diluição
maior que o materno).
O tratamento apropriado de sífilis congênita dentro dos primeiros três meses de vida é
capaz de prevenir algumas manifestações clínicas (mas não a todas). A ceratite intersticial e
as deformidades ósseas, com o a tíbia em “lâmina de sabre”, podem ocorrer ou progredir
mesmo com terapia adequada.
Stoll BJ, Lee FK, Larsen S, cols.. Clinical and serologic evaluation of neonates for congenital syphilis: a
continuing diagnostic dilemma. J Infect Dis 1993; 167:1093-9
 A avaliação inicial da criança exposta à sífilis ou com sífilis congênita é realizada 
 especialmente na maternidade/casa, considerando os seguintes aspectos: 
diagnóstico da infecção na criança. Assim, esse diagnóstico exige uma combinação de 
 avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. É essencial garantir o seguimento de 
 todas as crianças expostas à sífilis, excluída ou confirmada a doença em uma avaliação
inicial, na perspectiva de que elas podem desenvolver sinais e sintomas mais tardios,
independentemente da primeira avaliação e/ou tratamento na maternidade. O 
 referenciamento da criança exposta no momento da alta compete à maternidade ou 
 casa d e parto.
Tratamento em crianças com Cristalina e Benzilpenicilina
 Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com 
 sífilis adquirida deverãoser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina.
Tratamento da Sífilis Congênita no período pós-natal
1 1
Bebês expostos ao Sífilis ao nascer
Histórico materno de sífilis quanto ao tratamento e seguim ento na gestação; 
Sinais e sintomas clínicos da criança (na maioria das vezes ausentes ou inespecíficos); 
Teste não treponêmico periférico da criança comparado com o da mãe. 
 Não existe uma avaliação complementar que determine com precisão o 
S Í F I L I S C O N G Ê N I T A S C A P S 3
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CDC – Centers for Disease Control and Prevention. Congenital syphilisNew York City, 1986-1988. MMWR
1989;38(48):825-9.
1 2
Prevenir IST em
mulheres 
em idade fértil
Protocolo profilático:
 A prevenção combinada da IST especificamente, como a sífilis, contempla diversas
ações de prevenção e assistência, distribuídas em três áreas estratégicas com componentes
específicos, conforme sintetiza o quadro:
P A R T O O U
C U R E T A G E M
G E S T A Ç Ã OA N T E S D A G E S T A Ç Ã O
Evitar a
transmissão para
o concepto
Reduzir a
morbomortalidade
População geral
Gestantes no
pré-natal
Recém-nascidos
VDRL no 1º e 3º
trimestre da
gestação;
Tratar a
gestante e
parceiro.
VDRL em
parturientes, se
positivo, investigar o
recém-nascido e
efetuar o
tratamento.
Diagnóstico e
tratamento
precoce. Uso de
preservativo.
Objetivos gerais
Grupo alvo
Principais
atividades
QUADRO 4.1 - O diagnóstico deve ser precoce e o tratamento imediato, com o menor
tempo de espera possível, podendo este ser aproveitado para a realização de ações de
informação/educação em saúde individual e coletiva. Estudos de análise de fluxo de
pacientes apontaram que a maior parte do tempo em que pessoas permanecem nos
serviços de saúde não representa uma interação produtiva. O atendimento imediato de
uma pessoa com IST não é apenas uma ação curativa, mas também visa à interrupção da
cadeia de transmissão e à prevenção de outras IST e complicações decorrentes das
infecções.
 S C A P S 3S Í F I L I S C O N G Ê N I T A
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 S C A P S 3S Í F I L I S C O N G Ê N I T A
 CONCLUSÃO
A sífilis é uma doença cujo tratamento e
controle é imprescindível para romper-se a
cadeira de transmissão do treponema. São
necessárias mais políticas públicas que
incentivem o uso do preservativo, o cuidado
com materiais perfuro cortantes e o
acompanhamento do pré-natal para que
maiores complicações sejam evitadas.
Também se faz necessário o aconselhamento
do paciente procurando mostrar a
importância da comunicação com o parceiro
e a preparação e planejamento das equipes
de saúde no combate a esta doença.
 MÉTODO
 Foram conduzidas análises descritivas
de incidência e prevalência da doença em
epidemiologia, o que auxilia a delinear
indivíduos que negligenciam otratamento
mesmo após a detecção da doença. Muitas
mulheres fazem o tratamento após o
agravamento ou surgimento dela. A
configuração do trabalho se deu a partir do
autor Robbins, Stanley L. (2013) Patologia
Básica para tratar especificamente do tema
da doença, sistema imunológico e a evasão
imune e sua patogenia, conforme a etiologia
da doença e um artigo científico que tratava
da persistência da doença no Brasil.
 
ACESSO DA WEB:
https://doi.org/10.1016/j.rpped.2016.06.001
 BIBLIOGRAFIA
1.ROBBINS, Stanley L (2013); Patologia básica;
17:673, 674;
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 sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 
 2010 -2013. Nonato. S.; A.; et al.; publicado 
na revista de epidemiologia e serviços de 
 saúde, Brasília, 2015;
3.Aspectos Imunopatogênicos da Sífilis
Materno-Fetal: Revisão de Literatura. Casal, 
 C.; A.; D.; et al; Universidade Federal do
Pará (UFP), 2012;
1 3
4.Atenção a Saúde do Recém-nascido,
Guia para os Profissionais em Saúde,
Intervenções Comuns, Icterícia e
Infecções. Capítulo 16, volume 2, Brasília
(DF), 2014;
5.Tratado de Pediatria, Sociedade 
 Brasileira d e Pediatria (SBP), seção 14,
capítulo 13, 4 edição 2017; 
6.Princípios d e Farmacologia, A Base 
 Fisiopatológica d a Farmacologia, Golan, 3
edição, 2013;
7.OPAS BRASIL. Organização Mundial da
Saúde publica novas estimativas sobre sífilis
congênita. 2019. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=5879:
organizacao-mundial-da-saude-publica-
novas-estimativas-sobre-sifilis-
congenita&Itemid=812. Acesso em: 13 de
out. 2019
8.CDC – Centers for Disease Control and
Prevention. Congenital syphilisNew York
City, 1986-1988. MMWR 1989;38(48):825-9.@e
ste
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https://doi.org/10.1016/j.rpped.2016.06.001
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5879:organizacao-mundial-da-saude-publica-novas-estimativas-sobre-sifilis-congenita&Itemid=812

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